quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

UMA CONTRADIÇÃO SAMORIANA QUE TEIMA EM DESAPARECER

Egidio Vaz
23/12 às 9:38 ·

UMA CONTRADIÇÃO SAMORIANA QUE TEIMA EM DESAPARECER

No Dia 25 de Dezembro o mundo celebra o Natal. A pretenso de uma laicidade do estdao, o estado moçambicano decidiu apelidar o natal de DIA DA FAMÍLIA. Isto foi nos tempos da bruma socialista, quando imperava a dita ditadura do proletariado - na verdade, foi mesmo o tempo da ditadura.

Ora, em todo o mundo comeomora-se a FESTA DO NATAL e é feriado ou pelo menos tolerância de ponto com excepcão de 34 países, nomeadamente: Afeganistão, Argélia, Azerbaijão, Bahrein, Butão, Camboja, China (com excepção de Hong Kong e Macau), Comores, Irão, Israel, Japão, Kuwait, Laos, Líbia, Maldivas, Mauritânia, Mongólia, Marrocos, Coreia do Norte, Omã, Paquistão, Qatar, República Árabe Sahrawi Democrática, Arábia Saudita, Somália, Tadjiquistão, Tailândia, Tunísia, Turquia, Turquemenistão, Emirados Árabes Unidos, Uzbequistão, Vietnã e Iêmen. Portanto, 162 de 196 países do mundo celebram o NATAL ou como feriado oficial ou como tolerância de ponto.


Em todos esses países, a maioria dos quais laicos, o termo usado para o feriado é NATAL: Noël (francês) Christmas (Inglês) عيد الميلاد (Árabe), 圣诞节 (chinês).

Samora e seus conselheiros entenderam que, pelo facto de o país ser laico-ele era contra a religião e transformou por exemplo, a minha Igreja Católica em Mutarara em centro cultural onde se dançava makwaela e comícios populares em dias de chuva-e pelo fcato de o Natal decorrer de uma tradição cristã, não fazia sentido celebrar a data. O meio-termo encontrado, para não frustrar o povo era transformá-la em DIA DA FAMÍLIA. Só que mesmo assim, os muçulmanos, budistas, judeus, hindus, taoistas, testemunhas de jeová e xintoistas não aderiram à celebração do natal. Estas religiões possuem suas datas próprias e para o caso de muçulmanos, os Eids.

O que de facto aconteceu foi que, por mero capricho e alguma ignorância, Samora não quis reconehcer o natal como feriado oficial para, pretensamente não cair na contradição constitucional. Ora, pense em mais de 100 países laicos e com tradição republicana de mais de 100 anos entre os quais França, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Rússia, Australia, África do Sul, Nigéria (menos de 100, mas a caminho) celebram o natal como tal. E Samora, sozinho, achou que deevria ser Dia da Família!

Natal é natal. Se quiserem o Dia da Família que se arranje outra data menos polémica, onde toda a família moçambicana se irmana.

Pelo fim da incoerência samoriana, abraço à lucidez.



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Comentários


Fahardine Sualehe Sualehe Bem vindo a lucidez. Grato!
Gosto · 23/12 às 10:47


PC SocScholar D'accord, mbuya Egidio Vaz! Abraco natalicio.
Gosto · 23/12 às 10:50


Simões António José Congratulations Dear Sir. I really didn't know about this important information. Happy Christmas and God bless you and your family.
Gosto · 1 · 23/12 às 10:52


Joaquim Mavone Natal é Natal,lógico isso de apelidar re dia da família meu Pai contou nós essa história(paulada)Samoriana.
Gosto · 23/12 às 10:57


Celio Matabicho Onrigado professor
Gosto · 23/12 às 10:59


Mussá Roots #Eid, significa literalmente, festa, celebração...e não são necessariamente datas fixas, como o natal...são celebrações do fim de uma acção, como o caso do Jejum de ramadhan, o Haggi(perignação), ou kurban(sacrifício).

O Natal, é considerado como a data do nascimento de Jesus, e no caso dos muçulmanos, sería paralelamente o #Maulid, nascimento do profeta Muhammad s.a.w, o que é controverso no seio Islâmico, uns consideram #Bidah(inovação) o que é proibído, outros(poucos) o comemoram, sendo que nos Emirados árabes unidos, por ex, foi decretado como feriado.

Só para contribuír...
Gosto · 7 · 23/12 às 10:59


Mahamad Hanif Mussa Para contribuir e para também não confundir.
Gosto · 2 · 23/12 às 11:12


Mondlane Calane Dzovo Kito Hehehehehe, pelo fim da incoerência Samoriana , abraço à lucidez
Gosto · 23/12 às 11:01


Emilton Nália Cumbana Bem elucidado
Gosto · 23/12 às 11:06


Bruno Morais Ke ke ke! Outras coisas
Gosto · 23/12 às 11:15


José Luís Penso que considera-se dia da familia, por ser uma data em que as pessoas se reencontram e juntos celebram o nascimento de Jesus. Julgo que, não precisamos de inventar outras datas p'ra celebrar o dia da família, que se siga a tradição samoriana.
Gosto · 3 · 23/12 às 11:20 · Editado


Nairinho Mabote Em nome da laicidade do estado, que se mantenha como "Dia da família".
Gosto · 5 · 23/12 às 11:19


Egidio Vaz Em nome da laicidade do estado. Kkkkk.
Gosto · 23/12 às 11:20


Domingos M. Ferrao Egidio Vaz em que ano frequentavas a igreja de mutarara?em 1986 residia em mutarara velha.recordas os padres emilio,tiago e leonor?todos italianos.
Gosto · 23/12 às 11:45


Egidio Vaz Recordo-os todos. Foi padre Emílio qe me batizou (Paz a sua alma, morreu em acidente de viação) em 1984
Gosto · 2 · 23/12 às 12:23


Fernando Manuel Férman boa aula e aprendi!
Gosto · 23/12 às 11:20


Lino Quissico Vaz pha, trinta e tal anos depois ganhaste lucidez hoje ou lhe faltou tempo para postar..... Então é uma proposta a revogação ao dia da Familia?
Gosto · 2 · 23/12 às 11:21


Billy Ngkanganse Abraço a lucidez...
Gosto · 23/12 às 11:30


Lyndo A. Mondlane que se mantenha assim, quem quiser que o celebre como natal, outros ainda como dia sem denominaçao..outros que o ignorem, nao vejo qual é o problema... esses paises que falas muitos tem maioria cristä, nos somos um pais hibrido nao devemos esquecer isso, o amigo Egidio Vaz, é catolico, ha outros que nao somos nada, e tendo em conta que o estado é nada (laico) faz sentido..deixem assim como esta
Gosto · 3 · 23/12 às 11:32


Tesoura Júlio Tuboi Deixem assim como está.....kkkk firmeza
Gosto · 1 · 23/12 às 17:36


Lyndo A. Mondlane Kkkkk firmeza mesmo
Gosto · 1 · 23/12 às 18:19


Hélder Nemésio Natal é Natal...
Gosto · 2 · 23/12 às 11:38


Philippe De Novais concordo com samora. Parem de importar tudo.
Com esse calor é lamentável ver pessoas vestidas de pai Natal.
Gosto · 5 · 23/12 às 11:46


Almeida Fabiao Munguambe 😁😁😁😁kkkkk
Gosto · 23/12 às 12:51


Jaime Bambo Eish...
Gosto · 23/12 às 14:30


Joao Jussar Subscrevo
Gosto · 23/12 às 11:46


Lyndo A. Mondlane ou seja estamos contra o colonialismo e as tradiçoes importadas e colonialistas so e so quando nos interessa...kikiki... ngungunhana celebrava natal?...nao sao nossas tradiçoes essas, quem quiser de forma privada e independente que as celebre, sao vestigios da ocupaçao colonial
Gosto · 1 · 23/12 às 11:49 · Editado
Ocultar 23 respostas


Mussá Roots Ngungunhana a.k.a Reinaldo frederico, morreu católico e baptizado em nome de Jesus, aquele.
Gosto · 23/12 às 12:18


Lyndo A. Mondlane kakakakaka..kakakakak..mas ja nao tinha nenhum poder, ja nao reinava
Gosto · 1 · 23/12 às 12:20


Lyndo A. Mondlane mas essesx portugueses tinham abuso juro....kikiki..como foram capazes de humilhar alguem assim?
Gosto · 2 · 23/12 às 12:21


Mussá Roots Tsc...aínda lhe obrigaram a permanecer meses no navio, sem tomar banho, fazendo necessidades maiores onde dormía com suas esposas...eh eh eh eh eh eh...
Gosto · 23/12 às 12:23


Lyndo A. Mondlane ops...
Gosto · 23/12 às 12:23


Jemusse Abel Ngungunhana tambem foi colono...
Gosto · Ontem às 8:49


Lyndo A. Mondlane Más la em manjacaze nao celebrava natal, ngungunhana é qualquer rei nosso podía ser mathaka ou qualquer.. Sao tradicoes importadas, em contrapartida sempre tivemos familia...
Gosto · Ontem às 11:26


Mussá Roots Pois, Lyndo A. Mondlane...tal como eram importados os fatos que samora vestía...o socialismo de que era adepto...a língua em que se comunicava oficialmente...
Gosto · 1 · Ontem às 11:40


Lyndo A. Mondlane Kkkkkkk..kkkkk.. Mas nao precisamos aumentar as importacoes.. Chega ja..
Gosto · Ontem às 13:50


Lyndo A. Mondlane O socialismo sempre existiu nas nossas comunidades primitivas, sempre se compartía, se distribuiam os recursos nao de forma igual más equitativa.. A acumulacao primitiva de capital nunca foi nossa tradicao..
Gosto · Ontem às 13:52


Mussá Roots Sei...mas sabes de que socialismo, estou falando Lyndo A. Mondlane...
Gosto · Ontem às 13:54


Mussá Roots A #Capulana, hoje é símbolo em África, mas todos sabemos de onde é originária, e como veio parar cá...
Gosto · 1 · Ontem às 13:56


