A nossa reacção, como muçulmanos, perante o filme anti-islâmico, intitulado Innocence of Muslims
Prezados Irmãos e Leitores:
Muitos de vós já ouviram falar do“desprezível” filme anti-islâmico, do qual foram divulgados trechos há alguns dias atrás. Este insulto ordinário e desesperado não é o primeiro e não será, certamente, o último. De facto, insultos semelhantes ocorreram durante a vida do Profeta Muhammad [Maomé] (que as bênçãos e paz de Deus estejam com ele). Ele e os seus com-panheiros lidaram com tais ataques com sabedoria, benevolência e amor. Como tal, pedimos a todos vós que ignoreis totalmente esse filme e que não o dignifiqueis vendo tais clips online. Reacções emotivas podem levar a comportamentos irracionais e, subsequentemente, dar armas aos perpetradores do filme como se tem verificado no estrangeiro.
Devemos condenar a reacção injustificada a este filme que se tem verificado no Egipto e na Líbia e o assassínio de pessoas inocentes. Tal reacção afasta-se do exemplo dado pelo Profeta Muhammad (que as bênçãos e paz de Deus estejam com ele) que sempre pregou a mensagem da paz e da misericórdia, conforme poderemos verificar e reflectir, nomeadamente, sobre a célebre súplica do Profeta, proferida nos primórdios do Islão, em Tai’f, conhecida como «A Oração de Tai’f». Por conseguinte, manifestemos sim, firmemente, o nosso protesto contra este filme anti-islâmico, provocativo e desprovido de qualquer valor sobre as origens do Islão e do Profeta. Mas façamo-lo dentro da lei, pacificamente.
Leia emDownload A nossa reacção contra o filme que difama o Profeta Muhammad (s.a.w.)
Veja www.alfurqan.pt
27/09/2012
Afinal quem não quer deixar em paz a quem...?
Fahed Sacoor
Sou um “velho amigo” do Sr Machado da Graça, nestas andanças, essencialmente sobre a religião.
Trocamos de opinião sobre isso. Pensei que com o andar dos tempos e com o nascimento de muitas religiões em Moçambique, o Sr Machado acabaria por se inclinar para uma delas. Bem me parece que não, porque ainda confunde. É que Deus é UM Só – O ÚNICO, embora para chegarmos até Ele, atribuamos-Lhe vários nomes, muito bem inumerados na sua prosa. Vejo que manteve-se incólume na sua teoria ateísta. Homem firme o qual aproveito para mandar um forte abraço.
O Sr Machado da Graça, tem vindo a escrever cartas muito didáticas no Correio da manhã, cujos destinatários são vários. Não sei se realmente as pessoas a quem se dirige o respondem, mas, apesar de eu não ser o Luís a quem escreveu a sua última carta (vou fazer de conta que o sou), para dar a minha visão sobre o seu teor.
21/09/2012
As relações entre a igreja e o Estado depois da independência: nuances, discórdias e perspectivas
O debate se enriquece assim com mais um contributo, mas parece-me que estamos a chegar a um ponto onde temos simplesmente de aceitar que discordamos. Para concluir, quero esclarecer no entanto alguns dos meus argumentos e contrastar as nossas perspectivas.
Na minha entrevista inicial no Canal de Moçambique, de Julho passado, eu afirmei que era difícil promover novas perspectivas na análise de alguns assuntos quando os debates sobre eles oscilam entre posições absolutistas (tudo é unicamente bom, ou unicamente mau). Falava eu da história do nacionalismo, mas está agora claro que é o caso da história da religião também. Sobre a política da Frelimo em relação às igrejas, João Cabrita argumenta que não pode haver nuances ou meio termos, pois “ou há combate, ou não há”. E já que eu trouxe nuances à análise, ele acusa-me de “levantar dúvidas sobre a natureza totalitário do regime após 1975”.
João Cabrita leu os meus textos e sabe muito bem que eu não ponho em dúvida a natureza totalitária do regime após a independência e ainda menos levanto dúvidas sobre o ataque contra religião no país como ele tenta insinuar. Documentei pormenorizadamente este período nos meus trabalhos científicos e até chamei o Estado no fim dos anos 1970 de “Estado Teólogo”. Portanto, o problema não esta aí. O problema é que, para Cabrita, a natureza totalitária do regime após 1975 é absoluta e indiscutível enquanto para mim foi variável e ela é para ser analisada, discutida e debatida.
Leia emhttp://www.canalmoz.co.mz/hoje/23679-as-relacoes-entre-a-igreja-e-o-estado-depois-da-independencia-nuances-discordias-e-perspectivas.html
16/09/2012
A Natureza da Igreja Católica Nacional/Moçambicana
Por Luís Benjamim Serapião
Hoje, há interesse entre o mundo académico em investigar a diferença entre a Igreja Católica Colonial e a Igreja Católica Nacional/Moçambicana que surgiu no período pós-colonial.
A corrente teórica defendida pelo Professor Dr. Eric Morier-Genoud sustenta argumentos que sugerem que houve uma certa continuidade da Igreja Católica Colonial na nova Igreja Católica Nacional /Moçambicana.
Depois de admitir que houve alguma rotura da Igreja Católica Colonial em relação à Igreja Católica Nacional/Moçambicana, Morier-Genoud acrescenta que “houve também muitas continuidades, sejam elas de pessoal, na maneira de operar, ou nas ideias e na teologia”.Tenta persuadir o leitor quando adianta: “Não me parece adequado afirmar que a Igreja Colonial desapareceu em 1975 e que só ficou uma igreja nacional que não gozou ‘de privilégios de qualquer sistema no país’”. Por fim, realça que “ela” (a Igreja Nacional/Moçambicana) guardou elementos após a independência (incluindo algum pessoal colonial e colonialista); e quis guardar todas as propriedades que a Igreja Colonial tinha recebido do poder português.
16/09/2012 in História, Opinião, Política - Partidos, Religião - Igrejas | Permalink|Comments (0)ShareThis
As relações entre a igreja e o Estado depois da independência: nuances, discórdias e perspectivas
Por Eric Morier-Genoud
O debate sobre as igrejas e o Estado após a independência ganhou mais um contributo de João Cabrita a semana passada. Nas primeiras páginas do jornal, ele discorda fortemente com a minha análise das relações entre Estado e instituições religiosas após 1975.
O debate se enriquece assim com mais um contributo, mas parece-me que estamos a chegar a um ponto onde temos simplesmente de aceitar que discordamos.
Para concluir, quero esclarecer no entanto alguns dos meus argumentos e contrastar as nossas perspectivas.
