sábado, 31 de janeiro de 2015

Dhlakama jura pela alma da mãe que vai Governar





Comments


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Augusto Wayla said...


Vejam homens da lei de Moçambique são burros por natureza. Que advogados são esses? Porque não condenaram o sistema eleitoral fraudulento que aconteceu em 2014? O crime só existe nas palavras de Afonso Dhlakhama? Bandu de idiotas que não sabem resolver casos como devem ser. É fundamental que se estude onde há Educação de verdade.Confundem as leis aristocráticas e leis populares.
Que pena são advogados pessoas que nem sabem o que dizem.


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silva.paulino said...


olham o Sr.Afonso Dhlakama,chegar esta vez falar da quelo modelo naprovincia de Nampula, sinifica à uma coisa ou palavras mal falado na parte do partido que esta no poder que è a frelimo,talvez o governo que esta no poder esta ser muito temosos.Nào quer juntar-se com outros partidos exemplo a Renamo ,MDM etc.se a frelimo bricar vam serem muito envergonhaso com proprir o povo Mozambicano,nào à outra maneira os Mozambicanos querem A paz e Democracia,para sentirem melhores na Nova de Cada.tentào juntar-se como irmaos nào pode ser egoistas um tempo ja passou,os mozambicanos de Agora nào è como dos anos passados nos 1975-atè 1994.eu penso que vào compreender bem as minhas palavras.muito obrigado os mozambicanos e a todos que vivem em mozambique.


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massocha said...


A odem dos advogados nabsteve se de condenar a fraude. Deve agora co a mesma isencção e lisura abster-se de condenar as consequências dessa fraude. A ordem está representada por emissários da frelimo. A opinião do tal fulano representa a opinião dos advogados do sul de moçambique e de apaniguados da frelimo. A ordem também irá se dividir porue as leis acompanham a evolução social.


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Gilles Cistac prevê gestão autónoma das províncias onde a Renamo reclama vitória

A Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, tem cobertura constitucional para gerir de forma autónoma as províncias de Sofala, Manica, Tete, Nampula, Zambézia e Niassa, onde conquistou a maioria dos votos nas últimas eleições gerais, segundo Gilles Cistac, professor catedrático de Direito Constitucional e director-adjunto para a investigação e extensão na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior instituição de ensino superior no país.

Para tal, pode-se evocar o número 04, do artigo 273 da Constituição da República, sobre as “categorias das autarquias locais”, que determina que “a lei pode estabelecer outras categorias autárquica superiores ou inferiores à circunscrição territorial do município ou da povoação”. E em vez de “regiões autónomas”, passariam a se denominadas “províncias autónomas”, que é a designação mais abrange no âmbito da lei em alusão.

Aliás, apesar de a Constituição da República determinar que Moçambique se organiza territorialmente em províncias, distritos, postos administrativos, localidades e povoações, a “Perdiz”, de acordo o nosso interlocutor, quando fala de “região autónoma” refere-se à província.

Neste contexto, o que se pode fazer é transformar as províncias numa autarquia local, “o que é constitucional”, e o legislador (a Assembleia da República) pode acomodar a questão sem precisar de efectuar alterações na Lei-Mãe.

Num outro desenvolvimento, o nosso entrevistado explicou que uma das implicações da concretização da criação de “regiões autónomas” no centro e norte do país seria a transferência de competências dos actuais governos provinciais para a nova administração. “Isso para mim deve ser estudado porque é uma proposta interessante e uma oportunidade para a implantação qualitativa da democracia local”.


A ideia de se implantar “regiões autónomas” no país foi anunciada pelo líder da Renamo, no sábado passado (24), em Quelimane, em substituição do “governo de gestão”, que nunca foi acolhido pelo partido no poder nem pelo Executivo.

Desde modo, perguntámos a Gilles Cistac sobre até que ponto as exigências deste partido podem ser postas em prática, uma vez que Afonso Dhlakama já habituou o povo a declarações contraditórias e volúveis. Ele considerou que tudo depende das negociações que Dhlakama for a fazer com a sua contraparte, mas se por alguma razão abandonar o plano de governar Sofala, Manica, Tete, Nampula, Zambézia e Niassa vai, eventualmente, obter benefícios atribuídos pelo Estado.

Contrariamente às declarações do Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, e do governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, proferidos na quinta-feira (29), segundo as quais a formação política liderada por Afonso Dhlakama pretende fomentar o divisionismo da Nação, Gilles Cistac considerou que se este partido ganhou nas seis províncias onde reclama autonomia, significa o povo votou nele e a lei abre espaço para poder governar.

“A gente fala da Renamo mas quem votou nela foram os moçambicanos. Vamos admitir que o presidente da Renamo abandone esta ideia”. Se tal acontecer, o Executivo dará, infalivelmente, alguma coisa à sua contraparte, que “não pode sair sem nada. Se amanhã o legislador pretender transformar a província numa autarquia pode fazê-lo e introduzir uma lei experimental que diz que nas províncias onde a Renamo ganhou as eleições se vai ensaiar um sistema de autarquia local de nível provincial”, disse o professor catedrático, acrescentando que este procedimento não extingue, de forma alguma, os municípios que se encontram dentro da província e continuam autónomos mesmo em termos das suas competências.

Na óptica do nosso entrevistado, se as partes optarem pelo ensaio do novo modelo de governação exigido pelo antigo movimento rebele de Moçambique, durante os próximos cinco anos, poder-se-á apurar a funcionalidade ou não deste sistema, que em caso positivo pode ser estendido a todas as províncias moçambicanas. “A Renamo continua(ria) dentro do Estado de Direito. O Tribunal Administrativo exercer(ria) o seu trabalho normalmente e o país permanece(ria) unitário. Tudo continua(ria) a funcionar no âmbito da Constituição”.

@VERDADE - 30.01.2015
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Comments

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Francisco Moises said in reply to umBhalane...


