Excelentíssima Senhora Dra. Maria Helena Taipo – Ministra do Trabalho,
Espero que tenha um bom ano e que o bom ano inspire mais boas decisões no Ministério que dirige. Já elogiei a sua actuação noutros momentos o que é revelador do apreço que tenho pelo trabalho que vem desenvolvendo nesse sensível Ministério do Trabalho.
Escrevo-lhe no meu retorno ao trabalho depois do “brinde” que ofereceu aos trabalhadores nos dias 2 e 3 de Janeiro. Um brinde aplaudido por muitos e chorado por muitos (entre os quais eu), de patrões a pessoas simples como eu que acham que o país não se deve dar ao desplante de parar tanto como o nosso pára.
Sua Excelência o Presidente da República tem falado insistentemente na necessidade de assumirmos a cultura de trabalho e interiorizamo-la afinal, como disse um dia, devemos “acreditar que as coisas não aparecem de qualquer maneira, as coisas fazem-se num ciclo de produção que não podemos deixar de respeitar. O que podemos fazer é entrar nele e sermos agentes.” É difícil entrar num ciclo com tantas paragens. Me parece que em tudo o que se refere aos apelos do Presidente quanto à cultura de trabalho as sucessivas paragens acabam sendo um contra-senso.
Vossa Excelência se recordará dos termos de referência que conduziram à produção da actual Lei do Trabalho; de certo se lembrará (até olhando as sínteses produzidas) que uma das principais questões levantadas pelos empregadores estava relacionada com o absentismo elevado. Os Termos de Referência também vincavam a necessidade de o “estancar”. É um facto que a Lei do Trabalho aprovada saiu quase igual a anterior com o agravante de prever as tolerâncias de ponto. Rebuscando todo esse processo podemos ver como ir e como não ir, o que fazer e o que não fazer nesta nova era, a era dos mega projectos, era de combate a pobreza que se deve fazer não só protegendo os trabalhadores mas também que confere a esses a qualidade de trabalhadores.
Não espero aplausos nesta missiva que lhe escrevo Excelência. A primeira vez que coloquei este assunto à consideração de muita gente quase fui trucidado. Afinal, é sempre bom estar em casa, curtir os feriados, as tolerâncias de ponto e qualquer motivo legal para se estar em casa.
Salvo erro, temos 9 dias feriados expressamente consagrados na lei. Acresce que, por lei, quando os feriados calhem num domingo a suspensão da actividade laboral é diferida para segunda-feira.
Para além dos feriados há as tolerâncias de ponto que a Lei do Trabalho atribui à Ministra do Trabalho a competência para as conceder devendo anunciar com pelo menos 48 horas de antecedência (isto é, geralmente, respeitado Excelência? Lembra-se do improviso do dia 11 de Novembro?). Infelizmente, a Lei do Trabalho não especificou critérios, nem limites, circunstâncias e razões que devem justificar a concessão de tolerâncias de ponto, seja como for, atendendo ao nosso estágio, aos objectivos traçados pelo Governo, o bom senso deveria conduzir nos a limitar essas tolerâncias ao mínimo aceitável.
Pode até ser que gostemos dessas coisas, feriados, tolerâncias etc. Mas a questão não está aí, excelência. Não está em saber se gostamos ou não.
A questão está em saber se, como país, e no estágio em que estamos podemos nos dar a esses luxos todos. Num país que devia se mobilizar mais e mais para o trabalho para vencermos o ciclo de pobreza e lutarmos pela prosperidade, será que podemos nos dar ao luxo de ter tantas folgas? Será que fazem sentido todos os motivos legais que temos para não trabalhar?
