segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Repórteres sem Fronteiras revela que pelo menos 74 jornalistas morreram este ano

JORNALISMO


A organização revela que cerca de 74 jornalistas morreram em 2016 enquanto desempenhavam funções, um número menor do que no ano passado, com 101 mortes.
A Síria continua a ser o país com maior número de mortes de jornalistas, seguida do Afeganistão
AFP/Getty Images
Um balanço feito pela organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) revelou que pelo menos 74 jornalistas morreram este ano em consequência do desempenho das suas funções, valores inferiores aos de 2015, com 101 mortes. Ainda assim, a RSF não considera que esta descida seja motivadora, admitindo que se deve ao facto de muitos jornalistas terem fugido de países que se tornaram demasiado perigosos, como a Síria, Iraque, Iémen, Afeganistão e Burundi. A organização também vê esta queda do número de mortes como resultado do medo que é imposto aos jornalistas, muitas vezes ameaçados de morte para censurarem informação.
Christophe Deloire, secretário-geral da organização, condena a falta de ação por parte de muitos governos e solicita à ONU a nomeação de um representante que tome medidas preventivas de proteção aos jornalistas.
“A violência contra os jornalistas é cada vez mais evidente e esta situação alarmante reflete o fracasso das iniciativas destinadas a protegê-los. A ONU deve estabelecer mecanismos para a implementação de soluções e com a chegada do novo secretário-geral da ONU, António Guterres, a nomeação de um representante para a proteção dos jornalistas deve ser encarada como uma situação urgente”, afirma Deloire.
Segundo a Repórteres sem Fronteiras, quase três quartos dos jornalistas mortos em 2016 foram assassinados e a Síria continua a ser o país que regista um maior número de mortes, seguida do Afeganistão. A maioria dos jornalistas que morreram em cenários de guerra eram jornalistas locais e a RSF considera que isto se deve à relutância das organizações, a nível mundial, em mandarem os seus profissionais para locais de perigo eminente.

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