sábado, 8 de outubro de 2016

De volta à rota do gás natural


 Moçambique voltou a tomar posição no negócio internacional do gás natural com a assinatura na semana passada de um importante acordo entre a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), a Ente Nazionale Idrocarburi (ENI), Galp e a Kogas para a venda do gás natural descoberto na Área-4, da bacia do Rovuma, para a BP Poseidon Ltd.

O referido acordo de compra e venda de gás está orientado para uma área es­pecífica denominada Projecto Coral Sul e tem um cariz vinculativo, ou seja, tem como fim regular as relações contratuais futuras a estabe­lecer ao longo do período de vigência do mesmo, fixando os respectivos termos antecipada­mente.
Dados em nosso poder in­dicam que a BP Poseidon Ltd é uma empresa totalmente con­trolada pela BP Plc e tem como finalidade a venda de Gás Na­tural Liquefeito (GNL) que será produzido numa fábrica flutu­ante a ser instalada ao largo da costa moçambicana, mais con­cretamente no Campo de Coral Sul na bacia do Rovuma.
O contrato assinado entre as partes é válido por 20 anos e, entre outros, cobre a venda de todos os volumes de GNL que serão produzidos a partir da fá­brica flutuante de GNL de Coral Sul que terá uma capacidade de produção acima de 3,3 milhões de toneladas de GNL por ano.
O acordo foi já aprovado pelo Governo de Moçambique e é condição para a Decisão Final de Investimento (FID) do projecto que se espera aconteça ainda dentro de 2016”, refere uma nota distri­buída à imprensa por ocasião do estabelecimento daquele pacto empresarial de efeitos bastante positivos para a economia na­cional.
Naquele instante foi aludido que, “através deste acordo, os parceiros da Área-4 con­seguiram alcançar mais um marco importante para a exe­cução do projecto de desen­volvimento de Coral Sul, em seguimento da aprovação em Fevereiro de 2016 do Plano de Desenvolvimento do pro­jecto”.
A ENI é operadora da Área- 4 com 50 por cento de investi­mento indirecto detido através da ENI East Africa (EEA), que, por sua vez, detém 70 por cento da Área-4. As outras concessio­nárias são a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), com 10 por cento de participação, a Galp Energia e a KOGAS tam­bém com 10 por cento cada. A CNPC detém 20 por cento de in­vestimento indirecto na Área-4, através da Eni East Africa.

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