sábado, 14 de janeiro de 2017

Quem são os três congressistas que vão boicotar a tomada de posse de Trump?


Um deles é John Lewis, veterano da luta pelos direitos civis dos negros, a quem o Presidente eleito respondeu de forma agressiva - está a ser duramente criticado por isso.
Lewis com Bush e Obama na inauguração do Museu de História Africana
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Lewis com Bush e Obama na inauguração do Museu de História Africana REUTERS
Pela primeira vez, três congressistas vão boicotar a tomada de posse de um Presidente, por considerarem a sua eleição ilegítima. São democratas e anunciaram que não estarão, na sexta-feira, na cerimónia em que Donald Trump se torna Presidente, como forma de protesto. Um deles é John Lewis, da Georgia, um veterano da luta pelos direitos civis dos negros nos anos de 1960.
"Não podemos ficar em casa quando lá entra uma coisa errada, não é correcto", disse Lewis numa entrevista que a estação de televisão NBC transmite domingo, da qual já divulgou excertos. A tomada de posse tem lugar na escadaria principal do Capitólio, a sede legislativa federal, em Washington.
"O congressista Lewis devia passar mais tempo a resolver os problemas do seu estado, que está em péssimo estado e a desintegrar-se (para não dizer que está infestado de crime) em vez de estar a levantar falsos testemunhos sobre o resultado das eleições", surgiu na conta de Twitter de Donald Trump. "Só conversa, conversa, conversa — mas zero de acção. Triste". Lewis diz que Trump não é o Presidente legítimo, devido à interferência da Rússia nas eleições de 8 de Novembro.
A resposta de Trump a Lewis gerou uma onda de críticas ao Presidnete eleito. Políticos, músicos e outros artistas defenderam o congressista.
O senador republicano Ben Sasse deixou no Twitter o seu apoio a Lewis dizendo que a "conversda" do congressista mudou o mundo. Muitos apoiantes publicaram uma fotografia de 1965, do massacre no Alabama - a polícia avançpu contra uma manifestação pelos direitos civis - que ficou conhecido como Domingo Sangrento e em que se vê John Lewis, que ficou com um afractura de crânio. Sasse, porém, disse discordar com a decisão dos congressistas em bvoicotar a tomada d eposse: "Isto não é sobre um homem. É a celebração de uma transição de poder pacifica".
Os outros dois congressistas que não vão assitir são Raúl Grijalva, do Arizona, e Barbara Lee, da Califórnia. "É um acto de desafio pela falta de respeito a milhões e milhões de norte-americanos por parte da próxima Administração e pelo que estamos a fazer no Congresso", disse Raúl Grijalva. Referia-se às afirmações de Trunmp durante a campanha, em especial contra os imigrantes mexicanos (a sua família é do México), e às votações iniciadas no Congresso de maioria republicana para anular a reforma da saúde conhecida como Obamacare.
Em 2013, o republicano Mitt Romney não assistiu à tomada de posse de Barack Obama — foi a primeira vez em 20 anos que o candidato derrotado nas eleições presidenciais não assitiu à cerimónia.
Na tomada de posse vão estar os ex-presidente Bill Clinton — com Hillary, a sua mulher que foi a adversária de Trump nas eleições —, George W. Bush e Jimmy Carter. George Bush fez saber que, por razões de saúde, não estará presente.

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