O desafio português na ocupação do sul de Moçambique (1821-1897), por Gabriela Aparecida dos Santos
07/02/2012
Exaltação de guerreiros sem hipopótamo
Por JOSÉ LUÍS JEQUE
Em tempos não muito distantes, quando se assinalava um aniversário da batalha de Gwaza Muthini, que opôs guerreiros moçambicanos liderados por Nwamatizvana e tropas coloniais portuguesas, as conversas giravam em torno do aparecimento do famoso hipopótamo das águas do rio Incomáti que desaguam em Marracuene, província de Maputo. Personalidades governamentais, artistas, jornalistas, mirones e até simples transeuntes dispensavam o seu tempo e presenciavam a cerimónia ansiosos em ver o famigerado cujo surgimento, conforme reza a história, simboliza o encontro com os defuntos e o abençoar do evento.
Hoje, passados longos anos, o hipopótamo parece mais uma miragem do que outra coisa e, ao que tudo indica, as pessoas já relegam a questão para o segundo ou terceiro plano e dirigem-se a Marracuene com o intuito apenas de prestar homenagem aos bravos guerreiros que no longínquo ano de 1895 lutaram ferozmente contra a ocupação estrangeira.
29/01/2012
Comboio especial para “Gwaza Muthini”
Maputo, Segunda-Feira, 30 de Janeiro de 2012:: Notícias
A ideia das deslocações serem feitas de comboio e não de carro é da Mozambique Adviser, uma agência de viagens sedeada na capital do país, em parceria com a empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM). O “Gwaza Muthini” realiza-se na quinta-feira, 2 de Fevereiro, e as carreiras especiais, que começarão no mesmo dia, só vão terminar no domingo. Os comboios vão partir nas manhãs e nas tardes, havendo pacotes para todos os gostos e possibilidades. A receita proveniente da exploração deste serviço será destinada ao orfanato Sonho Real, em Marracuene.
29/12/2011
1895, 28 de Dezembro – Mouzinho de Albuquerque aprisiona Gungunhana em Chaimite, a aldeia sagrada dos angunes.
Recordo a efeméride através de um texto publicado pela Grande Reportagem em 28 de Agosto de 2004.
Aqui apresento algumas fotos retiradas do livro de Maria da Conceição Vilhena "Gungunhana no seu reino":
http://www.macua.org/gungunhana/index.html
24/11/2011
Gaza não é berço da resistência ao colonialismo português
Sobre Gungunhana, há testemunhos que duvidam da sua estatura e heroísmo.
“Vai-te embora, seu abutre, que dizimavas as nossas galinhas”, escreveu Raul Bernardo Manuel Honwana sobre o que dizia o Povo quando Gungunhana era aprisionado pelas tropas portuguesas.
Adelino Timóteo
A batalha de Coolela, ou seja, de Gwaza Muthine, cuja celebração do seu 117.0 aniversário se celebrará a 2 de Fevereiro de 2012, é tida como a mais emblemática e arrojada batalha em Moçambique contra a dominação colonial portuguesa, de acordo com o relevo que anualmente os sucessivos Governo da Frelimo lhe têm conferido.
Procurando entretecer as várias linhas e iluminando as zonas de penumbra, o Canal de Moçambique apurou que à escolha de Gwaza sobrepõem--se razões puramente tribais.
Este facto tem o seu fundamento numa ala regionalista sul, que domina o partido Frelimo, em cujas nuances se destacam o obcecação pelo poder.
06/03/2011
RELATORIO DE UMA VIAGEM ÁS TERRAS DOS LANDINS FEITA NOS MEZES DE DEZEMBRO DE 1884 E JANEIRO E FEVEREIRO DE 1885, por JOAQUIM CARLOS PAIVA DE ANDRADA
Pela portaria expedida pela secretaria d'estado dos negocios da marinha e ultramar, com data de 30 de junho de 1884, incumbindo-me de auxiliar a installação do governo de Manica, e por instrucções communicadas por s. ex.ª o director geral do ultramar, relativas ao cumprimento da mencionada portaria, fui tambem encarregado de visitar os regulos vizinhos e de procurar estreitar com elles relações de commercio e amisade.
Ao chegar ao Zambeze com o pessoal do novo governo constou-me que se achavam nas povoações que o sr. Manuel Antonio de Sousa, capitão mór de Manica e Quiteve, tem formado na serra da Gorongosa, dois grupos de landins; um d'elles com o fim de visitar o mencionado capitão mór e o outro o capitão mór de Senna, o sr. Anselmo Ferrão, unicas pessoas que para os landins representam a auctoridade, e os brancos ou mosungos de Senna.
Leia em Download Relatorio viagem terras landins 1885
15/12/2010
Um outro 24 de Julho - o de 1939
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"Na planície de Magul efectuou-se a grande festa indígena e o batuque de guerra. Cerca de 40000 indígenas se concentraram na planície. Após algumas demonstrações folclóricas, assistiu-se à marcha do flanco duma impi de 30000 gtuerreiros que, após tomarem o dispositivo de ataque, executaram, na direcção da tribuna presidencial, uma formidável carga de ataque, estacando, numa aclamação apoteótica, a seis metros da tribuna."