Lyndo A. Mondlane O socialismo é isso q te mencionei, nao o q quiseram implatar Ai, nem em cuba q viví, talvez o machel foi mal comprendido, ele apenas quería homen novo, é dava exemplo por ele mesmo, apenas tinha capital acumulado... O socialismo foi sempre nossa forma de ser...
Gosto · 1 · Ontem às 13:57


Lyndo A. Mondlane O problema do nosso país a diferenca de Angola, é q somos um país híbrido, de muitas culturas, entao querer impor umas datas por umas culturas ou religiao em detrimento de outras.. Aquí onde falha o amigo Egidio Vaz, porq se temos que decretar feriado para cada credo em mz, enta estamos lixados... Os maziones tambem querrerao seu feriado.. No país onde vivo 98% Sao católicos, entao tem sentido
Gosto · 1 · 23 h · Editado


Mussá Roots Pois...concordo contígo, Lyndo A. Mondlane...
Gosto · 1 · 23 h


Lyndo A. Mondlane Ontem felicitei uma amiga muculmana, quis ser prudente é falei de festas.. É ela disse,nao te preocupes, sou muculmana más celebro o natal.. Esse é o meu país do qual estou orgulhoso, tolerancia.. Agora querer romper esse espirito so por egos e talibanismo religioso.. É eu q sou ateu tambem vou querer meu feriado.. Deixem esse día assim.. Os muculmanos, hindus, ortodoxos, maziones, ateus, todos tem familia por tanto se sentem identificados....
Gosto · 1 · 23 h · Editado


Mussá Roots "Talibanismo" eh eh eh eh...Ver Tradução
Gosto · 1 · 23 h


Lyndo A. Mondlane Os talibans nao estao so no Afganistao.. Temos talibanes cristaos em mz, a espreita e a espera de qualquer descuido da sociedade para impor suas vontades.. Isso tambem é talibanismo
Gosto · 1 · 23 h


Mussá Roots #talibãs, significa #estudantes...é triste ver como este termo foi usado por afegãos conotados com terrorismo ou imposição do Islam ou da shariah aos demais...
Gosto · 1 · 22 h


Lyndo A. Mondlane Sei, Sao estudantes de teología (islamica) más os mesmos estudantes quando tomaram o poder em Afganistao impuseram a sua visao do islam, obrigar a todos a cumprir suas vontades.. Ai vem a expressao mais conhecida.. A sia intoleramcia para com os demais que pensassem diferentes...
Gosto · 1 · 21 h · Editado


Mussá Roots O que é contra os preceitos...a religião não pode ser imposta as pessoas. Eles eram maus estudantes, isso sim.
Gosto · 1 · 22 h


Lyndo A. Mondlane Da mesma forma q as datas comemorativas nao devem ser impostas aos demais
Gosto · 1 · 21 h


Mussá Roots Pois... E querer socorrer-se dos eids islâmicos, é forçado...não é a mesma situação.
Gosto · 1 · 21 h


Dário Camal O texto é muito interessante, mas há dois pontos que não estão correctos. Comparar o Eid dos muçulmanos com o natal. São festas diferentes e nada tem a ver com dia de família. O outro ponto é que os russos não tem tradições republicanas de mais de 100 anos. Eles não celebram o 25 de dezembro mas sim o dia 07 de janeiro. Mesmo no tempo de império é mesmo depois da URSS e hoje no tempo da federação russa, eles continuam ortodoxos. Abraço EV
Gosto · 7 · 23/12 às 11:50


Egidio Vaz Não comparei Eid. Eu disse é passo a citar: essas religiões possuem suas datas próprias. Não disse suas datas próprias como natal. Deve entender "suas proorias datas comemorativas"
Gosto · 2 · 23/12 às 11:55


Dário Camal Egidio Vaz de qualquer das formas não esperemos o natal
O ide ou outro dia qualquer. Celebremos a vida todos dias 👌
Gosto · 2 · 23/12 às 12:00


Joao Alexandre Papucides Viva o Natal. Feliz Natal. O dia de familia é todos os dias e nao se comemora: vive-se. Os Natais e os Hides e outros comemoram-se. Sao datas religiozas
Gosto · 3 · 23/12 às 11:55


Fernandel Maonni Zucula O nascimento de jesus cristo foi a consagração da família de Maria e José e, se quisermos, da família cristã... Não vejo incoerência na adjetivação Samoriana do Natal como dia da família. Aliàs, vejo aqui uma saída do abstrato para o concreto social.
Gosto · 4 · 23/12 às 11:56


Edmilson Dos Nicetos Uitissone NÃO.
Gosto · 23/12 às 15:22


Evaristo Cumbane obrigado Dr. Vaz
Gosto · 23/12 às 12:02


Pedro Langa Que seja firmemente instituído o dia da família, no dia em que Nyusi e DHL decidirem se encontrar e nos trazer a paz!
Gosto · 1 · 23/12 às 12:06


Sinédrio Cuambe Faltou fazeres menção à Rússia Egidio Vaz no leque de países que mencionaste .
Gosto · 23/12 às 12:10


Carlos Nuno Castel-Branco De facto, a história do dia da família é diferente da contada aqui por Egidio Vaz. Havia pressão para que o dia 25-12 ficasse feriado, quer por tradição quer por interesse do grupo cristão influente. O 25 era tolerância de ponto para os cristãos mas pouco gente ia ao serviço, cristão ou não, o que tornava difícil para os que iam poderem trabalhar. Para manter a igualdade entre as religiões, optou-se por denominar o 25-12 como dia da família e valoriza-lo por isso, em vez de instituir um feriado religioso. Esta decisão foi sempre discutida e contestada, mas não foi para manter a aparência de laicidade, como o Egídio diz, mas para manter a igualdade entre as religiões. Não se esqueçam que estávamos a sair de um sistema, colonial, em que o catolicismo era a religião oficial do estado e o chefe da igreja católica em Moçambique era a terceira figura oficial da Província Ultramarina, logo a seguir ao Governador Geral e ao Comandante em chefe. Portanto, o novo estado respondeu a pressões ao mesmo tempo que tentou evitar uma manifestação de supremacia de uma religião sobre outra. Se isso foi conseguido e se a decisão foi sensata nessa óptica é um assunto de debate. Os mais velhos, que participaram nessa discussão (foi debatido até na imprensa), devem lembrar-se disso.
Gosto · 17 · 23/12 às 12:24 · Editado


Lyndo A. Mondlane falei aqui de pais hibrido, ha que respeitar isso, de momento somos um oasis de paz entre religioes, é importante nao aprofundar nas diferenças...
Gosto · 4 · 23/12 às 12:25


Egidio Vaz Obrigado. Mas não vejo onde o seu comentário difere do meu. Quais era os argumentos contra a institucionalização do 25 de Dezembro como feriado? Eu não debatidos porque ainda criança ou mesmo não existia. Abundam documentos sobre o debate.
Gosto · 1 · 23/12 às 12:26


Carlos Nuno Castel-Branco Egidio Vaz, o argumento era contra a institucionalização de um feriado de uma religião quando o país queria construir igualdade entre religiões. Por isso, deu-se um sentido não religioso a esse dia. Antes de ser feriado, era tolerância de ponto para cristãos. Mas, como eu disse, muita gente não aparecia no serviço, cristão ou não, o que impedia o trabalho mesmo dos que iam. Logo, discutiu-se a substituição da tolerância de ponto por feriado mas sem cunho religioso, para manter a igualdade entre religiões. Caso contrário, cada religião teria que ter o seu feriado. Esta essa é a explicação de uma decisão tomada num contexto histórico específico. Se não me engano o dia da família só foi instituído a partir de 1978 ou 1979. Se a decisão atingiu o seu objectivo é se foi sensata é assunto de debate. Mas não foi tomada para manter a aparente laicidade do estado.
Gosto · 8 · 23/12 às 12:33 · Editado


Egidio Vaz Sou da opinião de que a diferença do meu argumento com o seu é subliminar. Então a laicidade do estado reconhece as religiões e respeita-as na igualdade, não tomando partido ou não privilegiando nenhuma.
Ora, feriado ou não, as pessoas simplesmente não iam ao serviço e o estado sucumbiu à evidência.
Não restam dúvidas que a declaração do Dia da Família foi uma fuga em frente para fugir de uma pressão social evidente. O mesmo na verdade, acontece com o Rei Sol. O Natal era festa pagã.
E Samora e seus conselheiros tentaram em vão "re-paganizar" o dia. Ou seja, voltar a torna-lo um dia não cristão pelo menos.
Gosto · 3 · 23/12 às 12:41 · Editado


Carlos Nuno Castel-Branco Egidio Vaz, feliz natal para ti, e sê feliz.
Gosto · 2 · 23/12 às 12:42


Egidio Vaz Obrigado. Desejo Bom Dia da Família a si. E se feliz
Gosto · 23/12 às 12:48


Carlos Nuno Castel-Branco Só um reparo. O dia 25-12 nunca foi tornado dia não cristão. O feriado, que é um bem público, era não religioso. O dia em si mantinha-se, para os cristãos, como dia cristão. Nunca foi abolido o aignificado religioso do dia para quem quisesse seguir esse dia religioso. Como disse o Lyndo A. Mondlane, que cada um celebre ou não celebre como quiser e com o sentido que lhe quiser dar.
Gosto · 8 · 23/12 às 12:58 · Editado


Emildo Manhengue Intelectuais em discussão não disputam vitória. A troca de ideias por si já é uma vitória.
O que gostaria de saber do Sr #Vaz é se avalia como positiva a "terminologia" dia da família ou não?
Porque para mim, ainda que cristão, tenho muitas indagações a respeito.
Gosto · 23/12 às 15:09


Filipe Tumbo Eu, no mínimo acompanho e aprendo como uma criança que acompanha outra criança abastada enchendo balão. Na esperança de que exploda e apanhe as migalhas.
Gosto · 23/12 às 18:17


Emildo Manhengue Os muçulmanos também vão a bilene, ficam em família e curtem também.
Em parte Samora tem razão. É dia da família para aquelas famílias não cristãs que não vão a igreja nem ao trabalho, mas sim ficam ou viajam entre família.

