quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Demitiu-se o chefe dos serviços secretos dos Estados Unidos

Casa Branca 2016

James Clapper já tinha dito que ficava só até ao final deste ano. O seu mandato fica marcado pelas revelações de Edward Snowden e por ter despedido um dos mais mediáticos apoiantes de Trump.
Clapper chegou ao cargo em 2010 e teve a sua maior prova de fogo em 2013, quando Snowden revelou que milhões de americanos eram espiados pela NSA
Alex Wong/Getty Images
Demitiu-se o responsável máximo pelos serviços de informações dos Estados Unidos da América. James Clapper, que tinha sido nomeado por Barack Obama, anunciou esta quinta-feira a sua saída do cargo numa comissão do Congresso e disse que se sentia “bastante bem” com a decisão.
Clapper, que tem autoridade sobre dezassete agências de informações e serviços secretos do país, vai permanecer em funções até à tomada de posse de Donald Trump, em janeiro. O responsável já por diversas vezes anunciara a sua intenção de sair de cena no fim deste ano, mas a comunicação desta quinta está a ser lida, escreve a BBC, como um aviso a Trump de que tem de se apressar a escolher a sua equipa de transição. Até agora, o presidente eleito escolheu duas pessoas para esta equipa e deverá anunciar os restantes nomes no decorrer da próxima semana.
James Clapper, um tenente da Força Aérea na reforma, foi escolhido para este cargo em 2010. É o quarto diretor nacional dos serviços de informações, um posto que se destina a supervisionar a ação de agências como o FBI, a CIA e a NSA. Foi precisamente esta última que marcou o seu mandato. Meses antes das revelações de Edward Snowden sobre a espionagem em massa de milhões de americanos, Clapper afirmou publicamente que a NSA não tinha essas práticas. Depois, quando o The Guardian e o The Washington Post divulgaram as denúncias de Snowden, coube a Clapper o difícil papel de defender a gência de segurança.
O seu mandato fica igualmente marcado por ter despedido Michael Flynn, um oficial do exército americano, de um serviço de informações ligado ao Pentágono, em 2014. Flynn tornar-se-ia, este ano, num dos mais mediáticos apoiantes de Donald Trump e espera-se que assuma um cargo importante na futura administração.

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