segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Como é que a história oficial constrói os nossos Heróis?

HISTÓRICIDADE, MEMÓRIA E HEROICIDADE:

Hoje é feriado em Moçambique. Comemora-se o dia dos Heróis Moçambicanos. O que procede, faz nos tomar a consciência sobre a aliança entre a Historia, e Memoria no processo simbólico da construção do heroísmo a nível nacional.
O Presente artigo de opinião tem como objectivo reflectir sobre a função da memória histórica na construção da heroicidade. Este texto não visa pôr em causa a construção da história de Moçambique como tal, mas sim devanear sobre a forma (método) como a história de heroísmo foi sendo construída. Proponho-me aqui extrair as consequências mais interessantes deste deslocamento de ponto de vista no que diz respeito à relação entre a Historia Memória e Heroicidade.
Para teóricos como Maurice Halbawchs, há uma nítida distinção entre memória colectiva e memória histórica: pois enquanto existe, segundo ele, uma História, existem muitas memórias partilhadas. E enquanto a História representa fatos distantes, a memória age sobre o que foi vivido. Portanto, é neste vazio que se abre espaço para a HISTÓRIA OFICIAL, que é a historiografia produzida visando a defesa dos interesses tanto de um governante quanto de uma autoridade religiosa, de uma corporação urbana etc. Logo, esse tipo de historiografia é um instrumento que visa divulgar uma imagem positiva daqueles nela interessado do mesmo modo, ela também pode ser escrita para contradizer uma narrativa previamente formada. Provavelmente seja por isso que os heróis nacionais são os “heróis do governo dia”. Ora vejamos nesse dia exaltamos os feitos de Eduardo Mondlane, Samora Machel, Marcelino dos Santos, Josina Machel, Joaquim Chissano, Armando Guebuza e hoje do Presidente Nhusi entre outros. As pergunta básicas que podemos fazer são estas, será que a Frelimo é o único partido que produz e reproduz Heróis? Será que essas “figuras” acima, tem capital social suficiente para serem considerados Heróis nacionais? Quais são os critérios priorizados na nossa pátria para se ser Herói e ser reconhecido na historia oficial e Historiografia nacional? Porque partidarizamos a heroicidade em Moçambique? Porque é que os nomes da oposição e Sociedade Civil não aparecem nos anais da historicidade?
Seja qual for a pergunta, considerar o lugar da história oficial na história da própria historiografia passa pelas respostas que cada um de nós dará as perguntas acima.
Nestes termos, pode-se dizer que a História a Memória e a Heroicidade, estão dentro das POLITICAS PUBLICAS DO ESQUECIMENTO, portanto, nega-se a construção historiográfica para libertar o homem. Mas a memória não é apenas individual. Na verdade, a forma de maior interesse para o historiador, psicólogo, sociólogo antropólogo etc, é a memória colectiva, composta pelas lembranças vividas pelo indivíduo ou que Ihe foram repassadas, mas que não Ihe pertencem somente, e são entendidas como propriedade de uma comunidade, um grupo. Nestes termos, respeitando a memoria colectiva como um todo teríamos como actores da nossa historia diferentes figuras no mosaico da heroicidade e não apenas um grupo de elite politica. Outros “Herois” como Urias Simango, Paulo Gumane, padre Mateus Gwengere, Joana Simeão, Celina Simango, Júlio Razão, Felipe Magaia, Alice Mabota etc, nunca teremos na nossa Historiografia oficial.
Mas se a tratarmos de um modo não linear mas circular, a memória pode aparecer duas vezes ao longo da nossa análise: antes de mais, como matriz da história, se nos colocarmos no ponto de vista da escrita da história, depois como canal da reapropriação do passado histórico tal como nos é narrado pelos relatos históricos. Mas esta modificação do ponto de vista não implica que abandonemos a descrição fenomenológica da memória em si, seja qual for a sua ligação com a história. Não poderíamos falar seriamente da reapropriação do passado histórico efectuado pela memória, se não tivéssemos, considerado previamente, os enigmas que incomodam o processo da memória enquanto tal.