Na minha entrevista inicial no Canal de Moçambique, de Julho passado, eu afirmei que era difícil promover novas perspectivas na análise de alguns assuntos quando os debates sobre eles oscilam entre posições absolutistas (tudo é unicamente bom, ou unicamente mau). Falava eu da história do nacionalismo, mas está agora claro que é o caso da história da religião também. Sobre a política da Frelimo em relação às igrejas, João Cabrita argumenta que não pode haver nuances ou meio termos, pois “ou há combate, ou não há”. E já que eu trouxe nuances à análise, ele acusa-me de “levantar dúvidas sobre a natureza totalitária do regime após 1975”.
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15/09/2012
Renamo pediu apoio à Igreja para facilitar encontro com Frelimo e acabar com a guerra
“Nós estamos a sofrer de fome, comemos lagartixas, não temos comida, não temos roupa, não temos casas onde dormir e passamos todo o tempo a fugir de um lado para o outro, estamos cansados, queremos acabar com a guerra, estamos a sofrer muito”, teria dito Dhlakama citado pelo arcebispo.
Dom Jaime, que dissertava numa palestra denominada de Aula Aberta A busca de Paz para Moçambique, organizada pela Universidade Católica de Moçambique (UCM), como seu contributo para a celebração dos 20 anos de paz, confessou ter ficado surpreendido pela iniciativa de Afonso Dhlakama, uma vez que, tendo ele ido procurar a Renamo para convencê-la a aceitar conversar para acabar com a guerra, sentiu um grande alívio, “porque eu nem sabia como começar a conversa”.
“Felizmente que ele é que começou a falar e eu respondi: ‘Nós também na cidade sofremos, e começou o diálogo com o Dhlakama desta maneira’ e no fim eu perguntei: olhá lá presidente, porque é que vocês estão a fazer a guerra?”.
Ele respondeu “porque não queremos o comunismo em Moçambique”.
“E como vamos fazer para acabar com isto”?
“Queremos diálogo com a Frelimo”, respondeu Dhlakama, acrescentando :“Peço que a igreja nos ajude”.
14/09/2012
A Natureza da Igreja Católica Nacional/ Moçambicana
Os médicos continuaram a usar os hospitais que os colonialistas deixaram; os políticos passaram a viver e a trabalhar nas residências que os dirigentes colonialistas habitavam. A Igreja Católica Nacional/ Moçambicana, como todas as demais instituições no país, assumiu e perpetuou as infra-estruturas religiosas deixadas pelo governo português. No entanto, nunca foi considerado como um privilégio o facto de os médicos usarem as infra-estruturas físicas de saúde herdadas do colonialismo, nem tão pouco um privilégio os governantes do Moçambique pós-colonial passarem a habitar as residências dos antigos chefes colonialistas.
Hoje, há interesse entre o mundo académico em investigar a diferença entre a Igreja Católica Colonial e a Igreja Católica Nacional/Moçambicana que surgiu no período pós-colonial. A corrente teórica defendida pelo Professor Dr. Eric Morier-Genoud sustenta argumentos que sugerem que houve uma certa continuidade da Igreja Católica Colonial na nova Igreja Católica Nacional /Moçambicana Depois de admitir que houve alguma rotura da Igreja Católica Colonial em relação à Igreja Católica Nacional/Moçambicana, Morier-Genoud acrescenta que ʺhouve também muitas continuidades, sejam elas de pessoal, na maneira de operar, ou nas ideias e na teologia”.Tenta persuadir o leitor quando adianta: ʺNão me parece adequado afirmar que a Igreja Colonial desapareceu em 1975 e que só ficou uma igreja nacional que não gozou ‘de privilégios de qualquer sistema no país’”. Por fim, realça que ʺela (a Igreja Nacional/Moçambicana) guardou elementos após a independência (incluindo algum pessoal colonial e colonialista); e quis guardar todas as propriedades que a Igreja Colonial tinha recebido do poder português.
Leia emhttp://www.canalmoz.co.mz/hoje/23643-a-natureza-da-igreja-catolica-nacionalmocambicana.html
10/09/2012
Ambiguidades e Contradições
Eric Morier-Genoud levanta dúvidas quanto à natureza totalitária do projecto político da Frelimo, posto em prática pelo governo por ela dirigido durante a 1ª República. Morier-Genoud é omisso quanto ao teor desse projecto, deixando no ar a ideia de que se trataria de algo subjectivo, situado entre o “não todo bonito” e o “não todo feio”.
Define-se como sistema totalitário aquele em que um governo exerce controlo absoluto e centralizado sobre todos os aspectos da vida social, política e económica, em que o cidadão está totalmente subordinado à autoridade absoluta do Estado. São sistemas de partido único, em que é proibida a expressão política e cultural contrárias. Não existe nesses sistemas a separação dos poderes executivo, judicial e legislativo.
O projecto da Frelimo não responsabilizava o executivo perante o legislativo, mas perante o partido. Tanto assim é que a Constituição da República Popular de Moçambique foi elaborada pela Frelimo e aprovada pelo seu Comité Central para vigorar como Lei Fundamental do país. A Constituição continha todos os traços comuns aos sistemas totalitários. A nível do poder legislativo, lê-se no Art. 37 da Constituição que a Assembleia Popular, descrita como “o mais alto órgão legislativo da República Popular de Moçambique”, era exclusivamente constituída por membros da Frelimo ou de pessoas escolhidas por esta formação politica.
Leia emhttp://www.canalmoz.co.mz/hoje/23616-ambiguidades-e-contradicoes.html
03/09/2012
Curandeiros e igrejas evangélicas brasileiras disputam clientes
As igrejas são acusadas pela Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique (AMETRAMO) de tentarem descredibilizar a medicina tradicional, tentando convencer a população para não optar por este tipo de medicina e recorrer às igrejas para resolver os problemas espirituais.
Durante uma entrevista concedida ao Canalmoz o porta-voz da AMETRAMO, Francisco Mathe, no âmbito da comemoração do dia internacional da medicina tradicional africana, atirou-se contra as igrejas que dizem ter poder de cura.
Leia emhttp://www.canalmoz.co.mz/hoje/23575-curandeiros-e-igrejas-evangelicas-brasileiras-disputam-clientes.html
03/09/2012 in Antropologia - Sociologia, Religião - Igrejas, Saúde | Permalink|Comments (0)ShareThis
02/09/2012
Perigosíssimo precedente: dos equívocos de um bando de tratantes a um acto de capitulação, da parte do Governo
São 21 horas de sexta-feira, dia 24 de Agosto. Estou aterradíssimo.
Depois de ter lido na imprensa, nos dias 20 e 22 do mesmo mês, arengas de um tal “MIMO” e de um não menos despiciendo“Conselho de Álimos de Nampula”, a que se seguiu uma série de actos lesivos da normalidade democrática, protagonizados por essa cambada, pelo que acabei de ver, nos jornais televisivos desta noite, sinto, cada vez mais próximo, aquilo que sempre temi e contra o qual, para as páginas dos jornais, desde 1995 venho lutando: a instauração em Moçambique de um Estado Teocrático Islâmico, obviamente precedido de uma Jihad (Guerra santa!) que grupos integristas visando fins políticos alegam ou fingem protagonizar, apenas e só por motivos“religiosos”, que dizem representar.
