Um
grupo de transportadores semi-colectivos de passageiros bloqueou, na
manhã de ontem, a EN10 - por sinal a única via que dá acesso à cidade de
Quelimane - em protesto contra a subida do custo de vida, com destaque
para o preço dos combustíveis. Na Zambézia, o litro de diesel passou de
40.24 meticais, para 49.26, e o da gasolina, de 50.95 para 53.45
meticais. Os transportadores dizem que o preço sufoca os seus bolsos e
não dá para garantir a manutenção das viaturas.
A
paralisação criou constrangimentos aos cidadãos que pretendiam sair e
entrar na cidade de Quelimane, visto que a A EN10 ficou bloqueada
durante pouco mais de duas horas. Funcionários atrasaram ao serviço,
camponesas que habitualmente vão às suas machambas na zona da cerâmica também ficaram prejudicadas.
“O
custo de vida subiu, o preço de combustível também, e nós não estamos a
conseguir suportar esta situação, por isso, estamos aqui em protesto
contra os altos preços”, disse Timóteo Carlos, um dos manifestantes.
Matilde Paulino, uma camponesa, não gostou do que presenciou. “Qual é o mal que cometemos? Estão a paralisar a estrada porquê? Assim, até parece que estamos em guerra. Queremos ir à machamba e não podemos, por causa da greve. ao invés de fazerem greve por causa da alta dos preços de comida nas lojas, estão a fazer por causa dos combustíveis. por favor, deixem-nos produzir”, atirou.
Como forma de ultrapassar o problema, os transportadores provinciais da Zambézia propõem ao governo
o aumento das tarifas, que variam de cinco a trinta meticais -
dependendo das distâncias -, com excepção dos distritos de Milange,
Molumbo, Mocubela e Gurúè, onde os preços variam de 450 a 500 meticais.
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