quinta-feira, 30 de junho de 2016

- Quando a «nossa televisão» deixa de sê-lo! A TVM está a perder o sentido de pertença?

- Quando a «nossa televisão» deixa de sê-lo!
A TVM está a perder o sentido de pertença?
Fundada em Fevereiro de 1981, a Televisão de Moçambique, ou simplesmente TVM, é uma rede de televisão pública moçambicana, sediada na cidade Maputo, na província do mesmo nome.
Segundo dados oficiais, a mesma televisão, começou a funcionar com o nome de Televisão Experimental de Moçambique, com transmissões que ocorriam apenas aos Domingos.
E, consta que, ao longo da sua história de evolução, a então antiga Televisão Experimental de Moçambique, passou a ser designada por Televisão de Moçambique, isso a partir do ano de 1991.
Hoje, 2016, passados 35 anos de sua existência, a Televisão de Moçambique conta com um número considerável de delegações provinciais, e o seu sinal é visto em todo o país tanto quanto na diáspora.
Aliás, para além das emissões que evoluíram de semanais para diárias com a expansão da sua grelha programática, a TVM, – a «nossa televisão», conta desde Março de 2012 com mais um canal aberto, a TVM 2, cuja abertura, abriu muitas espectativas no seio do “povo patrão”.
Entretanto, nos últimos tempos, a Televisão de Moçambique, parece estar a celebrar, a título forçoso, um significativo divórcio com os seus telespectadores espalhados pelo território nacional e não só.
1. Do papel da TVM enquanto televisão Pública:
Talvez esteja aqui o âmago/essência da questão que nos leva a escrever este humilde artigo. Nos dias que correm, em nós, pairam alguns equívocos sobre o verdadeiro papel da TVM enquanto televisão pública.
A TVM enquanto uma empresa pública, como qualquer outra pessoa colectiva pública, é criada através de uma lei, que por seu turno, a confere as suas respectivas ATRIBUIÇÕES, isto é, «finalidades específicas».
Neste âmbito, à partida, conforme consagra o Decreto nº 19/94 do Conselho de Ministros, datado de 16 de Junho, a TVM tem por objectivo «contribuir na consolidação da unidade nacional, na educação dos moçambicanos, (…) apresentando uma programação mais identificada com os interesses e valores culturais dos moçambicanos (…)».
E mais, na sua página oficial (vide link 2 em anexo), no tópico referente a “Missão e Visão”, a TVM se considera comprometida a trabalhar para, dentre vários aspectos: (i) a audiência; (ii) ser aberto e crítico; (iii) respeitar as diferenças; (iv) assentar na democracia; (v) ser um órgão sério, fiável.
A nossa televisão, TVM, vai muito mais longe com a sua ambição apontando estar comprometida em: “trabalhar para ser a MAIS IMPORTANTE fonte de informação em Moçambique, e tornar-se, por excelência em canal público dos moçambicanos”.
Mais objectivos podiam ser elencados, entretanto, os até aqui dispostos são sobejamente suficientes para permitir a análise que pretendemos realizar à volta dos modus operandi da Televisão de Moçambique, que, por ser pública, é de todos nós, conforme consagra a doutrina em sede do Direito Administrativo.
2. TVM: Da dissonância entre a Missão e Facticidade
Nesta parte, entenda-se por (i) Missão como o conjunto de objectivos/metas conferidas a TVM (o que equivale as atribuições em Direito Administrativo); e (ii) Facticidade, fazendo um empréstimo a acepção do filósofo Martin Heidegger, aos modos próprios de actuação da TVM – aquilo que acontece de facto.
Portanto, aqui a ideia é relacionar o que vem literalmente estabelecido como missão ou objectivos da TVM com aquilo que todos nós, na qualidade de telespectadores da TVM, no plano real, concreto e/ou factual, conseguimos notar, algo que nos fez redigir o texto em leitura.
E, sucede que, à partida, há uma flagrante dissonância entre o literalmente plasmado com os modus operandi. Nos últimos tempos, notamos que a TVM deixou de servir fielmente os seus telespectadores e tornou-se em um celeiro de promoção de actos vergonhosos e lesivos à identidade e unidade nacional.