Até onde a data não tem significado, o dia não passa desapercebido...
Gosto · 3 · 23/12 às 12:26


Gabriel Muthisse E, para piorar, Jesus não nasceu no dia 25 de Dezembro. Portanto, o 25 de Dezembro não é dia natalício (de nascer) de Jesus. Essa data é uma convenção, já que se desconhece a data precisa de nascimento (natal) de Jesus.

Moçambique não tem 50℅ de cristão. Uma parte substancial dos moçambicanos é muçulmana. Outra parte segue crenças de raiz africana. Uns tantos são agnósticos e outros ateus.

Como, nestas circunstâncias, oficializar, como festas nacionais, acontecimentos que dizem respeito a uma parte não maioritária da sociedade?

Creio que, para o nosso caso, o "expediente" usado foi sábio, tendo em conta o costume e a tradição. Tanto mais que, dada a concórdia religiosa prevalecente, os moçambicanos participam entusiasticamente nos festejos religiosos de uns e outros. Conheço muçulmanos que participam no espírito natalício do 25 de Dezembro. Por tradição. Conheço cristãos que participam do espírito festivo dos eid. Mantenhamos as coisas como estão, sem acirrar contradições religiosas num país de equilíbrios precários.

De resto, concordo com a maneira como Carlos Nuno Castel-Branco colocou as coisas
Gosto · 13 · 23/12 às 13:29 · Editado


Egidio Vaz Moçambique tem mais de 50% cristãos e faz sentido que o natal prevaleça como natal. Todos sabemos que o natal é a conversão de uma efimeride não-cristã que foi reaproveitada para si. E também sabemos que Samora não conseguiu re-paganizar o dia do natal. Natal é Natal.
Gosto · 1 · 23/12 às 16:47 · Editado


Lyndo A. Mondlane como te entendo Gabriel Muthisse....
Gosto · 23/12 às 13:04


Boa Monjane Este país é laico e ponto final.
Gosto · 1 · 23/12 às 16:17


Muhamad Yassine Gabriel Mutisse, não diga isso em voz alta kkkkkk Jesus para todos efeitos nasceu nessa data
Gosto · 3 · 23/12 às 13:00


Atumane Muenhe Muenhe Kkkkkkk....irmão Yassine! Kkkkkkk
Gosto · 1 · 23/12 às 16:23


Piedade Edyz Pereira Merry chrismas
Gosto · 23/12 às 13:04


Gabriel Muthisse Não tenho as estatísticas precisas aqui comigo. Todavia, mesmo que o censo mostre que mais de 50℅ são cristãos, a nossa realidade sócio-religiosa não deixa de ser complexa. E os equilíbrios que se tecem não deixam de ser precários.

Por isso, comparar Moçambique com França, ou com Espanha, ou com Itália, ou com Rússia, ou com Portugal é forçar um pouco a barra. Todos os países que aqui citei são de maioria esmagadora cristã e católica (embora o catolicismo da Rússia não siga a matriz Apostólica Romana).

Moçambique têm um número muito grande de crentes ou de pessoas com antecedentes religiosos muçulmanos.

By the way, conheço cristãos de Nampula, Zambézia e Cabo Delgado que, quando alguém lhes morre, falam de Ziarat (não sei se é assim que se escreve). As cerimónias religiosas em suas casas são oficiadas por Imamos... Se contarmos com estes, pode ser que os cristãos sejam maioritarios.
Gosto · 6 · 23/12 às 13:09


Carlos Nuno Castel-Branco Quase todas as datas religiosas e muitos dos símbolos a elas associados são aproveitamento de datas e símbolos populares muito anteriores à religião. Porque é que a Páscoa é na primavera e porque é que a ideia da ressurreição coincide com isso? Muito antes do cristianismo ter emergido já havia uma celebração da fertilidade e do renascimento relacionada com a Primavera e com a divinização da sexualidade. Que mal faz instituir um feriado, que é um bem público, coincidente com uma data que ao longo dos séculos se tornou religiosa e popular, e que nem foge à ideia implícita nessa celebração popular? Todos os moçambicanos ganharam o dia da família, cristãos ou não, religiosos ou não, e os cristãos mantiveram a sua data religiosa. Ninguém perdeu e muitos ganharam. O dia da família tornou o 25-12 inclusivo.
Gosto · 22 · 23/12 às 13:11


Amilcar Joaquim Inguane Bem dito.....
Gosto · 23/12 às 13:23


Enoque Botomane Bem explicado
Gosto · 23/12 às 13:27


Adelino Branquinho O inclusivo `e muito importante, para a reconciliacao. Podemos aproveitar este espirito, e expandir a outras areas, como politico, social, economico e outros.
Gosto · 2 · 23/12 às 13:51


Emildo Manhengue Alhamdulilah

Ou

Graças a Deus
Gosto · 23/12 às 15:20


Lenine Daniel Bem dito!!!
Gosto · 23/12 às 16:03


Egidio Vaz
Gosto · 23/12 às 13:29


Lyndo A. Mondlane ontem conversava com um cliente sirio, e me perguintou se havia confiitividade religiosa em mz, como em nigeria ou por ai.. e orgulhosamente lhe expliquei que havia paz e excelente relaçao entre religioes, me felicitou aquele senhor e visto como esta siria.. o problema tambem Gabriel Muthisse, é dos fanaticos religiosos que sao como os fumadores, cree que todos gostam do cheiro do tabaco..e nao é assim, ou seja com o tal de satisfazer suas necessidades espirituais, estao dispostos a pisoteiar os direitos dos demais.. os cristaos nao podem ser maioria em mz, a maioria sao animistas..
Gosto · 2 · 23/12 às 13:30 · Editado


Arone Joaquim Carlos Nuno Castel - Bastel e outros por aí se não tem nada a dizer melhor calar porque Natal é Natal ... Se é para criar feriados k se criem nos outros dias há muitos dias vazios e não em cima do Natal ponto final e se querem criar o dia do Diabo k criem portanto não desfazem o Natal
Gosto · 23/12 às 13:31


Carlos Nuno Castel-Branco O seu espirito natalício é muito respeitador e inclusivo, não é? É isso que aprende na igreja?
Gosto · 8 · 23/12 às 13:42


Arone Joaquim Tu nem sabes se sou religioso ou não mas o k tou tentar dizer é k vamos respeitar costumes assim como são sejam religiosas , históricos , políticos assim estaríamos a fazer justiça para todos
Gosto · 23/12 às 13:47


Carlos Nuno Castel-Branco E porque será que respeitar costumes se diferencia de respeitar pessoas e o direito das pessoas de participarem em debates?
Gosto · 1 · 23/12 às 13:51


Arone Joaquim Achas k temos mesmo poder de debater sobre o natal ? Samora é uma pessoa muito respeitado e nesse ponto sabe k o sistema socialista não queria religião e ele tinha k seguir a doutrina socialista eu acho k há costumes e feriados k nem dá para debater por exemplo dia da independência de Moçambique vai debater o k é?
Gosto · 23/12 às 14:04


Atumane Muenhe Muenhe Dia 25 - 12 não foi nascido Jesus mas sim que sigam que é uma data que promoveram para festejar!
Gosto · 23/12 às 16:30 · Editado


Elísio Nhantumbo Quem então tem o poder para debater o natal?
Gosto · 22 h


Celestino Valoi De facto o dia 25 de Dezembro é e deve ser Natal, por achar que é um erro que deve ser corrigido, o conselho cristão deve liderar o grupo de recolha de assinaturas e submeter as entidades competentes para as demarches necessárias
Gosto · 23/12 às 13:37


Teixeira Teté Feliz natal para todos.
Gosto · 23/12 às 13:41


Gabriel Muthisse Lembram-se dos feriados islâmicos, da Primeira Legislatura,Celestino Valoi, Egidio Vaz e Arone Joaquim? É esse tipo de debates que querem reacender num país como o nosso?

Alguns de nós gostamos da paz religiosa que vivemos. E entendemos que pretender erigir algumas das nossas crenças como superiores (ou tendo mais direitos) que outras, é provocar discórdias religiosas desnecessárias.

Sabem que depois de se proclamar um feriado religioso católico haveria, depois, que proclamar feriados para Hindus, para Bahais, para Budistas, para Animistas em todas as suas variedades, para a AMETRAMO, para os agnósticos, para os ateus... O país conseguiria fazer isso? Ou acham que não seria necessário porque o cristianismo é"maioritário"? Cuidado com esses vossos debates!
Gosto · 12 · 23/12 às 13:49
Ocultar 13 respostas


Egidio Vaz Esta ameaçar. É isso mesmo. Ninguém falou da superioridade religiosa. Dia da Família deveria ser outro. Há tantos dias sem feriado. Deixem o natal para os cristãos da mesma forma que existem datas comemorativas para os muçulmanos. Justiça é isso.
Gosto · 23/12 às 13:56


Gabriel Muthisse Essas datas, dos muçulmanos, não são feriados, Egidio Vaz. E não devemos ir por esse caminho, de feriados religiosos, porque Moçambique é, claramente, um país multirreligioso. É o que pretendi dizer. Não estou a ameaçar

Estou a chamar a vossa atenção para a realidades específica complexa das religiões em Moçambique. Onde podemos identificar três grandes grupos com números expressivos de seguidores: Animistas, cristãos e muçulmanos. Mas onde avultam outras denominações cada vez mais expressivas: Hindus, Budistas, Bahais e outras.

Em nome da igualdade religiosa, consignada na Constituição, se o dia de nascimento de Jesus for proclamado feriado, haverá que proclamar feriados para todas as outras crenças que o desejarem. Essa é a minha mensagem, Egidio. E não vejo ameaça aqui.

E se não procedessemos na base da igualdade preconizada na Constituição, estaríamos a abrir caminho para a discórdia religiosa, algo que não caracteriza a sociedade moçambicana hoje
Gosto · 1 · 23/12 às 14:04


Celestino Valoi Acho que na nossa bela pátria não há espaço para radicalismo religioso. Atendo somente que é necessário devolver o significado do dia 25 de Dezembro a sua génese.
Gosto · 23/12 às 14:11


Arone Joaquim Desculpa lá senhor Gabriel Muthisse aqui não está se fazer o debater assuntos religiosos está se falar exatamente do presidente samora mudar o natal para o dia da família e tu nem sabes porquê fez isso ... Ele fez isso porque seguia a doutrina socialista , o socialismo não dava lugar actividades religiosas
Gosto · 23/12 às 14:12


Gabriel Muthisse Arone Joaquim, quando Samora decidiu que o 25 de Dezembro era dia da família eu já era bastante grandinho. E mais, eu me fiz adulto num país socialista e, se eu quisesse, poderia ir à igreja lá. Não era crime e as igrejas estavam sempre abertas para quem quisesse seguir a prática religiosa.