Eu acho que não. Não faz sentido a cultura do ócio legalmente estabelecida. Se posso viver com os feriados durante os quais devemos aproveitar para reflectir sobre o que cada um deles representa no nosso devir, custa-me a aceitar as tolerâncias de ponto sem critérios claros para a sua concessão (pode ser que seja concedida uma quando fizer 10 anos de casado, afinal meus amigos terão que ir festejar comigo), custa-me aceitar que um país como este tenha parado nos dias 2 e 3. Houve alguma reflexão sobre os efeitos dessa paragem quando essa medida foi tomada? Imaginou-se o seu efeito para o dono da padaria da esquina (que teve 6 dias a vender pão sem poder depositar em lado nenhum os valores daí provenientes), para a mamana do mercado grossista ou para os mega projectos espalhados pelo país? Foram avaliados os custos da paragem do país para festejar por esses dias todos para todos esses segmentos?
Excelência, custa-me perceber como é que, reconhecendo que ainda estamos a dar passos para sair da pobreza e querendo sair desse ciclo, temos tantas paragens. É que, para mim, pobre que quer sair do ciclo de pobreza tem mais motivos para trabalhar do que para descansar, isso para não falar de quem assume os custos desse ócio todo (quero ser empresário um dia).
Que tal trabalharmos excelência? Se, como refere o Presidente da República a cultura de trabalho e o espírito patriótico, de auto-superação e de bem servir são fundamentais para o aumento da produtividade e da competitividade, há que combater o ócio, inclusive o legalmente promovido pelo seu punho com as tolerâncias de ponto, de modo a que nos dediquemos mais ao trabalho.
Que tal trabalharmos mais em 2014 Excelência? É um desafio.
Bom ano a todos os moçambicanos.
Espero que tenha um bom ano e que o bom ano inspire mais boas decisões no Ministério que dirige. Já elogiei a sua actuação noutros momentos o que é revelador do apreço que tenho pelo trabalho que vem desenvolvendo nesse sensível Ministério do Trabalho.
Escrevo-lhe no meu retorno ao trabalho depois do “brinde” que ofereceu aos trabalhadores nos dias 2 e 3 de Janeiro. Um brinde aplaudido por muitos e chorado por muitos (entre os quais eu), de patrões a pessoas simples como eu que acham que o país não se deve dar ao desplante de parar tanto como o nosso pára.
Sua Excelência o Presidente da República tem falado insistentemente na necessidade de assumirmos a cultura de trabalho e interiorizamo-la afinal, como disse um dia, devemos “acreditar que as coisas não aparecem de qualquer maneira, as coisas fazem-se num ciclo de produção que não podemos deixar de respeitar. O que podemos fazer é entrar nele e sermos agentes.” É difícil entrar num ciclo com tantas paragens. Me parece que em tudo o que se refere aos apelos do Presidente quanto à cultura de trabalho as sucessivas paragens acabam sendo um contra-senso.
Vossa Excelência se recordará dos termos de referência que conduziram à produção da actual Lei do Trabalho; de certo se lembrará (até olhando as sínteses produzidas) que uma das principais questões levantadas pelos empregadores estava relacionada com o absentismo elevado. Os Termos de Referência também vincavam a necessidade de o “estancar”. É um facto que a Lei do Trabalho aprovada saiu quase igual a anterior com o agravante de prever as tolerâncias de ponto. Rebuscando todo esse processo podemos ver como ir e como não ir, o que fazer e o que não fazer nesta nova era, a era dos mega projectos, era de combate a pobreza que se deve fazer não só protegendo os trabalhadores mas também que confere a esses a qualidade de trabalhadores.
Não espero aplausos nesta missiva que lhe escrevo Excelência. A primeira vez que coloquei este assunto à consideração de muita gente quase fui trucidado. Afinal, é sempre bom estar em casa, curtir os feriados, as tolerâncias de ponto e qualquer motivo legal para se estar em casa.
Salvo erro, temos 9 dias feriados expressamente consagrados na lei. Acresce que, por lei, quando os feriados calhem num domingo a suspensão da actividade laboral é diferida para segunda-feira.
