terça-feira, 6 de dezembro de 2016

a culpa é do macaco

Itália:

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A culpa só pode ser do macaco, perdão, da zona euro. E da UE. Quanto mais acreditarmos nisso, mais avança a onda anti-europeia. E, com ela, o regresso a um nacionalismo estrito e identitário.
Tornou-se recorrente considerar que qualquer coisa que suceda na Europa é da responsabilidade da zona euro em particular e da União Europeia (UE) em geral; e que qualquer coisa que suceda na Europa tem como consequência o fim da zona euro em primeiro lugar e da UE a seguir.
O chumbo do referendo convocado por Matteo Renzi para alterar o sistema eleitoral – e o bicamaralismo (quase) perfeito vigente no país – e tornar mais estável a governação foi chumbado? A culpa é da zona euro, causa da instabilidade italiana, explicou a oposição eurocéptica. E o líder do Movimento 5 Estrelas, Beppe Grillo, com o apoio da Lega Nord, quer referendar a pertença da Itália à zona euro; isso basta, preconizam os inimigos da moeda única, para garantir a saída da Itália do euro e levar ao fim inevitável da UE.
Não há qualquer dúvida que a pergunta do “referendum constituzionale” era sobre o euro. Veja-se: “Aprova o texto da lei constitucional relativa às ‘Disposições para a superação do bicamaralismo partidário, a redução do número dos parlamentares, a contenção dos custos de funcionamento das instituições, a supressão da CNEL e a revisão do título V da parte II da Constituição’, aprovado pelo Parlamento e publicado na Gazzetta Ufficiale n.88 de 15 de Abril 2016?” Os italianos discordam da supressão da CNEL? Da diminuição dos parlamentares? Que importa tudo isso, se o referendo foi sem dúvida sobre a UE? E sobre o euro?
Também Marine Le Pen, insuspeita de preconceitos contra a União, a Europa e o euro, o afirma: “os italianos contradisseram a UE e Renzi. Há que escutar esta sede de liberdade e protecção das nações”. A instabilidade é culpa do euro. Que interessa se a Itália teve 67 governos em 70 anos antes de existir sequer União Europeia e muito menos o euro? E também não importa que os partidos que querem a saída do euro tenham de conquistar uma maioria confortável nas eleições, já em 2017 se o Presidente Sergio Mattarella convocar eleições antecipadas, ou em 2018 se promover um novo governo de coligação; ou que precisem de alterar a Constituição por 2/3 dos votos para que um referendo seja possível; e que tenham de conseguir maioria na Câmara e Senado para o poder convocar; e que o voto popular favoreça a saída do euro. Mas em que é que essas exigências beliscam sequer a certeza quase absoluta de que o euro caminha para o seu fim?
Não pode haver dúvidas quando os defensores do Brexit não as têm. Eis um tweet oficial do “Leave EU” da madrugada de ontem: “A onda do poder popular espalhou-se a Itália, com os votantes a forçar a resignação do PM Renzi. Próximo passo: sair do euro!”. De facto não interessa muito que Renzi tenha, como Cameron antes dele, feito um erro de cálculo, tornando inevitável este desfecho ao ameaçar demitir-se em caso de derrota, o que não precisava de fazer: a culpa, indiscutível, clara, planetária, é do euro. Sem sombra de dúvida.
Já na Áustria, a vitória de Alexander Van der Bellen, septuagenário ex-líder dos ecologistas, sobre Norbert Hofe, do Partido da Liberdade (FPÖ) defensor das raízes nacionalistas identitárias dos austríacos, foi recebida como uma boa notícia para a Europa. Talvez seja primeiro uma boa notícia para a Áustria, mas a verdade é que milhões votaram por Hofe com eleições legislativas no horizonte. Marine Le Pen está atenta: “Parabéns ao FPÖ, que se bateu com coragem. As próximas legislativas serão as da sua vitória! ». E a culpa, de novo, será da zona euro, da UE e da Europa liberal no seu todo. Claro.
É fácil criticar a UE, um projecto de liberdade e paz que provou à saciedade a sua eficácia ao longo de quase 70 anos. Houve erros, períodos mais difíceis, sem dúvida, mas a integração europeia é um indiscutível sucesso. E é fácil criticá-la, desviando as atenções das lideranças tradicionais dos países que a constituem, das promessas incumpridas, da corrupção das elites económicas, financeiras – a banca? – e políticas, da apropriação por parte de uns (poucos) quantos da riqueza criadas pelos (muitos) muitos cidadãos comuns. Alguém imagina (ou ouviu?) um líder nacional aceitar responsabilidade pela insatisfação dos eleitores, quando é fácil imputar a culpa ao euro? À UE? À Europa livre, democrática e cooperante? Um conveniente bode expiatório, que tudo tem de expiar, mesmo as culpas alheias.
E contudo, a União Europeia, projecto sem par na História da Humanidade, baseado na livre circulação das pessoas, produtos, serviços e capitais, na cooperação entre os povos europeus, em valores como a democracia, direitos humanos e tolerância para com os outros, garantiu o maior período de paz de sempre no continente e contribuiu para uma prosperidade sem precedentes. Contra ele erguem-se agora as mesmas forças que, no passado, contribuíram para a guerra; para a miséria do corpo e da alma dos europeus; para a destruição e a morte. É preciso ter medo de o dizer com medo de ser apontado a dedo pelos inimigos da União? Pois que alguém o diga porque alguém tem de o fazer e quantos mais o fizerem melhor.
Liberdade, pede Marine Le Pen, liberdade, lembra o nome do Partido do holandês Geert Wilders, liberdade, clamou Farage na noite célebre do Brexit: mas liberdade para quê? Liberdade para acabar com as grilhetas de uma União de que se pode sair sem obstáculos, como os britânicos acabam de provar (coisa diferente é assumir responsabilidades ou querer manter benefícios sem aceitar os custos inerentes)? Ou para acabar com a liberdade de circulação das pessoas em geral, e não só de imigrantes de outras paragens como muitos parecem pensar? Ou ainda para repor barreiras à entrada de produtos estrangeiros? Para proibir, para proteger (“sede de protecção”), para limitar, para acabar? Liberdade?
Só se for Liberdade para escrever a palavra Fim no princípio de um belo sonho.
Proponho uma reflexão seminal, com uma premissa provocadora: os europeus, como os ocidentais em geral, tomaram por garantida a prosperidade eterna, sempre crescente e segura; acreditam na paz perpétua, crêem que nada voltará a fazer das searas e planícies campos de batalha sangrentos. E por isso, também por isso, desvalorizam a importância da democracia e da verdadeira liberdade. Desvalorizam os direitos humanos, como refere a notícia neste jornal sobre a tortura (sondagem demonstra que mais de metade da população de 16 países aceita hoje o recurso à tortura nos conflitos); e um estudo de um investigador de Harvard a publicar no início do próximo ano parece demonstrar que os “millenials” valorizam cada vez menos a democracia e até a defesa dos direitos humanos.
O voto em Itália parece a Nigel Farage “mais sobre o euro do que sobre mudanças constitucionais”? Deve ter razão, pois uma sondagem do mês passado revela que 15,2% dos italianos defendem a saída do euro contra “apenas” 67,4% crentes na moeda única. Mas o que é que isso interessa? A culpa só pode ser do macaco, perdão, da zona euro. E da UE. Quanto mais acreditarmos nisso, mais avança a onda anti-europeia. E, com ela, o regresso a um nacionalismo estrito e identitário, anti-globalização e securitário, baseado em princípios que, no fundo, desconhecemos.
Mas não faz mal; adaptando Groucho Marx, se não gostarmos desses princípios, mesmo que não existam, arranjam-se outros. Importa é acreditarmos neles.