Sobre as motivações do dia da família vá ver a explicação dada por Carlos Nuno Castel-Branco.

Apesar de eu ser cristão, e praticamente, sempre achei inteligente a saída encontrada por Samora Machel, de fugir dos feriados religiosos num país como o nosso, onde o cristianismo não é dominante. Onde existem outros credos que, também, fariam exigências, tendo em conta a não descriminação com base na religião, preconizada pela nossa Constituição
Gosto · 2 · 23/12 às 15:00 · Editado


Arone Joaquim Gabriel Muthisse estamos a conversar nem ... Em todos países socialistas não havia persecução direita dos religiosos mas clandestina sim não havia uma voz de líderes religiosos como hoje existe eu já era adulto e sei fazer a diferença vivi na RDA e RFA e aqui no meio muita coisa mudou e Moçambique estava na fase experimental do sistema socialista mesmo assim não podias faltar a reunião de samora e ter a justificação de ter a igreja ou mesquita etc você levava no rabo meu irmão ...
Gosto · 23/12 às 14:53


Muzila Wagner Nhatsave Plenamente de acordo Gabriel Muthisse. foi a forma mais inteligente que Samora encontrou para evitar confusao. Ha muito moçambicano , principalmente urbano que nao sabe que o cristianismo nao e a religiao mais professada. E porque carga de aguas deveriam nos ter um feriado cristao? E ha gente que nao percebe o significado do termo laico. Laicidade do estado e a equidistancia desse estado em relaçao as religioes. nao beneficia nenhuma em detrimento de outras. as pessoas confunde estado laico com estado ateu. cuidado com os conceitos.
Gosto · 1 · 23/12 às 14:55


Egidio Vaz Muzila Wagner Nhatsave, permita-me corrigir pontualmente um aspecto. Os muçulmanos perfazem mais ou menos de 20% da população. Os católicos 25, os protestantes 22% da população. O resto não professam nenhuma religião e destes estão inclusos os anímicos, zones, etc.
O que denota deste quadro é que mais da metade da população professa alguma religião sendo a esmagadora maioria cristã.
Gosto · 2 · 23/12 às 15:07 · Editado


Muzila Wagner Nhatsave nao estou muito cero disso Egidio. atendendo e considerando que a maior parte da populaçao esta no litoral particularmente norte e professa a fe islamica
Gosto · 23/12 às 15:33


Egidio Vaz Faça mínima pesquisa Muzila
Gosto · 23/12 às 15:44


Arone Joaquim Eu acho ou é verdade k nos tempos passados os católicos eram a maioria só k depois houve ramificações das igrejas e hoje em dia a nível do mundo a maioria são muçulmanos ... Mas não é para se preocupar ou orgulhar se é um fenómeno o resto está nas mãos de Deus...
Gosto · 23/12 às 15:56


Octávio Zimbico Só não entendo porque apesar da proclamação da laicidade do Estado moçambicano escolheu-se justamente um dia cuja celebração vinha tendo conotação religiosa cristã. Com que propósito se fez isso? Penso que essa escolha foi deliberada. Fazia parte de umprojecto que visava doutrinar as pessoas e conforma-las com os ditames de uma nova nação, livre do dogma e da superstição. Com efeito, foi criado em Moçambique um sistema de ensino que se fundamentava nos princípios universais do marxismo-leninismo e no património comum da humanidade. Era preciso formar o homem novo para desenvolver a pátria com base na ciência e na técnica e não pelas crenças religiosas e pelo conhecimento dogmático. Assim, a Dra Graça Machel, antiga ministra da Educação disse a um grupo de professores na Escola Primária da Machava que "o senhor, senhor não mata a nossa fome... ". Era uma resposta aos professores e alunos que ao fim de semana faltavam às actividades da escola sob o argumento de que iam a igreja. Então, no meu entender, não é coincidência a marcação do 25 de Dezembro como dia da família. É uma decisão política e revolucionária.
Gosto · 23/12 às 18:42


Benjamim Muaprato Egidio Vaz, Penso que esses 22% de protesntantes, fazem parte também dos cristãos; afinal nao falam de Cristo nas suus cultos? Se 22+25=47, então 47% da populacão mocambicana é crista. Portanto, é NATAL (reservado aos cristaos catolicos e nao catolicos) e nao outra coisa.
Gosto · Ontem às 9:07 · Editado


Julio Lilito Boene Viva o Natal e o Dia da família, que se celebra a 25/12.
Gosto · 1 · 23/12 às 14:16


Joaquim Tesoura Ensaio a lucidez, uma obra de Saramago que devo ler.

Mbuia vamos festejar o Natal e os legalistas festejam dia da família.
Gosto · 23/12 às 14:16


João Machungo Concordo Egídio, Moçambique ainda reserva um sistema de valores que consiste em respeitar as convicções religiosas dos seus cidadãos. Que se respeite aos cristãos, não se pode profanar um dia Sagrado. 25/12 celebra-se o Santo Natal. É claro que pode preconizar encontros familiares, mas é Natal. Obrigado Egídio Vaz pela lúcida reflexão.
Gosto · 23/12 às 15:03


Milton Machel O anti-Samorismo militante e combatente do meu mbuya Egidio Vaz comeca a rivalizar com o Samorismo bacoco dos que folclorizam o mito SamoraMachelista e se auto-celebram e se elevam como os campeoes da virtude... YIN & YANG
Gosto · 2 · 23/12 às 15:15


Dimas Xavier Dia da familia,esta bom,..
Gosto · 23/12 às 15:21


Zarito Mutana Feliz natal amigos, e prospero 2017.
Gosto · 2 · 23/12 às 15:22


Joao Cabrita No fundo, o que houve, a partir de 1975, foi uma campanha declarada de perseguição religiosa, não distinguindo confissões. O sistema político então implantado era por natureza contrário à religião. A circular emitida pelo Comissariado Político Nacional da Frelimo a 17 de Outubro de 1975 era clara: «Combate Popular Organizado Contra Estandartes do Imperialismo». Os 'estandartes' eram as várias confissões religiosas existentes no país, cujos membros foram perseguidos e reprimidos. Muitos acabaram em centros de reeducação. Relativamente às Testemunhas de Jeová advogou-se a 'solução final' - nas palavras da direcção máxima do partido. No tocante à Igreja Católica, a solução foi neutralizá-la, mediante o confisco de bens. Sérgio Vieira é a pessoa indicada a pormenorizar esta campanha contra a Igreja Católica. Que pelo menos uma única vez os marxistas sejam honestos e reconheçam o papel que tiveram nessa campanha, em vez de andarem aqui a mascarar uma das facetas de um regime totalitário - intolerante sob todos os prismas, incluindo o religioso.
Não gosto · 10 · 23/12 às 15:28 · Editado


Egidio Vaz Obrigado pela salvação do debate!
Gosto · 23/12 às 15:43


José de Matos Factual, Joao Cabrita! O estabelecimento do Dia da Familia em detrimento do Dia de Natal insere-se nessa campanha anti-religiao, nao foi necessariamente por consideraçao aos nao cristaos!
Gosto · 4 · 23/12 às 15:49


Schauque Spirou ....há países que fizeram pior: criaram seu fuso horário! Eheheheh era bom mesmo que se criasse MAIS um feriado porque eu sou apologista dos mesmos. Eheheheh
Gosto · 1 · 23/12 às 15:37


Zito Tomas Voçê está firme nos feriados. kkk
Gosto · 2 · 23/12 às 19:31


Sandra Natingue 25 de Dezembro nos os cristãos celebramos o nascimento de Jesus Cristo o Natal.
Gosto · 1 · 23/12 às 15:50


Atumane Muenhe Muenhe Não nasceu essa data
Gosto · 23/12 às 16:34


Joao Cabrita Sandra Natingue, obviamente há quem queira reduzir o Natal a algo como o disparo do mítico «1° Tiro», se em Cabo Delgado ou no Niassa; se a 24 ou a 25.
Gosto · 22 h


Manuel Moreira Liquelique Liquelique IdiotecesVer Tradução
Gosto · 23/12 às 16:03


Jemusse Abel Ao mais velho Gabriel Muthisse... Se o dia 25,de Dezembro é ou não este é outro debate, aliás a datação não é um fim em história mas FACTO é. As datas só servem pra disciplinar o ensino da história. Por isso que o "facto" ao se confirmar a sua ocorrencia o historiador deve mergulhar-se nele para tirar as liçoes positivas e negativas com o unico fim educar a sociedade. Jesus nasceu sim; em que contexto?,e que licoes se pode tirar dele pra nossa geraçao. Houve mudança do nome natal pra familia, em que contexto; que liçoes se pode tirar?
Gosto · 4 · 23/12 às 16:07 · Editado


Ernesto Nhaule Já sinto vergonha de ser moçambicano...
Gosto · 23/12 às 16:05


Abdul Francisco Baptista Derepente todos ficaram peritos na matéria......
.
....Ver mais
Gosto · 2 · 23/12 às 16:12


Bone Waka Kkkkk
Gosto · 23/12 às 16:24


Bone Waka K assunto ZEZUS kkkkk
Gosto · 23/12 às 16:24


Gabriel Muthisse Alguns aqui são especialistas em trazer dados truncados! Já que todos sabemos ler, porque não se traz esse comunicado do Comissariado Politico en que se diz que os estandartes do imperialismo são as igrejas? É o mínimo que se devia fazer!!!

Ademais, o debate aqui é outro: Pode-se estabelecer um feriado católico, sem prever a necessidade de estabelecer feriados de outros credos e confissões religiosas? A Constituição permitiria isso? Haveria espaço, em Moçambique, para estabelecer feriados de todas as religiões que os solicitassem? Este é o debate!

