sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Antiga concorrente do Apprentice leva Trump a tribunal por difamação


Durante a campanha eleitoral, Summer Zevos revelou ter sido vítima de assédio sexual por parte de Trump. O Presidente eleito defendeu que a história foi fabricada.
A antiga concorrente do programa Apprentice, aqui com a advogada, vai levar Trump a tribunal por difamação
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A antiga concorrente do programa Apprentice, aqui com a advogada, vai levar Trump a tribunal por difamação LUSA/MIKE NELSON
Summer Zevos, antiga concorrente do programa televisivo Apprentice, apresentado por Donald Trump, vai instaurar um processo judicial contra o Presidente eleito dos EUA por difamação.
Zevos veio a público, durante a campanha eleitoral para as eleições presidenciais americanas de Novembro, denunciar ter sido vítima de assédio sexual por parte do Presidente eleito. Trump acusou depois a antiga concorrente do seu programa de ter fabricado a história. E é esse o motivo da referida acção judicial.
Zevos e a sua advogada, Gloria Allred, anunciaram a decisão numa conferência de imprensa em Los Angeles, a três dias da tomada de posse do republicano como Presidente dos EUA.
Pelo menos 13 mulheres vieram a público, durante a campanha eleitoral para as presidenciais americanas de Novembro, revelar que tinham sido vítimas de assédio sexual por parte do magnata. Esta situação ocorreu depois da publicação de um vídeo, datado de 2005, onde se mostra uma conversa entre o republicano e o apresentador de televisão norte-americano Billy Bush. Aí, Trump descreve algumas tentativas de sedução a mulheres e a forma como as tentava beijar, tocar e as propostas de sexo que lhes fazia. De todas as mulheres que na altura denunciaram os comportamentos do magnata do imobiliário, apenas uma avançou para os tribunais, tendo desistido da acção mais tarde.
Segundo o Independent, Zervos afirmou que estaria disposta a abdicar de um processo judicial ou de uma possível indemnização se Trump admitisse publicamente o episódio. O objectivo era restaurar a sua “reputação”, defendeu Zervos. Mas a admissão de culpa por parte do Presidente eleito nunca aconteceu.
A advogada refere que o processo também inclui um pedido de indemnização por distúrbios emocionais, mas não abrange o crime de assédio sexual. “O que nós realmente queremos é provar a difamação”, justificou Allred ao jornal britânico.

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