Este é o primeiro equívoco.
Os que se assinam para as páginas dos jornais, pretensamente em nome dos “muçulmanos”, da “comunidade asiática”,etc., não podem apresentar nenhum documento que os credencie para se pronunciarem como tais, a despeito de ostentarem títulos de Sheiks, Imamos, e sei lá que mais. Igualmente não podem provar procuração da parte da “comunidade asiática”. Talvez seja mais fácil para nós outros, com referência a alguns dos que os vimos desfilar nos ecrãs, identificá-los como mainatos dos antecedentes, que os usam a eles como a inocentes úteis.
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31/08/2012
Movimento Islâmico cancela manifestação prevista para hoje
Maputo, Sábado, 1 de Setembro de 2012:: Notícias
Amade Camal, porta-voz do movimento, disse ontem a jornalistas que o Governo disponibilizou-se para o diálogo, facto que faz com que estejam ultrapassadas as motivações avançadas para a realização da manifestação para além de que a mesma poderia ser confundida com outra que estaria a ser organizada pelos desmobilizados de guerra.
“A marcha ficou desconvocada. Este manifesto foi entregue ontem ao Governo, anunciando a desconvocação. O fim da marcha era entregar este manifesto ao Governo. Agradecemos todas as organizações que se disponibilizaram a se juntar a nós na manifestação, mas julgo que fomos ultrapassados pelo diálogo e simultaneamente soubemos que está marcada uma marcha dos desmobilizados para o mesmo dia e tivemos receio de que se podia confundir uma coisa com outra e por razões de segurança dos nossos marchantes decidimos cancelar”, disse Camal.
“A marcha ficou desconvocada. Este manifesto foi entregue ontem ao Governo, anunciando a desconvocação. O fim da marcha era entregar este manifesto ao Governo. Agradecemos todas as organizações que se disponibilizaram a se juntar a nós na manifestação, mas julgo que fomos ultrapassados pelo diálogo e simultaneamente soubemos que está marcada uma marcha dos desmobilizados para o mesmo dia e tivemos receio de que se podia confundir uma coisa com outra e por razões de segurança dos nossos marchantes decidimos cancelar”, disse Camal.
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Igreja católica recupera instalações do Instituto Joaquim Marra e estudantes ficam sem aulas
Aquelas instalações foram nacionalizadas pelo Estado a 24 de Julho de 1977.
Os estudantes do Instituto Industrial e Comercial Joaquim Marra, na cidade de Chimoio, estão sem salas de aulas desde o início deste ano, devido ao processo da entrega das instalações reclamadas pela Igreja Católica como sua pertença, tendo o Estado cedido à reclamação.
Neste momento, segundo explicou o director daquele estabelecimento de ensino médio, Zacarias Macaringue, os estudantes estão ter aulas em salas emprestadas da sede do partido Frelimo, oito salas da Escola Secundária Samora Machel e quatro da Escola Secundária da Soalpo, mas falta ainda a sala de mecanização, dado que os equipamentos ainda permanecem nas antigas instalações que passaram, desde o princípio deste ano, a ser novas instalações da Universidade Católica de Moçambique.
De referir que aquelas instalações foram nacionalizadas pelo Estado a 24 de Julho de 1977, dois anos depois da Independência de Moçambique.
Quando o Estado laico é louco
“O argumento da raça ou da tribo é um expediente fácil de usar, não precisa de manual de instruções e pode ter efeitos espectaculares. Em vez de se debater ideias, abate-se o outro” – Mia Couto in os Falsaportes.
A recente agitação dos muçulmanos veio mais uma vez mostrar o tipo de Estado que temos e qualidade do nosso debate público.
Até porque já dizia o Professor Elísio Macamo que o desenvolvimento de um país mede-se pelo seu nível de debate. Não precisa fazer inquérito para perceber a tendência das opiniões em relação ao assunto. Mas é preciso analisar a questão baseando-se na lógica dos acontecimentos.
Os muçulmanos cansaram-se de comentar entre eles os raptos seguidos de sequestros dos seus familiares e os consequentes pedidos milionários de resgate. A Polícia, como sempre, prometeu “investigar os casos”. Aliás, inovou: apresentou uns tais que se dizem ser os supostos raptores que tinham treze biliões de meticais que mais tarde já só eram três biliões. Só que os raptos não pararam. A saga continuou e atingimos a casa dos mais de 20 raptos. Não vamos ser hipócritas nem invocar a negritude: estão a ser raptados cidadãos (moçambicanos) de descendência asiática que desenvolvem actividade comercial. Gente tradicionalmente com muito dinheiro.
Perante todo este clima de insegurança, qualquer pessoa normal podia indignar-se e fazer algo (até mesmo por instinto) para convocar a si a segurança a que tem por direito, enquanto cidadão. Foi o que os muçulmanos fizeram. Obviamente que pela sequência dos raptos e pela lentidão no esclarecimento de outros sentiram que a Polícia está inoperante.
Quando se reuniram, os muçulmanos organizados em comunidade ou sociedade decidiram que tinham de fazer algo porque os seus familiares estão a “acabar”. Decidiram exigir segurança. E é aqui onde está o turbilhão que nos faz perder. Os muçulmanos votaram no partido que lhes prometeu segurança e paz, para desenvolverem o que melhor sabem fazer: comércio, o que depois se transformou em contrato social com o Estado. Não vendo a segurança e a paz que outrora lhes foram prometidos, nada de errado fizeram senão exigir: “senhores onde está a segurança que prometeram”? É que no lugar de segurança estão a ser servidos raptos.
Leia emhttp://www.canalmoz.co.mz/hoje/23567-quando-o-estado-laico-e-louco.html
30/08/2012
Restauração espiritual com o Jejum do Mês de Ramadão
Um dos principais propósitos do jejum do Ramadão é restaurar no indivíduo a Taqwa(Elevada Consciência na Omnipresença de Deus).
Convém precisar que o jejum — como prática para elevar a cons-ciência espiritual — foi igualmente prescrita por Deus para os povos do Livro (judeus e cristãos).
O Sagrado Alcorão reza:
«Ó crente! Foi-vos prescrito o jejum tal como também o foi a vossos antepassados, para que temais a Deus» (2:183).
É interessante mencionar que o Profeta Muhammad (s.a.w. = que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) dizia: o jejum é um escudo de protecção; pelo que deduzimos que o jejum não somente envolve aspectos religiosos de purificação, mas também um benefício de resguardo corporal e espiritual, tal como a ablução diária – o whudu (ritual de purificação); o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele) disse: «al whudu silah-ul-muslim», ou seja, literalmente, a ablução é uma arma, um escudo, uma protecção para o muçulmano.