A TVM em ambos canais, nos programas que leva ao ar todos os dias, não cumpre com mestria e seriedade com a sua missão, a não fosse as Análises Políticas órfãs de imparcialidade, Reportagens distantes do povo, Programas de Entretenimento promotores de promiscuidade, rodagem de publicidades algo enganosas, etc.
2.1. Dos Programas de Entretenimento
É com bastante tristeza que temos vindo a acompanhar o “show” de promiscuidade promovido pela nossa TVM em ambos canais, particularmente nos programas de entretimento. Músicos, artesãos, cantores, dançarinos de invejável gabarito perdem seus espaços a favor de pseudoartistas mentalmente desajustados.
Numa altura em que uma das nossas principais aspirações é divulgar a arte, identidade e cultura moçambicanas além-fronteiras, sendo a televisão um instrumento deveras poderoso para o efeito, temos uma TVM que exibe e promove promiscuidade, levando gente que teatraliza e ridiculariza a nossa cultura.
Se a missão da TVM é de promover a moçambicanidade, a unidade nacional, os valores, a cultura e prover uma educação aceitável ao povo moçambicano, na qualidade de televisão pública, deve prestar o seu devido exemplo, evitando levar ao ar apresentações que só nos ridicularizam como povo, quando os artistas de qualidade andam perdidos no anonimato.
2.2. Dos Programas de Análise Política:
Na há dúvidas sobre a parcialidade dos debates políticos levados ao ar por esta estação televisiva pública. As análises políticas passadas na nossa televisão, a considerar pelo perfil dos painelistas convidados, desvinculam da veracidade dos factos, favorecendo ala do partido no poder e subjugando as demais.
Uma televisão que se considera democrata e que, por se tratar de uma empresa pública vinculada pelas disposições do Decreto 30/2001 de 15 de Outubro que disserta sobre as Normas de Funcionamento dos Serviços Administração Pública, deve pautar pela imparcialidade como afigura o artigo 6º deste.
Dito doutra forma, não é razoável que para os debates políticos providos neste canal, não sejam convidados representantes doutros partidos políticos ou, daqueles académicos que realizem um discurso que constitua uma missiva aos interesses do partido no poder, algumas vezes nefastos ao povo.
Nos últimos anos em que assistimos a uma crise ou tensão político-militar, tivemos uma TVM que, através dos (pseudo) analistas que leva ao debate e em horário nobre, apenas agudiza sobremaneira as hostilidades. As inverdades proferidas pelos painelistas só criavam rancores e mais ódio entre as partes beligerantes.
O tristonho é saber que a lei constitucional (CRM), em seu artigo 49º fala do Direito de antena, de resposta e de réplica política. Diz o nº 2 do referido artigo que: os partidos políticos com representação na AR têm direito a tempos de antena na rádio e televisão para efeitos de resposta e ou ainda réplica política.
2.3. Dos Programas Desportivos
Há tempos que a televisão de todos nós deixou de ser amante e promotora do desporto, quer de prisma nacional, quer ainda internacional. Se, por um lado, constitui verdade que a transmissão de eventos desportivos exige custos elevados, por outro, é notória a falta de vontade da Administração deste canal.
A TVM, sendo um canal de televisão com cobertura nacional, constitui em um veículo privilegiado para que as elites empresariais nacionais e de capitais estrangeiros, divulguem os seus serviços e desta feita gerar receitas para esta empresa que, fundamentalmente, não deve visar a obtenção de lucros, mas, informar ao cidadão.
Das receitas que a TVM gera e que, a ser feita uma boa gestão/administração pode gerar, é possível a transmissão de eventos desportivos nacionais com certa regularidade e prontidão, a destacar os jogos dos campeonatos nacionais de futsal, futebol, basquetebol, boxe, natação, etc., em seus dois canais.
Aliás, como dissemos, a abertura do segundo canal da TVM criou enormes expectativas no seio dos moçambicanos que, mais tarde, vieram a ser defraudadas, visto que ambos canais vieram a ser tornar em dois celeiros de exibição de telenovelas mexicanas e brasileiras em números algo exagerados.
