segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Governo reconhece incertezas sobre pagamento da prestação da dívida marcada para Março

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Esperança do país é a conclusão com sucesso do processo de renegociação das dívidas
O Governo ainda não sabe se vai ou não conseguir pagar a próxima prestação das dívidas das empresas Pro Índicos e Mozambique Asset Management. Devido a situação económica do país, que limita a capacidade de pagamento, a esperança de Moçambique é a conclusão, com sucesso, do processo de renegociação das dívidas.
Trata-se de um processo iniciado em Outubro do ano passado, quando o executivo submeteu aos credores, em Londres, a proposta de renegociação da dívida pública, justificando a degradação da situação macroeconómica e fiscal do país, que afectou as finanças públicas. No encontro, Moçambique adiantou que poderia falhar a prestação de juros da dívida da Empresa Moçambicana de Atum, EMATUM.
Três meses depois, sem apreciação positiva da proposta de renegociação da dívida, o executivo falhou o pagamento dos juros de 60 milhões de dólares e até hoje o processo ainda não fechou.
“Esta dívida que eu fui apresentar a situação em Outubro representa 17 por cento de toda a dívida que nós temos, mas a particularidade é que o serviço da dívida representava 50 por cento da toda a dívida, daí que era importante encontrar com esses credores a melhor forma de continuarmos a ter o apoio deles mas também termos essa dívida enquadrada na programação que nós temos para o orçamento de 2017”, explica Maleiane.
E esta é uma situação que também pode comprometer o próximo prazo de pagamento das dívidas da Pro-Indicus e MAM, marcado para Março.
“Não podemos antever, o que nós temos que fazer é o esforço para até Março tenhamos concluído as negociações com os assessores que até lá possamos ter a proposta concreta para podermos trazer a dívida de Moçambique a níveis de sustentabilidade”, explica Adriano Maleiane.
A Ematum contraiu uma dívida de 850 milhões de dólares, a Pro Indicus o valor de 787 milhões dólares e a MAM tem 500 milhões de dólares de dívida. Todos os empréstimos tem a garantia do Estado.

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