segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O cirurgião que gostava da escrita, Ricardo Barradas (1948 – 2019)

Obituário: O cirurgião que gostava da escrita, Ricardo Barradas (1948 – 2019)
Opinião - OBITUÁRIO
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Um cancro fulminante levou-nos, quarta-feira (25), a companhia do cirurgião Ricardo Barradas, um médico notável da geração do pós-independência em Moçambique.
Barradas especializou-se em cirurgia plástica tendo feito um trabalho assinalável nas unidades hospitalares de queimados e na colocação de próteses e enxertos a amputados vítimas de guerra.
Enquanto estudante de medicina, foi um activista do movimento estudantil pela independência do país e entusiasta da associação de teatro universitário.
Como profissional de saúde desempenhou a sua actividade nos hospitais de Nampula e da Beira para além do Hospital Central de Maputo. Pertenceu também ao corpo de professores da faculdade de Medicina da UEM (universidade Eduardo Mondlane).
Já depois de reformado lançou dois livros de pesquisa, um sobre a Ilha de Moçambique e outro sobre a caça ao elefante.
Uma das suas facetas pouco conhecida era a sua colaboração especializada na imprensa sobre temas de saúde pública. Ricardo Barradas fazia a coluna “Pergunta à Tina” no diário “A Verdade” uma rubrica destinada a esclarecer temas sobre saúde sexual e reprodutiva.
TEXTO e FOTO do Jornal SAVANA

Compre um juiz por R$ 750

Compre um juiz por R$ 750
Publicamos hoje mais uma história exclusiva sobre a corrupção no judiciário brasileiro. Depois de uma longa investigação encontramos 21 casos em que juízes e desembargadores foram investigados pelo CNJ, o Conselho Nacional de Justiça, por venda de sentenças. Os valores de uma decisão judicial no Brasil podem variar de R$ 750 a R$ 400 mil. E qual a punição para esse crime? Aposentadoria com salário. 
Uma das histórias que contamos aconteceu em São Francisco do Conde, na região metropolitana de Salvador. Um desembargador cobrou  R$ 400 mil para livrar um político de uma acusação de corrupção. Já em Xinguara, no Pará, um habeas corpus para um acusado de assassinato sai por R$ 70 mil. O mercado de sentenças tem produtos que cabem em todos os bolsos. No interior do Rio Grande do Norte descobrimos que uma liminar custa a partir de R$ 750.  
Um magistrado que cobra menos que um salário mínimo por uma liminar recebe como punição do CNJ sua aposentadoria compulsória e ela é bem gorda. Em média, magistrados condenados pelo Conselho por venda de sentenças recebem R$ 32 mil por mês de aposentadoria. 
Dos 21 magistrados investigados por venda de sentença que descobrimos, 11 foram obrigados a se aposentar. Isso mesmo, juízes e desembargadores continuam sustentados com nosso dinheiro pelo resto da vida. 
Por que é assim? Ora, são os magistrados que fazem as regras e que definem suas próprias punições. Como isso acontece, você lê aqui com exclusividade.
Agora imagine um cenário em que o Intercept Brasil não existe. Quem vai denunciar o judiciário e dar nome aos bois? Quantas práticas ilegais e injustas permaneceriam ocultas sem o trabalho dos nossos repórteres? Pois é, só podemos fazer investigações como essa porque não temos rabo preso com ninguém. 

Nayara Felizardo
Correspondente para o Norte e Nordeste

Tribunal de Justiça do Amazonas estica concurso para garantir vagas a filhos de desembargadores

Nayara Felizardo
No Amazonas, o sobrenome pode ser decisivo para conseguir cargos, funções gratificadas e uns bons milhares de reais a mais na conta.

Quando vamos abrir a caixa-preta do Judiciário?

João Filho
Excesso de privilégios da casta judiciária vem sendo cada vez mais questionado pela sociedade.