Para além dos feriados há as tolerâncias de ponto que a Lei do Trabalho atribui à Ministra do Trabalho a competência para as conceder devendo anunciar com pelo menos 48 horas de antecedência (isto é, geralmente, respeitado Excelência? Lembra-se do improviso do dia 11 de Novembro?). Infelizmente, a Lei do Trabalho não especificou critérios, nem limites, circunstâncias e razões que devem justificar a concessão de tolerâncias de ponto, seja como for, atendendo ao nosso estágio, aos objectivos traçados pelo Governo, o bom senso deveria conduzir nos a limitar essas tolerâncias ao mínimo aceitável.
Pode até ser que gostemos dessas coisas, feriados, tolerâncias etc. Mas a questão não está aí, excelência. Não está em saber se gostamos ou não.
A questão está em saber se, como país, e no estágio em que estamos podemos nos dar a esses luxos todos. Num país que devia se mobilizar mais e mais para o trabalho para vencermos o ciclo de pobreza e lutarmos pela prosperidade, será que podemos nos dar ao luxo de ter tantas folgas? Será que fazem sentido todos os motivos legais que temos para não trabalhar?
Eu acho que não. Não faz sentido a cultura do ócio legalmente estabelecida. Se posso viver com os feriados durante os quais devemos aproveitar para reflectir sobre o que cada um deles representa no nosso devir, custa-me a aceitar as tolerâncias de ponto sem critérios claros para a sua concessão (pode ser que seja concedida uma quando fizer 10 anos de casado, afinal meus amigos terão que ir festejar comigo), custa-me aceitar que um país como este tenha parado nos dias 2 e 3. Houve alguma reflexão sobre os efeitos dessa paragem quando essa medida foi tomada? Imaginou-se o seu efeito para o dono da padaria da esquina (que teve 6 dias a vender pão sem poder depositar em lado nenhum os valores daí provenientes), para a mamana do mercado grossista ou para os mega projectos espalhados pelo país? Foram avaliados os custos da paragem do país para festejar por esses dias todos para todos esses segmentos?
Excelência, custa-me perceber como é que, reconhecendo que ainda estamos a dar passos para sair da pobreza e querendo sair desse ciclo, temos tantas paragens. É que, para mim, pobre que quer sair do ciclo de pobreza tem mais motivos para trabalhar do que para descansar, isso para não falar de quem assume os custos desse ócio todo (quero ser empresário um dia).
Que tal trabalharmos excelência? Se, como refere o Presidente da República a cultura de trabalho e o espírito patriótico, de auto-superação e de bem servir são fundamentais para o aumento da produtividade e da competitividade, há que combater o ócio, inclusive o legalmente promovido pelo seu punho com as tolerâncias de ponto, de modo a que nos dediquemos mais ao trabalho.
Que tal trabalharmos mais em 2014 Excelência? É um desafio.
Bom ano a todos os moçambicanos.
Lyndo A. Mondlane excelente...Ver Tradução
Manuel J. P. Sumbana Muitos LIKES, julio.
Muzila Wagner Nhatsave he
he he Muthisse.de facto são legitimas as tuas preocupações. mas eu
tenho alguma diferença em relação a sua analise.parab mim como gestor o
factor importante é a renatabilidade dos recursos ao meu dispor e para
tal faço uma planificação. é certo de tolerancias
de ponto assim do nada pode criar de facto alguns transtornos.mas
convenhamos que trabalhar quinta e sexta iria ser quanto a mim um
disperdicio de recursos pois a produtividade seria baixa o que
aumentaria os meus custos. eu nate sou da opinião que deveriamos
legislar algo em que se o feriado calhar no meio de semana devia ser
tranferido para a segunda feira seguinte ou sexta para nao cortar o
ritmo de trabalho, assim ganhavam as empresas e as pessoas. empresas
serias planificam as suas actividades em função do calendario e fazem
pontes quando isso acontece exactamente por terem essa noção de custos
vs produtividade dos factores. o que acontece é qe estas compensam em
horas ao longo do ano os dias que ficarao em casa sem comprometer a meta
das empresas, não vale a pna ter gente presente a produzir nadae so a
gastar recursos. concordo que as tolerancias são demais sim, mas que
podem ser acautekadas os seus efeitos havendo uma boa planificação
Stayleir Marroquim Bem dito amigo Júlio Mutisse!