A crueldade tem sido o aspecto dos que tem o poder que nao é equilibrado por um sistema de balanços e contrabalaços, aquilo que em inglês se chama a system of checks and balances que é mesmo a fundaçao do sistema democratico westminstereano, portanto muito inglês, muito britanico. Por desgosto dos seus irmaos ingleses, os colonos americanos que acederam a independência pela força das armas com a ajuda militar da França que se vingava contra a Inglaterra por ter perdido o Quebec a Inglaterra na Guerra de Sete anos, preferiram implementar o sistema da Separaçao de Poderes avançado pelo marquês de Montesquieu, o pensador politico e filosofo francês da pre-revoluçao de 1789. Mas ao fundo, o sistema de separaçao de poderes no qual os poderes executivo, legislativo e judiciario actuam com autonmia e se complemenam nao passa do sistema de checks and balances no qual os poderes se controlam para que nao haja um poder que se torne mais poderoso.

Voltaire, que viveu na Inglaterra como refugiado do antigo regime feodal francês que foi derrubado na Revoluçao de 1789, admirava e idealisa este sistema inglês de checks and balances, o que fez da Inglaterra um pais sempre liberal -- nao digo democratico, coisa que aconteceu no principio do século 20 -- enquanto que o resto da Europa com a excepçao da Holanda padecia sob regimes altamente feodais com sistemas primitivos e desumanos e o pior caso sendo a Russia onde o absolutismo tsarista era completo, uma tradiçao que a Russia actual nao consegue ultrapassar para se democratisar depois da queda do império russo que era conhecido como a Uniao soviética.

Agora, nkulu (o mais velho) umBhalane você nao faz nenhuma justiça a selvagens como foram o Soshangane e Ngungunyana quando deles voce esperasse um comportamento civilisado. Eles eram analfabetos cuja educaçao era por aprendizagem daquilo que eles viam ser feito. Todos os grupos zulus e grupos vassalos aos zulus como os Mandebeles, Swazis, Changanas, Ngonis aprenderam do Shaka Zulu, um selvagem altamente cruel como o Ivan O terrivel da Russia e quando se viam a fugir do terror do Shaka Zulu, estes implantavam por onde iam o terror contra os povos nativos como aquele que o regime do Shaka Zulu fazia e usava as mesmas tacticas guerreiras copiadas do Shaka Zulu.

Shaka Zulu fez enterrar pessoas vivas na cova onde a sua mae foi enterrada para acompanharem a velha morta no outro mundo. No palacio real do Shaka Zulu havia fogueiras onde pessoas condenadas, denunciadas por malfeitos de varias ordens includindo robo de gado, feitiçaria eram açadas vivas à petit feu, mantidos a beira das chamas imensas a força das pontas de azagaias, até que morressem. Homens acusados ou suspeitos de terem tido actos sexuais com as mulheres ou amantes do imperador e dos indunas (régulos) e a aristocracia zulu eram amarrados nas pernas e nos braços. Eram carregados como se fossem porcos com paus inseridos debaixo das pernas e braços atados e eram lançados para as aguais de rios e riachos infestados por crocodilos.

Diferentes grupos de fugitivos lutavam entre eles por onde se chocassem em terras de outros povos. E assim os changanas do Soshangane entraram em guerra renhida com os Ngonis de Zwengendada em Gaza, tendo os changanas forçado os derrotados ngonis a se retiram e grupos ngonis deixavam colonias em varias partes por onde passavam como na Angonia em Moçambique, em certas regioes da Zambia, Malawi e um grupo deles chegou a estabelecer colonia em Songea no sul do Tanganyika onde permanecem hoje como a tribo ngoni da Tanzânia.

As praticas guerreiras destes grupos por todas as partes onde passavam eram as mesmas como aquelas que eles tinham visto Shaka Zulu a implementar.

O terror desencadeado por changanas em Moçambique forçou os inhambaneses a se aliaram aos portugueses contra o regime changana de Gaza. Os guerreiros changanas tentaram marchar para o norte, vieram a se deparar com os senas que em geral nao é um povo guerreiro, mas podem lutar fanaticamente se lutar devem.

Nos meus dias contavam os velhos da guerra dos madzwitis, que é a palavra sena para changanas de Gaza enquanto a palavra sena achangani se refere a Ndaus. os senas tinham vantages em armamento com arcos e setas, lanças (miomba), azagaias e machados enquanto que os guerreiros changanas como os zulus estiveram armados unicamente de azagaias.

O armamento dos senas veio a compensar a falta duma tradiçao guerreira nos senas e a superar os guerreiros ferozes changanas e foi assim que os senas rechaçaram os changanas que em 1895, ano em que Ngungunyana foi detido em Manjacaze, até o seu ponto de sua partida Gaza. Os senas nao queriam ocupar a terra dos changanas e nem retaliaram com selvagismo contra os changanas por aquilo que os seus guerreiros tinham feito no Vale do Zambeze, um feito de armas dos changanas de que o Guebuza uma vez se orgulhu.

Retiraram-se ordeiramente, mas alguns como os Chixanus (dai que até o nome do Chissano me intriga embora o Chissano alega que o seu avo era um induna do Ngungunyana!), Gwenjeres e outros nomes senas que se podem encontrar nos changanas em Gaza. Aqueles que ficaram changanisaram-se e os seu progenitores hoje nao sabem das suas origens.

Foi na verdade na Tanzania onde eu comecei a ouvir a palavra ndau aplicada aos achangani. No seminario do Zobue onde havia rapazes ndaus, incluindo o actual arcebispo de Maputo, Francisco Chimoio, que era conhecido pelo nome de Francisco Nhacande, que foi muito grande meu, referiamo-nos os rapazes senas aos rapazes ndaus como achangai.

Tem razao, umBhalane, quando fala das acçoes primitivas dos changanas, o que em seu tempo era natural. Mas nao é mais natural quando a liderança changana da Frelimo persiste no primitivo dos seus antepassados com estas coisas de enterrar pessoas vivas, queimar pessoas vivas e tantos outros crimes horriveis. Tentar governar Moçambique como os zulus governavam a Zululândia e os changanas governavam Gaza em Mozambique, Gaza esta que se extendia para o sudeste do Zimbabwe, isto nao da.

Os changanas devem se acordar que Moçambique nao é so deles. Eles tem o direito de estar em Moçambique. Se devem ser retornados como os terroristas da Frelimo forçaram a muitos portugueses ue naceram em Moçambique a fazê-lo, outros paises como o Zimbabwe requerera que os mandebeles e changansa do sudeste Zimbabwe regeressem a Natal e Moçambiquo, a Zambia, o Malawi e a Tanzânia terao que forçar os ngonis a fazerem marcha atras para Natal n Africa do Sul.

