Hoje, 20 de Janeiro, toma posse o 45.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA). A tomada de posse do Presidente dos Estados Unidos é um momento simbólico que este ano se torna um momento ainda mais ímpar dada a figura em questão: o magnata do imobiliário, Donald Trump.
Apesar de polémico e falastrão, durante sua campanha eleitoral, Donald Trump recebeu o apoio público de diversos líderes cristãos, algo que, segundo os analistas, teve grande influência sobre o eleitorado conservador. É por isso que hoje, ao tomar posse, receberá a bênção de seis líderes religiosos, o maior número já visto em uma posse presidencial norte-americana.
Até agora Richard Nixon, em 1969, detinha o “recorde”, contando com cinco líderes religiosos em sua posse.
Trump está aí de pedra e cal. Durante a campanha eleitoral, a maioria dos grandes órgãos de comunicação, especialmente as televisões, apoiaram publicamente a candidata democrata Hillary Clinton. A vitória de Trump, é vitória contra os jornais The New York Times, Washington Post e USA Today, além da revista The Atlantic, que apoiaram publicamente Hillary.
Houve, inclusivamente, campanhas de difamação contra Trump que o acusaram de assédio sexual. Algumas mulheres testemunharam que haviam sido assediadas, mas não conseguiram derrubá-lo. Trump foi tão forte que até derrubou a imprensa tradicionalmente favorável aos candidatos republicanos, como os periódicos Hampshire Union Leader, Cincinnati Enquirer, Arizona Republic, Dallas Morning News e o Detroit News, que se havia colocado contra si.
Trump viveu toda vida rodeado de riqueza. Provavelmente até aqui há-de ser o único Presidente dos EUA que viveu uma juventude intensa e faustosa. Não lhe faltava dinheiro e mulheres.
Tanto falaram mal dele, mas hoje vai conduzir a nação mais rica do mundo. Também, a história não fala de fracos. Ninguém gasta o seu tempo a falar de fracos. Trump é forte e demonstrou-o com todas as letras.
Os que quiserem, podem acompanhar a tomada de posse através da televisão. Verão um Obama cabisbaixo a abandonar a Casa Branca. Recordam-se que ele e a esposa se recusaram a tirar uma foto com Trump e a esposa como manda o protocolo? Hoje vai fazê-lo. Não tem como escapar.
Viva, Donald Trump. Os próximos quatro anos são seus, fale quem quiser falar!!!!
Nini Satar
Maputo nunca vai mudar?
Desejava me calar, mas perante uma imagem destas não posso. É a minha cidade. Maputo, cidade capital de Moçambique, quase a ser engolida pela fúria da chuva deste final de semana. É triste, muito triste porque os gestores desta urbe jamais se preocuparam em fazer alguma coisa mudar esta face bizarra que Maputo exibe ao mundo.
Imagens como esta não só circulam em Moçambique. Desengane-se quem pensava assim. Isto estamos a vender ao mundo. É o nosso cartão de visita. Alguém me teria dito que as enchentes na baixa da cidade datam desde o tempo colonial. Meus senhores: são 41 anos de independência. O que estamos a fazer?
Esta foto representa a Avenida 25 de Setembro, onde localizam- se vários empreendimentos financeiros, com destaque para o Banco de Moçambique. Analogicamente, comparar-se-ia a Wall Street, uma rua que corre na Manhattan, Nova Iorque, e é considerada o coração histórico do actual Distrito Financeiro. E deixamo-la assim?
Isto deve-se a incúria colectiva. É na 25 de Setembro que estão aglomerados os que vendem refeições em viaturas, lavadores de carros, vendedores ambulantes de toda espécie…quer dizer, ao fim do dia, depois da hora normal do expediente, a 25 de Setembro vira uma lixeira. Encontramos lá descartáveis de toda a espécie, porque por lá, ou nas redondezas, não existe nenhum contentor de lixo, não existem sanitários públicos. Tudo faz-se por ali. É uma autêntica lixeira, uma zona que devia ser preservada devido ao histórico que carrega: estão lá os renomados cafés Scala e Continental. Estão montados no lixo.
Nunca vi nenhuma intervenção enérgica de David Simango. Há anos que é edil de Maputo. Tudo o que mexe vira porcaria: recordam-se da reabilitação da Avenida Julius Nyerere? Novamente esburacada antes da inauguração!!! E os edifícios que medram ao longo daquilo que eram as barreiras do Museu? A febre do betão atingiu-nos de tal sorte que escangalhamos tudo. Transformamos espaços verdes em betão. Pior, com construções desregradas.
Havia pássaros multicolores na zona do Museu…onde foram parar? Havia acácias nas principais artérias de Maputo…onde é que estão? O que estamos a fazer de Maputo? Chuvinha de nada transforma a cidade numa praia…e se chovesse por quatro dias? engoliam até o novo edifício do Banco de Moçambique, que custou milhões de dólares, dinheiro que devia ter servido para construir drenos que ajudar-nos-iam a evacuar as águas em dias chuvosos. Mas dizer a quem? Queixar a quem? As elites só querem saber do seu bolso!!!!
Nini Satar
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