Júlio Mutisse Muzila Wagner Nhatsave
meu irmão, este país tem mais motivos para trabalhar do que para parar.
Essa é a minha opinião e é preciso garantir previsibilidade a essas
paragens. Parámos por tudo e por nada meu irmão. Por um lado temos S.
Excia o PR a apelar à cultura do
trabalho e num outro a Ministra a conceder tolerâncias por tudo e mais
alguma coisa. Mais, a lei não clarifica os critérios das tolerâncias o
que significa que, como foi desta vez, qualquer motivo bastaria para
serem concedidas. Isso me preocupa meu amigo. Olha que ainda nao sou
empresário mas me preocupam essas paragens.
Muzila Wagner Nhatsave concordo plenamente contigo,dai que chamo atençãoa planificação das actividades,eu nao gosto de paragens inadvertidas
Júlio Mutisse Lindo A. Mondlane, Manuel J. P. Sumbana, Jeronimo Matavel e Stayleir Marroquim,
acho que se calhar é altura de fazermos perceber o quanto o país mudou e
o quanto custa as empresas as sucessivas paragens. Obrigado.
Muzila Wagner Nhatsave temos
exemplos bonitos aqui ao lado na Africa do sul, onde ha ferias de
pascoa inclusive, mas tudo é planificado antes.aqui nao se usam metas e
não se dá valor ao valor dos recursos. o tempo ainda conta pouco neste
vpaísdai sermos e estarmos assim.
Alda Isaías Mussuei Sabias palavras.
Jeronimo Matavel Sobre
s tolerância de ponto fui contra desde a primeira hora. Pior é que
nunca saberemos em termos quantitativos as perdas registadas durante
estes dois dias.
O país parou e tudo parou, agora é só corrermos atrás do prejuízo....incluindo pagar salario a quem não trabalhou. Onde vai se apanhar tal dinheiro se o dinheiro vam da produção???
O país parou e tudo parou, agora é só corrermos atrás do prejuízo....incluindo pagar salario a quem não trabalhou. Onde vai se apanhar tal dinheiro se o dinheiro vam da produção???
Manuel J. P. Sumbana Concordo
com o Nhatsave. Muitos países tém a prática de transferir os feridos do
meio de semana para 2a ou 6a. Podiam deivar-se 3 feriados inamoviveis:
25 de Junho, 25 de Dezembro e 1 de Janeiro.
Muzila Wagner Nhatsave a ideia é exactamente essa Manuel.
Júlio Mutisse Os
sul africanos trabalham um ano inteiro e sabem que irão parar por
altura da páscoa, já faz parte da cultura deles. É previsível, os
feriados, como digo, estou Ok com eles porquanto previsíveis incluindo
seus efeitos (aprenderia a viver com essa de passar para segunda quando
calhe domingo) mas as tolerâncias meus caros, são muitas e demais. Temos
que parar com isso e correr.
Lyndo A. Mondlane fiz
um post, mais breve ha dias...o pais nao se deveria permitir isso,
sobretudo se temos em conta que vivemos de doaçoes..os japoneses e
elaemaes q nos dao o dinheiro para o nosso OGE, nao se podem
permitir..entao com que cara nos podemos estar 1 semana de festa?..
Lino Marques Santos Bem
dito. Realmente, uma coisa eh emprego outra eh trabalho. So que
irremediavelmente vamos atras do emprego e para o nosso azar encontramos
trabalho, o que eh muito mau para Nos claro, habituados a feriados e
tolerancias.Estas incongruencias que o Júlio Mutisse
apresentou so provam realmente que somos bons a pedir e maus a dar. Nao
se justifica que na classe executive do aviao esteja o pedinte e na
economica o doador, viajando para o mesmo destino !!!!