Onde se ira com isto?



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chacha said in reply to José Carlos Cruz...


Muito obrigado sr Jose Carlos Cruz. Talvez eu nao me tenha expressado bem. Mas agradeco bastante por ter clarificado a intencao que eu quis transmitir. Exactamente isso. Dar oportunidade que as pessoas facam algo diferente, daquilo que as apessoas querem fazer. De fato escrevi muita coisa e acabou nao ficando clara, por que vejo pela intervecao do zr Cruz. Eu estava respondendo ao Sr Miguel que levanta questoes tribais, sem motivos.



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chacha said in reply to Miguel...


Se eh parte de G40 ou, mesmo um novo membro, digamos G41, isso eh cosnsigo porque o grupo eh social e ideologicamente miseravel, nada tem a haver com o curso da historia do pais. Podem se multiplicar os G40 mas no meio de uma opressao ningeum vai parar a marcha da historia. No texto acima, ninguem levanta a questao do tribalismo. Eh o sr, quem esta' a levantar a questao do tribalismo. Nao sei se eh especialista em ciencias tribais. O povo mocambicano nunca foi tribalista. O trabalismo esta' sendo construido por pessoas com interesses obscuros, que nao tem nenhuma nocao de cidadania, nenhuma nocao de mocambicanidade. Sim eh isso. Apenas reparam o que de Mocambique podem tirar para engrandecer os seus apetites empresariais. Quando em Gaza ocorre toda cena de tribalismo, nao ha nada que se diz, pelo contrario esses mentores sao promovidos. Quando as pessoas de outras regioes exigem oportunidades iguais, sao conotadas de tribalistas, porque? Na verdade temos que estar atento ao curso da historia. Hoje sao jovens que lem o discurso de autonomia. No's deviamos refletir antes de um bla-bla-bla. O que esta' acontecer. Nao deviamos correr em busca de uma musica, provavelmente engavetada em algum peano, e comecar a tocar. O sr humano geralmente nao funciona assim. Se isso acontece eh porque eh proposital. O sr humano eh diferente de outros seres pela sua capacidade de refletir, de ser dotado de consciencia e linguagem articulada. Por isso, se alguem comeca a tocar uma musica antes de por o intelecto a funcionar entao ou esse alguem tem problemas mentais, ou tem problemas de honestidade. Quando a gente reflete sobre os problemas que acontecem no pais, chegamos a uma conclusao de que ha problemas honestidade, nao ha intencao de se resolver algum problema que nos afeta. Nao ha essa vontade. E isso ja se disse varias vezes. Os mentores continuam a fazer ouvido de mercador, continuam a tocar a mesma musica. Isso eh o que, de certo modo, irrita os outros chegando a pensar de outra forma. Ha miriad de exemplos sobre isso. Quando se houve por exemplo, as justificacoes do processo encalhado de integracao dos militares da renamo, percebe-se claramente que quem nao quer resolver o problema eh a frelimo. Porque a questao da discussao do modelo de integracao eh essencial. Como voce resolve um problema antes de refletir sobre os procedimentos de resolucao? Uma vez identificada a questao que se quer resolver, o procedimento nao eh de determinar como sera' feito a resolucao da questao? Como eh que eu vou entrar na questao pratica de integracao, digamos a apresentacao da lista dos que devem ser integrados, se ainda nao ha clareza como vai ser feita a integracao? Pelo menos devia se definir o que eh isso de integracao. Como se integra um grupo de pessoas, com diversas especificidades, sem antes que se defina o modelo de como fazer? Por isso, um bla-bla-bla, que ouvimos diariamente, com a evocacao do tribalismo a mistura, nao passa de uma idiossincrasia exclusivista visando tirar dividendos muito particulares. Ate podemos inferir que o problema dos homens da renamo nao fora resolvido na devida altura porque exactamente faltou uma reflexao sobre o modelo de integracao. 
Por isso deviamos nos preocupar agora, se eh que teremos espaco para isso, discutiur as causas dos problemas e nao as suas consequencias. Se a causa de um problema nao for erradicada, nao vamos ter sucesso na discussao das suas consequencias. Certo?


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José Carlos Cruz said in reply to Chacha...


"Nao eh correto de estarmos perpetualmente com demagogias pouco producentes simplesmente para resolvermos o problema do estomago. Temos que nos preocupar com os problemas do pais".

Sr Chacha, esta é a chave para desactivarmos as armadilhas que paralisam a sociedade moçambicana. Seja qual for a tribo ou etnia ou raça, todos lutamos pelos nossos estômagos. As tribos e as raças aliam-se ou confontam-se mediante os seus interesses nas terras e nos recursos naturais.

O que a Renamo está a tentar fazer é criar uma região autónoma, isto é, administrada por pessoas eleitas localmente. Não import a tribo ou alianças de tribos aqui. O que importa é que o País continua territorialmente uno, como acordado na Constituição. Somente a administração local é modificada, o que é previsto na Constituição, como nos mostra Cistac.

E porque não podem ser criadas regiões autónomas ou autarquias maiores abrangendo províncias? Se a população nas áreas em causa assim o querem porque não satisfazer esse desejo? Será que são tão atrasados mentais que não podem também governar?

Vamos dar uma oportunidade, sim? Se não der resultado sempre se pode voltar atrás. Dos erros também se aprende.


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Sena Puro said...


Miguel está a confundir gente da Machanga (Sofala) com mashanganes.



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Chacha said in reply to Miguel...