Gostaria de dizer algumas palavras a propósito da história como epistemologia. Não podemos economizar esta etapa na medida em que a recessão da história, como modo de apropriação do passado pela memória, constitui o contraponto de toda a operação historiográfica. É na possibilidade e pretensão de reduzir a memória a um simples objecto da história entre outros fenómenos culturais que se diferenciam muito claramente as duas abordagens. Uma parte importante da batalha dos historiadores para o estabelecimento da verdade, nasce da confrontação dos testemunhos, principalmente dos testemunhos escritos; são levantadas questões: porque foram preservados? Por quem? Para benefício de quem? Essa situação de conflito não pode limitar-se ao campo da história como ciência, reaparece ao nível dos nossos conflitos entre contemporâneos, ao nível das questões fortes, às vezes formuladas colectivamente, em prol de uma tradição memorial contra outras memórias tradicionais. O dever de memória é, muitas vezes, uma reivindicação, de uma história criminosa, feita pelas vítimas; a sua derradeira justificação é esse apelo à justiça que devemos às vítimas. A historia da construção da nossa heroicidade por exemplo, tem essas características. É aí que a incompreensão entre os advogados da memória e os adeptos do saber histórico atinge o seu auge, na medida em que a heterogeneidade das intenções é exacerbada: por um lado, o campo demasiado breve da memória face ao vasto horizonte do conhecimento histórico; por outro, a persistência das feridas feitas pela história; por um lado, o uso da comparação em história, por outro, a afirmação de unicidade dos sofrimentos suportados por uma comunidade particular ou por todo um povo.
Euclides Flavio, Historiador e Jornalista.
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Comments
Negro Africano
Negro Africano Um artigo bastante interessante que traz o outro lado da nossa história, particularmente a questão que tem ver com a heroicidade selectiva. O seu ponto de vista, meu caro amigo, penso que está muito bem colocado. A heroicidade selectiva é também uma questão que me inquieta, tendo em conta que temos diversas figuras da oposição ou a partidárias que os seus feitos são inquestionáveis.
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Obrigado mano.
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André Cardoso
André Cardoso "Mataram os opositores políticos (desde a luta de libertação). Ainda o fazem, dos que estão ainda vivos e no poder, de uma ou de outra forma. Alguns dos heróis que celebramos hoje (quando escrevemos ou dizemos "feliz 3 de fevereiro" ou "feliz dia dos heróis moçambicanos") matam pessoas até hoje, com políticas públicas incompetentes. Muita gente ainda morre por desvio de aplicação de fundos e recursos. Muitos dos que estão na cripta dos heróis mataram ou mandaram matar seres humanos. Alguns dos que, ainda vivos, provavelmente lá entrarão... idem. Mataram ou mandaram matar (com armas ou com corrupção, só para citar dois exemplos), vários homens, mulheres e crianças. Milhares deles. Em quê é que são diferentes do Zofimo?!" Edgar Barroso.
Trouxe esse comentário aqui porque me identifico por completo com o o ilustre Barroso disse. E o assunto abordado no teu artigo ilustre Euclides, merece esse tipo de comentário, nem mais. A selectividade da heroicidade em que se baseia? Será que só o partido produziu e produz heróis? Serão mesmo todos heróis? Que tipo?
A maquilhagem histórica é uma bomba relógio na cabeça das crianças e jovens, uma autêntica fraude.
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Creio que o comentário de Edgar Barroso não está de todo correcto. Épocas de revolução, o Direito é suspenso. A revolução produz outras leis. Matar passa a ser permitido. É uma questão de legítima defesa dos mais altos interesses não só pessoais como nacionais! É completamente descabido e insultuoso comparar uma pessoa que possivelmente cometeu um homicídio com pessoas que agiram em defesa da pátria ou do Direito vigente na época pós revolução.
Um outro aspecto que merece reparo é a forçada equiparação da Frelimo "Frente" e Frelimo "partido". São duas coisas completamente diferentes. Mais ainda, o único movimento que esteve na vanguarda para a libertação deste país foi a Frelimo. Aliás, os opositores do dia foram membros do movimento libertário.