Nhecuta Phambany Khossa Júlio Mutisse, de regresso aos trabalhos preparatórios da lei do trabalho n 23/2007, de 01 de agosto. Bons tempos.
Elisio Macamo Júlio, parabéns por esta intervenção. é muito oportuna. tem mais efeito se separares as coisas, conforme diz Muzila Wagner Nhatsave. o que se perde em produtividade é difícil de aferir. mas a imprevisibilidade é que é a questão central. todos os países
civilizados têm um calendário claro e fixo. eu estou a planear uma
conferência para 2017 e estou a considerar os feriados locais e dos
restantes países europeus para determinar as datas exactas. deixar
coisas dessa natureza à vontade espontânea dum governante é basicamente
falta de respeito às pessoas. já reclamei que não faz sentido que todos
os anos se fique à espera da ministra do trabalho para declarar
tolerância de ponto no dia 24 de dezembro. não faz sentido. mas aqui
também o patronato devia intervir, incluindo por via jurídica exigindo
indemnizações pelos danos. aí as instituições aprenderiam mais rápido.
Muzila Wagner Nhatsave tocaste no ponto Elisio.
Cremildo Maculuve Concordo tanto com o Júlio Mutisse, quanto com o Muzila Wagner Nhatsave.
As tolerâncias tem que ser reguladas e não devem depender do livre
arbítrio de quem foi concedido poder para tal. Mas, olhando agora para o
posicionamento do Muzila, um gestor pode,
querendo e se achar que poupa recursos, fazer uma ponte numa sexta,
quando a quinta anterior for feriado, por exemplo. porque essa
sexta-feira, dependendo do ramo de actividade, pode ser, não só
improdutiva, como acalentar custos (telefone; energia - luz, ACs, PCs,
etc; papel e tinta em assuntos privados, banda da net) à empresa.
Portanto: vamos sim trabalhar e deixar de tolerâncias só porque uma
parte de Maputo observará um eclipse do sol (já aconteceu) e deixemos a
prerrogativa de decidir parar em eventos e datas especiais que não sejam
feriado, às empresas.
Nhecuta Phambany Khossa Cremildo,
as tolerancias de ponto tem consagração na lei do trabalho. Talvez pode
se sugerir que seja aprovado um regulamento sobre a matéria.
Cremildo Maculuve Sim Nhecuta Phambany Khossa. É isso que eu digo: tem que ser reguladas (Regulamento), portanto, as tolerâncias e não legisladas (Lei).
Nhecuta Phambany Khossa Cremildo, concordo. Vamos delegar o nosso amigo Júlio Mutisse para contactar a ministra do trabalho e falar da pertinência do assunto.
Cremildo Maculuve De facto Nhecuta. Para se chegar a qualquer que seja o destino é preciso dar o primeiro passo. Aceitas o repto Júlio?
Júlio Mutisse Nhecuta Phambany Khossa
os trabalhos preparatórios da Lei do Trabalho são muito úteis quando
queremos avaliar esta situação. Já os Termos de Referência que
conduziram a reforma e adopção da actual Lei preconizavam o estancar do
absentismo, houve um grande debate na
época sobre o absentismo e isso pode ser aferido dos documentos
produzidos na época de certeza; o que me espanta é que passamos por cima
disso ao mesmo tempo em que o PR fala de levantarmos e correr.