António Hermínio Quadros Silva
5 h
Há tantos factores a considerar para explicar o desencanto dos Europeus com a UE que seria muito dificil enumera-los exaustivamente. Talvez também as pessoas se cansem  de viver numa Europa decadente , com democracias que tornam as pessoas amorfas onde nada acontece, mas tudo é permitido, sem ideais, não chegando só o bem estar económico. Talvez seja uma reacção a tudo isso, e a um reencontro com o imperativo territorial que foi  constante na Europa até ao  fim da 2ª guerra.Talvez as pessoas estejam cansadas da paz Perdoem-me estes devaneios... 
martins bento
6 h
Excelente reflexão,em louvor deste extraoirdinário Priojecto Europeu.Julgo que todas essas proclamações "anti-euro" alimentadas por politicos e jornalistas ignorantes ,ou falsos,só servem para atordoar as massas , desleixadas de pensamento.Partilhar o "euro" é como partilhar um DNA familiar.O "euro" foi tão bem montado,que quem quiser sair,tem de pagar as dívidas nessa moeda e acarretar os confrontos da sua "nova moeda" mos mercados cambiais.Mesmo grandes economias como a italiana e a francesa aguentavam,no quadro actual de trocas globais?Esse é um problema que o UK não tinha e daí a ligeireza irresponsável do Cameron
Francisco Faria Bontempo
6 h
Insistir dizendo que o projecto Europa é baseado em valores de respeito pela dignidade, pela liberdade e livre circulação, é só da boca de um eurostalinista.
A CEE no modelo actual é o culminar do sonho de Hitler, instaurando uma ditadura, com o controlo absoluta das populações, onde os campos de concentração são da dimensão de países, e onde as leis são emanadas de instituições não eleitas. 
Este não é, nem nunca foi a Europa que se ofereceu antes do tratado de Lisboa. Esta Europa é a europa de sonho para ditadores e fascistas, que pela mão da dita esquerda democrática arrasou tudo a que se acreditava.
Estamos novamente à beira de um genocídio, e novamente pelos primos de Cahmberlain!!!!... 
Faria Bonsenso ,se revisse a sua parvoíce
Não estou a ver o "genocídio perpretrado pelos primos do "James Caimberlain""
Cuca Neco
7 h
Muito pela rama, muito a preto e branco.
José Banzé
8 h
Para quem aínda não percebeu..... Tudo foi planeado, até a venda de empresas estratégicas, bancos, etc.... etc... etc....Faz tudo parte do grande jogo da Europa maçónica.... Tornar os países cada vez mais dependentes uns dos outros. Quando abrir-mos os olhos.... já não teremos país. O pior será quando nos puserem fora de PORTUGAL. Aínda vamos acabar como os Curdos, ciganos ou Palestinos. PORTUGUESES.....ABRAM OS OLHOS......VÃO ACABAR COM O NOSSO PAÍS.... NÃO FALTA MUITO TEMPO. Tudo foi planeado, a dívida, a emigração em massa de Portugueses, beneficios para fixação de estrangeiros, a crise económica, A crise dos refugiados ( para unir os Europeus contra uma ameaça comum a todos os Estados membros),e ainda provocar uma desculturização dos países Europeus e a destruição da sua própria identidade com a entrada massiva de uma cultura e de uma religião tão diferentes na Europa.Tudo isto com a finalidade de tornar os Povos Europeus aculturados, e construir um super-estado Maçónico liderado pela Alemanha sobre as "cinzas" desses países.A confrontação com a Russia também é um jogo para unir os Europeus contra uma ameaça comum artificial, etc... etc....etc....Com a finalidade de acabarem com os orgulhos nacionais, e prender os países económicamente a desunião europeia, dividindo os povos nacionais com vista a criação de um super-estado maçónico liderado pelos Alemães. Nada foi por acaso. E as provas estão aparecendo. Querem acabar com tudo o que seja um obstaculo à nova ordem mundial. Como os comandos são ainda um dos nossos garantes de soberania nacional,vão-se aproveitar do incidente da morte dos dois recrutas para acabar com ela. (Mas enganam-se.... Os Portugueses são um povo guerreiro). Até Marcelo já só fala de Nação Portuguesa, e não fala do País PORTUGAL. Reparem nos seus