Veja em Download Carmona_24julhomagude
29/10/2010
CHAIMITE, um filme de Jorge Brum do Canto (1953) - Vídeo
Manicusse tão depressa hostilizava a autoridade portuguesa, como se lhe declarava seu tributário, claro está que, para quem recebia o tributo era ele representado na forma tradicional saguate, presente. ...
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25/08/2010
"Eu quero os meus heróis"
GENESMACUA de: Sebastião Cardoso
Eu quero os meus heróis. Gungunhana, era neto de Soshangane, um general zulu que se revoltou contra o Imperador Tchaka.
Derrotado por este, em 1819, foge com o seu exército para Moçambique, subjugando, submetendo e absorvendo numerosos povos especialmente na área costeira desde o Limpopo ate ao Save, fundando, assim, o Império de Gaza. Humilhou, varias vezes, os portugueses, conquistando Lourenço Marques e Inhambane. A questão aqui é: Soshangane pode ser considerado uma figura da nossa Historia com que papel? Invasor zulu ou fundador machangane? Morre em 1858, sucedendo-lhe Muzila.
Vou saltar Muzila e escrever um pouco sobre o neto, Gungunhana, cuja fama ultrapassou fronteiras.
Após a morte de seu pai, em 1884, não sendo ele o legitimo herdeiro, assassina o seu irmão e obriga os outros dois a fugirem para o exílio.
24/06/2010
"Reino de Gaza: O desafio português na ocupação do sul de Moçambique(1821-1897)", por Gabriela Aparecida dos Santos
Leia em: Download Reinogaza_desafioportugues
NOTA:
Moçambique, se Gungunhana tivesse vencido os portugueses, estaria amanhã a comemorar a sua Independência como País, ou seria que Moçambique, como realidade geográfica e política acabaria ali?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Recorde: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2007/12/em-28-de-dezemb.html
13/06/2010
A DEFESA DE LOURENÇO MARQUES, por Eduardo de Noronha(1936)
Manicusse tão depressa hostilizava a autoridade portuguesa, como se lhe declarava seu tributário, claro está que, para quem recebia o tributo era ele representado na forma tradicional saguate, presente. ...
Leia em: http://www.malhanga.com/flipbook/defesa.lmarques/
(Grato ao Magno Antunes)
28/05/2010
Prisão de Gungunhana foi um “golpe de sorte” , afirma historiador
Intitulado "Mouzinho de Albuquerque - Um soldado ao serviço do Império", o livro procura "contextualizar Mouzinho na mentalidade da época em que viveu".
"Mouzinho de Albuquerque hoje seria condenado por crimes contra a humanidade, falando de uma forma ligeira, mas na sua época os seus actos não foram interpretados de tal forma, pois o contexto mental e social era diferente", declarou.
A operação militar em Chaimite foi o culminar de um conjunto de vitórias militares ao longo de 1895, depois de sucessivas derrotas das tropas portuguesas, no contexto do Ultimato e da Conferência de Berlim.
O investigador sublinhou que a detenção de Gungunhana, conhecido como “o Leão de Gaza”, em 1895, "foi um golpe de sorte e não passou de uma bravata militar em que não participaram mais de meia centena de homens e não houve qualquer chacina dos dois lados", declarou.
04/02/2010
Cerimónia de Gwaza Muthine
Não se seguiu a tradição por falta de hipopótamo
Para além do público em geral, proeminentes figuras testemunharam, na manhã de terça-feira a celebração de mais uma passagem de aniversário da batalha de Gwaza Muthine que se comemora a 2 de Fevereiro.
Na ausência do presidente da República a cerimónia foi dirigida pela governadora da província de Maputo e a administradora do Distrito de Marracuene.
A cerimónia que vem sendo comemorada há mais de 115 anos, desde a batalha da resistência contra o colonialismo tem atraído nacionais vindos de vários pontos do país e até cidadãos estrangeiros.
Na verdade considera-se que a tradição não se cumpriu pelo facto de não ter saído do rio o mais esperado hipopótamo, que consolida a realização da cerimónia.
De acordo com algumas fontes, líderes comunitários presentes na cerimónia, o hipopótamo se equipara à força que os guerreiros tinham para enfrentar o colono.
De igual modo, as fontes igualam a força do hipopótamo à dos guerreiros que lutaram contra o colonialismo.
03/02/2010
Celebrando o 115º aniversário: Cumprida romaria anual a “Guaza Muthini”
Maputo, Quarta-Feira, 3 de Fevereiro de 2010
Notícias Foi também um momento de reflexão sobre a nossa tradição, história e cultura, e sobre a necessidade da sua valorização e preservação para as gerações vindouras.