Leia tudo em Download RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL RAMADÃO
Igrejas e Estado em Moçambique após a independência
O Prof. Dr. Luís Benjamin Serapião e João Cabrita debruçaram-se nas páginas centrais do Canal de Moçambique de 15 de Agosto de 2012 sobre o assunto das igrejas e do Estado em Moçambique.
Isto veio porque eles queriam contestar alguns elementos contidos na entrevista que eu dei ao mesmo jornal no mês anterior.
Agradeço o contributo destes dois intelectuais e aprecio o debate que emerge assim nas páginas da vossa publicação. Queria, no entanto, esclarecer, nas linhas a seguir, algumas minhas posições que me parece terem sido mal representadas assim como trazer algumas contribuições adicionais.
Para começar, o Prof. Dr. Serapião avança o argumento de que teria havido na história de Moçambique duas igrejas católicas, uma colonial e outra nacional/moçambicana. Concordo com esta análise no geral e acho que é um ponto importante para bem entender a história da igreja no país e a força que ela teve antes e, ainda mais, depois da independência. Pois, se tivesse havido só uma igreja colonial, como teria a igreja conseguido continuar a existir depois de 1975?
Leia emhttp://www.canalmoz.co.mz/hoje/23559-igrejas-e-estado-em-mocambique-apos-a-independencia.html
29/08/2012
Aumenta número de jovens que querem ser padres
No Seminário Teológico Pio X, em Maputo, que nesta altura tem cerca de 80 seminaristas em fase final de formação para se tornarem sacerdotes, a mensagem parece ser unânime: todos os alunos que ali estão querem “servir Deus e a igreja” católica.
Inaugurado em 1968, o edifício foi nacionalizado pelo Governo no período de pós-independência, tendo regressado “ao serviço da igreja” em 1993.
Para os jovens moçambicanos que frequentam os seminários propedêuticos do país - nove no total- o Pio X é a última etapa que encontram antes de alcançarem o que dizem ser o seu grande propósito de vida: a resposta ao “chamamento de Deus”.
28/08/2012
CONSTRUIR A DEMOCRACIA PARA PRESERVAR A PAZ
Às comunidades cristãs
e aos homens e mulheres de boa vontade
- Aproximando-se o 20º aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz em Roma, em 4 de Outubro de 1992, nós, os membros do Conselho Permanente da CEM, reunidos na nossa segunda sessão anual, em nome dos Bispos Católicos de Moçambique, queremos, com a nossa solicitude de pastores e como cidadãos, refletir convosco sobre o caminho feito nestes 20 anos do Acordo Geral de Paz e da incipiente convivência democrática, para apreciarmos os frutos positivos alcançados, discernir o que ainda precisa de ser consolidado e chamar a atenção para alguns constrangimentos e ameaças no processo da construção de um Moçambique independente, soberano, pacífico e capaz de assegurar a prosperidade e o bem-estar para todos.
27/08/2012
Bispos católicos denunciam “autoritarismo” nos partidos políticos
A Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) denuncia “práticas autoritárias” nos partidos moçambicanos e considera que a paz e a democracia podem estar em perigo, devido à “intolerância” entre as duas principais formações políticas, Frelimo e Renamo.
Em “Nota Pastoral às Comunidades Cristãs e aos Homens e Mulheres de Boa Vontade”, citada pela “Lusa”, a CEM alerta ainda para o risco de os recursos naturais que estão a ser descobertos no país tornarem-se num pesadelo.
O documento, de 20 páginas, diz que o país vive o paradoxo de ter partidos que se declaram democráticos, mas que pautam pelo autoritarismo na sua vida interna.
Só o chefe do Estado conseguiu conter revolta dos muçulmanos
“Fomos recebidos hoje (ontem) pelo Chefe do Estado que prometeu se empenhar acima do normal no combate à criminalidade”, Ahmand Camal explicando ao Canalmoz porque a comunidade Muçulmana desistiu da desobediência civil
- No próximo sábado os Muçulmanos irão marchar até ao Gabinete do Primeiro Ministro
Já não haverá paralisação das actividades comerciais e industriais a partir de amanhã, como medida promovida pelos Muçulmanos, Hindus e Ismaelita em protesto contra a alegada inacção das autoridades governamentais no combate aos raptos no País. Foi preciso a intervenção do Presidente da República, Armando Guebuza, para conter a revolta dos Muçulmanos.
Reunidos na noite de ontem em Maputo, o grupo que anunciara medidas de desobediência civil dentre as quais o encerramento do comércio, a partir de hoje até a próxima quarta-feira, disse que já não vai avançar com estas medidas.
Lembre-se que este grupo havia reunido na sexta-feira com o Ministro do Interior, Alberto Mondlane, para discutir precisamente a questão dos raptos, mas não ficou satisfeito. Queria o topo da direcção da Administração Pública a dialogar com eles: o chefe do Estado,que teve que ceder.
O empresário Ahmad Camal foi o porta-voz do grupo que ele denominou “movimento islâmico”. Disse que na reunião da noite de ontem “decidimos que devíamos suspender as manifestações amanhã”.
Perguntamos porque razão houve recuo e Ahmad Camal explicou que foi devido à intervenção do chefe do Estado, Armando Guebuza.
“Na sequência das várias reuniões que tivemos com o Governo, hoje (ontem) fomos recebidos pelo Chefe do Estado, donde saiu um acordo e compromisso de que nós deveríamos suspender a greve. O chefe do estado iria se empenhar acima do normal no combate ao crime”, disse Ahmad Camal ao Canalmoz em contacto telefónico devidamente gravado.
Leia emhttp://www.canalmoz.co.mz/hoje/23525-so-o-chefe-do-estado-conseguiu-conter-revolta-dos-muculmanos.html
Muçulmanos divididos
Nunca houve consenso no seio da comunidade Muçulmana em Moçambique, quanto às medidas de reacção ora anunciada e depois adiadas, de reacção aos sequestros dos empresários. Na reunião havida na sexta-feira passada em Maputo, que juntou membros das comunidades Muçulmana, Hindu e Ismaelita, foi deliberado que a partir de hoje estes grupos que detêm o grosso do comércio em Moçambique, deviam paralisar as actividades, mas logo houve membros da comunidade Muçulmana que se rebelaram contra a medida e criticaram-na.
É o caso de Abdul Karim, Proprietário e CEO do Grupo comercial Gringo. Karim foi dos poucos que formalizou a sua repulsa às deliberações das comunidades Muçulmana, Hindu e Ismaelita. Escreveu uma missiva aos porta-vozes do Grupo e“criticar” as medidas anunciadas.
Comunicado de pressão ao Governo
Eis o comunicado distribuído pelas comunidades referidas anunciando medidas contra o Governo e Partido no Poder.