discursos... Agora Marcelo até já defende aínda mais integração ( Dependencia) de Portugal á Desunião Europeia. Marcelo até já usa as palavras Xenófobos e Nacionalistas contra aqueles que siimplesmente amam o seu país e querem continuar independentes. Palavras que os politicos traidores globalistas usam para acabar com as nacionallidaddes estenderem o seu poder e dominio politico e financeiro. PORTUGAL É RICO, mas vão-nos roubar tudo.Os Portugueses deviam por a PÁTRIA a frente dos partidos, e deviam por a PÁTRIA a frente dos interesses económicos. A PATRIA é a nossa CASA, a nossa MÃE. Tem mais VALOR do que tudo. Sem PÁTRIA iremos desaparecer como POVO, e tudo terá sido em VÃO.Os Politicos Maçons de todos os partidos até já falam de "PÁTRIA EUROPEIA ".....Draghy é um Franco-Maçon que está no controlo do sistema financeiro mundial. Até Constancio já desafia a autoridade do Parlamento Portugues. Os Portugueses foram enganados pelos políticos maçons que estão a destruir Portugal aos poucos cedendo soberania e vendendo tudo a estrangeiros. Os nossos antepassados morreram em vão nas batalhas para a indepêndência de Portugal. Como é possivel que os politicos achem Natural um estrangeiro não eleito pelos Portugueses possa ditar as politicas economicas do nosso país?... Como é possivel que os politicos achem normal as empresas estrangeiras substituirem as portuguesas em Portugal?... Como é possivel um presidente eleito pelos Portugueses subalternizar-se a um estrangeiro que não foi eleito por sufrágio?... Estão a destruir o nosso país. dentro de alguns anos Portugal deixará de existir....Portugal não precisa da desunião Europeia para nada... e muito menos do Euro, mas como nos querem tirar o nosso país,os maçónicos da comunicação social, economistas e outros maçons, lá vão fazendo a cabeça do povinho de maneira a cumprirem a sua agenda de destruição de Portugal. Há alguns Maçons que lá vão dizendo como "quem não quer a coisa" que somos um país fraquinho, que não sobrevivemos sozinhos e independentes, que Portugal não tem recursos, etc...etc...etc... para os Portugueses ficarem com medo, e eles levarem avante as suas intensões de Criação da Nova Ordem Mundial que tanto apregoam. Não tardará que Portugal deixará de existir, mas o povinho só o irá compreender quando seleção nacional deixar de existir por já não fazer sentido chamarem-nos de PAÍS. Tenho muito desgosto que para uma maioria de Portugueses, a palavra PORTUGAL já só signifique uma equipa de Futebol. Acabaram com o Serviço Militar Obrigatório para que os Jovens não ganhem Amor à Pátria, nem interiorizem a defesa da identidade Nacional Portuguesa, para a ser mais fácil anexar-nos a Espanha e à desunião Europeia. Foi tudo premeditado e planeado. Faz tudo parte dos planos Maçónicos da desunião Europeia, para ser mais facil desmantelar os países da desunião, para criarem um super-estado Europeu. Porque será que andam todos dormir?.... Os dinheiros vindos da Europa são o engodo para o zé povinho cair no anzol.... Portugal paga, só de juros à europa € 8.500.000.000,00 por ano que dá € 21.000.000,00 por DIA. Portugal recebeu € 9.000.000,00 por dia para o "nosso desenvolvimento".... Grande embuste.... No fundo Saiem de Portugal mais €12.000.000,00 por dia do que o que entra. Se cortassem todos os fundos a Portugal, e se Portugal não pagasse juros da dívida, Portugal ganhava a triplicar.Portugal só voltará a ser um país quando recuperar o Escudo e a sua plena Soberania Nacional. Portugal jamais saírá da situação de protectorado enquanto teimar em continuar no euro e nesta desunião europeia Maçónica.Só há um caminho para resolver a crise económica em Portugal. e deixarmos de ser um território ou protectorado dos ricos da desunião Europeia. Tudo o resto é traição a PÁTRIA. Recuperar a soberania Nacional e voltar ao Escudo. Investir em empresas Portuguesas e mão-de-obra que explorem as riquezas nacionais. Temos a maior zona Económica Exclusiva do