terça-feira, 22 de novembro de 2016

Morreu deputado da bancada da Frelimo na Assembleia da República Sebastião Dengo


Parlamento de luto
Com setenta e seis anos, o deputado da Assembleia da República (AR) pela Frelimo desde 2004 até à presente legislatura, Sebastião Dengo, faleceu, última quinta-feira, em Inhambane, vítima de doença.
Falando, sábado, no cemitério municipal da cidade de Inhambane, província do mesmo nome, durante o velório do malogrado, o primeiro vice-presidente da Assembleia da República, António Amélia, disse que o legado que o deputado Sebastião Dengo deixa no Parlamento, além da sua forma de ser e estar, está na sua reserva ética e moral. Amélia afirmou ainda que o legado de Dengo transmite conforto e ensinamentos.
“Sentíamo-nos reforçados no nosso mandato parlamentar, uma vez que a sua experiência ao longo de mais de uma década na ‘casa do povo’ deixava conforto e era reserva moral incontornável para os mais novos na nossa magna casa”, disse o primeiro vice-presidente da AR, citado num comunicado da imprensa parlamentar.
O primeiro vice-presidente da AR acrescentou que, em memória do deputado Dengo, “os seus efeitos não nos deixam resignados, contudo, perante o fatídico acontecimento, consternados e com eterna saudade, apenas podemos dizer-te, caro colega: obrigado por tudo o que fizeste e deste a esta nação, nos variados momentos da vida social e política, com destaque para a função de representante do povo moçambicano no mais alto órgão legislativo do país, na sua qualidade de deputado da Assembleia da República”.
Por seu turno, o vice-chefe da bancada parlamentar da Frelimo, Sérgio Pantie, disse que a bancada tinha a esperança de que Dengo sobrevivesse, para poder dar continuidade à sua contribuição no desenvolvimento do país. Pantie afirmou que o malogrado soube responder ao chamamento da “geração 25 de Setembro”, integrando-se no processo da luta de libertação nacional. “Depois caiu nas garras do governo colonial português, nas prisões de Mabalane (distrito da província de Gaza) e Machava (posto administrativo da província de Maputo)”, referiu Pantie.
Na VII legislatura, Dengo foi membro da Comissão Permanente da AR, órgão que prepara toda a actividade do processo legislativo e supervisiona a administração na AR.
A nível de Inhambane, Dengo desempenhou cargos de primeiro-secretário do comité provincial da Frelimo, chefe da comissão provincial de reinserção social, director da comissão provincial das aldeias comunais, director provincial da Agricultura e primeiro administrador negro no distrito de Govuro. Foi prisioneiro político durante a luta armada de libertação nacional.
Dengo nasceu a 01 de Abril, no posto administrativo de Chidenguele, distrito de Manjakaze, em Gaza.

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