Ninguém salvou debate nenhum, Egidio, meu irmão. Os termos do debate não foram abordados
Gosto · 6 · 23/12 às 16:27 · Editado
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Egidio Vaz Meu mestre, o feriado não é católico. É cristão. De mais de 15 milhões de moçambicanos religiosos, crentes do cristianismo em Moçambique. Quanto aos estandartes do imperialismo, fale com Cabrita, kkkkkk
Gosto · 6 · 23/12 às 16:43


Joao Cabrita Não sei a que 'comunicado' o militante de base do PartidoFrelimo se refere - falei em 'circular'. Compreendo que seja incómodo a um militante como Gabriel Muthisse falar destas coisas: o partido a que pertence já perseguiu confissões religiosas, já profanou templos, já utilizou a comunicação social para vilipendiar crentes, e hoje senta-se nas primeiras filas das irejas e até apela ao perdão.
Gosto · 5 · 23/12 às 18:24 · Editado


Egidio Vaz Kkkkkkkkk
Gosto · 23/12 às 18:21


Egidio Vaz O MEU Gabriel Muthisse esta neste debate em desvantagem. É que todos Vivemos do que estamos a dizer. Então, interpretações teleological tardo-românticas são de todo anacrotos.
Gosto · 23/12 às 18:23


Gabriel Muthisse Se não é pedir de mais, Joao Cabrita poderia partilhar aqui a circular? É que gato escaldado até de água fria tem medo. Em debate recente, no mural de um amigo, confirmou-se o que já se sabia: (i) que Guebuza nunca disse que enriqueceu (só) a vender patos; (ii) Chipande e outros nunca disseram que eles tinham direito de enriquecer porque combateram; (iii) Guebuza nunca investiu contra as redes sociais. Tudo isto apesar do que nos pretenderam vender estes anos todos.

Hoje, Cabrita ensina-nos que houve uma "circular" do Comissariado Político que diz que as igrejas são porta-estandartes do imperialismo. Mas não nos mostra esta circular. Está afirmação vai fazer escola até que, um dia, alguém decida ver a tal "circular". Nessa ocasião, apesar de a afirmação de Cabrita poder ter feito escola, pode-se constatar que a tal circular não diz isso. O senhor Cabrita pode partilhar esse material? Sabemos ler e podemos concluir por nós próprios o que por lá se diz. Ou é pedir muito?
Gosto · 23/12 às 18:38 · Editado


Joao Cabrita Gabriel Muthisse, o texto integral da «Circular» assinada pelo Comissário Político Nacional da Frelimo, Armando Emílio Guebuza, está disponível na edição do jornal «Notícias» de 17 de Outubro de 1975 pp 2,5. Tenho uma cópia - mas terei de abrir caixas. Nas vésperas da Consoada, em que preparo tudo a rigor, o Gabriel Muthisse vai ter paciência e deslocar-se pessoalmente ao AHM, caso não tenha acesso aos arquivos do Partido em que milita.
Gosto · 23/12 às 18:51


Gabriel Muthisse Já era de supor. O senhor Joao Cabrita não vai partilhar nada. Vai mandar cada um de nós aqui irmos pesquisar no Arquivo Histórico.

Esse foi o truque usado em relação às afirmações imputadas a Chipande, a Guebuza, a Matsinhe e a Veloso. Até se concluir que se havia, vergonhosa e criminosamente, falsificado dados de entrevistas.

Que cada um tire as suas conclusões. Então Cabrita atira-nos uma afirmação, e quando solicitamos confirmação, manda-nos ao AHM?!?!?
Gosto · 23/12 às 19:02


Joao Cabrita Meu Caro e Ilustre Dr. Gabriel Muthisse, não padeço de mitomania.

A circular existe, citei-a até num estudo publicado por respeitada editora . Não fui o único a fazê-lo. Em «Partido, Poder, Estado Uma Interpretação das Origens da Guerra Civil», Rafael Shikhani cita a mesma circular, conforme nota de rodapé No. 184: «Combate Popular Organizado contra os Estandartes do Imperialismo- Circular emitida pelo Comissariado Político Nacional, e assinado pelo Comissário político Nacional, Armando Emílio Guebuza. Notícias. 17 de Outubro de 1975. pp.: 2-5.»

Vd: file:///C:/Users/User/Downloads/Partido_Poder_Estado_Uma_Interpretacao_d.pdf
Gosto · 21 h · Editado


Gabriel Muthisse Ainda não duvidei que a "Circular" exista. Só pedi que a partilhasse aqui, ou ao trecho que alude no seu primeiro comentário
Gosto · 23/12 às 19:23 · Editado


Jemusse Abel Kkkkkk aqui ha desvios neste debate? 0nde entra chipande com a riqueza como.direito do antigo combatente? Guebuza com os seus patos et all? A igreja da escola secundaria de ulongue angonia foi transformada num centro cultural com imagens de dançarinos de Nyau e makuaera. É obvio que este processo da secularização dos bens da igreja nao iriam ocorrer espontâneamente sem o aval do Estado a legitimar o processo.ora João Cabrita não é obrigado a trazer provas ou docmento aqui. Muitos pensam que o facto só é quando temos documentos escritos a provar a sua existencia-é uma corrente historica que os historiadores modernos rejeitaram.
Gosto · 23/12 às 20:39


Joao Cabrita Gabriel Muthisse :

1. No meu primeiro comentário apenas citei o título da circular: “Combate Popular Organizado contra os Estandartes do Imperialismo”

No meu estudo, inseri o seguinte trecho da “Circular” :

“A população deve ser avisada para tomar atenção às manobras, e espalhar a palavra dos missionários é trabalhar contra Moçambique e servir os interesses do imperialismo que usa qualquer método para atingir seus objectivos.”

2. O estudo de Rafael Shikhan inclui os seguintes trechos da mesma "Circular":

“ (...) Instrumentos do imperialismo, contra os quais era necessário iniciar o combate popular organizado. (...) o inimigo actua através de missionários moçambicanos e estrangeiros evangelistas e de outras confissões religiosas.

(...)

A população deve ser avisada para tomar atenção às manobras, e espalhar a palavra dos missionários é trabalhar contra Moçambique e servir os interesses do imperialismo que usa qualquer método para atingir seus objectivos”.

3. Quanto a “truques”, agradecia que Gabriel Muthisse explicasse exactamente quando e em que local é que terei usado “o truque em relação às afirmações imputadas a Chipande, a Guebuza, a Matsinhe e a Veloso. Até se concluir que se havia, vergonhosa e criminosamente, falsificado dados de entrevistas.”
Gosto · Ontem às 0:59


Gabriel Muthisse Ter a circular é essencial. Avaliariamos mais facilmente sobre as matérias de que trata.

Dos trechos seleccionados, sobressai o trecho "a população deve ser avisada para tomar atenção às manobras...". De que "manobras" a famosa circular se ocupa? Sem sabermos isso torna-se impossível tirar qualquer conclusão.
Gosto · 1 h


Prince Dio Machopal Não tem algo para escrever?
Gosto · 23/12 às 16:51


Egidio Vaz Quem não tem algo para escrever?
Gosto · 23/12 às 16:52


Victor Niquice kkkkkk
Gosto · 23/12 às 21:24


Jr Chauque Prince Dio Machopal aponta quem não tem algo para escrever ficou com medo ?
Gosto · 23/12 às 21:52


Francisco Lgd Litsuge
Gosto · Ontem às 0:58


Francisco Lgd Litsuge Acobardou
Gosto · Ontem às 0:58


Manuel Arsenio Manuel Marandro esse mwanankite Prince Dio; ariii abuso tai
Gosto · Ontem às 9:48


Abdul Jabaru Quem te obrigou a ler o post
Gosto · 47 min


Eurico Rogério Roque Porquê tentar emendar algo que nem está quebrado? As vezes gostamos de procurar problemas onde não existem.
Nossa constituição é bem clara quando diz que Moçambique é um estado laico. Para evitar essas imposições por parte de uma religião nas outras. Dia 25 de Dezembro em Moçambique é o Dia da Família. Se os Cristãos quiserem celebrar o Natal (que calha nessa data), estão absolutamente livres, mas o resto dos Moçambicanos não-cristãos irão apenas celebrar o Dia da Família.

Possíveis soluções para seu "problema":
a) Institui-se uma outra data (fora do dia 25 de Dezembro) para servir como Dia da Família, e deixamos o dia 25 como Natal, mas sem estatuto de feriado nacional;
b) Deixar como está;
c) Estabelecermos feriados nacionais em todas datas importantes para todas religiões e seitas, basta que os membros requisitem;
d) Estabelecer o dia de Natal como feriado nacional, obrigando todos Moçambicanos a ficarem nas suas casas para celebrar um dia importante apenas para os Cristãos.