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Euclides, se calhar por ignorância, lido o artigo ainda não consigo responder à sua questão chave: como é que a história oficial constrói nossos heróis? Clamando pela inclusão de outros, quais critérios usas para tanto?
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Armindo Sequeira Mangumbule
Armindo Sequeira Mangumbule Houve uma alienação da heroicidade por parte do governo vigente. A história oficial permite—nos observar a reprodução de heróis nacionais numa primicia partidária.
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Armindo, e assim não devia ser, nem? Então quais deveriam ser os critérios?
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Abinelto Bié
Abinelto Bié Quaisquer critérios são sempre controversos, Dioclécio. Mas é importante olharmos para outras esferras sociais e não monopolizarmos a heroicidade.
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Abinelto Bié
Abinelto Bié O que acontece é que os heróis proclamados nacionais aqui, são apenas de uma ala.
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Abinelto, essa ala é dos que permaneceram no movimento libertário que entretanto transformou-se num partido.
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Abinelto Bié
Abinelto Bié Sim, mas e os outros? Será que desde à independência ainda não houve alguém com estatuto de herói e que não tenha cunhos com o partido que outrora foi movimento libertário, como referes?
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Entretanto fica a minha vênia pela excelente abordagem. Estás de parabéns caro amigo Euclides! Abraços
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Abinelto, se me respondesses à sua questão não mais faria a anterior! E então? "Será que desde à independência ainda não houve alguém com estatuto de herói e que não tenha cunhos com o partido que outrora foi movimento libertário, como referes?"
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Caro Dioclécio, penso nao e" passivel reduzirmos a heroicidade a um grupo, coicidentemente de uma ala partidaria. E" como se feitos simbolicos do Pais limitasem-se a questoes ideologicas. Uma pergunta retorica para si mano, sera que nao e" possivel pensar a Heroicidade noutros prismas? Nao podemos ter herois na oposicao e Sociedade Civil?
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Abinelto Bié
Abinelto Bié Certamente há, Dioclécio Ricardo David, eis a minha resposta Mas por que não são proclamados? Eis a questão! Atenção, com estatuto de herói nacional.
Mas conforme disse, a heroicidade é sempre controversa.
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Abinelto, se existem quais são e que critérios usaste para proclama-los? O nosso país está numa letargia desde os feitos da independência. Só a Lurdes Mutola ousou fazer mais por este país! Sinceramente não vejo mais outra pessoa.
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Euclides, o nosso país está numa letargia desde os feitos da independência. Senão a Lurdes, não mais vejo outras pessoas passíveis de elevação heróica!
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Armindo Sequeira Mangumbule
Armindo Sequeira Mangumbule Eu penso que o único critério válido È o reconhecimento das acções de cada indivíduo dentro do seu contexto. Por exemplo, "Dlhakama È tipo como pai da democracia." Se olharmos dentro do seu contexto político parece ser válida a idéia de ele ser herói. Talvez herói para alguns.
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Abinelto Bié
Abinelto Bié A própria Lurdes Mutola, por que não é proclamada heroina? Futebolistas como Joaquim João, etc.
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Abinelto Bié
Abinelto Bié Embora se diga que só se dá o estatuto de herói a alguém que está morto, mas com feito positivos quando vivo.
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Armindo, antes da guerra dos 16 anos, Moçambique era democrático. Quem disse que Dlhakama introduziu democracia?
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Abinelto Bié
Abinelto Bié Exactamente. O socialismo também era democrático. As consultas populares, etc. Era a tal democracia do leste europeu.
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Abinelto, JJ??? Faz favor...Não tem pergaminhos dos Conde, Dário, Tico e Dominguez...não elevou a nossa bandeira o mais alto. Esse decerto não é herói!
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Abinelto Bié
Abinelto Bié Hahahaha Daí que digo,este assunto não reúne consenso.
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Armindo Sequeira Mangumbule
Armindo Sequeira Mangumbule Acho que falta há da idéia de consciencialização da heroicidade. Eu desafio Euclides Flavio, a produzir um artigo que aborda profundamente a consciencialização de heroicidade. Procurando desmitificar e desconstruir as falácias da heroicidade selectiva.