Júlio Mutisse Cremildo
Maculuve do jeito que está na Lei pode ser que a 17 de Maio de 2018
seja concedida uma tolerância para festejarmos os meus 10 anos de
casamento isso porque, como digo no post, Infelizmente, a Lei do
Trabalho não especificou critérios, nem limites,
circunstâncias e razões que devem justificar a concessão de tolerâncias
de ponto e não está a haver bom senso para parar e pensar nos efeitos
que tantas paragens tem tanto para quem já investiu como para quem pensa
em investir. Como será que somos avaliados no Doying Business com tudo
isto? Este post é uma carta, a minha indignação perante o estado das
coisas e acho que a Ministra Taipo já sabe da necessidade de se pensar
critérios para estas coisas e serve como interpelaçao como sugere Nhecuta Phambany Khossa
Júlio Mutisse Mano Elisio Macamo
acho que a questão central nas tolerâncias é a sua imprevisibilidade.
Em Novembro quando foi da tolerância no dia 11 deixamos os empregos
sabendo que iriamos trabalhar segunda... ao longo do final de semana
ficamos a saber da tolerância. Se
perguntarmos pelas 48 horas dirão que foram cumpridas sábado e domingo
mas, na verdade, estas devem permitir que o empregador se prepare e se
organize para que nada na sua empresa se perca com a decretação da
tolerância. Sobre os méritos dessa nem vou falar (lembras te do Debate Nhecuta Phambany Khossa?).
É necessário fazer com que elas sejam de facto previsiveis isso se pode
fazer regulando critérios e limites claros para a sua concessão. Mesmo
assim ficaremos sempre com aquela de que como país que precisa fazer o
take off, temos que trabalhar mais. Vi debates em diversos países que,
face a recessão, cortaram ou pretendiam cortar/reduzir o número de
feriados e algumas normas a eles inerentes (por exemplo a passagem do
feriado para segunda quando calhe domingo) porque é que nós não podemos
seguir esse caminho? Porque incluir mais motivos para parar ao invés de
aumentar motivos para correr?
Cremildo Maculuve O
meu maior problema é ter sabido que a tolerância derivou de uma
concertação entre empregadores, sindicatos e o MITRAB. então deve-se
chamar a colação a responsabilidade ou legitimidade de a CTA ( é a
representante dos empregadores) para decidir por estes.
é grave, não só pelo facto de nem todas as empresas estarem filiadas à
associações/câmaras de comércio/ federações, como pelo facto estes não
terem sido ouvidos. dir-me-ão que os que por eles decidiram tem mandato
dado que foram eleitos, mas... eu até queria evitar abordar questões
relacionadas com os trabalhadores do sector informal ou por conta de
outrem, mas, só para alargar a perspectiva, devemos nos lembrar que
estes constituem a maior parte da força laboral no país. é legítimo
penalizar a empregada/o doméstica/o por se ter beneficiado da
tolerância. esta actividade, tal como a dos vendedores das barracas, etc
são considerados serviços de interesse público?
Júlio Mutisse Cremildo Maculuve
essa "concertação" só aumenta os meus receios: o Ministro da Indústria e
Comércio ficou quieto? O das Finanças também? O de Planificação e
Desenvolvimento passando pelo dos Recursos minerais nada disseram? Não
argumentaram sobre os efeitos disso? O
Ministro do Interior não receiou uma escalada de assaltos às padarias,
ao pessoal dos mercados já que estando os bancos encerrados não haveria
como depositar tanto dinheiro? A Ministra dos Recursos Minerais aplaudiu
mesmo sabendo dos custos que as empresas que operam no sector dela
podem ter com uma paragem desse género? God... Mano Chang vai receber os
impostos dessas empresas com o coração em paz sabendo dos prejuizos que
elas sofrem com a eventual paragem das plantas?
Pedro Miguel LOL para a abordagem Júlio Mutisse. Recomenda-se a planificação. A imprevisibilidade em nada foi útil.