Uma grande dissertacao sobre o trabalismo em Mocambique. Sim sr, isso existe e tem as suas manifestacoes a varios niveis.
A pergunta que o sr devia responder eh a seguinte: com o sistema atual de governacao, esses problemas de trabalismo sao resolvidos? Se sao, como sao resolvidos? Aqui o problema maior, se os factores regionais sao evocados, eh porque ha elementos reais que permitem evocar isso. O maior problema eh realmente a exclusao social. Os processos de administracao do territorio nao sao transparentes. Nao eh possivel que todo mundo seja da frelimo. De nenhum modo isso vai acontecer, pelas caracteristicas proprias do ser humano. E quais sao as consequencias do fato de nao ser da frelimo? Nao tem enquadramento profissional adequado. Nao tem oportunidades. Isso acontece. Se o sr quer perceber isso va a uma instituicao qualquer e pergunte quem sao os dirigentes da instituicao? O sr vai perceber que todos sao da frelimo. Como se vive num meio desse tipo? Ha pouco tempo, o sr Pacheco apareceu a dizer que, o que sabe eh que o recrutamento para o emprego eh feito via concurso. Sim ha concursos. Eu digo esses corncursos simplesmente sao apresentados para tapar a cara do observador. Para fazer de contas que ha transparencia. Mas que na verdade nao ha. Os concorrentes sao pre-percebidos e sao admitidos nessas condicoes. Se quer exemplos, eu os apresentaria, alias e da responsabilidade do sr procurar exemplos. Por isso o problema nao eh de quem diz temos que combater a exclusao, mas aquele que promove o desgoverno das instituicoes, para salvaguardar os seus interesses privados. Era de esperar que algum dia essa privacao viesse a superficie. 
Nao eh verdade que os Machanganas de onde eles queiram que estejam se consideram Ndaus. Eh uma pura mentira. A evocacao dos antepassados nao tem nada a ver com os Ndaus. A maior parte dos povos africanos evoca os antepassados e nao tem nada a ver com os Ndaus. Certo? Essa eh uma tentativa de mostrar que as pessoas nao devem valorizar seus aspectos regionais, que todos somos iguais. O que eh falso.
E destaco um ponto importante do exacerbar do trabalismo, sentimento de que o sul eh importante: a frelimo sempre foi e vai continuar a ser dirigida por pessoas do sul. Verdade ou nao? Isso nao eh tribalismo? Ha quem disse, nesse blog, que isso esta' escrito em algum lugar, deixado por Mondlane, de que a frelimo devia estar nas maos de gente do sul porque caso uma oportunidade dessa viesse a falhar, seria um fim da propria frelimo. Embora eu nao tenha interesse em saber sobre isso, acho que eh verdade. Entao por que eh que a gente faz tanto discurso sobre o tribalismo quando na verdade as instituicoes praticam o tribalismo? Hoje o presidente da Rapublica eh do norte, e como tal, foi feito arranjo de modo que ele nao seja dirigente da frelimo. A frelimo continua nas maos de gente do sul, como sua propriedade privada. Certo? Como uma dadiva de deus. Portanto, para mim todo discurso sobre o tribalismo nao tem sentido. Um discurso desprovido de valor, mesmo destacando acontecimentos do passado, o discurso nao tem valor. Porque se as vozes se levantam para autonomia regional eu acho que eh consequencia da situacao atual do tribalismo. Nao posso comentar sobre o sentimento tribal de gente do sul, porque isso eh o pao de cada dia. E nao vale a pena a gente estar a discutir isso aqui. Nao serve. 
O sr diria que as autarquias que temos praticam o tribalismo, nao sera' isso? Qual a diferenca entre o governo autarquico e o governo provincial? Por que eh que o governo provincial vai promover o trabalismo mas que o governo local da cidade nao? Qual a diferenca? Por causa da dimensao do territorio? 
Nao eh valido o que sr diz, simplesmente eh parte dos que se acham donos da terra que nota que essas ideias constituem o fim da usurpacao de que se beneficiam.

O mais importante que deviamos estar a discutir seria como acabar com o tribalismo instalado nas instituicoes? Como acabar com a exclusao social? Nao eh correto de estarmos perpetualmente com demagogias pouco producentes simplesmente para resolvermos o problema do estomago. Temos que nos preocupar com os problemas do pais.

Temos que pensar e procuar subsidios racionais sobre como fazer com que as instituicoes passem ao servico do cidadao e nao ao servico de promocao do trabalismo, da discriminacao social. Certo? Isso devia ser a nossa missao. Ao inves de procurar argumentos para perpetuamente legitimar processos idesejaveis.



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Miguel said...


chinkhodho said...
“Meu caro amigo Miguel, do que se trata aqui não é um conflito tribal changana-ndau…”
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Meu comentário:

Concordo consigo Sr. Chinkhodho. No meu comentário sobre a sugestão do Sr. JJ Laboret de que Moçambique podia “COPIAR” o “sistema” Brasileiro, simplesmente fiz questão de lembrar a qualquer comentarista que África tem suas próprias características e uma delas é predominância do TRIBALISMO, ETNICISMO e REGIONALISMO - características que muitas vezes têm causado conflitos, guerras e animosidades.

E para exemplificar esse ponto citei o caso dos CHUABOS em Sofala nos anos 70 (não foi um conflito tribal changana-ndau mas foi um conflito tribal que envolveu “SENAS, NDAUS e outras etnias do Sul” conforme diz Fernando Couto no seu livro.

Falei também do exemplo do caso de MACUAS do MDM em Nampula que desertaram do MDM alegando TRIBALISMO de Daviz Simango contra os MACUAS a favor dos Sofalenses. Isso foi publicado na imprensa. Esse caso não era nenhum conflito “changana-ndau”. Portanto, o meu ponto não tem nada a ver com “conflito changa-ndau”.

No terceiro exemplo falei do caso do Sr. Dlhakama, no tempo do Presidente Chissano, quando ameaçou deportar os “machanganas” para Gazankulu na África. O meu ponto aí era que hoje em dia não ë possível alguém dizer que vai separar os “machanganas dos mandaus”, porque afinal de contas muitos “machanganas são ndaus”.

Ë como diz o Sr. umBhalane: “Os Vandau não acompanharam Ngungunyana na marcha para o sul, quando re4solveu mudar novamente a capital - FORAM FORÇADOS”.

Esse é o ponto Sr. chinkhodho! O Sul está cheio desse VANDAUS que “foram forçados” pelo tirano Ngungunhana. E agora porque estão aqui no Sul há mais de 2 séculos e são chamados de “machanganas”, alguém diz que vai deportá-los para África do Sul. Quer dizer, Ngungunhane “escravizou” esse povo NDAU ao trazê-los para o Sul como seus ‘mabulandlela” (“rebenta-minas”) e agora um outro “ndau” irmão deles quer evacuá-los para a África do Sul. Que culpa têm esses VANDAUS SULINOS?