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Abinelto, pois!
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Abinelto Bié
Abinelto Bié Ya, não é nada consensual.
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Armindo Sequeira Mangumbule, penso o desafio nao e" so meu mano, e" nosso. Hhehehehehehe.
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Armindo Sequeira Mangumbule
Armindo Sequeira Mangumbule Caro Dioclecio Ricardo David, antes da guerra dos 16 anos a idéia que têm que todo mundo devia pensar Frelimo. Contudo, se existia democracia dentro do sistema social na base de consulta isso não se pode chamar democracia. Democracia È pensar diferimento. Eu usei o exemplo de Dhlakama para desconstruir a idéia de heroicidade seletiva, assim como podia usar o exemplo dos nossos atletas.
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Dioclécio Ricardo David
Dioclécio Ricardo David Armindo, o socialismo pode ser democrático. Claro que os padrões democráticos que vivemos hoje são diferentes dos vividos naqueles tempo como também são diferentes do que foram fixados na segunda República.
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Sergio Serpa Salvador
Sergio Serpa Salvador Vamos concentrar-nos no artigo do Euclides. Paremos com discussões ideológicas. Não há dúvidas da partidarização dos heróis em Moçambique. Isso é facto. Agora, a questão é: como construirmos os heróis fora desse esquema dogmático? Como criar heróis de "consenso"? Os moldes da construção da actual "heroicidade" não ajudam a construir a unidade nacional que tanto cantamos.
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Kelliz Elisa Mite
Kelliz Elisa Mite Penso que é dos melhores artigos que ja consume na vida. Temos falado muito sobre Heroismo. Mas nunca ninguem tinha problematizado a este nivel. Memoria, Historia e cosntrucao da heroicidade e" um tema complexoo. parabens pelo artigo bem consgo na minha opinião. Avante Euclides Flavio.
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Abinelto Bié
Abinelto Bié "Quais são os critérios priorizados na nossa pátria para se ser Herói e ser reconhecido na historia oficial e Historiografia nacional? Por que partidarizamos a heroicidade em Moçambique? Porque é que os nomes da oposição e Sociedade Civil não aparecem nos anais da historicidade? (...)"

A heroicidade selectiva é, sem dúvidas, o modus operandi dos que dirigem o nosso Estado, a partidarização da heroicidade espelha a monopolização do poder politico e a alienação do poder social.

Eis as questões!

Excelente artigo, grande Euclides Flavio. Este tem que nao estar no jornal, sem dúvidas.
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Obrigado ilustre Abinelto Bié.
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Rafael Ricardo Dias Machalela
Rafael Ricardo Dias Machalela Euclides, acha que nos tempos modernos há heróis? Iremos declarar heróis ou todo o processo de recrutamento de heróis deu-se por terminado no ano 1975? Abraços
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Homer Wolf
Homer Wolf Atão não há heróis hoje em dia?
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Rafael Ricardo Dias Machalela
Rafael Ricardo Dias Machalela É isso mesmo que eu quero saber.
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Homer Wolf
Homer Wolf E os famosos HD são o quê então?... eh eh eh
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Rafael Ricardo Dias Machalela
Rafael Ricardo Dias Machalela Tsc. Hehehehehe. São Heróis lá fora. Aqui são erróis por questionar muito
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Hhehehehehehhh Homer Wolf ja adiantou alguns "Herois". Penso que temos sim embora nao possam colher o consesso de todos tal, como alguns Herois do passado nao reunem consenso. Mas sinceramente falando, penso que CADA CONTEXTO produz os seus Herois.
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Homer Wolf
Homer Wolf Eu gostaria de conseguir perceber algumas passagens - que parecem cruciais. Uma delas é esta:

« É aí que a incompreensão entre os advogados da memória e os adeptos do saber histórico atinge o seu auge, na medida em que a heterogeneidade das intenções
é exacerbada: por um lado, o campo demasiado breve da memória face ao vasto horizonte do conhecimento histórico; por outro, a persistência das feridas feitas pela história; por um lado, o uso da comparação em história, por outro, a afirmação de unicidade dos sofrimentos suportados por uma comunidade particular ou por todo um povo.»...