As duas últimas são absurdas e cómicas.
Gosto · 1 · 23/12 às 17:03 · Editado


Francisco Lgd Litsuge Este comentario merecia respostas. 😀
Gosto · 1 · Ontem às 0:59


Joao Jone Chicote Já estudou algo como interpretação histórica? É o mínimo que se deve fazer na interpretação de um texto legal. Egidio Vazfaz e com mestria.
Gosto · Ontem às 10:57


Eurico Rogério Roque Apenas dei o meu parecer. Estou pouco me importando com os dotes dos outros.
Gosto · Ontem às 11:07


Aleixo Mandava Verdadeiro bruto, burra, ignorante.Talvez analfabeto é voçê. Parabens pela sua estupidez.
Gosto · 19 h


Eurico Rogério Roque Ah tá. Conseguiste a atenção que querias. Agora vai de volta a caverna de onde saiste e desapareça na sua irrelevância.
PS: escreve-se "você", sem o c cedilhado.
Gosto · 15 h · Editado


Eddy Lumasai Eurico Rogério Roque gostei
Gosto · 1 · 3 h


Eddy Lumasai O B) faz mais sentido...as familias estão felizes e os Cristãos também estão.
Gosto · 1 · 3 h


Eurico Rogério Roque 👍
Gosto · 3 h


Jorge EL Zzanda O D) faz sentido pois Mocambique é um pais maioritariamente cristão a semelhança dos países americanos, africanos e europeus onde até existem comunidades islâmicas significativas mas nem por isso o 25 de Dezembro deixou de ser considerado feriado, aliás as tolerância de ponto do idens no pais passam despercebidas da maioria de nós os cristãos ateus e pagãos
Gosto · 51 min · Editado


Eurico Rogério Roque Maioritariamente Cristão não significa que sejamos um país Cristão. Seria muito bom se as pessoas entendessem isso. Moçambique é laico e ponto final. Nenhuma religião está acima da constituição.
Gosto · 50 min


Ligia Mutemba Feliz natal e dia de familia a todos e todas.
Gosto · 23/12 às 17:03


Alberto Domingos Ngome para mim ainda bem que o dia do NATAL é dia da familia pos nesta data sempre tenho celebrado junto com a familia...
Gosto · 1 · 23/12 às 17:51


Jeremias Sitoe Concordo com Egidio Vaz na sua reflexão. 25 foi va data que se convencionou como o dia de Natal, para celebração do nascimento de Jesus, podia ser uma outra data qualquer, mas claro com alguma racionalidade dentro do calendário e nem significa que Jesus nasceu nessa data mas é assim que se convencionou. De facto foi um exercício inglório de confundir um facto quase que universal (natal) com as circunstancias (laicidade). Mas mais do que isso, considero esta discussão de pouco relevo, chamando dia da família ou natal, o ponto mesmo é que é o natal. O resto é tentar tapar o sol com a peneira…
Gosto · 1 · 23/12 às 17:53


João Machungo O contexto em que se determinou o 25/12 como sendo também dia da família é diferente do actual. Por isso, seria prudente procurar outro dia para celebrar a família e deixar o 25/12 para o cristão celebrar o Sagrado Natal em paz e sem profanação, nem perturbações.
Gosto · 2 · Ontem às 9:09


Octávio Zimbico Muito bem explicado João Machungo.
Gosto · 1 · Ontem às 13:45


Otilio Beijo Ouvi dizer que as datas memorias encarnam marcos historicos. Alguem pode me dizer Oque aconteceu no dia 25-12 para ser o dia da familia?
Gosto · 23/12 às 19:18


Abdur Rahman Rassul E para dia de Natal?
Porquanto na Biblia nada consta nascimento de Jesus.
Dia para servir o diabo 25/12
Gosto · 1 · 20 h


Tocova Amisse A culpa é dos lideres religiosos em particular os das igrejas, hoje as igrejas se confundem com partido, a politica e a religiao mas na verdade sao coisas bem diferente, no dia que os pastores vam começar estudar a sua religiao e aprefeiçoarem vam deixar de lamber osso dos politicos as coisas vam mudar. Um politico pode ser catolico, ou qualquer que seja mas nunca pode exercer funçoes partidarias dentro da casa de Deus. Dentro duma igreja todos somos iguais em termos de adoraçao do unico Deus. As diferenças sociais, politicas, ou economicas dentro da casa de Deus nao contam.
Gosto · 2 · 23/12 às 19:52


Eusébio A. P. Gwembe O contexto histórico da época foi determinante, Egidio Vaz.. Pretendia-se marcar distancıa necessarıa com tudo o que tivesse a ver com a Religiao. Peço licença para colocar um trecho de uma voz autorizada: “Com o partido vamos desmascarar o conteúdo da religião e de todas as outras formas de obscurantismo. Para que serve a religião? Para nos enganar. Para que servem as igrejas? Para nos dividir. Eu era da igreja de Roma, eu era da igreja de Meca, o outro era da igreja inglesa ou americana. Outros tinham sede na Rodesia, na Africa do Sul ou na Republica Federal Alemã. E eram essas igrejas que nos dividiam. A nossa fé ia para Roma, para Meca ou para a Inglaterra, não ficava em Moçambique para lutar contra o colonialismo. Vencemos o colonialismo quando trocamos a fé em deus pela confiança na nossa própria força, na nossa capacidade de vencer os colonialistas. Com a cruz nunca vencemos o colonialismo. A cruz nunca foi a arma do povo; foi a arma do colonialista. Era a cruz que abençoava a palmatoria do Senhor Administrador, que abençoava os canhões do exército colonial, que abençoava os aviões que bombardeavam o nosso povo com napalm e destruíam as nossas colheitas. Vencemos o colonialismo quando trocamos a cruz pela espingarda, quando ultrapassamos as divisões religiosas e nos unimos sob a bandeira da Frelimo. Vencemos o colonialismo quando trocamos a fé pelo conhecimento científico e pelo domínio da técnica”.
Samora Machel no encerramento da campanha nacional de estruturação do partido, 3 de Fevereiro de 1979, in Noticias de 12 de 11 de 1978.
Não gosto · 15 · 23/12 às 20:53


Egidio Vaz Kkkkkkkk. Não sou eu também historiador?
Gosto · 3 · 23/12 às 21:10


Jemusse Abel Hehe kkkkk
Gosto · 23/12 às 21:41


Otilio Beijo Esses pronunciamentos historicos Estao mais para vinganc,a do que para marcac,ao de distancia.
Gosto · 1 · Ontem às 2:53


Joao Cabrita Eusébio A. P. Gwembe, depois de ler este trecho, ocorre-me parafrasear Philippe Gagnaux : "Samora e a sua equipe foi brilhante !" E, quem sabe, o mesmo dirão as Testemunhas de Jeová, levadas para o campo de reeducação de Naisseko, os membros superiores inutilizados para sempre, depois de amarrados com cordas embebidas em sal. Certamente haverá quem queira conhecer a fonte: Ricardo Rangel, editor do semanário «DOMINGO» em editorial assinado pelo próprio (edição de 4 de Outubro de 1981, p. 3)
Não gosto · 5 · 21 h · Editado


Filipe Primeiro
Gosto · 23/12 às 21:00


Carlos Nuno Castel-Branco A posição anti-religiao do partido frelimo na época tem pouco a haver com o 25 de Dezembro ser declarado dia da família. Ninguém duvida que a frelimo na época tinha uma posicao hostil em relação à religião mas isso em si não explica o dia da família. Houve um debate específico sobre o 25 de Dezembro e a ideia não foi abolir o seu conteúdo religioso para os cristãos. O dia da família foi uma forma de dar um conteúdo alargado, não religioso, a um bem público, que era o feriado. A discussão foi sobre o conteúdo do feriado e não sobre o que o 25 de Dezembro representa para os cristãos. Portanto, a questão do 25 de Dezembro não foi tratada no contexto da posição hostil em relação à religião mas no contexto de não favorecer nenhuma religião - caso contrário cada uma teria que ter o seu feriado. Portanto, as críticas a esta medida - e houve-as na época - tem que situar o que de facto foi o debate e não apenas falar da generalidade da posição anti-religiosa da liderança da frelimo na época. Ninguém tem de concordar com a posição ti ada mas é importante que a crítica discuta a lógica e consequências da medida e não apenas generalidades que podem estar pouco ligadas à medida em discussão.
Gosto · 8 · 23/12 às 22:19


Eusébio A. P. Gwembe Acho que esta é mais uma interpretacao de tantas. Concordo com Egidio Vaz quando sobre a laixidade do Estado, que o padre Ubaldo chamou de rigıda ınterpretacao do marxısmo-lenınısmo. O debate sobre o dıa da familia surge no contexto de uma tensao crescente exıstente entre a Igreja (enfase para a Igreja Catolıca) e o Estado e o que se decıde contra esta acaba por atıngır as restantes. Ou seja, o objectıvo nao era a tal ıgualdade que Castel esta a defender, esta era apenas uma justıfıcacao aparentemente maıs convıncente, como atestam os documentos da epoca cujo cume foı a crıacao dos SAAR.

Não gosto · 4 · 23/12 às 22:51


Carlos Nuno Castel-Branco Estes documentos atestam a questão geral da religião e não a específica do 25 de Dezembro. Não é uma interpretação mas era o debate oficial na altura.
Gosto · 1 · 23/12 às 23:03


Eusébio A. P. Gwembe Carlos Nuno Castel-Branco E verdade que o documento não fala disso, tal como não se pode provar que tal tenha surgido pelo espirito da suposta igualdade religiosa qua não passa da mera interpretação. Alguns factos. Estive aqui a rever os meus manuscritos sobre esta temática. Em 1977 há III Congresso da Frelimo ao qual são convidados 3 bispos. Mas a sua presença não tem relevância nenhuma, durante os debates. A porta fechada, são informados sobre algumas medidas que o partido pretende levar a cabo. Vou tentar aqui colocar parte do que lhes foi imposto e em que encontro luz sobre a instituição do dia da família.
Proibição de baptizar crianças e jovens em idade escolar; apresentação do programa de formação ou de missa nos dias festivos da Igreja (com enfase para natal e pascoa); imediata apresentação as autoridades de visitadores e de hospedes, proibição de construção de locais destinados ao culto, celebração dos cultos só em locais autorizados, actividade pastoral deve limitar-se aos domingos, imposição de apresentação das listas dos nomes de todos os cristãos presentes em cada comunidade, apresentação mensal de um relatório de culto. Os bispos indignam-se o que vai motivar o encontro de 17 de Dezembro de 1979 em que o Ministro Sousa Vieira apresentou os sete pontos. Não tenho os documentos e actas, mas algumas datas foram discutidas incluindo o feriado que era dado aos alunos na semana santa. Algumas das coisas ficaram para trás mas o dia da família permaneceu. Ora, podemos discutir é este lado positivo de garantir a igualdade religiosa. Mas o contexto da sua origem não foi este, pelo contrario, foi no contexto da negação da religião em nome do marxısmo, da OJM, dos grupos dınamizadores, da OMM. É isto que esta escrito e foi sendo propalado.
Não gosto · 6 · 23/12 às 23:15