“SOCIEDADE MUÇULMANA, HINDU e ISMAELITA
Comunicado de Imprensa
Leia emhttp://www.canalmoz.co.mz/hoje/23526-muculmanos-divididos.html
26/08/2012
O comércio estará aberto: Hindus distanciam-se dos muçulmanos
Maputo, Segunda-Feira, 27 de Agosto de 2012:: Notícias
Os hindus justificam a sua posição pelo facto de a ideia de paralisação ser ilegal e prejudicar os moçambicanos que no geral sofrem as consequências do recrudescimento da criminalidade no país.
Em conferência de Imprensa ao fim da tarde de ontem, Naguindás Manmoandás, presidente da comunidade hindu, disse que os membros da sua agremiação não vão deixar de pagar impostos nem de votar porque estas ameaças nunca foram discutidas.
Em conferência de Imprensa ao fim da tarde de ontem, Naguindás Manmoandás, presidente da comunidade hindu, disse que os membros da sua agremiação não vão deixar de pagar impostos nem de votar porque estas ameaças nunca foram discutidas.
Frelimo repudia tentativa “maquiavélica” dos muçulmanos
“Repudiamos a tentativa maquiavélica de misturar a religião, crime e raça”, disse o Porta-voz da VII Sessão Ordinária do Comité Central da Frelimo, Edson Macuácua.
Falando hoje, em conferência de imprensa, no município da Matola, local que acolhe aquela magna reunião da Frelimo, Macuácua, que se solidarizou com as vítimas dos sequestros, apelou ao diálogo, concórdia e harmonia no seio da sociedade moçambicana.
De acordo com Macuácua, no lugar de se tomar este tipo de posicionamento devia se procurar formas de incrementar a colaboração para com as instituições de justiça por forma a se resolver qualquer que seja o problema.
Sexta-feira última, membros das comunidades muçulmana, hindu e ismaelita, ameaçaram encerrar os seus estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços a partir de segunda-feira, por três dias, a escala nacional, em protesto a onda de sequestros de cidadãos sobretudo de origem asiática.
Os membros destas comunidades apelaram a todos os moçambicanos para efectuarem as compras de produtos de primeira necessidade até Domingo.
A ameaça poderá estender-se a uma campanha de desobediência fiscal.
Caso não se registem melhorias na segurança, eles ameaçam ainda avançarem com votos contra o partido Frelimo e seu candidato as presidenciais de 2014.
RM – 25.08.2012
25/08/2012
MEMÓRIAS
Decorria o ano de 1972 quando, no cargo oficial do governo português, como Administrador de Posto do Zóbuè, em Moçambique, recebi um Padre no meu gabinete. Vestido de branco, cabeção ao pescoço, inspirava respeito, na sua postura séria e tensa. Vinha denunciar uma injustiça feita aos naturais daquelas terras, e exigir reparação.
Perante a posição que assumi, de que não tolerava que acontecessem situações como aquela que relatava, ofereceu-se como testemunha, para o processo que teria de abrir. Até tudo terminar, foi um aliado atento ao meu lado.
Fiquei a saber que era o reitor de um seminário, a poucos quilómetros daquele local, e, ao mesmo tempo, assistia espiritualmente todo o enorme território daquele Posto Administrativo, de fronteira extensa com um país chamado Malawi.
24/08/2012
Moçambique: Raptos provocam ameaça de desobediência civil
Muçulmanos, Hindus e Ismaelitas querem acção do governo contra onda de raptos. Ameaçam não pagar impostos e boicotar eleiçõesAs comunidades muçulmana, Hindu e ismaelita residentes em Maputo, ameaçaram hoje com manifestações e desobediências públicas á escala nacional, para protestar a ineficácia policial contra a onda de raptos no país.
A ameaça, que pela primeira vez atingiu o pior tom de sempre em termos de ameaças, foi feita nesta Sexta-feira, após uma reunião das três comunidades, em resposta a mais um sequestro ocorrido na noite desta quinta-feira em Maputo.
A mais recente vítima é uma jovem, sobrinha de um ex empresário de origem asiática, assassinado há dois meses, a saída de uma mesquita em Maputo.
Segundo o deputado da Assembleia da República, Ismael Mussá, que foi o porta-voz do encontro, para além de manifestações pacíficas, as três comunidades ameaçam com acções de desobediência fiscal e boicote aos próximos ciclos eleitorais.
Depois de ter vindo a público apresentar supostos autores dos sequestros, mais dois casos e uma tentativa de rapto foi registado em Maputo.
Reagindo a estas situações, a polícia veio a público dizer que afinal, poderia haver outros grupos por detrás dos raptos, contudo, o facto é que a polícia continua a ser posta à prova, situação que é agora extensiva a todo o governo.VOA –24.08.2012
Depois de ter vindo a público apresentar supostos autores dos sequestros, mais dois casos e uma tentativa de rapto foi registado em Maputo.
Reagindo a estas situações, a polícia veio a público dizer que afinal, poderia haver outros grupos por detrás dos raptos, contudo, o facto é que a polícia continua a ser posta à prova, situação que é agora extensiva a todo o governo.VOA –24.08.2012
A propósito de raptos de cidadãos de origem asiática
23/08/2012
Governo autoriza uso do lenço muçulmano nas escolas
A decisão foi tomada ontem, à tarde, em reunião havida no Ministério da Justiça, entre a ministra da Justiça, Benvinda Levi; o ministro da Educação, Zeferino Martins; e líderes de diversas organizações muçulmanas, entre os quais os “sheiks” David Cássimo, Abdul Carimo, Aminnuddin, entre outros. Segundo apurámos, os líderes muçulmanos questionaram as razões por que as muçulmanas são proibidas de usar lenços nas escolas se as freiras católicas o fazem sem nenhuma consequência. Benvinda Levi defendeu o diálogo.
O PAÍS –23.08.2012
21/08/2012
Teólogos muçulmanos ameaçam cortar colaboração com a Frelimo
A comunidade muçulmana desafia o Governo a “pedir desculpas (públicas) aos muçulmanos pela ofensa, além de autorizar as mulheres muçulmanas o uso do véu na imagem fotográfica de documentos de identificação, tais como (Bilhete de identidade, passaporte, carta de condução, cartão de eleitor etc.)”
Está declarada a guerra! A Comissão dos Álimos (teólogos) de Nampula emitiu, no passado dia 11 de Agosto em curso, uma deliberação na qual não só desafia o Governo a “pedir desculpas aos muçulmanos pela ofensa, via imprensa” como também ameaça cortar colaboração com o executivo e com o partido Frelimo.
No dia seguinte (12 de Agosto), elaboraram, em resposta aos referidos comunicados do Ministério da Educação (MINED), atinente ao uso do véu nas escolas públicas, privadas e particulares, uma exposição que foi encaminhada ao Conselho de Ministros, em que apresentam a sua preocupação pelos “constantes pronunciamentos e decisões do Ministério de Educação”.
19/08/2012
Combater as igrejas para erradicar a religião
Na análise das relações Estado- Igrejas no período pós-independência, Eric Morier-Genoud defendeu que a política do regime da Frelimo visava pôr fim a uma suposta hostilidade da Igreja Católica para com as demais confissões religiosas, e acabar com uma espécie de monopólio detido por essa igreja.