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Ilidio Lobato
Ilidio Lobato Me parece que aqui houve uma salada Russa
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Homer Wolf
Homer Wolf MB Sonto, veja o que disse acima o BRODA LOBATO...
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Ariel Sonto
Ariel Sonto Só pode ser salada Nyusa...
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Homer Wolf
Homer Wolf Yuh!... que bicho te mordeu hoje???
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Ariel Sonto
Ariel Sonto Y?
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Homer Wolf
Homer Wolf Rompendo a sisudez clássica com notáveis rasgos de inspiração...
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Ariel Sonto
Ariel Sonto Entendi nada...
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Homer Wolf
Homer Wolf A sa fazer "ném"?... ntsém
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Dércio Tsandzana
Dércio Tsandzana Para mim o cume da publicação está aqui:
‘’As pergunta básicas que podemos fazer são estas, será que a Frelimo é o único partido que produz e reproduz Heróis? Será que essas “figuras” acima, tem capital social suficiente para serem considerados Heróis
nacionais? Quais são os critérios priorizados na nossa pátria para se ser Herói e ser reconhecido na historia oficial e Historiografia nacional? Porque partidarizamos a heroicidade em Moçambique? Porque é que os nomes da oposição e Sociedade Civil não aparecem nos anais da historicidade?’’, se respondermos isso voltarei a comentar.
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Homer Wolf
Homer Wolf BINGO!... Para mim mais do que o "cume", isso é que é efectivamente o post...
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Carlos Da Fonseca
Carlos Da Fonseca O post tinha que ser só isso, apenas isso.
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Homer Wolf
Homer Wolf Ntsém
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Homer Wolf
Homer Wolf Ao contrário dos chapeiros, este devia ser multado por "alongamento de rotas"...
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Emidio Beula
Emidio Beula Homer Wolf Definitivamente, você não está bem de cabeça. O autor do texto bem alertou-nos, na véspera, que o texto não seria curto não... Duas páginas.
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Homer Wolf
Homer Wolf eh eh eh... havia me esquecido. Escapou à multa...
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Euclides Da Flora
Euclides Da Flora em Moçambique só é herói quem teve uma relação promíscua com a FRELIMO
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Euclides Cumbe
Euclides Cumbe Meus herois digitais.hehehe
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Heheheheh Homer Wolf, sempre com "Partes". Eu pedi que te concentrasses no TODO. KKKKK
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Homer Wolf
Homer Wolf O todo ja está percebido... O Dercio Dércio Tsandzana sintetizou e eu concordo.
Esses floreados filosoficos é que me parecem supérfluos... IMO - in ma opinion
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Cada ponto de vista depende da vista de cada ponto.
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Homer Wolf
Euclides Flavio
Euclides Flavio Hehehehehehehh
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Juma Ali Ali
Juma Ali Ali EU CHORO PELO DR ED MONDLANE POR NAO TER LHE DADO A OPORTUNIDADE DE DESFRUTAR OS SEUS ESTUDO VITIMA DE INVEJA E GANANCIA PELO PODER O LAMENTAVEL AINDA QUE SEMPRE QUE SURGE UM COMPATRIOTA COM UMA CERTA LINHAGEM EH COMBATIDO ATE MORTO. TRISTE!!! OLHA ACREDITEM A BOMBA K ASSASSINOU O ED MONDLANE CHEGOU ATE ELE ATRAVES DOS COMPANHEIROS MAIS PROXIMOS A IDEIA PODE SER DOS COLNIALISTAS MAS O COLONIALISTA NAO PODIA CHEGAR PERTO DE DR MONDLAN
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Penso que todos choramos caro Juma Ali Ali. Mas um dia eles serao julgados pela Historia.
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Euclides Da Flora
Euclides Da Flora quente isso....
