Uma equipa da Agência Nacional de Controlo da Qualidade Ambiental (AQUA), do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), liderada pela respectiva directora nacional, Olívia Amosse, abortou, no passado dia 03 de Dezembro, o contrabando de 1.020 contentores de madeira em toros, o equivalente a um total de 33.436,725 metros cúbicos, prestes a embarcar para China.
A fraude foi despoletada no distrito de Nacala Porto, província de Nampula, e envolve a empresa liderada por Tomás Mandlate, antigo governador de Tete e Ministro da Agricultura e mais cinco estaleiros pertencentes a sociedades chinesas.
Dos 1020 contentores, 575 foram apreendidos nas instalações da empresa YZOU, 55 na empresa Zeng Long, 390 contentores nas instalações do Terminal Especial de Exportações de Nacala (TEEN) um empreendimento de que Tomás Mandlate é presidente do Conselho de Administração e acionista, e o remanescente foi apreendido nos estaleiros da empresa Yang Shu.
Pelo seu envolvimento na tentativa de exportação ilegal de madeira, a firma Mandlate foi multada em cerca de 15 milhões de meticais.
Recordar que em Fevereiro de 2013, Tomás Mandlane foi citado num estudo da Agência Ambiental de Investigação de Moçambique, juntamente com José Pacheco, actual Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar, como estando por detrás do tráfico de madeira para a China. Na altura, Mandlate negou as acusações. Confrontada com a infracção, Luísa Humbane, directora geral do TEEN negou o envolvimento da sua firma no tráfico e contrabando de madeira, alegando que o Terminal não é responsável pela fiscalização do material ali armazenado, uma vez que há entidades competentes e responsáveis pela fiscalização da mercadoria. Para além da penalização da empresa de Tomás Mandlane, o MITADER multou a empresa YZOU no valor de 27 milhões de meticais, Zeng Long na ordem dos 3.4 milhões de meticais e a empresa Yang Shu em 5.6 milhões de meticais.
MEDIA FAX – 09.12.2016
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