Esses não constituíram os factores determinantes da política do regime para com as igrejas. Em 1975 não era discernível qualquer hostilidade entre as várias confissões religiosas, nem tão pouco as igrejas regiam-se por esquemas monopolistas. Bem antes do «25 de Abril», assistia-se a uma tentativa do regime vigente de atrair para a esfera de influência do poder colonial a vasta comunidade muçulmana, sendo de destacar o papel do governador-geral, Rebelo de Sousa, junto de líderes islâmicos do norte de Moçambique.
Hindus, protestantes e outras confissões religiosas actuavam livremente. Perseguidas no Malawi, as Testemunhas de Jeová encontrariam guarida em Moçambique durante a vigência da administração colonial.
Em suma, seria um contra-senso o regime da Frelimo pretender pôr fim a algo inexistente.
A questão de fundo foi outra, e tem necessariamente de ser vista à luz do projecto político do regime da Frelimo. Tratava-se de um projecto de índole totalitária, e projectos deste tipo não prevêem poderes paralelos.
Caso da Igreja Católica em Moçambique
Acabo de ler a entrevista que o Canal de Moçambique teve com o Professor Dr. Eric Morier-Genou. Achei, por isso, oportuno escrever uma breve recapitulação do caso da Igreja Católica em Moçambique.
Um estudo da Igreja Católica em Moçambique demonstra que houve dois tipos de Igrejas católicas no país – Igreja Católica Colonial, e Igreja Católica Nacional/Moçambicana. A Igreja Católica Colonial teve a sua origem nos séculos quinze e dezasseis, na era da expansão portuguesa em África. O papado aplaudiu, concedeu o poder de posse, e remunerou Portugal por meio de bulas tais como a Illius Qui Se, de Eugénio IV (19 de Dezembro de 1442), a Romanus
Pontifex (8 de Janeiro de 1454), a Eaquae Pro Bono Pacis de Júlio II (24 de Janeiro 1507), só para mencionarmos alguns exemplos. Nesta altura, o papado usou Portugal para expansão da cristandade em África. É assim que se iniciaram as boas relações com a Igreja Católica.
Islâmicos denunciam "dificuldades das mulheres em se vestirem" segundo a sua religião
Num comunicado por ocasião do Ide-Ul-Fitre, festividade muçulmana que assinala o fim do mês do Ramadão, o MIMO manifesta a sua apreensão "quanto ao aparente desconhecimento dos direitos religiosos consagrados na Constituição".
Como exemplo, a organização cita "as dificuldades das mulheres em se vestirem de acordo com os princípios da sua religião", uma questão que tem sido polémica em Moçambique.
Muçulmanos de todo o mundo celebram este domingo o fim do Sagrado Mês de Ramadão por M. Yiossuf Adamgy
Segundo o anúncio da maioria dos países árabes (Qatar, Arábia Saudita, Jordão, Egipto e Kuwait) no sábado concluiu-se o mês de Ramadán, e consequentemente, hoje, domingo, é dia de Eid-ul-Fitre.
Assim o anunciou o Comitê de Observação Lunar em Qatar, declarando que sábado culmina o mês sagrado de Ramadán e domingo começa a lua de Shawwal, sendo o dia de Eid-ul-Fitre.
Igualmente anunciou a Corte Suprema de Justiça em Arábia Saudita, dizendo que no “sábado completa-se o mês sagrado do Ramadán, e o domingo é dia de Eid-ul-Fitre”.
17/08/2012
O Caso da Igreja Católica em Moçambique
Acabo de ler a entrevista que o Canal de Moçambique/ Canalmoz teve com o Professor Dr. Eric Morier-Genou. Achei, por isso, oportuno escrever uma breve recapitulação do caso da Igreja Católica em Moçambique.
Um estudo da Igreja Católica em Moçambique demonstra que houve dois tipos de Igrejas católicas no país – Igreja Católica Colonial, e Igreja Católica Nacional/Moçambicana. A Igreja Católica Colonial teve a sua origem nos séculos quinze e dezasseis, na era da expansão portuguesa em África. O papado aplaudiu, concedeu o poder de posse, e remunerou Portugal por meio de bulas tais como a Illius Qui Se, de Eugénio IV (19 de Dezembro de 1442), a Romanus Pontifex (8 de Janeiro de 1454), a Eaquae Pro Bono Pacis de Júlio II (24 de Janeiro 1507), só para mencionarmos alguns exemplos. Nesta altura, o papado usou Portugal para expansão da cristandade em África. É assim que se iniciaram as boas relações com a Igreja Católica.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/23477-o-caso-da-igreja-catolica-em-mocambique.html
15/08/2012
Arcebispo de Maputo defende alternância do poder
Numa entrevista ao jornal O País, editado em Maputo, Francisco Chimoio, arcebispo de Maputo e vice-presidente da Conferência Episcopal disse que em democracia "é necessário aceitar pessoas de outros partidos, para que se possam exprimir", porque "isso dá saúde à própria democracia".
Chimoio apelou à Frelimo, partido no poder há 37 anos, a "aceitar os outros" e a acabar com a partidarização do Estado.
"O partido [Frelimo] praticamente tem muitas exigências no que toca aos seus membros e também chega a exigir, que para ter emprego, é preciso ser membro do partido. Isso limita muita gente, não devia ser assim num estado democrático", referiu.
Questionado sobre as recentes descobertas de minérios, o arcebispo considerou haver "falta de transparência" na gestão dos recursos naturais, defendendo a "distribuição equitativa da riqueza".
13/08/2012
Lenço nas escolas só no período do Ramadão
Maputo, Terça-Feira, 14 de Agosto de 2012:: Notícias
Por Despacho do Ministro da Educação, Zeferino Martins, de 10 de Agosto corrente, esta decisão revoga a circular 1387/2012, de 31 de Julho, que indicava que o uso do lenço era permitido apenas quando os encarregados de educação assim o requeressem ao director da escola com antecedência mínima de 15 dias em relação ao início do Ramadão.
02/08/2012
Convite/Informação sobre a 19ª. Feira do Livro Islâmico em Portugal
31/07/2012
Governo da Frelimo viola AGP
– afirma Dom Jaime Pedro Gonçalves em Nova Sofala, sua terra natal, em homilia em que falou da Integração da Segurança da Renamo na PRM e formação integral de exército único, na presença de um ex-ministro do Interior, coronel Manuel António
Adelino Timóteo
O recém-reformado Arcebispo da Beira, Dom Jaime Pedro Gonçalves, manifestou-se insatisfeito pelo incumprimento do postulado do Acordo Geral de Paz (AGP), por parte do Governo, o que resulta no facto de a Renamo dispor ainda de força residual em Marínguè, oficialmente tida em número de 150 elementos, mas que tem vindo a oscilar, chegando o próprio presidente da “perdiz” a afirmar que dispõe de uma segurança armada de três mil homens. Falando há dias em Nova Sofala, sua terra natal, onde foi realizar missa no âmbito da sua aposentação, num estilo didáctico que perpassou pelo memorial do tempo em que ele próprio foi mediador do AGP, assinado há 20 anos em Roma, capital da Itália, Dom Jaime Gonçalves historiou à população local o labiríntico processo que foi a ardilosa negociação que levou ao entendimento entre os então beligerantes (Frelimo e Renamo), isto é, ao Acordo de Paz de Roma a 04 de Outubro de 1992, que permitiu que terminasse a Guerra Civil que durava há 16 anos.