Esse é o ponto Sr. Chinkhodho! Gungunhana tanto desprezava os VANDAUS assim como também os VATSONGAS – todos esses eram pejorativamente considerados “mulheres” por esse tirano nguni. Hoje na África do Sul, no povo TSONGA, há um grande debate sobre esta questão da dominação changana-nguni sobre os tsongas. Os vaTSONGA sul-africanos não querem ser chamados de maSHANGANA, visto que como explica bem o Sr. umBhlane Gungunhane (embora tendo mãe ndau) era NGUNI, e aqueles vaTSONGA (hoje sul-africanos) e os outros povos vaTSONGA do Sul de Moçambique NÃO SÃO NGUNIS na sua maioria – são vaTSONGA. Estes povos vaTSONGA assim como os VANDAU habitaram em Sofala e Sul de Moçambique antes da chegada dos “VÂNDALOS” ngunis opressores e carnificinas.

A vinda “FORÇADA” dos VANDAUS para o Sul criou uma mistura INSEPARÁVEL entre estes e os povos vaTSONGA do Sul de Moçambique. Para os povos vaTSONGA daqui do Sul de Moçambique, foi um alívio quando Ngunhanana foi preso e deportado – alívio esse que se manifestou nos “INSULTOS” que descarregaram sobre ele quando ia a entrar no navio que o levaria para o exílio nos Açores.

É como diz umBhalane: “Certo, certo mesmo de verdade, é que ANTES da invasão desses estrangeiros, os Gaza Nguni, vindos de lá da terra deles no john, nos territórios que HOJE constituem Moçambique na parte sul, em questão, a vivência dos diversos Povos era pacífica, e havia um equilíbrio estabelecido.”

Portanto, como pode meu Excelentíssimo Sr. chinkhodho NUNCA DEFENDI A TESE DE QUE HAJA UM CONFLITO CHANGANA-NDAU.

O ponto que desejo clarificar é que NINGUÉM TEM CERTEZA DE NADA – é uma “CAIXA DE PANDORA” – quando se estimula o TRIBALISMO, o ETNICISMO e o REGIONALISMO pode ser um “FEITIÇO QUE SE VOLTA CONTRA O FEITICEIRO” (por exemplo: veja o caso dos MACUAS desertores do MDM em Nampula por se sentirem “tribalizados” pela direcção do MDM).

A verdade VERDADEIRA é esta: “Seja Deus Achado Verdadeiro e TODO O HOMEM MENTIROSO” – diz a Sagrada Escritura
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Miguel (o moçambicano indígena)



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Linette Olofsson said in reply to Miguel...


Interessante Miguel!
vou reflectir.



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chinkhodho said in reply to umBhalane...


Que horror! Isso só lembra o Awschwitz e os campos de reeducação da frelimo de samora e macelino.
Será que alguém vai pôr fim ao nosso holocausto?


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umBhalane said...


Bom...

A maneira como se "pinta" a história diz muito.

Certo, certo mesmo de verdade, é que ANTES da invasão desses estrangeiros, os Gaza Nguni, vindos de lá da terra deles no john, nos territórios que HOJE constituem Moçambique na parte sul, em questão, a vivência dos diversos Povos era pacífica, e havia um equilíbrio estabelecido.

"Os nossos pais disseram-nos que as pessoas aqui viviam harmoniosamente." - reza a Histório dos Vandau, relatada pelos seus anciãos.

Certo, certo mesmo de verdade, é que foram dominados pela máquina militar dos Gaza Nguni, que escravizou milhares, assassinou outros tantos, deportou, separou, incorporou como carne de canhão, expulsou, perseguiu, roubou, vilependiou esse amargurado Povo Ndau.

As razias, o assassinato imediato dos que se negavam à subjugação, a dispersão dos rapazes por vários contingentes militares, a apropriação do gado, dos cereais, o rapto de Mulheres e crianças para concubinas e esposas-trabalhadoras das elites e soldados Ngunis, o controlo feroz do comércio, mormente do marfim,...

Na memória dos Vandau persistem os fantasmas de terror infligidos por Soshangane e Ngungunyana, especialmente este último.

TERROR.

Especialmente Ngungunyana, o herói da frelimo, dos Ngunis de Gaza, é recordado como o pior dos opressores.

Os Vandau não acompanharam Ngungunyana na marcha para o sul, quando resolveu mudar novamente a capital - FORAM FORÇADOS.

Entre 60 A 100 mil Vandau foram obrigados a uma deportação em massa, em 1889.
A uma marcha forçada que terá durado cerca de um mês, guardados por mabziti Nguni que assassinavam de imediato os mais fracos, moribundos, desertores/fugidos.

MORRERAM MILHARES NESSA "marcha da morte", por falta de água, comida, enfermidades, e outros.

Alguns, muito poucos apontamentos, sobre essa época tenebrosa de TERROR Gaza Nguni:

- Tentativa de aniquilamento cultural do Povo Ndau (desconseguida na maioria);
- "Ngungunyana arrancou os olhos de alguém que olhou para uma de suas esposas"
- "Ngungunyana era famoso por matar indiscriminadamente homens e apreensão de suas filhas para distribuição como oferendas a seus guerreiros";
- "ordenar o massacre de uma aldeia inteira quando uma pessoa era suspeita de bruxaria";
- "Homens e mulheres que cometeram adultério foram agredidos, às vezes seus olhos foram removidos, e suas mãos cortadas";
- "pessoas suspeitas de bruxaria ou de um crime como o roubo de uma vaca foram empalados em varas de madeira, e deixados em exposição na junção de dois caminhos";
- ...
- "Ele fez o que quis à vontade."

NÃO BRANQUEEMOS A HISTÓRIA.

Nos tempos do terror Nguni, Soshangane e Ngungunyana, especialmente, TERROR que entretanto voltou, dizia, nesses tempos, formou-se uma

"aristocracia militar dos não-produtores."

Isto não vos lembra nada? Mal que ainda pergunte!!!

Muitos dos fenómenos de hoje têm profundas raízes históricas de um passado recente.

