segunda-feira, 9 de maio de 2016

Empresa supostamente ilegal maltrata trabalhadores em Nampula

   
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Mais de 100 trabalhadores da Stenconfer Moçambique Lda, uma empresa de capitais portugueses, subcontratada pela Vale Moçambique, queixam-se de auferir salários precários enquanto o patronato remunera da melhor forma a funcionários estrangeiros. O director da firma em alusão, suspeita de não estar registada pela Direcção Provincial de Trabalho em Nampula, não se pronuncia sobre as reclamações da massa laboral, mas deixa transparecer que o pagamento de baixos vencimentos tem a ver com o facto de a sua companhia disponibilizar alimentação e assistência médica e medicamentosa.
A Stenconfer Moçambique Lda destina-se à montagem de novas agulhas electrónicas ao longo da linha férrea que liga o terminal de Nacala-a-Velha (Nampula) à Muatize (Tete). Os funcionários moçambicanos estão deveras de costas voltadas com esta empresa por supostas injustiças. Eles queixam-se ainda de não auferir o subsídio referente a horas extraordinárias e deslocações fora dos seus postos de trabalho.
Alguns técnicos moçambicanos que fazem o trabalho acima referido auferem entre 4.500 e 7.000 meticais, contra 40 mil e 70 mil meticais pagos a trabalhadores portugueses, acrescidos de 2.500 euros. O que mais agasta os empregados nacionais é que eles é supostamente instruíram os estrangeiros.
“Existem também alguns colegas que são motoristas mas que nunca são pagos por este trabalho. Não recebemos horas extraordinárias referentes aos sábados e domingos, que somos forçados a trabalhar, alegadamente porque as tarefas assim exigem. Não há ajudas de custo, uma vez que trabalhamos fora dos locais para os quais fomos contratados. Tentámos, por inúmeras vezes, negociar com a direcção mas recusa resolver esta situação”, lamentou um dos empregados.
Os lesados acusam igualmente a Stenconfer Moçambique Lda de viciar os resultados das análises laboratoriais feitas numa clínica privada contratada para prestar assistências aos funcionários em caso de doenças. Tal situação visa não pagar pelos medicamentos.
Creditos: @Verdade

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