Carlos Nuno Castel-Branco O debate sobre o 25 de Dezembro atingiu até a imprensa. Nas FPLM, onde eu estava, também o houve. E nas FPLM havia gente de todos os pontos do país e sensibilidades históricas, culturais e religiosas. O debate foi sempre sobre instituir ou não um feriado e, fazendo-o, como garantir que o feriado, um bem público, não descriminasse contra não cristãos. Portanto, o debate existiu nesses termos muito claros. Há muitas críticas possíveis a esta medida nos termos da sua própria lógica, mas ela não foi tomada para acabar com o sentido natalício do 25 de Dezembro para os cristãos mas para dar um conteúdo amplo, público, ao feriado. Este assunto foi tratado fora do conflito geral entre a frelimo e a religião. Não é uma interpretação, é uma vivência real.
Gosto · 3 · Ontem às 0:57


Carlos Nuno Castel-Branco Eu não estou a defender ou a atacar a decisão de oficialmente, como posição de estado, o 25 de Dezembro ficar dia da família. Claro que qualquer decisão é sujeita a crítica e debate. O que estou é a tentar mostrar um mundo mais variado, mais complexo, mais contraditório e mais rico do que o simplismo e linearismo da pura hostilização da religião.
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Philippe Gagnaux Samora è a sua equipe foi brilhante !
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Aleixo Mandava Carlos Nuno Castel-Branco sempre adimirei is seus posts mas hoje mostrou me baixeza intelectual conduzida Por cor vermelha partidaria da frelino.
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Carlos Nuno Castel-Branco Pode explicar-me, Aleixo Mandava, em que consiste a minha baixeza intelectual conduzida pela frelimo? Só porque expliquei o contexto de um debate que ocorreu há quase 4 décadas? Talvez valha a pena perguntar ao contrário: o que é que neste debate não seria, para si, baixeza intelectual conduzida pela frelimo?
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Kuyengany Produções Never Give Up Professor
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Egidio Vaz Eusébio A. P. Gwembe, repuseste a verdade. Obrigado e abraço. Eu já tinha dado um exemplo de como Samora me negara o direito de rezar.
Não gosto · 3 · 23/12 às 23:45


Philippe Gagnaux Kkkkkk nunca proibiu o direito de rezar e rezar não precisa ser numa igreja Deus è suposto estar em todo lugar. Podes rezar sem dizer uma palavra! 😂😂
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Gabriel Muthisse Meu pai sempre dirigiu a sua paróquia. Nunca foi fechada e os crentes nunca foram presos.
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Eusébio A. P. Gwembe Gabriel Muthisse o peso do antı-relıgıao nao foı sentıdo da mesma maneırodo o paıs. A provıncıa de Cabo Delgado foı a que maıs sofreu os seus efeıtos. Dependıa, em parte, dos governadores de cada provıncıa. O manual de Ubaldo explıca de tıntım a tıntım, e as entrevıstas que fız com alguns mıssıonarıos corroboram
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Luis Madjadire to com tigo nessa ideia tao super.nada do dia da familia .
Gosto · Ontem às 0:55


Gabriel Muthisse As questões que Carlos Nuno Castel-Branco coloca são relevantes no âmbito da discussão que Egidio sugere para debate. Ou seja, reverter "a decisão de Samora" sobre o dia 25 de Dezembro ser dia da família e passar a ser feriado de natal.

O ponto vivo do debate aqui é que essa sugestão não cola. Pois temos muitos credos no país. E se o Estado conferir um feriado religioso aos católicos terá, igualmente, que conferir feriados a todas as outras crenças. Este é o ponto vivo da discussão.

Joao Cabrita trouxe a debate uma "circular" do Comissariado Politico. E isso acabou desviando-nos do que interessa. E o que interessa, de acordo com o queEgidio Vaz sugere é: (i) é possível reverter a "posição de Samora"? (ii) fazendo-o, isso teria ou não consequências, em termos da não descriminação religiosa preconizada pela Constituição da República? (iii) se a reversão tiver consequências constitucionais, o país teria condições de dar feriados a todos os credos religiosos que existem no país, que podem passar de 10?

O que Cabrita trouxe, e que não consubstanciou, e o que Eusébio A. P. Gwembe traz, que documentou, pode indiciar que sectores dominantes da FRELIMO tinham contas a ajustar com as igrejas. Mas não responde se um país como o nosso, com equilíbrios religiosos precários, pode ou não ter feriados baseados na fé
Gosto · 5 · Ontem às 1:01


Joao Cabrita A Circular - cuja existência Gabriel Muthisse até há instantes punha em causa – não pode ser vista de forma dissociada da suposta laicidade de um Estado constitucionalmente dirigido por uma organização política que se propunha, por razões de natureza ideológica, combater todas as confissões religiosas existentes no país, e que efectivamente as combateu.

Não cabe a um suposto Estado laico chamar «dia da família» a uma data sagrada que vinha sendo assinalada por cristãos muito antes da formação política que o dirige ter nascido. Isso não é laicidade – é violação de um princípio, negação de um direito.

O feriado nacional por ocasião do 25 de Dezembro é uma outra questão. A continuar a ser observado, não podia, de facto, descurar a existência de datas sagradas de outras confissões religiosas.

Mas já antes da Circular ter sido publicada (17.10.1975), a campanha contra as confissões religiosas estava em marcha – e não era um simples ajuste de contas com a Igreja Católica. As relações entre a Igreja Católica e o regime colonial serviram de pretexto, visando justificar a campanha de perseguição religiosa no seu todo. Um artifício apenas.

A semanas da declaração da independência, Samora Machel, falando em Vila Cabral, insurgiu-se contra o Islão. Voltou a fazê-lo depois da independência. A prisão arbitrária e sem mandado judicial de missionários americanos da Igreja Nazarena, é outro exemplo de que estávamos perante uma campanha contra todas as confissões religiosas.

O Delegado Apostólico do Vaticano é citado em telegrama expedido em Agosto de 1975 pela missão diplomática dos Estados Unidos em Moçambique, a dizer que imediatamente a seguir ao discurso de Samora Machel, proferido a 24 de Julho de 1975, soldados devassaram missões e violaram domicílios de clérigos, por vezes a coberto da noite, e que as contas bancárias da igreja em vários pontos do país haviam sido confiscadas por ordem do governo.

A actividade da Igreja Católica em Moçambique regia-se pela Concordata assinada entre Portugal e o Vaticano. A Igreja Católica não dispunha de estatuto político, não integrava nenhuma hierarquia política, nem tão pouco se sobrepunha às autoridades governamentais a níveis provincial, distrital, de circunscrição e de autarquia (divisão administrativa então existente). Tanto assim é, que durante a vigência da Concordata, a Igreja Católica foi perseguida e clérigos expulsos da colónia por se terem insurgido contra aspectos da política colonial.
P.S. Gabriel Muthisse, vai provar o que disse a respeito dos meus alegados 'truques' ?
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Tomas Pereira Mwalonga piculo Egidio Vaz
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Edson Gimo Luis Penso que Samora veio colocar um termo a um conflito inter-religioso em Moçambique de tal forma que tanto Católicos como eu e Protestantes conseguimos celebrar este dia de forma pacífica e cada um com seus motivos ( Católicos o nascimento de Jesus Cristo, e os Protestantes - destaque para Moçambique - o dia da família). Em nome do Ecumenismo: Haja paz.
P.S.: Senti-me constrangido um dia ao desejar Feliz Natal a algumas pessoas conhecidas e descobri que afinal de contas, apesar de sermos todos Cristãos, feri algumas sensibilidades. Para corrigir tinha que dizer Feliz Natal e Dia da Família. Isso foi o "Equalizer".
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José de Matos nao houve conflito inter-religioso, e os protrstantes, tal como os outros cristaos celebram o Natal, o Natal nao é so comemorado pelos catolicos!
Gosto · 1 · Ontem às 9:18 · Editado


Joao Cabrita A hostilidade entre cristãos muçulmanos é um facto. Em Portugal, essa hostilidade marcou sobremaneira fundação da nação portuguesa no século 12, portanto, cerca de 2 séculos antes da chegada dos portugueses ao litoral do actual Estado moçambicano.

Todavia, em Moçambique, desde os meados da década de 60, a própria Igreja Católica havia iniciado uma nova era de relações com as comunidades islâmicas. Como refere Mário Artur Machaqueiro, (1) ʺos novos ventos ecuménicos do Concílio Vaticano II levaram a que certas figuras da Igreja Católica em Portugal encetassem uma aproximação às comunidades muçulmanas, renunciando tacticamente a uma evangelização mais agressivaʺ.

O Concílio Vaticano II havia aprovado em Dezembro de 1965 a declaração "Nostra Aetate" (No Nosso Tempo), a qual fazia uma análise da atitude da Igreja Católica para com as religiões não-cristãs, sintetizada no pedido joanino: "Buscai primeiramente aquilo que une, antes de buscar o que divide". Em Moçambique, salienta Machaqueiro, essa reorientação foi protagonizada, em Setembro de 1966, pelo Bispo de Vila Cabral (Lichinga), D. Eurico Dias Nogueira, através da publicação da ʺCarta Fraterna aos Muçulmanosʺ.

Num estudo sobre a ʺproblemática neo-islâmicaʺ no Niassa (2), publicado no ano seguinte, Frederico Peirone, da Consolata, insistia ʺsobre o dever que terá qualquer missionário de respeitar as leis particulares que regem a comunidade muçulmana...ʺ A partir de então, a Igreja Católica moçambicana fez questão de convidar dignitários islâmicos a participar nas Procissões das Velas realizadas anualmente nas várias dioceses.

Segundo Fernando Amaro Monteiro, a ʺCarta Fraterna aos Muçulmanosʺ incentivou o governo a actuar também, e serviu de catalisador em relação ao processo que a seguir se desenrolou.(3) Ainda de acordo com Fernando Amaro Monteiro (4), houve um esforço do regime colonial a partir de 1966 de se conseguir uma melhoria nas relações com as comunidades muçulmanas do norte de Moçambique, se bem com o objectivo de retirar à Frelimo uma potencial base de apoio. Esse esforço, segundo o autor, sofreu um impulso com a nomeação de Baltazar Rebelo de Sousa como governador-geral da colónia em 1968. Em 1971, em plena «Primavera Marcelista», o regime vigente aprovava Lei da Liberdade Religiosa, que pressupunha tratamento igual para todas as confissões religiosas.

