quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Estados Unidos abre nova guerra com Pequim. Quer barrar acesso às ilhas artificiais

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA


O novo chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América, Rex Tillerson, quer proibir o acesso da China às suas sete ilhas artificiais militarmente armadas.
O Governo Chinês afirma que não há militarização das ilhas, mas já ninguém acredita. EUA querem proibir o acesso às ilhas.
Existe uma (mais uma) nova polémica entre os Estados Unidos da América e a China: o novo chefe da diplomacia de Donald Trump, Rex Tillerson, quer proibir o acesso da China às suas sete ilhas artificiais militarmente armadas, pelo poder que dão a Pequim, escreve o The Guardian. Depois de o presidente eleito, Donald Trump, já ter acusado a China de estar a “construir uma fortaleza massiva no meio do Mar de Sul da China”, agora a ameaça de acabar com as ilhas artificiais é ainda mais expressiva e clara.
O medo de que todo o armamento disponível na ilha leve, rapidamente, a uma guerra ou confronto, faz com que os EUA queiram arranjar forma de parar o processo e proibir a China de usar o local e ter esta vantagem nuclear. De certa forma, o novo chefe da diplomacia americana “preparou o terreno” para um possível choque direto com a China:
Temos que enviar à China vários sinais. Primeiro, que a construção das ilhas tem que parar. Segundo, que o seu acesso a essas mesmas ilhas não vai continuar a ser permitido” afirmou Tillerson durante o seu discurso de confirmação de nomeação. “A China está a controlar todo aquele território que não é, legitimamente, dela.”
O The Guardian avança que tais declarações vão, certamente, “enfurecer” a China, que sempre tem adotado uma postura bastante rígida quanto à soberania das ilhas. Mais: a China não vai deixar que os Estados Unidos fiquem com este território ou tentem, sequer, proibir o seu acesso a ele.
Nas sete ilhas artificiais que Pequim construiu nos recifes do arquipélago da Spratly, foram implementados sistemas capazes de responder a quaisquer ataques de misseis aéreos. Segundo conta o The Guardian, a China já tinha admitido que tinha montado este armamento, dizendo que ele é perfeitamente “necessário, legítimo e legal“.
As ilhas no Mar do Sul da China são muito cobiçadas por possuírem grandes reservas de petróleo e gás, tornando-se por isso uma das principais rotas do comércio mundial. São cinco os países que afirmam ter o direito sobre estes mares: Filipinas, Vietname, Malásia, Brunei e China. Devido a toda esta luta pelo mar onde estão localizadas as ilhas, Pequim veio afirmar que todo o sistema instalado é como forma de defesa e não de ataque.
Um site especializado sobre o tema e que faz a monitorização da área mostrou as imagens de satélite das ilhas e do seu armamento, incluindo porta-aviões que não se afundam, pistas de aterragem, portos, sistemas de radar ou direções de disparo. Já em abril deste ano, quando começaram as construções n as ilhas artificiais, a China tinha afirmado que estas ilhas tinham um propósito militar, para proteger a sua soberania territorial e direitos marítimos, mas que não havia militarização da zona.
Julie Bishop, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália,e Ian Storey, professor especialista no mar do sul da China, já tinham afirmado que não acreditavam que as ilhas tinham como fim apenas a proteção de Pequim, mas sim, uma intenção de militarização.Agora, o novo chefe da diplomacia americana foi mais longe e abriu uma (outra) guerra direta a Pequim.

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