A derrota de Ngungunyana pelo Grande Mouzinho de Albuquerque constituiu uma 1.ª semi-libertação dos Vandau.

O resto compete à História que se escreve TODOS os dias.

Foi um muito breve resumo.
Nada por isso.

Boa continuação.


Pergunta, questiona, duvida, analisa, vê mais melhor.

PENSA BEM, pensa junto comigo.


É BOM ACORDAR DE VEZ.

FUNGULANI MASO.

A LUTA É CONTÍNUA


11


Gaza mostrou o tribalismo sr Miguel



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chinkhodho said...


Meu caro amigo Miguel, do que se trata aqui não é um conflito tribal changana-ndau, mas de todo um povo oprimido pelo poder acampado no sul, que por inerência, casualidade ou propositadamente beneficia às tribos/etnias do sul em detrimento das demais do centro e norte. Neste momento crucial está em causa Moçambique e os moçambicanos. Naturalmente que quem colhe benefícios do actual regime não quererá mudança s, mesmo que seja Ndau, Sena, Macua ou Changana. Outro tanto se diga, há changanas que também não se identificam com o regime da Frelimo e julgo que em caso de divisão de Moçambique ou autonomização de centro e norte preferirão viver neste último. Lembre-se que há portugueses (brancos) que preferiram ser moçambicanos que portugueses. Por isso, poupe a sua retórica para outras tertúlias. O assunto em apreço é muito sério, é uma questão de vida ou morte. Não há meio termo.


13
Miguel said...


“O sistema brasileiro de divisão territorial é sólido e sem conflitos divisionistas.” – Sr. JJ Laboret

“Não é nada errado Moçambique copiar o sistema de divisão territorial de outros países.” – Sr. JJ Laboret

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É muito bonito quando a divisão territorial é sólida e sem conflitos divisionistas no Brasil e qualquer parte do mundo.

Mas ao comentarmos sobre a África temos que nos lembrar de um problema SEMPRE PRESENTE – a questão TRIBAL, a questão ÉTNICA, e isto sem mencionarmos o REGIONALISMO, etc.

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Só para ilustrar quão virulenta e mortífera pode se tornar a questão TRIBAL e ÉTNICA, passo a citar um caso que se deu em SOFALA, lá para os anos 70, conforme narrado por Fernando Amado Couto, no seu livro: “Moçambique 1974 – O Fim do Império…” – págs 93 – 95:

CITAÇÃO:
“ …Foram atraídos por estas novas oportunidades trabalhadores da Zambézia, da etnia CHUABO. Uma vez instalados em terras de Sofala, …viviam nas mesmas zonas, partilhando as mesmas casas. Registam-se casos em que trinta pessoas habitavam a mesma residência de caniço. Esta atitude isolacionista provocava uma situação de conflito potencial por parte das outras ETNIAS numericamente dominantes.”

“…Aconteceu o que se receava. A conflitualidade tribal eclodiu. Ficaram nas memórias das gentes os acontecimentos de Novembro de 1972, de CONFRONTOS VIOLENTOS entre cidadãos SENAS conluiados com NDAUS, assim como de outras ETNIAS do Sul, contra os cidadãos da ETNIA CHUABO residentes na Beira e arredores. Ainda hoje, nas gerações mais novas, existe memória deste conflito…”

“…Segundo testemunhos recolhidos, a razão concreta que provocou a reacção contra os CHUABOS, prendeu-se com o assassínio de mulher grávida, de origem SENA, pelo seu namorado CHUABO…”

“...Aconteceu que este crime passional, que nada tinha a ver com CONFLITUALIDADE ÉTNICA, foi “magicamente” aliado ao TRIBALISMO, originando um clima de VIOLÊNCIA e de PERSEGUIÇÃO contra os CHUABOS. Foi como um rastilho de pólvora ateado. Depressa as desordens se espalharam pelos populosos bairros de Muchatazina, Chiangara, Inhamediana, atingindo o seu auge no popular e carismático bairro da Munhava,…”

“Registaram-se cenas confrangedoras, como a invasão de residências para referenciar os falantes das línguas SENA ou NDAU, determinando assim quem era ou não CHUABO, para ser ou não alvo de VIOLÊNCIA. Incendiaram-se residências e foram mortas e feridas dezenas de pessoas inocentes…”(FIM DA CITAÇÃO)

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Ainda para ilustrar esse ponto, eis um caso “TRIBALISTA” mais recente: Presenciamos à pouco tempo atrás, um pouco antes da campanha eleitoral das últimas eleições gerais, UMA DESERÇÃO EM MASSA NO MDM em Nampula de muitos membros MACUAS do MDM, devido a um problema relacionado com as listas de candidatos daquele partido para as assembleias (Nacional e Provincial). Esses MACUAS desertores do MDM sentiram-se TRIBALMENTE discriminados e excluídos na sua própria Província (Nampula) a favor dos Sofalenses (Sofala, Província da proveniência do Presidente do MDM).

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Lembramo-nos, ainda, há alguns anos atrás, ainda no tempo de Joaquim Chissano como Presidente, quando o Sr. Dlhakama ameaçou TRIBALMENTE que ele iria “EXPULSAR todos os MACHANGANAS” para Gazankulu na África do Sul. Para alguns de nós essa declaração TRIBALISTA foi surpreendente, visto que, muitos "MACHANGANHAS" do Sul são REALMENTE “NDAUS”, como Dlhakama o é. Só alguns exemplos (mas muitos, mesmo muitos NDAUS que vieram com Gungunhana para o Sul e depois foram chamados de “machanganas”, mas que até hoje eles consideram-se tradicionalmente como NDAUS e evocam os espíritos dos seus ANCESTRAIS NDAUS nas suas cerimónias tradicionais):

- Quem são os “machanganas” MATEs do Sul? Não são eles NDAUS? 
- Quem são os “machanganas” SIMANGOs do Sul? Não são eles NDAUS? 
- Quem são os “machanganas, marongas, bitongas MACHAVAs do Sul? Não são eles NDAUS? 
- Quem são os “machanganas” SITOIs ou SITHOLEs do Sul? Não são eles NDAUS? 
Etc…etc…etc…

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Vimos com as recentes DESCENTRALIZAÇÕES autárquicas o REACENDER de um TRIBALISMO que parecia latente e dormente. A pergunta que se levanta é: 
- Os Governos AUTONÓMOS PROVINCIAIS ou REGIONAIS, no caso de isso vir a acontecer, não irão aumentar mais “combustível” para os “conflitos TRIBAIS e ÉTNICOS, ora latentes e dormentes?