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Tsemba Mahotse
Tsemba Mahotse Dissertações e discussões pesadas sobre coisas leves. Karl Popper já observou que toda a história política é de guerras e caberá aos vencedores contarem-na à sua maneira, com todo o cuidado de marginalizar o vencido. O mais conveniente seria discutir-se como a Frelimo teve sucesso de marginalizar e olvidar o outro. O resto já se sabe: enquanto o leão não souber falar, tudo sobre caça ouviremos do caçador.
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Tsemba Mahotse, penso que deves a citacao da minha amiga Historiadora Italiana Anna Maria Gentili pelo ultimo periodo. Haja rigor mano. Quanto ao mais conveniente isso e" relativo, alias, tenho pouco a dizer sobre o seu interresse nesse assunto pois, o meu objectivo neste artigo especifico nao era discutir a Frelimo mas sim problematizar a questao da MEMORIA, HISTORIA E HEROICIDADE.
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Joao Rodrihues
Joao Rodrihues Belo artigo sobre a estória da nossa História. Não se esqueçam de Gungunhana e os Monomopatas e tantos outros.
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Infelismente a nossa Historia pouco difundi sobre sua Heroicidade.
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Alexandre Fernandes
Alexandre Fernandes Recordar e viver. Felicito o dia dos herois, data inesquecivel. Não vamos esquecer o tempo que passou e unidos para o país melhor.
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Bem haja ilustre
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Paulo Gundana
Paulo Gundana O problema e q ainda vivemos na "idade monopartidaria". Quem nao se identifica com o poder nao pode ser exaltado. E a historia oficial esta cheia de inverdades do interesse do mesmo poder ...
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Bem visto caro Paulo Gundana, provavelmente, isso esteja ligado a falta de tolerancia.
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Eurico Nhassengo
Eurico Nhassengo Excelente artigo, mas peca por tambem trazer alguns nomes descutiveis na medida em que nao sao do conhecimento geral qual foi o metodo por ti usado para eleger essas figuras, para mim essa questao de Heroicidade e' muito discutivel, pois se na verdade formos muito regurosos podemos nos deparar com uma situacao de no universo das pessoas ai mencionadas se calhar um terco possam merecer essa distincao, porem fora a esta minha inquietacao o resto acredito que esteja excelente ilustre Euclides Flavio meu camarada
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Caro Eurico Nhassengo, respeito o seu posicionamento mas alguns desses nomes coloquei por Hipotese apenas.
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Eurico Nhassengo
Eurico Nhassengo Sendo assim meu caro retiro o que havia perguntado, pois a minha inquietacao ja foi satisfeita, a paz irmao
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Ilidio Lobato
Ilidio Lobato Boa reflexão, mas sugiro que leia Le Goff, talvez responda, parcialmente, alguns pontos que apresentas. Ele fala da relação entre memória e poder, para mostrar como as relações de poder determinam a memória a preservar e aquela que deve ser descartada (o que ele chama de esquecimento voluntário). Dai que a criação da heroicidade está dentro das narrativas de memória colectivas legitimadad, em primeira instância, pelo poder dominante. No dia em que tivermos uma nova ordem política, certamente, teremos novas narrativas sobre memória e história de Moçambique que, irão gerar novos heróis. Mas tal historia também será oficial rompendo com uma anterior, também, oficial. Isto fica sempre um circulo vicioso, apwnas apenas mudam os actores
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Calbe Jaime
Calbe Jaime "Se a história objetiva esclarecer da melhor forma possível aspectos do passado, a memória busca mais instaura-lo, uma instauração imanente ao acto de memorização".
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Euclides Flavio
Euclides Flavio Pois, caro Ilidio Lobato, cumpri com o TPC, defacto Jacques Le Goff, esclarece alguns pontos que fui arrolando. Pude perceber igualmente a relacao que autor faz entre memoria poder politico e instituicao (memoria instituicional). Concordo consigo neste paragrafo "No dia em que tivermos uma nova ordem política, certamente, teremos novas narrativas sobre memória e história de Moçambique que, irão gerar novos heróis. Mas tal historia também será oficial rompendo com uma anterior, também, oficial. Isto fica sempre um circulo vicioso, apenas mudam os actores". Ora, penso que pode se gerar novos herois sem necessariamente "matar" os anteriores.

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