29/09/2011
— João Massango, em representação dos partidos da oposição
“Samora Machel resgatou os valores socioculturais de milhares de moçambicanos e se afirmou como guia do seu povo, incluindo a oposição clandestina”, afirmou ontem o líder do partido ecologista, João Massango. Ele falava em representação dos partidos políticos da oposição, no posto administrativo de Chilembene, distrito de Chókwè, em Gaza, durante a cerimónia central de homenagem ao fundador do Estado moçambicano, Samora Machel, por ocasião da comemoração do seu 78º aniversário natalício e num ano a ele dedicado.
“A oposição chora Samora”, disse Massango, para depois explicar que chorar Samora significa ver a indiferença social e “é recordar o tempo em que no país não tínhamos muito e o pouco que existia era repartido com o povo”.
“É verdade que nessa altura para os dirigentes melhor dirigir, tinham que ter um pouco mais. O que hoje se assiste é o inverso: os dirigentes têm muito mais e demais, o povo cada vez mais com o pouco”, queixou Massango, para quem a morte de Samora Machel abriu ao povo moçambicano uma página de dor.
“Samora Machel resgatou os valores socioculturais de milhares de moçambicanos e se afirmou como guia do seu povo, incluindo a oposição clandestina”, afirmou ontem o líder do partido ecologista, João Massango. Ele falava em representação dos partidos políticos da oposição, no posto administrativo de Chilembene, distrito de Chókwè, em Gaza, durante a cerimónia central de homenagem ao fundador do Estado moçambicano, Samora Machel, por ocasião da comemoração do seu 78º aniversário natalício e num ano a ele dedicado.
“A oposição chora Samora”, disse Massango, para depois explicar que chorar Samora significa ver a indiferença social e “é recordar o tempo em que no país não tínhamos muito e o pouco que existia era repartido com o povo”.
“É verdade que nessa altura para os dirigentes melhor dirigir, tinham que ter um pouco mais. O que hoje se assiste é o inverso: os dirigentes têm muito mais e demais, o povo cada vez mais com o pouco”, queixou Massango, para quem a morte de Samora Machel abriu ao povo moçambicano uma página de dor.
Massango destacou que Samora Machel dispunha de muitas ideias com vista ao melhoramento da vida socioeconómica do seu povo. Os seus discursos demonstraram claramente que tinha visão do futuro risonho da sociedade e um Moçambique para todos, “mesmo que não fosse compreendido por alguns”.
“Por isso a oposição chora Samora”, frisou, sublinhando que não existe preço para recompensar o “assassinato de dezenas de vidas de compatriotas”, cuja dor prevalece no coração de cada moçambicano, desde que Mbuzine bebeu o sangue de Samora e a sua delegação, há 25 anos, quando regressavam da Zâmbia.
Na ocasião, Massango implorou ao Presidente da República, Armando Guebuza, para a reabertura do inquérito sobre as reais causas do acidente aéreo de Mbuzine, “no sentido de que os autores morais e materiais deste bárbaro assassinato não continuem impunes, mas antes sejam responsabilizados”.
A mesma posição foi tomada por Samora Machel Júnior, filho do primeiro presidente de Moçambique independente, falando ao “DM” à margem da cerimónia.
Disse que a família Machel, à semelhança da sociedade moçambicana, continua preocupada com as reais causas do “assassinato” de Samora Machel, primeiro chefe de Estado Moçambicano.
“De facto seria estranho se a família Machel não estivesse preocupada com a morte do meu pai. Estamos preocupados e o nosso desejo é que a verdade seja trazida ao de cima, para melhor descansarmos, sabendo o que realmente aconteceu com o nosso pai”, disse Júnior, quando interceptado pelo nosso Jornal.
DIÁRIO DE MOÇAMBIQUE – 30.09.2011
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