Por que os bancos lucram enquanto a economia afunda

Alexandre Andrada
No Brasil, bancos cobram as taxas que querem porque não têm concorrência, e os banqueiros ditam as regras econômicas do país desde sempre e em benefício próprio.

As mensagens secretas da Lava Jato

Uma enorme coleção de materiais nunca revelados fornece um olhar sem precedentes sobre as operações da força-tarefa anticorrupção que transformou a política brasileira e conquistou a atenção do mundo.

Precisamos de você

O Intercept Brasil quer continuar investigando políticos, governos, corporações e membros do judiciário. E pode fazer isso com independência porque depende apenas dos seu leitores. 
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Rosário Fernandes avisou Manuel Chang sobre os “problemas de ética do Senhor Ministro


Por Palmira Zunguze
Rosário Fernandes, investido nas funções de Presidente da Autoridade Tributária (AT) teria avisado à Manuel Chang sobre alegados desvios comportamentais e éticos de Manuel Chang a época então ministro da finanças .
O Moz24h soube que tal aviso à navegação a conduta do seu superior hierárquico teria sido feito durante a realização do XXIV conselho coordenador do então ministério da Finanças (hoje antecedido de Economia), realizado em Nampula, em 2014.
Chang acabaria em desgraça a 29 de Dezembro passado quando foi detido no aeroporto sul-africano de Johanesburgo, o OR Thambo a pedido das autoridades dos Estados Unidos da América, quando rumava para o Reivelion do final do ano em Dubai, capital dos Emiratos Arábes Unidos. Do alegado aviso de Fernandes à acusação americana, se pode aferir que Chang já estava mergulhado em empecilhos de escala transnacional segundo se pode reter do que saltou para fora na operação das “Dividas ocultas” decorridas entre 2013 e 2014.
Unidade dos Grandes Contribuites na origem do aviso
Por iniciativa da AT de forma a aproximar a administração tributária ao contribuinte e a alargar a base tributária foi inaugurado no Municipio da Matola a Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC). Ocorrida em 2014, a inauguração da UGC da Matola foi dirigida então Ministro das Finanças, Manuel Chang, na presença da ex-Governadora da Província de Maputo, Maria Elias Jonas, do ex-Presidente da AT, Rosário Fernandes, membros do Conselho Superior Tributário, do Governo Distrital, do Presidente do Município Local, Calisto Cossa, líderes comunitários, agentes económicos, quadros séniores da AT e outras entidades ligadas ao sector tributário. Segundo fontes do Moz24h Chang, na condição de ministro vislumbrou receitas enormes que seriam (e são) geradas daquele municipio que alberga o maior parque industrial do país e para que as cobraças não se circunscrevessem apenas a AT, teria tentado impigir pessoal do munipicio. O edil da Matola, para quem não sabe foi assessor de Manuel Chang. A filha de Manuel Chang, Manuela Solange de Martins Chang é parceira de vereadora de finanças de municipio da Matola, Ana Maria Alves na Kulhula, Limitada uma empresa criada em 2011. Fernandes segundo nos contam ao se aperceber do concepção de um eventual esquema de facturação pela via municipal levantou a voz no retromencionado conselho coordenador e terá dito sem evasivas diante de todos os presentes: “O Senhor ministro tem problemas de ética”. Quem esteve presente diz que Fernandes “foi simplesmente igual a si próprio”
Da desgraça de Manuel Chang
A 29 de Dezembro de 2018, em trânsito para Dubai onde pretendia passar o Reivelion do final do ano, Manuel Chang viu os seus planos gorados ao ser detido pela Interpol a pedido das autoridades americanas devido o seu papel no calote que colocou a fotografia do país no dejecto do concerto das nações. O ex-ministro e também há pouco ex-deputado está a viver autênticos dias de fel desde a sua detenção na Africa do Sul onde luta com recursos próprios, e do Estado, contra a extradição requerida pelas autoridades americanas. O caso, agora sob alçada da suprema corte sul-africana, volta a ribalta no próximo dia 17 de outubro e tem como intervenientes vários actores, a destacar o Fórum da Monitoria do Orçamento (FMO), o Ministério da Justiça da Africa e Assuntos Correlacionais da África do Sul que apelam pela extradição de Chang para os EUA. Do outro lado estão as firmas BDK e Mabunda Attorneys, a Procuradoria Geral da República de Moçambique que lutam a todo o custo pela deportação de Chang à Moçambique.
Do aclamado Rosário Fernandes
Rosário Fernandes que recentemente colocou o lugar a disposição depois do destrato e público do presidente Filipe Nyusi é homem considerado alérgico à corrupção e cultor da probidade, que gerou inimigos durante os cerca de dez anos em que esteve na Autoridade Tributária. Fernandes foi sempre conhecido por cultivar a transparência e ter pensamento próprio.
Quando o académico Gilles Cistac foi barbaramente assasinado pelos inimigos da liberdade e da democracia em Moçambique, Fernandes foi o único elemento da direcção do Estado que esteve nas exéquias funébres. Num debate promovido por algumas organizações da sociedade civil, em 2015, Rosário falou da insustentabilidade da dívida pública, do negócio EMATUM e da ponte Maputo–Catembe como elementos negativos para o fardo da dívida.