Mundo. Temos petróleo. gás. pescado. ouro.litium, etc... Temos Know-How em textil. calçado. metalurgia. etc... Temos clima. praia. montanhas. hoteis. pousadas. etc... com um enorme potencial turístico. Produzir produtos nacionais para diminuir as importações. Investir na educação para aumentar a produtividade. Aumentar salários. pensões. reformas. etc... para ter mais dinheiro circular na economia. que por sua vez aumentará a produtividade das empresas. que aumentarão os seus negócios na economia nacional que fará aumentar o emprego e mais impostos para o Estado. A troika não é a culpada. Andam a culpar a Troika, mas a culpa não é da Troika. A culpa é de estarmos no Euro.Todos sabem que a Austeridade não vai parar de aumentar enquanto o Euro for a nossa moeda.Os Portugueses vivem pior, e continuamos a bater na ceguinha de querer continuar no euro com ordenados do 3º mundo. A dívidacomeçou quando aderimos ao EURO, e vai continuar a aumentar porque não podemos imprimir escudos. Os políticos não gostam de falar da verdadeira causa. É TABÚ..... Porque os Políticos querem continuar com os tachos em Bruxelas e a Banca quer continuar a chular os Portugueses com Juros, Comissões de intermediação, Rendas, Contratos e swaps. Os Políticos querem o EURO e querem os tachos da DESUNIÃO EUROPEIA MAÇÓNICA.Imaginem o que os futuros governos vão ter que cortar para atingir 0,25% de déficit em 2020. Todos os cortes e impostos feitos até agora não representam 20% do que falta fazer. Qualquer partido Europeísta e que não se importe em perder a soberania, e que queira continuar no Euro, irá fazer o mesmo que Passos Coelho.porque não pode fazer mais nada. A desunião Europeia é que manda cumprir o pacto orçamental que obriga Portugal a um deficit de 0,25% em 2020, e Portugal obedece. Enganam-se aqueles que pensam que outro partido fará diferente, porque não fará. A verdadeira alternativa é a saída do Euro. Se não podem-se preparar para mais cortes e impostos até à destruição de Portugal e dos PortuguesesO problema de Portugal não está nos recursos Naturais... Temos mais recursos que a suiça, bélgica, holanda, luxemburgo, etc....O problema está na gestão desses recursos e na falta da sua exploração.Portugal além dos recursos minerais, tem o Sol, vento, ondas que são grandes recurso energéticos não poluentes. Temos a maior zona económica exclusiva do mundo, do tamanho de 20 países como Portugal que não é praticamente explorada. Temos clima ameno, lindas praias. boa gente com tudo de bom para o turismo. Temos monumentos pousadas e hoteis equivalentes aos melhores do mundo. Temos Know-How nas industrias de calçado, textil, moldes metalomecanica, etc....Portugal é dos países mais ricos da europa.Os Portugueses são o povo da Europa que mais trabalha. Todos os Portugueses que emigraram são vistos como bons trabalhadores e produtivos. O mal esta em quem governa este país. Portugal podia ser como a Suiça.... Temos tudo melhor que a Suiça. No entanto não saimos da cepa torta devido aos interesses estrangeiros que não nos deixam enriquecer. Com tantos recursos que Portugal tem... e tão mal aproveitados. É preciso um plano Nacional que identifique os nossos recursos e incentive no seu investimento. Se os privados não têm meios, deverá ser o estado a começar. 
Oque Escrevemos
8 h
O autor percebeu mas anda pelo Observador uma data de disparates sobre este assunto Nunca em Itália se tomou o referendo como um referendo à permanência na UE.  Acham que os italianos são atrasados mentais? 
Oque Escrevemos
8 h
Nota a constituição italiana impede referendar tratados internacionais ou seja só questões internas. Ou mudam a constituição ou um referendo sobre a UÉ não é possível. Sabem disso mas o que importa é fazer pensar que farão um referendo. 
Fernando PitéOque Escrevemos
4 h
Se a Constituição Italiana proíbe referendar a legislação de Direito Internacional, revertendo-a para Direito Interno, como estão na UE??
Iol! Iol!


