Governo espera retomada da ajuda do FMI mais cedo que o normal
Primeiro-ministro avançou que os termos de referência elaborados estão a ser analisados pelo Fundo Monetário
“Não
há dúvidas que estamos num bom caminho. Podemos ter o programa (de
apoio) mais cedo do que o normal” anunciou o ministro da Economia e
Finanças, Adriano Maleiane.
É
a primeira reacção do Governo após o comunicado emitido pelo Fundo
Monetário Internacional (FMI), na sequência da visita da missão da
instituição a Moçambique para continuar com as investigações sobre as
dívidas ocultas.
Na
mesma linha do comunicado do FMI, o primeiro-ministro avançou que os
termos de referência elaborados estão a ser analisados pelo Fundo
Monetário. “A PGR já elaborou os temos de referência para a auditoria
internacional e esses termos já foram comentados pelo FMI. Estamos na
fase final, que vai definir as balizas do trabalho que iremos fazer. Mas
o mais importante é que já há um entendimento, que Moçambique está num
bom caminho para retomar as relações com os financiadores”, reagiu,
Carlos Agostinho do Rosário, durante a Reunião Nacional de Quadros da
Frelimo.
Apesar
dos avanços, daqui para frente, ainda é preciso fazer reformas na
economia, de modo que o Fundo Monetário Internacional possa retomar a
ajuda financeira ao país. “Teremos que continuar com as correcções
macroeconómicas necessárias do lado fiscal e do lado monetário, mas é
importante anunciar também que a visita do chefe de Estado aos Estados Unidos abriu espaço para que, a seu tempo, o programa com o FMI possa reiniciar-se”, acrescentou.
E
esse reinício do financiamento poderá levar menos tempo do que a
instituição monetária exige aos países que escondem a actualização da
informação sobre a economia, explica Adriano Maleiane.
“Pelo
tom do comunicado do FMI não há dúvidas que estamos num bom caminho e
podemos ter o programa muito mais cedo do que tem sido normal em países
que têm o problema técnico, que eles chamam de miss reporting.
Estamos a trabalhar nessa direcção e eu tenho boas indicações que as
coisas vão correr”, disse o ministro da Economia e Finanças.
A
ajuda financeira a Moçambique foi suspensa, quando ficou conhecido que a
Ematum, Proindicus e MAM contraíram mais de 1,4 milhões de dólares de
empréstimos, avalizados pelo Estado, mas que foram escondidos do
público.
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