O acto serviu para recordar os feitos dos guerreiros tombados, onde se destacam os nomes de Nwamatibyana, Maguiguana Khossa, Ngungunhane e outros que nessa época fizeram tudo ao seu alcance contra a dominação estrangeira.
09/03/2008
Revisitar Mouzinho de Albuquerque
Brandão Ferreira*
“Essas poucas páginas brilhantes e consoladoras que há na História do Portugal Contemporâneo escrevemo-las nós, os soldados, lá pelos sertões da África, com as pontas das baionetas e das lanças a escorrer em sangue. Alguma coisa sofremos, é certo; corremos perigos, passámos fomes e sedes e a não poucos prostraram em terra para sempre as fadigas e as doenças. Tudo suportámos de boa mente porque servíamos El-Rei e a Pátria, e para outra coisa não anda neste mundo quem tem a honra de vestir uma farda. Por isso nós também merecemos o nome de soldados; é esse o nosso maior orgulho”.
Mouzinho de Albuquerque
(in carta ao Príncipe D. Luis Filipe)
Esta citação foi retirada da carta que Mouzinho escreveu, em 1901, ao Príncipe D. Luis Filipe de quem era Aio. Esta carta por demais notável – e que deveria ser lida e meditada em todas as escolas do País – constitui a síntese do seu pensamento de Homem, de Português e de Militar e reflecte em alto grau a elevada estatura moral do seu autor, espírito superior que não cabia no Portugal de então.
A figura de Mouzinho já foi evocada e estudada de todos os ângulos possíveis; as suas acções como militar, administrador e educador, dissecadas por numerosos autores, e bem assim o seu perfil como Homem, cidadão e o político que nunca foi.
Personalidade complexa, era dotado de grandes qualidades e algumas sombras, como é inevitável em todos os humanos. Mas entre umas e outras, o saldo recai amplamente nas primeiras e tudo deve ser avaliado à luz de um todo e de uma época.
Leia em:
Download a_importncia_de_comemorar_mouzinho_no_centenrio_da_sua_mor.doc
09/12/2007
Em 28 de Dezembro de 1895, Mouzinho de Albuquerque aprisiona Gungunhana. Se o desfecho tivesse sido o inverso, Moçambique existiria hoje?
A HISTÓRIA dos povos faz-se do que aconteceu. Mas se tivesse acontecido ao contrário, como e onde estaríamos agora? Vamos fazer esse exercício? Por isso este o inquérito que agora encontram na coluna da direita deste MOÇAMBIQUE PARA TODOS |
Veja:http://www.vidaslusofonas.pt/ngungunhane.htm
05/03/2006
A HISTÓRIA SECRETA DO IMPERADOR VÁTUA: GUNGUNHANA
Leia tudo em Download gungunhana_magazine.pdf I
n Magazine - Grande Informação de Fevereiro de 2006 Veja também http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2005/12/1895_28_de_deze.html
01/02/2006
COMBATE de MARRACUENE
crónica ilustrada em texto de João Craveirinha
«…Fambane Pambene va-Landííí – Nhimpííí…»Tradução: - «para a frente gente da terra – guerra – ataque» (Em Guaza Muthine, voz de comando do jovem príncipe Ronga, nuã-Matidjuana caZixaxa iMpfumo, chefe da revolta contra as forças coloniais Portuguesas saídas da cidade de Lourenço Marques (caMpfumo), na Terra dos Rongas em Moçambique, actual Província de Maputo).
As forças coloniais (militares portugueses e praças “indígenas” de Angola e da ilha de Moçambique), entrincheiradas num “Quadrado militar clássico”, conseguiram rechaçar os assaltos dos revoltosos Rongas que por duas vezes romperam o “Quadrado” com...
Veja o texto completo em
Download combate_de_marracuene_jc.doc
Nota: Texto sem fotos
JEZEBELA:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2005/04/jezebela.html
MOÇAMBIQUE Feitiços, cobras e lagartos
http://www.macua.org/livros/feiticos.html
As forças coloniais (militares portugueses e praças “indígenas” de Angola e da ilha de Moçambique), entrincheiradas num “Quadrado militar clássico”, conseguiram rechaçar os assaltos dos revoltosos Rongas que por duas vezes romperam o “Quadrado” com...
Veja o texto completo em
Download combate_de_marracuene_jc.doc
Nota: Texto sem fotos
JEZEBELA:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2005/04/jezebela.html
MOÇAMBIQUE Feitiços, cobras e lagartos
http://www.macua.org/livros/feiticos.html
27/12/2005
1895, 28 de Dezembro – Mouzinho de Albuquerque aprisiona Gungunhana em Chaimite, a aldeia sagrada dos angunes.
Recordo a efeméride através de um texto publicado pela Grande Reportagem em 28 de Agosto de 2004.
Aqui apresento algumas fotos retiradas do livro de Maria da Conceição Vilhena "Gungunhana no seu reino":
http://www.macua.org/gungunhana/index.html
Leia aqui
UM HERÓI PARA MOÇAMBIQUE
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