domingo, 8 de maio de 2016

Trump intensifica ataques a Hillary

EUA: 

Trump colocou um capacete dado a ele pela associação de mineiros de carvão do Estado e criticou sua provável rival por ter dito recentemente que imporia políticas de energia limpa que reduziram a mineração de carvão
Por Redação, com Reuters – de Nova York:
O provável candidato presidencial republicano, Donald Trump, está experimentando temas que possa usar contra a adversária democrata Hillary Clinton, à medida que tenta persuadir membros descontentes da cúpula de seu partido a apoiar sua campanha.
Pré-candidato republicano à Presidência dos EUA Donald Trump
Pré-candidato republicano à Presidência dos EUA Donald Trump
Em um comício em Virgínia Ocidental na noite de quinta-feira, o empresário bilionário criticou Hillary pela vasta quantidade de dinheiro que ela e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, aceitaram da Fundação Clinton, o que ele chamou de “trapaça”. O casal Clinton repudiou as acusações de que a instituição de caridade tem motivação política.
Trump também a ligou a algumas das decisões de seu marido na Casa Branca nos anos 1990, como o acordo comercial do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que incentivou o comércio entre Estados Unidos, México e Canadá. Trump prometeu renegociar os pactos comerciais se for eleito no dia 8 de novembro.
– Temos que vencer a eleição geral. Não podemos aguentar mais Hillary Clinton. O Nafta nos foi dado por um Clinton – afirmou o magnata. “Não podemos aguentar mais os Clinton”.
Trump colocou um capacete dado a ele pela associação de mineiros de carvão do Estado e criticou sua provável rival por ter dito recentemente que imporia políticas de energia limpa que reduziram a mineração de carvão.
Ainda assim, Trump terá um tarefa árdua para unir a legenda.
O presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, o principal republicano em um cargo eletivo no país, disse na quinta-feira que não está pronto para apoiar Trump, um sinal da reticência persistente do establishment partidário com as posições do bilionário de Nova York no tocante à imigração e ao comércio.
Mas uma indicação de que alguns republicanos estão endossando Trump é que o governador do Nebraska, Pete Ricketts, cuja família ajudou a financiar um grupo anti-Trump, irá anunciar nesta sexta-feira seu apoio ao favorito das pesquisas.
O ex-governador do Texas, Rick Perry, que no ano passado descreveu Trump como um “câncer no conservadorismo” enquanto ainda disputava com ele a indicação republicana, declarou à rede CNN que agora também o respalda.
– Sabe por que o establishment está com medo de Donald J. Trump? – indagou o reverendo Mark Burns na apresentação de um comício em Charleston. “Eles têm medo porque não conseguem controlá-lo”.

Pesquisa

A eleição presidencial dos Estados Unidos corre o risco de se tornar uma das maiores disputas de impopularidade do mundo.
Quase metade dos norte-americanos que apoiam a democrata Hillary Clinton ou o republicano Donald Trump para a Casa Branca disseram querer acima de tudo impedir que o outro lado vença, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na quinta-feira.
Os resultados refletem uma divisão ideológica profunda nos EUA, onde as pessoas temem cada vez mais o partido opositor – um sentimento agravado pela provável disputa entre o bilionário do setor imobiliário e a ex-primeira-dama, disse Larry Sabato, diretor do Centro de Políticas da Universidade da Virgínia.
– Este fenômeno é chamado de partidarismo negativo – disse Sabato. “Se estivéssemos tentando maximizar o efeito, não poderíamos ter encontrado indicados melhores que Trump e Hillary”.
Trump conquistou ao mesmo tempo apoiadores entusiasmados e detratores violentos por sua fala grosseira e suas propostas linha-dura, que vão da renegociação de acordos comerciais internacionais à construção de um muro na fronteira dos EUA com o México e a uma proibição temporária à entrada de muçulmanos nos EUA.
O apelo da ex-secretária de Estado junto aos eleitores que querem a continuação das políticas do presidente norte-americano, Barack Obama, lhe rendeu uma dianteira decisiva na corrida pela indicação de seu partido, mas perde força entre os que estão desiludidos com o que veem como falta de progressos durante os dois mandatos de Obama.
A pesquisa indagou os possíveis eleitores a respeito da principal motivação que os levaria a apoiar Trump ou Hillary na eleição presidencial de 8 de novembro.
Cerca de 47 %  dos apoiadores de Trump disseram que votarão nele principalmente porque não querem que Hillary vença. Outros 43%  deram como razão principal de sua motivação seu apreço pelas posições políticas do magnata, e 6 %  afirmaram que ele os agrada como pessoa.
Respostas semelhantes prevaleceram entre os eleitores de Hillary.
Aproximadamente 46 %  disseram que votariam nela principalmente porque não querem Trump na Presidência, 40 %  afirmaram concordar com suas plataformas políticas e 11 %  disseram que ela os agrada pessoalmente.
A pesquisa feita entre 29 de abril e 5 de maio entrevistou 469 eleitores em potencial de Trump e 599 eleitores em potencial de Hillary, e tem uma margem de erro de 5 pontos percentuais.

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