Tudo isto, para ilustrar que o ambiente prevalecente em Moçambique à data da independência não justificava as medidas tomadas pelo regime da Frelimo. Tivesse sido intenção do regime pôr termo a um presumível conflito inter-religioso em Moçambique, como defende Edson Gimo Luis, não faz sentido que se tivesse reprimido as confissões religiosas no seu todo.

No contexto do «combate» previsto na Circular, o regime impôs restrições a quem quisesse cursar teologia, determinando que apenas poderiam matricular-se quem tivesse cumprido o Serviço Militar Obrigatório, e prestado serviço no aparelho de Estado, caso fossem provenientes de escolas oficiais, parecendo ignorar o facto do próprio regime ter ilegalizado o ensino privado. Em tudo isso não se vislumbrava o mais ténue dos sinais de que se tratava de uma intenção do regime em nivelar, equilibrar ou pôr termo a conflitos entre confissões religiosas.

A questão de fundo, que os apologistas do regime aqui ignoram – ou pretendem ocultar... – foi outra, e tem necessariamente de ser vista à luz do projecto político do regime da Frelimo. Tratava-se de um projecto de índole totalitária, e projectos deste tipo não prevêem poderes paralelos. Na óptica do regime, as igrejas constituíam um poder que era preciso desmantelar, da mesma forma que se desmantelou o poder tradicional e o poder da oposição política, este último uma questão simples de resolver pois aqui o regime, como que a demonstrar a complementaridade entre sistemas totalitários, beneficiou da política do Estado Novo de não permitir na colónia qualquer actividade à margem da União Nacional/ANP.

1. Mário Artur Machaqueiro: Islão Ambivalente – A construção identitária dos muçulmanos sob o poder
colonial português », Cadernos de Estudos Africanos, 22 , 2012.

2. Fernando Amaro Monteiro: Entrevista dada a António Pacheco in Além-Mar Visão Missionário, Janeiro de 2004, URL: http://www.alem-mar.org/.../quick.../scripts/redirect.cgi...

3. Id.

4. Fernando Amaro Monteiro: (Moçambique: Memória Falada do Islão e da Guerra, Almedina 2011)
Não gosto · 3 · Ontem às 10:11 · Editado


Edson Gimo Luis Pontos nos iis. Obrigado João Joao Cabrita.
Gosto · Ontem às 9:44


Vino Langa O controverso Egídio Vaz levantou um debate sério. Não concordo com a forma como Mandava intervém no debate. Melhor seria apresentar seu pensamento sobre a questão ou o tema em discussão. Não discuta pessoas mas sim o tema em debate.
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Afonso Jose interessante
Gosto · Ontem às 8:23


Jemusse Abel Hummmm nao havia e nunca houve conflito inter-religioso em moz.
Gosto · 2 · Ontem às 8:33


Edson Gimo Luis Certo. Devia ter dito intolerância entre cristãos.
Gosto · Ontem às 9:01


José de Matos Edson Gimo Luis , tambem nao havia intolerancia entre cristaos!
Gosto · Ontem às 9:19 · Editado


Edson Gimo Luis Existe sim intolerância na medida em que crentes de uma certa religião vivem criticando ou falando mal de outras religiões e a mais criticada é a Igreja Católica. O que se pode chamar a isso Sr José de Matos?
Gosto · Ontem às 9:34


José de Matos Edson Gimo Luis , errado, nao existe intolerancia generalizada! Eu sou protestante e tenho familiares catolicos e até muçulmanos! pode haver alguma rivalidade, é normal, mas intolerancia...NAO!
Gosto · Ontem às 9:52 · Editado


Tocova Amisse Edson, criticar nao é itolerancia. Por exemplo o caso dos politicos fazerem campanha eleitoral muitos nao aceitamos e nao esta certo. As religioes tem suas responsabilidades socias e os que completam essa religiao sao chamados a votar. Na verdade em Moçambique ha convivio familiar em termos das religioes.
Gosto · Ontem às 11:47


Philippe Gagnaux Acho q Samora foi brilhante e inovador neste aspecto. Encontrou uma forma de respeitar tradições seculares pacíficas e integra-las no comunismo ateu. E se formos a ver o natal sempre foi uma festa da família com conotação religiosa na base de uma falsa ou convencional data de nascimento de Jesus. Para não mencionar o facto q o verdadeiro intuito desta data è agora comercial dentro de um consumismo degradante.
Gosto · 5 · Ontem às 9:45


Joao Jone Chicote Pessoas como estas são ignoradas. O debate é académico irmão.
Não gosto · 2 · Ontem às 11:14


Philippe Gagnaux È sendo o natal ou dia da família o mais celebrado antes da independência fazia sentido ser esse o dia escolhido. Pois fazer dia da família de uma outra religião minoritária não faria sentido.
Gosto · 2 · Ontem às 9:55


Tocova Amisse Nao se iluda com a maioria, pois que muitos sao fracos e os poucos seram escolhidos. Tudo que muitos aderem nao tem valor ou apessoa acaba se perdendo. Siga o teu coraçao.
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Philippe Gagnaux Tocova, acho q não percebeu o sentido. Não estamos discutindo se está certo seguir a data do natal, mas sim defender a ideia do Samora ter sido inteligente porq a maioria celebrava o natal dai a sua escolha. E saiba q se há uma coisa q não faço è iludir-me tento ser sempre cartesiano nas minhas análises 😂
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Josué Tambara Falou e disse
Gosto · 1 · Ontem às 10:39


Josué Tambara Também duvido se Jesus nasceu em Dezembro. Só pode ter nascido em Setembro. O resto é invenção
Gosto · 1 · Ontem às 10:41


Joao Jone Chicote Não estamos a discutir a instituição do natal, mas sim a celebração do instituto natal. Percebido?
Gosto · Ontem às 11:16


Josué Tambara Joao Jone Chicote percebo muito bem. Tanto os q decidiram 25/12 (Natal) como os de 25/12 (dia da família)= farinha do mesmo saco
Gosto · Ontem às 11:20


Joao Jone Chicote São bem diferentes...
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Josué Tambara Em que maneira se diferem? Pra mim, todos são contra Jesus
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Josué Tambara ABC thinking na ideologia de Samora. Os espíritos são intangíveis e a família é visível. Valorizemos, portanto, o espiritismo ou o que é tangível? Em todas as religiões há famílias. Samora foi lúcido
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Tocova Amisse Gostaria de saber aos irmaos, se existe uma escritura religiosa ou melhor biblia onde esta escrito a data 25 de Dezembro como nascimento de jesus? Sera que ele comemorava o seu aniversario?
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Rmano El Bambino Egidio, Egidio... Quem te viu e quem te ve!?!
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Kuba Liwa Samora foi um homem como qualquer outro, não imune a falhas, por tanto, encaremos o texto como uma contribuição a correcções de erros samorianos.
Belo contributo!
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Orlando Ntaiamanja Se o natal foi considerado dia da família, e o Eidds é o quê?
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Orlando Ntaiamanja Concordo com o Egidio Vaz. Eu, presenciei e participei, fui um membro do grupo cultural polivalente, e o nosso clube era a Igreja de Mutarara, em Dona Ana, agora B/Gungunhana. Os testimunhas de Jeová, na altura, não aceitava fazer viva Frelimo, mas como castigo, eram espectados bambús ao lado de cada um, se amarrava o braço seguindo o bambúm para permanecer levantado forma de obrigar a fazer viva Frelimo! Aos Johane Malangues, os Chamados Mapostolo, eram proibidos de criar barbas e rapar cabelos, se fosse encontrado, era com os pedaços de garrafa ou faca com que as barbas eram cortadas! Para Samora, não existia Deus. Esquecendo que para ele, ter a 4ª classe que tinha, foi graças a igreja Católica, que criou missões, onde os filhos dos pobres tiveram a oportunidade de estudar. Eduardo Mondlane, conseguiu chegar aos EUA, passando pela África do Sul graças a Igreja. O padre Pinho Mateus Gwenjere, foi um grande homem que tanto contribuiu na luta pela independência nacional e tantos outros, que mais tarde, foram acusados de reacionários! Foi através da Igreja que tivemos conhecimentos científicos que nos guiaram a luta armada, porque o próprio dito colono, não tinha a ver com o estudar de um negro, senão o fazer de escravo que substituia um boi puxa carroça ou agricultor etc.
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Joao Cabrita Obrigado Orlando Ntaiamanja pelo testemunho a demonstrar que houve efectivamente perseguição religiosa - não apenas um ajuste de contas com a Igreja Católica; e que o conceito «dia da família» é tão falso como a então apregoada «democracia popular»: o regime nunca teve a família em apreço, nem tão pouco os seus legítimos direitos em consideração.

Destroçou lares, votando filhos de tenra idade ao abandono, ao violar domicílios para, sem mandado, prender pais e mães (Lutero Simango e os irmãos, Ana Flora Casal-Ribeiro e irmãs, Pacelli Zitha e as irmãs e irmãos, a esposa e filhos do Ché Mussa, chefe islâmico de Lichinga desaparecido num campo de concentração herdado do colonialismo, tal como o sucedido ao Padre Católico Paulo Mirasse de Cuamba – a lista é por demais extensa – são apenas algumas das testemunhas vivas do «processo»), e continuou a fazê-lo durante a fase da «reeducação» e a seguir na da «Operação Produção» quando, mercê da mesma frieza e insensibilidade típicas do sistema desumano que defendia, condenou famílias inteiras a traumas irreparáveis.

Obrigado, também, Licínio de Azevedo por ter levado para os ecrãs dos 5 continentes a verdade sobre esse período negado por uns poucos; agradecimentos extensivos a Dalmazia Colombo por ter denunciado o Gulag moçambicano.
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Carlos Nuno Castel-Branco Feliz natal aos cristãos, feliz dia da família a todos, cristãos e não cristãos, religiosos e não religiosos.
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Gilson Bambamba VERDADE DIA DE FAMILIA NAO
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Kuyengany Produções Natal é dia de Familia Sim, dia de reflexçäo......Bem Haja Samora. O Doctor Vaz com quem passa o Natal Jah Agora?
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Egidio Vaz Estou em casa com a minha família
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Kuyengany Produções Et alors Doctor.....FELIZ DIA DA FAMILIA

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