quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O homem que planeou o 11 de setembro escreveu uma carta a Barack Obama

11 DE SETEMBRO


O homem por detrás do 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, escreveu uma carta a Barack Obama a defender que os Estados Unidos provocaram o atentado ao matarem milhares na Palestina.
O homem que planeou o ataque terrorista do 11 de setembro escreveu, em 2015, uma carta a Barack Obama a defender que os Estados Unidos é que começaram a “guerra” e a acusar Obama de ter as mãos “sujas de sangue”. A carta foi publicada esta quinta-feira pelo The Miami Herald.
Khalid Sheikh Mohammed escreveu a carta em 2015 a partir do campo de detenção de Guantánamo. Mas a mensagem foi considerada propaganda e ficou retida durante dois anos. Entretanto, um juiz militar ordenou a sua entrega a Obama, no final do seu segundo mandato. O jornal The Miami Herald teve, agora, acesso às 18 páginas e a um manuscrito que Mohammed escreveu sobre a morte.
Na carta, Mohammed garante que foram os próprios Estados Unidos, “o país da opressão e tirania“, a provocar o ataque terrorista de 11 de setembro. “Não fomos nós que começámos a guerra contra vocês a 11/9. Foram vocês e os vossos ditadores na nossa terra.”
Os crimes de guerra perpetuados na Palestina desde 1948, e aqueles que têm lugar hoje em Gaza, são a indicação mais clara do porquê do 11/9 ter acontecido, e porque é que pode acontecer de novo no futuro.
Mohammed não poupa críticas ao antigo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chamando-lhe “a cabeça da cobra” e acusando-o de permitir a violência em Israel.
As suas mãos [de Obama] ainda estão sujas com sangue dos seus irmãos e irmãs e crianças que foram mortas em Gaza.
Khalid Sheikh Mohammed foi capturado em 2003, no Paquistão, e está preso no campo de detenção de Guantánamo desde 2006 onde aguarda julgamento. Submetido a diversas e violentas técnicas de interrogação — foi submerso em água 183 vezes — confessou ter planeado o ataque em 2007. A administração Obama ainda não revelou se o antigo presidente dos EUA já leu a carta.

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