28/9/2012 11:19, Por Redação, com Reuters - de Beirute
Rebeldes sírios enfrentavam dificuldades nesta sexta-feira para avançar em Aleppo, a maior cidade do país, no segundo dia de uma ofensiva que eles qualificaram como decisiva na revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad.Além de enfrentarem resistência das forças do governo, os rebeldes precisam combater também militantes curdos locais. Combatentes ouvidos por telefone disseram que há intensos combates em vários bairros de Aleppo, polo comercial do país e cenário de um impasse armado que já dura dois meses.
Nenhum dos lados envolvidos parece capaz de impor um golpe decisivo ao inimigo, embora na quarta-feira os rebeldes tenham realizado um atentado a bomba num quartel-general do Exército em Damasco, mostrando a ampliação da sua presença.
Embora os rebeldes não tenham conseguido vitórias expressivas em Aleppo, as forças do governo parecem estar sob intenso ataque em alguns bairros.
A TV estatal disse que “grupos terroristas” tinham disparando morteiros na zona sudeste da cidade, matando três pessoas, inclusive duas crianças, e deixando outros dez feridos.
O ativista Ahmed Abdelrahman disse que os combates atravessaram a noite, e que um avião militar bombardeou prédios perto da localidade de Azaz, a menos de um quilômetro da fronteira com a Turquia.
Equipados com metralhadoras e foguetes caseiros, os combatentes disseram ter a difícil tarefa de combater um inimigo que usa artilharia profissional e caças da Força Aérea.
“Chegamos ao meio (do bairro) de Suleiman al Halibiya e liberamos alguns bairros, então estou otimista. Mas estou preocupado com a nossa organização. Não podemos derrubar o regime. No máximo, acho que podemos avançar algumas das nossas posições”, disse um combatente, pedindo anonimato.
Outros rebeldes disseram à Reuters que uma das unidades de combate na cidade está cercada. Outro afirmou que alguns batalhões estão deixando a linha de frente, ou nem apareceram para o combate.
Há dois meses, rebeldes de áreas rurais do norte da Síria chegaram em grande número a Aleppo, mas tiveram de recuar por causa da falta de munição e do poder de fogo superior das forças de Assad.
Aleppo é crucial para o desenrolar do conflito, que em 18 meses já deixou pelo menos 30 mil mortos.
Potências mundiais assistem ao conflito com assombro, mas são incapazes de chegar a um acordo sobre quais medidas poderiam ser adotadas para resolver a crise.
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