29/07/2012
A PROPÓSITO DE EVANGELIZAÇÃO
Então, o batismo e todos os restantes sacramentos têm a sua razão de ser. Da mesma forma as suas regras, os seus mandamentos. Além disso, todos os seus aderentes têm uma postura social, de acordo com os valores da sua religião.
Mas existem outros cristãos, que querem ir para além de tudo isto, e consagram-se a esse mesmo Deus, para fazerem das suas vidas uma dádiva em serviço e favor, do espírito dessa boa notícia, que conhecem.
São as Freiras, Frades, Padres, Bispos, Cardeais, terminando na cúpula, com o Santo Padre. Consagraram-se para poderem dar Deus aos outros, orientar espiritualmente o seu “rebanho”. É a hierarquia da igreja, e os seus membros são tidos em grande consideração e respeito pelos cristãos.
24/07/2012
Erros Comuns Praticados no Ramadão
A maioria dos muçulmanos que pratica o jejum durante o Ramadão concentra-se nos seus benefícios e recompensas. Ao fazê-lo, é frequente cometer-se erros, que em vez de enriquecerem a nossa experiência e recompensa, a diminuem.
"A recompensa daquele que guia os outros para a prática do bem é semelhante à daquele que o pratica." (Abu Dawud)
Prezados Irmãos,
Assalamu Alaikum W.W.
A maioria dos muçulmanos que pratica o jejum durante o Ramadão concentra-se nos seus benefícios e recompensas. Ao fazê-lo, é frequente cometer-se erros, que em vez de enriquecerem a nossa experiência e recompensa, a diminuem. Erros que nos podem levar a comercializar o Ramadão, da mesma forma que tantas outras religiões comercializaram os seus dias sagrados. InchaAllah, o que se segue serve como lembrete, em primeiro lugar para mim próprio e depois para todos os muçulmanos. Que Deus (ár. Allah) nos ajude a usar o nosso tempo de forma sábia durante este Ramadão e nos ajude a evitar esses erros. Ámen!
EIS ALGUNS ERROS:
1. Entender o Ramadão como um ritual:
Leia tudo aqui http://www.alfurqan.pt/view_tema.asp?ID=153
20/07/2012
Muçulmanos em Ramadão
Estão isentos desta prática, que constitui um dos pilares do Islão, os idosos, doentes, as crianças, os viajantes, as mulheres grávidas ou em fase de aleitamento de seus filhos. Durante o Ramadão, os muçulmanos acordam antes do nascer do sol para preparar e tomar a sua primeira refeição, entrando depois para um período de sacrifício que deve quebrar, obrigatoriamente, logo após o pôr-do-sol, com um ritual designado “Iftar”.
NOTA:
Aos muitos amigos do MOÇAMBIQUE PARA TODOS, que vão entrar no período do Ramadão, votos de felicidades.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
NOTA:
Aos muitos amigos do MOÇAMBIQUE PARA TODOS, que vão entrar no período do Ramadão, votos de felicidades.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
18/07/2012
Merkel contra o 'Não' à circuncisão
"Eu não quero que a Alemanha se torne no único país do mundo onde os judeus não podem praticar os seus ritos. Nesse caso, tornar-nos-íamos uma nação ridícula", afirmou a chanceler numa reunião do partido conservador CDU, citada pelo jornal alemão Bild.
O órgão judicial considerou que a circuncisão, quando realizada por motivos religiosos é uma agressão física a uma criança contra a sua vontade, e por isso, condenável. O veredito provocou protestos em todo o mundo entre muçulmanos e judeus.
"Queremos judeus e muçulmanos a viver na República Federal da Alemanha e queremos respeitar as suas tradições religiosas centenárias", acrescentou o Secretário Geral do partido, Hermann Grohe. Está convocada uma reunião parlamentar extraordinária para quinta-feira com vista a discutir o assunto.
DN – 18.07.2012
16/07/2012
Muçulmanos do país preocupados com aumento de xiitas
A preocupação foi manifestada hoje por Infali Cote, um conhecido imã de Bissau e presidente da Ajures (Associação Juvenil para Reinserção Social), promotor de um "seminário de capacitação aos fiéis" aos quais foram reveladas as diferenças entre os sunitas e os xiitas.
Os muçulmanos guineenses, como em todos os países da África ocidental, são de orientação sunita.
Cerca de 100 fiéis muçulmanos guineenses participaram no passado fim de semana no seminário organizado pela Ajures para "um esclarecimento" sobre as formas de atuar das duas principais correntes do islão.
15/07/2012
GUEBUZA DESTACA PAPEL DA IPM NA AFIRMAÇÃO DO NACIONALISMO MOÇAMBICANO
A IPM é a atinga Missão Suíça, organização que surgiu em Moçambique em 1887 na sequência das expedições de missionários europeus para África. Hoje, os milhares de crentes e simpatizantes da IPM provenientes de diversos pontos do país e do estrangeiro juntaram-se na Paróquia da Antioca, distrito de Magude, para celebrar o jubileu da igreja pela passagem dos 125 anos após a sua criação.
Igualmente, esta cerimónia, que foi celebrada sob o lema “125 Anos: Transformando Vidas em Jesus Cristo”, contou com a presença de membros do governo, encabeçados pelo Chefe do Estado, Armando Guebuza.
Falando na ocasião, Guebuza disse que a Missão Suíça desempenhou um papel fundamental na cristalização da matriz identitária e na forja do nacionalismo em Moçambique, ao despertar e acarinhar a vontade dos moçambicanos libertarem-se da dominação estrangeira.
Nomeação de argentino para arcebispo da Beira causa "mau estar"
Cláudio Zuanna, 53 anos, com atividade em Moçambique desde 1985, foi nomeado pelo papa Bento XVI para o importante cargo de arcebispo da Beira, desempenhado até janeiro deste ano por Jaime Gonçalves, que renunciou por ter atingido o limite de idade.
Segundo o Domingo, próximo do governo, a nomeação do religioso argentino deixou perplexos muitos católicos que alegam "não fazer sentido que Bento XVI nomeie alguém de fora quando dentro da igreja há muitos padres com formação teológica e técnica relevante".