Cremildo Maculuve ai é que esta Júlio Mutisse.
do mesmo modo que atribuiu-se legitimidade à CTA para falar em nome dos
empregadores, deu-se ao MITRAB, ou sua Ministra de fazê-lo pelo
Governo. Houve concertação? foi unânime? venceu a maioria? são perguntas
que, enquanto as coisas não forem claras, ficarão no ar
Emília Moiane O
meu ponto de vista é de que quinta e sexta de facto seriam improdutivos
mas há, noutras sociedades, formas de compensação que podemos ir lá e
aprender de como se faz. Fala-se de durante a semana trabalhar mais para
cobrir as horas dos dias de paragem. É
claro que para os bancos não perde só o vendedor do pão ou a mamana do
zimpeto, perdem eles principalmente, logo, eles podem criar mecanismos
mais funcionais. Não precisam fechar todas as dependências, que funcione
alguma com serviços mínimos e vão rodando os colaboradores. É uma
possibilidade. Eu nunca sou abrangida pelas tolerâncias pela natureza do
meu trabalho mas acho que há vezes que fechar é a melhor solução.
Poupa-se energia, Megabytes da empresa e principalmente o telefone.
Acredito que as novidades de transição foram esgotadas nos dois dias de
paragem porque todos nos encontramos! O País precisa progredir mas
também não vale a pena mentirmos e pior, cada um mentir para si de que
vai trabalhar!
Júlio Mutisse Emilia,
trabalho numa empresa onde quando o feriado calha quinta, não
trabalhamos sexta. Isso está estabelecido. Para isso foi também um
mecanismo de compensação de horas trabalhadas que permite e facilita
essa ponte. Tem a ver com a tal previsibilidade de que o Elisio Macamo fala lá em cima e com a necessidade de estabelecer critérios para tantas tolerâncias.
João Guilherme Isto que aconteceu foi obrigar o cidadao a ser mandriao.
Egidio Matsinhe A novela se repetiu.
Egidio Matsinhe Que tal sea tomada de posse fosse no sabado?
Júlio Mutisse Desapointed...Ver Tradução
Egidio Matsinhe I am with you on that. Enough is enoughVer Tradução
Mariamo Juma concordadissimo
matsinhe, nao vejo motivo p parar mocambique tantas vezes, p um pais em
vias de desenvolvimento nao e nada saudavel. referir k se japao e china
sao o k sao hoje e pk la trabalha se 48h por dia, nos trabalhamos
metade da metade disso menos quatro
horas(12-4=8h) e ainda nos damos ao luxo de ficar inertes 2 finais de
semana longicuos consecuivos! come on! sera isso lutar contra pobreza
mesmo...protesto!....jluio mutisse, asssino em baixo e nao mais digo.
Júlio Mutisse Este
pais nao se leva a serio. Nem ha respeito por quem investe, por quem
prega produtividade ou quem acha que se deve esforçar para sair do ciclo
de pobreza. Realy desapointed.
Helena Margarida Don't be Júlio Mutisse this is the country of marrabenta...Ver Tradução
Mariamo Juma yes yes helena margarida, this is pandza´s coutry!Ver Tradução
Júlio Mutisse Devia
ser diferente. O meu desapontamento resulta da minha crença de que
estamos a caminhar num sentido e,volta e meia, ha uma inversao que
contraria essa minha crença. Este pais nao merece isso. I hate my
believes on that.
Júlio Mutisse Estamos todos convidados a refletir sobre os efeitos e consequências das tolerâncias...
Joaquim Joao Correia pois..e a nova tabela salarial para a funcao publica nunca mais e' divulgada...
Júlio Mutisse E
foi aprovado o regulamento das tolerâncias. Comentei o projecto e estou
curioso para ver o resultado final. Temos novo Governo e espero uma
nova postura, uma nova orientação com relação ao trabalho e ao
absentismo
Júlio Mutisse E a montanha pariu um rato em termos regulamentares
Marcelina Nhanjale Huuuu julio outras coisas exageras tamanho texto assim yuuuuuu
Júlio Mutisse Leste até ao fim Marcelina Nhanjale?
Júlio Mutisse Bom senso imperou desta vez
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