segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

MENSAGEM PARA “MELANCIAS” DA CIÊNCIA POLITICA:


O vencedor das principais autarquias de Moçambique, será determinado pelo contexto e não pessoas.
Nos últimos dias tenho assistido um debate de tonalidades sobre a crise do Movimento Democrático (MDM). Paralelamente a isso ninguém apresenta um posicionamento forte e coerente sobre tal profecia. Uns falam da crise de liderança interna, outros do tribalismo exacerbado, alguns falam de possíveis sucessões, e boa parte profetiza maus resultados nas autarquias onde o galo lidera, isto para as eleições que se avizinham (2018). Este texto não pretende prestar nenhum serviço de assessoria a qualquer movimento político, mas surge como uma breve tentativa para responder alguns aspectos básicos atinentes ao assunto. Para tal, penso que o fundamental é usarmos os olhos do passado para reflectir melhor sobre o presente e perspectivar o futuro sem suposições. A problemática das relações a nível dos partidos políticos em Moçambique não data desde hoje. Alias, é preciso referir que mesmo a FRELIMO enquanto movimento teve de passar por diversas instabilidades para chegar ao estágio em que se encontra hoje. Só para recordar a FRELIMO na década 60 teve varias crises de liderança que durou quase 5. Não irei arrolar as principais motivações do desiderato pois, não constitui objecto desta reflexão descrever o assunto.
É preciso recordar que uma das atracões durante as eleições gerais de 2009 foi a emergência e participação de um novo partido político, denominado MDM. Este partido foi formado na Beira, capital de Sofala, na região centro de Moçambique, em Março de 2009, o movimento resulta da expulsão de Daviz Simango da Renamo pelo líder da formação, Afonso Dhlakama. Daviz Simango, criticando a actuação dos actores políticos moçambicanos, em particular a Renamo e a Frelimo, um dos objectivos do seu partido era sem duvidas introduzir uma nova foram de ser estar no cenário politico moçambicano. Ora, olhando para os factores que estiveram por detrás da criação do MDM e analisando o discurso de praticas politicas deste partido, pode se entender porque é que o MDM esta assim hoje.
Portanto, compreender as dinâmicas do MDM nos dias que correm. Implica acima de tudo compreender politicamente a província do Sofala, e sobretudo compreender a Beira, uma zona que desde o período colonial sempre teve relações conturbadas. Associado a isso, outras zonas geográficas com nova disputa nos últimos anos inserem-se na circunscrição da Zambézia (Quelimane) e Nampula (Capital do norte). Desta forma assumir que o MDM não irá ganhar as principais autarquias sem ter em conta o processo histórico da construção do partido é falacioso, do mesmo jeito que é falacioso que as divergências internas no seio do partido poderão ter uma repercussão directa a nível dos resultados onde o galo lidera. Outro aspecto que deve ser observado minuciosamente para compreender o MDM são os homens que lideram a gestão autárquica. Ademais, se os votos das autarquias onde o Movimento Democrático de Moçambique se convertem-se ao partido. Provavelmente Simango teria saído com bons resultados a nível do espaço geográfico onde o MDM encontra-se enfrente. Mas isso não aconteceu. Deste modo pode-se aventar algumas hipóteses como forma de compreender o processo.
HIPOTESE PRIMARIA. 1. O voto a nível das autarquias onde o Movimento Democrático de Moçambique depende do tipo de líder (candidato as eleições) e não do partido como um todo.
HIPOTESE SECNDARIA. 2. As divergências do partido não são determinantes e nem tem influência directa na escolha dos candidatos autárquicos.
HIPOTESE TERCEARIA. 3. O Movimento Democrático de Moçambique, despoletou estes cenários para se reinventar e descentralizar os poderes.
Alias, é preciso recordar a cada um dos MELANCIAS das análises políticas que boa parte das autarquias onde MDM lidera hoje, a Perdiz gradualmente foi perdendo a confiança a favor do galo e dificilmente pode recuperar a Beira por exemplo, que até hoje ainda constitui o seu bastião. É verdade que Frelimo está a evidenciar esforços suficientes para recuperar Chiveve mas o contexto a cada dia esta a se distanciar das suas vontades pois, o MDM transformou-se numa marca para os Beirenses a nível da gestão autárquica, tal como transformou-se também em Quelimane e Nampula para não falar de Gurue. É possível tirar um dos Municípios do Galo sim, mas sempre será difícil, ora, se assim acontecer obviamente será a favor da Frelimo que também já provou boa gestão autarquica. Pois, o MDM com as suas politicas voltadas para a revolução urbana foi ganhando espaço para os dois partidos velhos que hoje disputam o rural. Neste sentido, as pessoas podem falar o que bem entender mas o contexto é que ira identificar os seus vencedores e não as pessoas. Bem vindo 2018.
Euclides Da Flora
Traduzido do Inglês
Gosto · Responder · 1 · 2 h
Heelio Sive Marcos
Heelio Sive Marcos .......a escrever.......volto Já.
Gosto · Responder · 1 · 1 h
Heelio Sive Marcos
Heelio Sive Marcos O Dr Sande Carmona Carmona ficaria relachado em ver esse post.
Gosto · Responder · 2 · 1 h
Sande Carmona Carmona
Nico Voabil
Nico Voabil Assim sendo...! (A escrever)

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