É enfadonho, que a TVM não consiga transmitir para os moçambicanos os jogos das equipas da selecção nacional nas diferentes modalidades que participa, quer seja a nível doméstico e principalmente na diáspora, e a desculpa sendo sempre a mesma: altos custos dos direitos de transmissão.
Uma empresa como a TVM quando bem administrada pode gerar receitas algo gigantescas; pode oferecer serviços de qualidade aos seus telespectadores; pode sustentar a si mesma e, se calhar, a outros segmentos da Administração Pública, ao invés de olhar-se como mais uma boca a mamar do Orçamento do Estado.
3. Considerações finais:
O sentimento aqui descrito é, decerto compartilhado por muitos outros moçambicanos, que a cada dia perdem confiança na nossa televisão a tendo não mais como prioridade, mas, como alternativa, sendo que outros chegam mesmo a divorciar com ela.
É preciso que o Presidente do Conselho de Administração desta empresa pública reúna-se, a título de urgência, com os seus colaboradores, directores, etc., no sentido de estudar formas de resgatar a boa imagem da nossa televisão, afinal, tudo o que nela passa, é o espelho de nós como moçambicanos.
É preciso aprender das outras estações de televisão públicas espalhadas pelo mundo, beber da sua experiência e saber buscar alguns aspectos positivos que façam crescer a nossa TVM. Aliás, a contínua formação e capacidade de quadros desta empresa, constitui num elemento central para que esta brilhe.
Finalmente, é deveras preocupante que, até aos dias que correm, a TVM não tenha dado passos notáveis no processo de migração do sinal analógico para o digital: o razoável seria que a televisão-mãe desse exemplos as demais que vão nascendo em nosso solo-pátrio.
Bem-haja Moçambique, nossa pátria de heróis!
Maputo, 27 de Junho de 2016.
TVM, as minhas expectativas e o confirmar de um divórcio há muito anunciado,
TVM é a nossa televisão pública. É, de entre os tantos canais de televisão que temos em Moçambique, aquele que deveria nos oferecer um serviço público de TV. Devia caber, nesse serviço público, a provisão de informação televisionada que satisfaça as nossas necessidades de informação.
Talvez seja necessário definir o que, no nosso contexto, seria “serviço público de televisão” e que deveria ocupar a TVM e seus profissionais.
É que, a meu ver, não podemos confundir a estrutura empresarial da TVM com serviço público. Esta definição é importante e urgente para sairmos da actual situação em que (me parece) se confunde serviço público com ser canal oficial das actividades do Governo quase num contexto de “jornalismo sentado” (de conferências apenas).
É frustrante assistir a uma entrevista que de GRANDE só tem o nome do programa. O exemplo disso foi a entrevista com o Edil de Maputo David Simango na quinta-feira passada; uma entrevista sem roteiro, sem sequência e que terminou da mesma forma como começou. É que, o edil de uma cidade capital que enfrenta desafios enormes como a nossa tem muito a dizer e devia ter sido suficientemente espremido para falar desses desafios e de como a edilidade está preparada ou se está a preparar para os enfrentar. A verdade é que foram vários minutos de conversa quase que informal em que a entrevistadora não ousou fazer uma única questão de fundo que obrigasse o edil de Maputo a elaborar de forma clara e realística sobre os principais problemas da nossa cidade capital: mobilidade, gestão de resíduos, planeamento territorial etc, dentro do que é competência do Município tratar.
Infelizmente todas as “grandes” entrevistas são, na verdade, grandes conversas estéreis com excepcionais momentos de alguma lucidez.
Moçambique é vasto e com uma riqueza cultural enorme mas, no entanto, os poucos espaços de promoção do que de melhor se faz é usado para promover inutilidades como “Mulher Bacia” (uffffff) num contexto que os nossos melhores músicos se queixam de falta de espaço para se mostrarem. E isso me entristece pela ideia que tenho de que uma Televisão Pública que se prese e ciosa do serviço público que deve prestar, deveria estar comprometida com conteúdos educativos, com a decência etc. Que tal levar à TV o grupo “Timbila Muzimba” e outros do género que vão remando pela preservação da Timbila, esse instrumento que a humanidade se apossou dele? Que tal levar ali o trabalho musical de Aly Faque, Filipe Nhassavele, Mussodji e outros nomes sonantes e ainda anónimos da música e outras manifestações culturais? Que mensagem se quer transmitir com a promoção de “Bacias”?
