segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Comandante operacional da GNR demite-se do cargo


Major-general decidiu passar à reserva mais cedo. Em causa estarão discordâncias com as promoções, já que tinha a expectativa de passar a tenente-general.
Rui Moura estava no comando operacional da GNR desde 2011
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Rui Moura estava no comando operacional da GNR desde 2011 DANIEL ROCHA
O major-general Rui Moura, até agora comandante operacional da GNR, demitiu-se do cargo. A informação foi confirmada ao PÚBLICO pela GNR e pelo Ministério da Administração Interna que, explicou, não comenta o caso por "não ter competências nas promoções de elementos da Defesa". O comandante-geral da GNR irá agora propor à ministra Constança Urbano de Sousa outro oficial para o cargo. Até lá, apurou o PÚBLICO, será o 2.º comandante operacional, o até agora número dois de Rui Moura, que assegurará as funções interinamente. 
Rui Moura estava no comando operacional da GNR desde 2011, tendo como funções a coordenação da actividade operacional dos militares, da investigação criminal e, entre outros assuntos, das missões internacionais. Deveria passar à reserva em Abril, mas antecipou a decisão.
Na base da passagem à reserva, avançou o Diário de Notícias, estão discordâncias com as promoções decididas pelo Exército. O major-general, que tinha a expectativa de passar a tenente-general, até por ser dos oficiais superiores com melhores classificações, terá sido excluído das promoções. Porém, na GNR havia uma vaga para o posto de tenente-general. A própria lei orgânica desta força de segurança prevê que o lugar de comandante operacional seja preenchido por um general de topo.
O PÚBLICO contactou também o Ministério da Defesa, que não quis prestar declarações sobre o assunto. No entanto, o PÚBLICO apurou que na lista de promoções conhecidas na última semana, o major-general ficou colocado em quarto lugar, tendo sido ultrapassado por outros três majores-generais, dois dos quais mais novos.
Ainda segundo o Diário de Notícias, com a saída de Rui Moura passam a três as vagas para oficiais generais na GNR: há dois generais que neste momento já acumulam funções e outros dois que vão passar à reserva durante o ano de 2017.

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