quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Irmão de Kim Jong-un foi morto com gás altamente tóxico


Relatório preliminar da polícia da Malásia detectou VX no corpo do norte-coreano.
Imagem de Kim Jong-nam no aeroporto de Kuala Lumpur
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Imagem de Kim Jong-nam no aeroporto de Kuala Lumpur Reuters/REUTERS TV
A polícia da Malásia revelou nesta sexta-feira que o homicídio de Kim Jong-nam, irmão do líder da Coreia do Norte, foi executado com recurso a um gás tóxico asfixiante altamente tóxico, o chamado VX.
A polícia diz que foram encontrados vestígios deste químico letal nos olhos e na cara do norte-coreano, segundo as análises feitas pelo departamento químico da Malásia.
O VX é considerado uma arma química e está classificado pelas Nações Unidas como uma arma de destruição maciça.
Kim Jong-nam foi morto no aeroporto de Kuala Lumpur na semana passada, quando se preparava para embarcar para Macau.
A investigação a este caso levou a uma situação de mal-estar entre a Malásia e a Coreia do Norte. O enviado norte-coreano, Kang Chol, acusou a Malásia, um dos poucos países a manter relações diplomáticas com a ditadura dos Kim, de estar a trabalhar com “forças hostis” à Coreia do Norte.
Ao longo da semana passada, a polícia interpelou duas mulheres (uma com passaporte indonésio, outra com documentos vietnamitas) e o namorado malaio de uma delas. No sábado, deteve um quarto suspeito, Ri Jong-chol, um norte-coreano, e está à procura de mais quatro homens da mesma nacionalidade que terão deixado o país no dia do crime.
A televisão japonesa Fuji TV mostrou imagens de câmaras de vigilância do aeroporto onde se vê um homem que parece ser Kim a ser abordado por uma mulher antes de outra aparecer atrás dele e lhe esfregar o rosto com um pano – algum tipo de químico, dizem as autoridades. Esta segunda mulher usa uma camisola branca com as letras “LOL”; sabe-se que uma das suspeitas, a indonésia, contou à polícia ter sido paga para fazer o que julgava ser pregar uma partida.
A Coreia do Sul acusa a Coreia do Norte da morte de Kim desde o início do caso, garantindo que havia uma “ordem permanente” do líder Kim Jong-un para eliminar o irmão desde 2012, altura em que este criticou o regime e terá sido alvo de uma primeira tentativa de assassínio.

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