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Miguel (o moçambicano indígena)



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Jose Carlos Cruz said...


A sociedade moçambicana está a pronunciar-se favoravelmente a uma divisão administrativa diferente, que permita a solução dos seus problemas mais gritantes: miséria, analfabetismo, delapidação dos recursos naturais sem proveito para o povo.

Não tenho dúvidas que Moçambique vai transformar-se. A Frelimo já não consegue esconder que o modelo actual de governação não funciona e que tem que dialogar com a Renamo e outras forças políticas, mesmo para a sua própria sobrevivência. O desenvolvimento do poder local vai ser adoptado, numa das suas possíveis formas.

A Renamo não vai parar de pressionar a Frelimo até conseguir este objectivo. E o acordo entre a Frelimo e a Renamo vai acontecer num futuro muito breve. Creio que dentro do prazo legal para que os membros da Renamo tomem posse, o que permitirá formalizar-se uma nova configuração dos poderes da República da maneira mais desejável - a pacífica.



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15
JJLABORET said in reply to ALIBABA...


Não é nada errado Moçambique copiar o sistema de divisão territorial de outros países.
Como exemplo, numa primeira fase da república o Brasil copiou o sistema americano de divisão dos Estados (República dos Estados Unidos do Brasil) e mais tarde aperfeiçoou para suas exigências, hoje sendo República Federativa do Brasil.

Moçambique poderia se basear até mesmo no sistema brasileiro, onde existem 27 Estados autônomos, onde o povo de cada um desses estados elege o seu governador, seus deputados, seus prefeitos e seus vereadores. O poder central de Brasília (presidência) NÃO APITA NADA nos Estados. Cabe ao governador de cada estado editar e promulgar a leis do respectivo estado, após essas serem discutidas, votadas e aprovadas nas assembléias estaduais. Os Estados por sua vez são divididos em municípios, cada município tem o seu prefeito e seus vereadores eleitos também pelo povo, cabendo ao prefeito editar as leis do seu município, leis essas que são discutidas, votadas e apovadas ou não pelos respectivos vereadores das câmaras municipais (equivalente às assembléias).

O sistema eleitoral é composto por um JUIZADO ELEITORAL FEDERAL, composto em primeira instância por um juiz eleitoral municipal (ZE - zona eleitoral), em segunda instância por colegiados de juizes eleitorais estaduais (TRE - tribunal regional eleitoral) e de teceira instância pelos juizes/ministros eleitorais federais (TSE - tribunal superior eleitoral) e ainda de um código de leis unificado para toda a federação.
A JUSTIÇA ELEITORAL, TAL COMO AS DEMAIS, É UM PODER INDEPENDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA, NÃO SE SUBMETE AO GOVERNO E FAZ PARTE DO COMPLEXO JURÍDICO BRASILEIRO (justiça civil, justiça criminal, justiça trabalhista, justiça eleitoral).

O sistema de votação é eletrônico à prova de fraudes, e os resultados dos votos de mais de 140 milhões de eleitores cadastrados, saem oficialmente em 3 ou 4 horas após encerradas (às 17:00 horas) as votações em todo o Brasil, respeitados os fuso-horários diferentes, por ser um país de dimensão continental. Até os povos da floresta, na Amazônia legal, também votam, em urnas levadas até eles por ar e água, com a ajuda do exército brasileiro.

O sistema brasileiro de divisão territorial é sólido e sem conflitos divisionistas.

Os povos de cada estado elegem seus deputados federais e seus senadores, para a Câmara Federal e o Senado Federal em Brasília, na mesma eleição em que elegem o/a presidente da nação. Cabe a esses defenderem os interesses da cada estado onde foram eleitos.


16
ALIBABA said...


Esta itervista deve-se usar como base para a solucäo do problema, todas provincias estaria a definirem sozinhas o destino das suas economias e outras políticas, do que estarmos amarados com o Maputo. Por exemplo na Alemanha quem decide quantos BMW, AUDI etc deve-se produzir por ano e a que valor deve-se vender näo o Berlim que ordena é o estado de Bavaria, Mercedes é Stuttgarten e por ai em diante. Em Mocambique näo, tudo tem de se esparar até que o Maputo diga alguma coisa, isso é cansativo e contraprodutivo.


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Augusto Wayla said...


Realmente esse professor tem uma visão constitucional. Para a FRELIMO tudo é contra a Constituição parece que é um grupo de bandu de ignorantes que não sabem nada. Isso é vergonhoso para a Nação assim como para o Partido. Esta seria a oportunidade de criar o federalismo em Moçambique para que todas as províncias sejam independentes e autônomas.
Seria a maior democracia do País e permitiria o desenvolvimento equilibrado e mais veloz.
Isso não rompe nenhum ideal de cada partido. Permite uma forte transparência e respeito pelas escolhas do povo. Haveria visibilidade de coligações, uma governação diferente e criava se a UNIÃO que seria o órgão nacional.


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silva.paulino said...


Eu estou gostar as palavras isto è a melhor decisào,eu pensava que nào temos pessoas no Pais que podia analisar.na Italia´,na Alemanhà.tem esta cistema mais todos fonciona bem Sem problema.e ha melhore contror da enconomia do Pais.no fim do ano fazem balanso do apuramento de cada provincia do Pais.a cetao a ideia do Afonso Dhlakama e a Renamo governare as provincias onde ele ganhou.seria melhore para o povo Mozambicano .muito obrigado

Morre o americano Carl Djerassi, um dos criadores da pílula

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O químico americano Carl Djerassi, um dos criadores da pílula anticoncepcional, morreu na sexta-feira à noite aos 91 anos, informou neste sábado em Viena Klaus Albrecht Schröder, diretor do museu de Albertina.
Carl Djerassi conseguiu sintetizar em 1951 o hormônio que regula os ciclos menstruais. A descoberta permitiu o desenvolvimento do primeiro contraceptivo oral, um projeto no qual colaboraram os farmacêuticos americanos Gregory Pincus e John Rock.
Além de sintetizar a progesterona, Djerassi também conseguiu criar em laboratórios a cortisona, outro hormônio utilizado em vários tratamentos médicos.
Djerassi, escritor e colecionador de arte, era proprietário da coleção privada mais importante do mundo do pintor alemão Paul Klee (1879-1940), que legou ao Museu de Arte Moderna de São Francisco e ao Museu de Albertina, que anunciou sua morte.
Carl Djerassi nasceu em Viena em 29 de outubro de 1923, filho de pai búlgaro e mãe austríaca. Foi perseguido pelos nazistas e buscou refúgio nos Estados Unidos.