EXPLICADOR

E agora, Itália? Che cosa fai?

05 Dezembro 2016153João de Almeida DiasJoão Cândido da Silva

E, agora, quais são os próximos passos?

Pergunta 4 de 9
O primeiro passo será dado por Matteo Renzi, que na manhã desta segunda-feira irá reunir-se com o Presidente, Sergio Mattarella, para lhe entregar a demissão. Perante a clareza dos resultados (a derrota do “Sim” ronda os 20 pontos percentuais) e a firmeza do primeiro-ministro em seguir este rumo numa eventualidade de uma vitória do “Não”, o mais provável é que o Presidente aceite a demissão de Matteo Renzi.
Após aceitar a demissão de Matteo Renzi, o Presidente poderá dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas ou tentar reunir as condições para que seja formado um novo Governo de coligação. Este último cenário é o mais provável, uma vez que a realização imediata de eleições pode ser tecnicamente impossível — o Tribunal Constitucional está a dias de se pronunciar sobre a Italicum, a lei eleitoral vigente que deverá declarar inconstitucional.
Assim que for encontrada uma solução de Governo, uma das prioridades do executivo terá de ser chegar a um consenso relativamente à Italicum. Mesmo que não haja eleições antecipadas, os ponteiros do relógio continuarão a avançar. As eleições serão, o mais tardar, em 2018.
Enquanto isso, a oposição vai estar atenta a estes desenvolvimentos. De forma mais ativa — até agressiva — estará o Movimento Cinco Estrelas e a Lega Nord, ambos defensores da realização de eleições antecipadas com a atual lei eleitoral. Depois, está a Forza Italia, de Silvio Berlusconi. Da parte do ex-primeiro-ministro, o desejo é que o Partido Democrático forme um Governo sem Renzi e que o novo executivo arranje uma solução para uma nova lei eleitoral.

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