quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Muro com o México vai mesmo acontecer.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Decreto é assinado esta quarta-feira

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Trump vai mesmo dar a ordem para avançar com a construção de muro na fronteira dos EUA com o México. Decreto é assinado hoje e esperam-se mais medidas nos próximos dias.

Andrew Harrer / POOL/EPA
“Amanhã está previsto que seja um grande dia para a Segurança Nacional. Entre outras coisas, vamos construir o muro!” A frase do presidente Donald Trump, publicada na noite de terça-feira na rede social Twitter, vai em linha com o que escreveram diferentes meios de comunicação internacionais. Segundo o The New York Times, Trump vai mesmo avançar com a construção de um muro na fronteira com o México já esta quarta-feira. E prevê-se que esta seja a primeira de uma série de medidas com vista a refrear a entrada de imigrantes e a reforçar a segurança nacional.
Big day planned on NATIONAL SECURITY tomorrow. Among many other things, we will build the wall!
A construção de um muro com a fronteira mexicana foi uma das promessas de Trump em plena campanha presidencial. Mas se, em setembro do ano passado, o agora presidente dos EUA garantiu que seria o México a pagar pelo muro, após as eleições a sua equipa admitiu que o investimento será assumido, numa primeira fase, pelos contribuintes norte-americanos, tal como explica o jornal espanhol El País.
Este deverá ser também um dos temas na agenda do encontro entre Donald Trump e o seu homólogo mexicano, Enrique Pena Nieto, que terá lugar no próximo dia 31 de Janeiro. Os dois presidentes falaram ao telefone no sábado passado, para acertar pormenores das conversas sobre comércio, segurança e imigração, e o stafe dos dois presidentes já está a trabalhar em conjunto para preparar a reunião.
A fronteira entre os dois países tem mais de 3.200 quilómetros — até ao momento, apenas mil quilómetros estão muralhados. O muro, afiança o The New York Times, terá um custo estimado de 6.5 milhões de dólares por milha (cerca de 1,6 quilómetros), e 4.2 milhões de dólares por milha adicionais para estradas e vedação — estas estimativas não incluem a manutenção do muro.
As diretivas previstas para os próximos dias deverão abranger áreas como a imigração, a segurança das fronteiras e os refugiados, e incluem medidas como a manutenção da prisão de Guantánamo Bay — que Barack Obama prometeu, sem sucesso, encerrar durante o seu mandato — e designar a Irmandade Muçulmana, do Egito, uma organização terrorista.
Em causa está também a suspensão temporária da entrada de refugiados nos Estados Unidos, à exceção de minorias religiosas a fugir de perseguição. Outra ordem implica a também suspensão de vistos para cidadãos da Síria, Iraque, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.

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