quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

4 FORMAS SOBRE COMO AS REDES SOCIAIS ESTÃO A EMBRUTECÊ-LO



Egídio Vaz (www.egidiovaz.com)
Numerosos estudos provam que o pensamento crítico e a conversa lógica estão a sofrer às expensas das redes sociais. O meu desejo é que você não seja mais uma vítima pois os resultados de pesquisas não são bons: as redes sociais estão a tornar muitos cada vez burros, ao contrário do que se esperava. A natureza das redes sociais é brutal. Basta pensar que por um momento o acesso instantâneo a milhões de pessoas, um bombardeio de mensagens curtas sem contexto, comunicação virtual desprovida de linguagem não-verbal e uma falsa sensação de conexão que causa estragos na nossa capacidade de socializar.
Tenho notado um número crescente de amigos e parceiros que nunca atendem seus telefones ainda assim respondem instantaneamente às mensagens de texto. Outros fazem todo o possível para evitar uma reunião presencial, mesmo com pessoas no mesmo edifício. Esta é uma tendência perturbadora que dificulta a nossa capacidade de nos conectar com os outros.
4 formas sobre como as redes sociais estão a embrutecê-lo
Logo à primeira, os efeitos negativos das redes sociais não são necessariamente óbvios. Leva tempo para que os nossos cérebros e comportamentos mudem. E essas mudanças são ainda menos perceptíveis quando todos ao nosso redor parecem estar tomando decisões semelhantes em relação ao uso das redes sociais. Mas depois de quase uma década da sua omnipresença, já existe suficiente pesquisa que prova a existência de pelo menos quatro conseqüências negativas da presença constante das redes sociais nas nossas vidas:
1. As redes sociais prejudicam a sua memória de curto prazo. Erik Fransen é um reconhecido especialista mundial em memória de curto prazo no Kungliga Tekniska Högskolan (Instituto Real de Tecnologia) de Estocolmo e está afiliado ao Stockholm Brain Institute. A sua pesquisa indica que o uso excessivo das redes sociais prejudica o cérebro de duas maneiras. Em primeiro lugar, afeta a formação de memória de curto prazo. O fluxo incendiario de informações que obtemos e expomos ao nosso cérebro durante uma sessão típica no Twitter ou Facebook sobrecarrega a capacidade do seu cérebro para processar dados. Submetendo continuamente o seu cérebro às redes sociais também impede que o cérebro entre no modo "down time" que ele precisa para limpeza interna, armazenamento e transferência de informações.
2. As redes sociais tornam-lhe mais suscetível à pressão dos pares. Bernard Huberman, Haiyi Zhu e Yarun Luon, da HP Labs, realizaram recentemente uma pesquisa que demonstrou como nos tornamos mais suscetíveis à pressão dos pares pelas redes sociais. O estudo que eles criaram mostrou que os usuários tendem a mudar a sua opinião sobre um determinado assunto depois que um certo número de pessoas reagirem contra a sua escolha ou ideia. A parte chocante do estudo é de que na verdade, é necessário apenas poucas reacções negativas para que a mudança ocorra. É que o seu círculo de amizades não é a totalidade da verdade.
3. As redes sociais prejudicam sua confiança e auto-estima. Hanna Krasnova do Instituto de Sistemas de Informação da Humboldt-Universität em Berlim liderou uma série de estudos que analisaram o papel do Facebook em certas emoções humanas. OS ESTUDOS DESCOBRIRAM QUE SEGUIR OUTRAS PESSOAS NO FACEBOOK E MONITORAR SEUS POSTS LEVA A SENTIMENTOS DE INVEJA ENTRE UMA PORCENTAGEM SIGNIFICATIVA DE USUÁRIOS. Pior ainda é que durante um longo período de tempo, essa inveja leva à "frustração e exaustão", que danificam a satisfação global dos sujeitos com as suas vidas.
4. AS REDES SOCIAIS SUBVERTEM O PENSAMENTO CRÍTICO. Autor David Rusak, ao escrever para a Fundação Walrus de Canadá, discute como a conversa e o pensamento crítico são destruídos em comunicações por via das redes sociais. Em vez de desenvolver pensamentos originais, as pessoas simplesmente "gostam", "retweet" ou "compartilham" algo que outra pessoa escreveu. Quando chegar o momento de comunicar um pensamento original, é limitado a 140 caracteres no Twitter ou alguns curtos parágrafos num comentário no Facebook. Para piorar, é a falta de consequências do que alguns escrevem quando recorrem ao anonimato.
Que implicações para si? E o que pode fazer? 
1. Resista sempre que poder à pressão de pares até que se convença da sua racionalidade.
2. Mantenha sua auto-confiança em face da adversidade e contratempos. Esta é uma característica básica de todos os empreendedores de sucesso. 
3. Cultive habilidades de pensamento crítico para identificar as tendências-chave, tomar boas decisões estratégicas. 
4. Mude o seu comportamento quando se trata das redes sociais para minimizar seus efeitos negativos na sua vida. Limite o seu uso para tempos determinados
5. Programe seu tempo para as redes sociais como faria com qualquer outro compromisso. Será dificil para quem já está viciado. Se for o caso, então você já está sofrendo da "Internet Addiction Disorder".
6. Desligue o smartphone. Se realmente não pode controlar a si mesmo, então desligue o smartphone por um mês e use os baratos que podem receber chamadas telefônicas.

Referências
Inc. (2014, February 21). Social media is making you stupid. Retrieved January 19, 2017, from Time Magazine, http://time.com/9207/social-media-is-making-you-stupid/
Fransén, E. (2013, September 20). Online time can hobble brain’s important work. Retrieved January 19, 2017, from KTH, http://www.kth.se/…/online-time-can-hobble-brain-s-importan…
Periu, M. (2013, December 2). 4 ways social media is making you dumber. Retrieved January 19, 2017, from Building Your Team, https://www.americanexpress.com/…/4-ways-social-media-is-m…/
Zhu, H., Huberman, B., & Luon, Y. (2012). To switch or not to switch. Proceedings of the 2012 ACM annual conference on Human Factors in Computing Systems - CHI ’12. doi:10.1145/2207676.2208383
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