Este é o grupo de avanço, falta a FIR e UIR entrar no palco precisamente nos dias 14, 15 e 16 de outubro.

Os artistas a ensaiar antes dos ngungunhanas acordarem para votar. Este é o grupo de avanço, falta a FIR e UIR entrar no palco precisamente nos dias 14, 15 e 16 de outubro.
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Daviz Simango na terra de Mondlane, Samora, Chissano e Guebuza - Gaza, impedido de fazer campanha eleitoral e, em contrapartida vemos os netos e filhos destes na terra de Macombe, Dhlakama e Massangaissa anfibios a fazerem campanha eleitoral tranquilamente.
Afinal quem alimenta odio nesse pais sao as fds e se um dia surgir uma facçao de Macombes dentro das fds, ja imaginaram o que poderá acontecer nesse pais?
O culpado nr 1 é Ossufo Momad que assinou acordo vazio e hoje todo mundo que nao apoia a santa frelimo está em pranto.
Esse pais nao está seguro nas maos de Nyusi, ainda vamos morrer.
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A esposa de Ossufo Momade ficou completamente assarapolhada depois que atiraram pedras contra ela e o Marido
MOZ-FRESCASsetembro 29, 2019
Ossufo Momade, líder e candidato à presidência do principal partido de oposição de Moçambique, Renamo, escapou por pouco de ferimentos na quinta-feira, graças à intervenção da polícia, quando partidários do partido Frelimo no poder, atiraram pedras no veículo de Momade quando ele chegou ao posto administrativo de Domue, em Angonia distrito, na província ocidental de Tete.
Duas pedras, atiradas do escritório local da Frelimo, atingiram o veículo. O edifício fica ao lado da estrada, no centro de Domue. A AIM viu que as pedras, embora não batessem nas janelas, eram uma ameaça potencial à vida de Momade.
O incidente começou com uma troca de obscenidades entre os apoiadores da Frelimo e da Renamo. Quando o arremesso de pedra começou, os apoiadores raivosos da Renamo foram para o escritório da Frelimo, mas foram contidos por funcionários da Renamo.
A polícia controlou a situação atirando no ar, no qual os apoiadores da Frelimo se dispersaram. A multidão da Renamo continuou a seguir a carreata de Momade até o campo de futebol local, onde estava marcado um comício.
Momade parou por alguns momentos no escritório da Domue Renamo, onde mostrou aos repórteres os danos que as pedras haviam causado ao carro. De lá para o campo de futebol fica a poucos metros, mas a esposa de Momade, visivelmente abalada pelo incidente, insistiu que ele ficasse no carro durante o segmento final da jornada.
No comício, Momade denunciou o arremesso de pedras da Frelimo, mas disse que não era novidade. "Eles são anti-democratas", acusou. "Eles não sabem viver com outras partes".
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