Pediram-me para comentar esta badalada nomeação do novo responsável pelo Parque Nacional das Quirimbas, um importante santuário ecológico na profunda Cabo Delgado, um lugar que corre todos os perigos de agressão por tudo o que rodeia a exploração de gás natural em Palma.
Não sei a razão dessa insistência. Em tempos elogiei a inclusão no Mitader de personalidades de relevo como o Carlos Serra Júnior e do Roberto Zolho, talismas da conservação e creio que aí se justifica parte do trabalho brilhante que está a ser feito na vertente ambiental do ministério. Mas não creio que eu tenha de estar a opinar sobre tudo o que o Celso Correia anda a fazer. No caso vertente, nem tenho bases para emitir um tal juízo de valor. Nepotismo? Mas a nomeação não foi presidencial...mesmo que tivesse sido, seria de bom tom analisar-se à lupa as credenciais da figura nomeada.
Há meses, todo o mundo vociferou contra a nomeação de Isabel dos Santos para PCA da Sonangol, mas os sinais que recebo de Luanda são os de que a Sonangol está já a sair de uma quase certa falência técnica e que ela fez uma limpeza profunda aos esquemas de corrupção, tendo desestruturado a teias que faziam daquela empresa um Estado dentro do Estado angolano.
Escovismo? Mas o posto das Quirimbas não me parece lá de uma grande relevância para se esperar um quid pro quo de relevo por parte do clã Nyusi. Não creio que possa ser por aqui. A relação entre o Celso Correia e o PR Nyusi parece muito bem consolidada que a indicação de um Nyusi para as Quirimbas não me parece acrescentar valor ao capital de influencia que o ministro tem no Governo. Creio. Posso estar errado, mas esta é a minha opinião.
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