by Homer Wolf on Wednesday, 9 February 2011 at 12:08 ·
Se já antes, eu andava de sobrolho franzido com a relação à proficuidade daquilo que, eventualmente, pudesse resultar o “Debate da Nação” de ontem – sobre o Pensamento Politico de Samora Machel – nem precisei de ficar 15 minutos de olho no programa, para confirmar as minhas mais sombrias expectativas... para meu próprio descontentamento.
Para já achei discutíveis os critérios usados para aferir o grau de conhecimento e/ou afinidade, dos painelistas, relativamente a Samora e seu pensamento político (ou seria “pensamento revolucionário”?), mas nesse ponto até relevo, imaginando a dor de cabeça que, tanto a produção como o apresentador do programa, devem ter para conseguir reunir um naipe de convidados minimamente satisfatório. E como quem não tem cão caça com gato...
No debate de ontem porém, dada a dimensão da figura em causa, e sobretudo ao que o tema se propunha – esmiuçar o pensamento Político machelista, ou simplesmente “O Machelismo” – nem um rato a montanha conseguiu a parir. Pariu, se calhar uma baratinha, tão tímida, que se escapuliu na amálgama de um rol de ideias fantasiosas e grotescas. Grosso modo, os convidados foram falando repetitivamente das virtudes e sobretudo de certas acções episódicas que Samora levou a cabo em mil-novecentos-e-troca-o-passo, sendo todavia incapazes de estabelecer qualquer conjunto minimamente teorizado de conceitos ou axiomas que pudessem responder à questão de partida: qual foi afinal o “pensamento político” de Samora?...
Para mim, aqueles senhores que falaram ontem na televisão (melhor: andaram “round & round in circles”), foram chatos, enfadonhos e improcedentes. Acaso custava ser claro e dizer qual foi o “pensamento político de Machel” ?... Se custava, então não aceitassem o convite do tal canal... chiças!
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