Um dos candidatos, não assumido, ao cargo era João Carlos Hatoa Nunes, bispo auxiliar de Maputo, que, até agora, substituiu Jaime Gonçalves.
03/07/2012
Afinal, o Estado não quer cobrar (mais) impostos às igrejas!
Afinal, o Estado não quer cobrar impostos às igrejas, conforme tem sido avançado, nos últimos dias, pela imprensa moçambicana. “O País” teve acesso à matriz de benefícios fiscais aplicáveis às instituições religiosas e, de acordo com o documento, nada mudou em relação às obrigações fiscais das igrejas.
O director do Gabinete de Planificação, Estudos e Cooperação na Autoridade Tributária (AT) de Moçambique, Hermínio Suéia, revelou que “não houve nenhuma mudança na legislação”, que faria com que as igrejas passassem a pagar impostos dos quais, de acordo com a legislação, beneficiam de isenção neste momento.
“Regime explora a riqueza do país com as mãos de estrangeiros”
Falando à rádio Renascença, o Dom Jaime afirmou que “o regime toma o risco de explorar a riqueza do país, não com as próprias mãos, mas com as mãos dos investidores (...). Desta forma, o país pode ficar demasiado dependente dos donos dos mega-projectos”, afirmou.
O bispo emérito da Beira, Dom Jaime Gonçalves, concedeu uma entrevista à Rádio Renascença de Portugal, onde alerta para o risco de a riqueza do país passar para as mãos de estrangeiros. “O regime toma o risco de explorar a riqueza do país, não com as próprias mãos, mas com as mãos dos investidores, o que faz com que a riqueza do país passe para as mãos dos estrangeiros. Isso, por um lado, pode ser bom, na medida em que a riqueza não fica improdutiva, mas começa a melhorar a vida da população, mas, por outro, o país fica demasiado dependente dos donos dos mega-projectos”, afirmou.
02/07/2012
Vaticano nomeia padre argentino Cláudio Dalla Zuanna arcebispo da Beira
Cláudio Dalla Zuanna, que nos últimos tempos se encontrava no Vaticano, vai substituir Jaime Gonçalves, que em janeiro renunciou ao cargo de arcebispo da Beira por ter atingido a idade máxima imposta pelo Código Canónico da Igreja Católica para o exercício da função sacerdotal.
"É enorme a alegria que sentimos com a nomeação do padre Cláudio Dalla Zuanna, porque preenche a vaga que se abriu em janeiro na nossa atividade pastoral e se trata de uma pessoa que conhece muito bem Moçambique", assinalou João de Deus Damião.
Em Moçambique, o novo arcebispo da Beira, natural de Buenos Aires, desenvolveu durante muito tempo a atividade pastoral em Quelimane, província da Zambézia, centro de Moçambique.
LUSA – 02.07.2012
29/06/2012
Entidades islâmicas aliciam jovens de famílias pobres nas mesquitas para o Sudão - estudantes expulsos
Cinco dos 45 estudantes moçambicanos no Sudão chegaram na quinta-feira à capital moçambicana, Maputo, depois de terem sido expulsos pelo Governo de Cartum, na sequência de um diferendo com a Universidade que frequentavam.
Recentemente, o grupo de moçambicanos que estudava na Universidade Internacional de África no Sudão denunciou à Lusa as "precárias condições" de vida naquele país africano, responsabilizando "algumas organizações islâmicas" moçambicanas de os terem enviado a Cartum, mas com "objetivos obscuros".
27/06/2012
UM MISSIONÁRIO GUERRILHEIRO?
Conhece todos os dirigentes dos Partidos Frelimo e da Renamo. Tendo uma personalidade controvertida e de um olhar genial sobre a vida e a história, coloca seus interlocutores em eternas "provocações" cujos diálogos intensivos e intempestivos, parecem estar sempre a duelar com todos os intervenientes e suas respostas regressam em outras perguntas compulsivas num discurso interminável.
Por isso, nada mais justo e natural, perguntar-lhe porque ao mesmo tempo ele pôde ser missionário e guerrilheiro participando da luta armada pela libertação de seu país?
21/06/2012
Apoteose aos Padres da Nacaroa
Por: Padre José Luzia – Nampula
Não me surpreendeu o que presenciei e vivi neste domingo, 17 de Junho, na Nacaroa, Decidira ir ao terreno aferir os pormenores do que se passara com a prisão dos padres.
Surpresa foi ter encontrado toda uma paróquia de mais de 60 comunidades, algumas a mais de 50 Kms, reunida em volta do seu pastor, o franzino P. Alexandre, com laivos de profeta e postura de visionário!
Os animadores de toda a paróquia quiseram fazer sentir ao seu padre que podia contar com eles contra tudo e contra todos. Apesar das calúnias, apesar das prisões injustas (ou sobretudo por causa delas).
Foi uma celebração de mais de 5 horas, presidida pelo P. Tobias, jovem padre dos Missionários de S.João Batista que, com a Irmã Hermínia e as Irmã Filomena (das Irmãs - Diocesanas - da Paz e da Misericórdia, quiseram também assegurar ao P. Alexandre (e ao Diácono António Jorge) , que os padres e irmãs nascidos naquela terra, tinham por eles muito carinho, muita estima, muita confiança e que as calúnias dos jornais e da TVM em nada afectara o seu apreço e a enorme esperança com que olham para a crescente afirmação de uma Paróquia que os padres diocesanos de Nacala estão erguendo da degradação em que o Padre Ramane e o P. Inacio a encontraram quando lhes foi devolvida depois de um longo período de ocupação nacionalizada.
12/06/2012
Indiciados de fogo posto: Juiz concede liberdade aos padres em Nahage
Maputo, Quarta-Feira, 13 de Junho de 2012:: Notícias
Os clérigos foram recentemente indiciados no crime de fogo posto, ofensas corporais qualificadas e cárcere privado naquela localidade.
Segundo Calquer Nuno de Albuquerque, advogado dos clérigos, a concessão do TIR aos padres Alexandre Caetano e o diácono António José, foi conseguida na sequência de uma exposição neste sentido, submetida pela defesa, enquanto o processo continua em instrução.
A decisão do tribunal contraria informações do porta-voz da Procuradoria Provincial de Nampula, Cristóvão Mondlane, segundo as quais, o tipo de crime de que são indiciados os dois padres, não dava direito à liberdade provisória (caução ou termo de identidade e residência).
Segundo Calquer Nuno de Albuquerque, advogado dos clérigos, a concessão do TIR aos padres Alexandre Caetano e o diácono António José, foi conseguida na sequência de uma exposição neste sentido, submetida pela defesa, enquanto o processo continua em instrução.
A decisão do tribunal contraria informações do porta-voz da Procuradoria Provincial de Nampula, Cristóvão Mondlane, segundo as quais, o tipo de crime de que são indiciados os dois padres, não dava direito à liberdade provisória (caução ou termo de identidade e residência).
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