Governo rejeita retirar nacionalidade aos jihadistas portugueses

As razões invocadas pelo primeiro-ministro em Conselho de Ministros foram de natureza civilizacional e humanista e tiveram a concordância de todos os membros do Executivo.
Governo rejeitou retirar a nacionalidade aos jovens jihadistas portugueses ou luso-descentes que aderiram às fileiras do autoproclamado Estado Islâmico (EI) e que combatem na Síria.
Esta posição das autoridades portuguesas foi comunicada na passada quinta-feira na cimeira informal dos ministros do Interior da União Europeia, em Riga, capital da Letónia. Alguns dos países assolados pelo terrorismo jihadista admitiram retirar a nacionalidade como forma de dissuadir os jovens a aderirem ao EI.
Em Riga, Portugal esteve representado pela ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, e pelo secretário de Estado da Justiça, António Costa Moura, que substituiu a ministra Paula Teixeira da Cruz, impedida de participar por doença. Um dos dossiers que os ministros tinham em cima da mesa era a possibilidade de retirar a nacionalidade aos jovens que lutam com o EI na Síria e no Iraque. Portugal rejeitou tal possibilidade invocando critérios humanistas.
Esta posição tem como fundamento o conceito de que o Estado português não pode retirar a nacionalidade a cidadãos – mesmo os de dupla nacionalidade – que tenham praticado actos terroristas ou estejam veiculados a uma organização terrorista, como é o EI, e que queiram voltar a Portugal. Recorde-se que a maioria dos “combatentes estrangeiros” portugueses jihadistas nasceu noutros países comunitários e são, portanto, a segunda geração da emigração. Se lhes fosse retirada a cidadania portuguesa, ficariam como apátridas.
Em Conselho de Ministros esta questão foi abordada e, segundo o PÚBLICO apurou, a posição defendida pessoalmente pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho invocou razões do foro civilizacional e humanista para a não retirada da nacionalidade. Uma atitude que não foi contestada por nenhum membro do executivo.
Acresce que, segundo vários peritos, a retirada da nacionalidade está eivada de inconstitucionalidade. Mas este debate nem chegou a ser travado na presidência do Conselho de Ministros na Gomes Teixeira. Do mesmo modo, enviar para uma espécie de clandestinidade cívica jovens que participaram em actos terroristas e que, por diversos motivos (medo, cansaço ou ruptura), pretendem regressar é considerado contraproducente.
Aliás, o objectivo confesso das autoridades de segurança europeias é monitorizar os movimentos dos regressados para aquilatar da genuinidade do seu arrependimento, e prendê-los e julgá-los caso seja provado o seu envolvimento em actos de terrorismo Em diversos países, alguns dos regressados dedicaram-se a práticas de proselitismo e a tarefas de financiamento do EI. Esta preocupação da União Europeia (UE) também recolhe o conteúdo da resolução de 24 de Setembro de 2014 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, cujo objectivo é parar a impunidade da adesão ao EI.
Da reunião ministerial de Riga, saiu um primeiro consenso para um acordo europeu sobre registo de identificação de passageiros das linhas aéreas. No entanto, só em Abril a UE pretende que esta questão esteja fechada. Em aberto ainda estão formas de controlo de cidadãos comunitários quando chegam de fora do espaço Schengen ou o aumento de controlos aleatórios na mesma área. Mais pacíficas são as medidas que implicam uma maior coordenação das estruturas supra-europeias de combate ao terrorismo com os serviços de segurança e informações nacionais.
Na quarta-feira da semana passada, a ministra Anabela Rodrigues teve uma ronda de contactos com os partidos com representação parlamentar. A titular da Administração Interna referiu-se a cinco princípios genéricos – detecção, prevenção, protecção, perseguição e resposta – que devem presidir à luta antiterrorista. Não houve, contudo, grandes especificações.
No entanto, o PS, cuja posição é fundamental para o Governo, recusou a possibilidade das secretas, na alçada do SIRP [Sistema de Informações da República Portuguesa] realizarem escutas telefónicas, como fazem os serviços congéneres europeus. Uma possibilidade admitida há duas semanas pelo deputado do PSD, Paulo Mota Pinto, presidente da comissão de fiscalização dos serviços de informação. Às secretas interessam as escutas que, sob autorização judicial, permitem apurar os contactos efectuados e, assim, desenhar a rede, bem mais que o conteúdo das comunicações.
Já os socialistas admitiram o envolvimento das Forças Armadas na defesa de pontos e infra-estruturas estratégicas e de interesse crítico para o país. Do mesmo modo, a delegação constituída por Ferro Rodrigues e Jorge Lacão manifestou disponibilidade para acompanhar as políticas da UE que impliquem maior vigor na aplicação de Schengen. “Temos uma dupla posição, mas coerente em si, defesa dos princípios da liberdade de circulação, e disponibilidade, se for o caso, para encarar medidas que possam conferir maior rigor à partilha da informação”, sublinhou, então, Jorge Lacão.
Os outros partidos da oposição alertaram o Governo para não legislar a quente e condenaram os discursos xenófobos e racistas. O comunista João Oliveira referiu, como mau exemplo, oPatriotic Act dos Estados Unidos. José Pedro Soares, do BE, denunciou os impulsos legislativos que atentem contra a liberdade de circulação. Compartilhando estas preocupações, o deputado José Luís Ferreira de “Os Verdes”, afirmou-se tranquilo após a reunião com a titular da Administração Interna: “Não ficámos com a preocupação que o Governo esteja nessa onda securitária.”