segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Governo espera retomada da ajuda do FMI mais cedo que o normal


Governo espera retomada da ajuda do FMI mais cedo que o normal

Primeiro-ministro avançou que os termos de referência elaborados estão a ser analisados pelo Fundo Monetário
“Não há dúvidas que estamos num bom caminho. Podemos ter o programa (de apoio) mais cedo do que o normal” anunciou o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane.
É a primeira reacção do Governo após o comunicado emitido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), na sequência da visita da missão da instituição a Moçambique para continuar com as investigações sobre as dívidas ocultas.

Na mesma linha do comunicado do FMI, o primeiro-ministro avançou que os termos de referência elaborados estão a ser analisados pelo Fundo Monetário. “A PGR já elaborou os temos de referência para a auditoria internacional e esses termos já foram comentados pelo FMI. Estamos na fase final, que vai definir as balizas do trabalho que iremos fazer. Mas o mais importante é que já há um entendimento, que Moçambique está num bom caminho para retomar as relações com os financiadores”, reagiu, Carlos Agostinho do Rosário, durante a Reunião Nacional de Quadros da Frelimo.

Apesar dos avanços, daqui para frente, ainda é preciso fazer reformas na economia, de modo que o Fundo Monetário Internacional possa retomar a ajuda financeira ao país. “Teremos que continuar com as correcções macroeconómicas necessárias do lado fiscal e do lado monetário, mas é importante anunciar também que a visita do chefe de Estado aos Estados Unidos abriu espaço para que, a seu tempo, o programa com o FMI possa reiniciar-se”, acrescentou.

E esse reinício do financiamento poderá levar menos tempo do que a instituição monetária exige aos países que escondem a actualização da informação sobre a economia, explica Adriano Maleiane.

“Pelo tom do comunicado do FMI não há dúvidas que estamos num bom caminho e podemos ter o programa muito mais cedo do que tem sido normal em países que têm o problema técnico, que eles chamam de miss reporting. Estamos a trabalhar nessa direcção e eu tenho boas indicações que as coisas vão correr”, disse o ministro da Economia e Finanças.

A ajuda financeira a Moçambique foi suspensa, quando ficou conhecido que a Ematum, Proindicus e MAM contraíram mais de 1,4 milhões de dólares de empréstimos, avalizados pelo Estado, mas que foram escondidos do público.

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