RIA Novosti
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No museu Batalha de Stalingrado, foi inaugurada a exposição Uma vitória para todos, dedicada ao 70º aniversário da vitória das tropas soviéticas na batalha de Stalingrado.
A batalha de Stalingrado foi considerada pelos historiadores e especialistas militares um momento de viragem da Segunda Guerra Mundial. O exército hitleriano não conseguiu se recuperar da derrota arrasadora sofrida nas margens do Volga e os soviéticos convenceram-se de que poderiam vencer o inimigo. A exposição Uma para todos conta o que o povo soviético teve de superar, como teve de se unir em nome do objetivo comum - diz a colaboradora do serviço de imprensa do museu Batalha de Stalingrado, Tatiana Prikaztchikova:
"A exposição assinala o início da contra-ofensiva de nossas tropas em Stalingrado. O próprio nome Uma vitória para todos em certa medida define também seu conteúdo. Pois a Grande Guerra Patriótica uniu todas as pessoas de um grande país, sem diferença de nacionalidade, cargos e títulos. Elas estavam unidas pelo anseio comum de vencer o inimigo".
Documentos, fotografias, objetos pessoais - os visitantes da exposição podem ver mais de 600 peças, que contam o destino de conhecidos chefes militares, simples soldados e civis, de uma forma ou de outra ligados a esta grande e dura vitória em Stalingrado - prossegue Tatiana Prikaztchikova:
"Os visitantes podem conhecer, por exemplo, o feito heróico de quatro soldados do serviço de comunicações da 138ª divisão de artilharia. Justamente esta divisão, sob o comando do coronel Ivan Liudnikov, na segunda metade do outono de 1942 - inverno de 1943, defendeu um pequeno pedaço de terra do povoado da fábrica Barricada, no tamanho de 700 por 400 metros. Cobriram-se de glória os soldados do serviço de comunicações desta divisão, que tinham o prefixo de Rolete. Ele mantiveram seu posto de comunicação durante mais de um mês e não permitiram que o inimigo chegasse ao Volga".
Os visitantes da exposição podem ver uma peça ímpar - fragmentos do manuscrito do marechal de campo alemão Friedrich Paulus, em russo. Paulus foi um do autores do plano de invasão da URSS pela Alemanha - da operação Barbarossa, e em 1942, encabeçando o 6º exército alemão, esteve em Stalingrado cercado. Tendo consciência da situação desesperadora, no fim de janeiro de 1943 ele se rendeu às tropas soviéticas. Quando prisioneiro escreveu suas memórias. Parte das anotações Paulus entregou ao general Mikhail Krivenko, que pessoalmente cuidava da segurança do marechal de campo. A filha do general Krivenko, Tatiana, recorda:
"De 1945 a 1947 meu pai foi chefe do Departamento Central para Assuntos dos Prisioneiros. Sua principal tarefa era a segurança do marechal de campo Paulus, visto que haviam tentado sequestrá-lo e liquidá-lo. Por isso meu pai teve participação direta em sua segurança. Como se sab,e Paulus foi testemunha da parte alemã no processo de Nuremberga".
A batalha de Stalingrado durou 200 dias e 200 noites - foi a maior e mais sangrenta da história mundial. Na defesa da cidade morreram e foram feridos cerca de um milhão de soldados e oficiais soviéticos. Os exércitos do bloco fascista perderam em Stalingrado um quarto de suas forças. A exposição Uma vitória para todos lembra o preço que a vitória sobre o terceiro Reich custou.
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