O que é que pretendemos da TVM? É uma questão que devemos nos colocar e buscar respostas o quanto antes. Ser politicamente correcto (no sentido de neutralidade) pode ser uma opção; uma opção até defensável mas, ser subserviente mesmo que ao Governo que canaliza parte do financiamento para o funcionamento da TVM (em parte através dos nossos impostos, diga-se) não deveria ser se quer cogitado. É que o serviço público que se pretende daquela casa não se compadece com isso.
Um verdadeiro serviço público, que traga moçambique na sua diversidade cultural, política, social etc era a minha expectativa. Essa expectativa vem sendo frustrada há muito tempo. Não encontro na TVM um provedor de serviço público de informação; antes pelo contrário. Encontro uma instituição que insiste em ser excludente, que se nega a abrir a diversidade quer de pontos de vista, quer de visão do Moçambique que queremos. É uma instituição que pretende que vejamos o país pelas mesmas lentes e nos convida insistentemente para monólogos aparentemente pré-ensaiados.
É por isso que prefiro ver outros canais. A TVM não me informa e nem me forma.
PS: Cresci a pensar que os jornalistas e/ou profissionais da comunicação social são irreverentes/revolucionários. Aliás, os códigos deontológicos que os regem impelem-nos a essa irreverência. Vejo isso em alguns canais em Moçambique. Na TVM é só reverência e uma reverência que fadiga.
17 Comments
Comments
Gabriel Jose Titosse A TVM ainda tem sido parcialmente útil para nos informar sobre o país real. É especialista em abordar acontecimentos das zonas mais recônditas do país, bem assim disseminar acções promovidas pelo governo, a quem, pelo menos aparentemente, serve. Quando se busca estar actualizado sobre conflitos da RDC, Guiné-Bissau, etc, a TVM mostra-se exímia e recomendável. É, entretanto, tedioso assistir à TVM que se pretendia nossa, quando o assunto é buscar opinião alternativa à politicamente correcta. As entrevistas promovidas por este canal televisivo, com altas figuras de administração local, desde províncias, cidades, até distritos, confundem-se mais com campanhas de promoção da imagem dos tais, relegando-se para segundo plano o principal papel de um órgão de informação que se preze e que deve agir de maneira livre de influências (perniciosas). Parece que os comentadores dos programas são escolhidos a dedo e previamente "doutrinados". Isso não é honroso para o país e para a nação.
Júlio Mutisse Meu caro. Acho que é por isso que falo da necessidade de definir o que seja serviço público. Há muita capacidade técnica e profissional para fazer da TVM o local onde Moçambique se encontra. Essas reportagens e só elas representam o serviço público de TV?
Conflitos RDC, Guiné-Bissau etc por que razão será a TVM tão exímia em abordar o exterior sem nos dar a mesma clarividência na análise realística dos fenômenos domésticos?
Não se nega o profissionalismo e saber dos profissionais daquela casa. Não. Reclama se neste post que a TVM seja a promotora dessa unidade nacional.que se apregoa. Que seja o local onde essa.diversidade se exibe. Que seja o lugar onde da diversidade até de opinião se lançam mais pedras na construção do país.
Schauque Spirou Nazimo Aly Mussa acho que vou fazer da observacao do bom do Mutisse, minha.... tvm serve pra apanhar sono.
Joacheim Tembe Acabo de ver mais um atentado a informação pública. Mulheres Macarabe! Insultos atrás de insultos
Júlio Mutisse E mais dia menos dia a TVM usará espaço de antena para falar da desgraça de um qualquer artista a quem não abriu as portas.
Com menos meios, num contexto diferente, a TVM ja teve programas culturais e de entretenimento sérios que faziam jus do seu estatuto. Hoje... nem um.Masseve decente nos consegue dar
Zita Chipanda Deixei de assistir a TVM a partir do momento em que toda a informação relevante passou a ser censurada..ops! 😦😦
Zita Chipanda Primo Atanásio Marcos, não me leves a mal..kkkk
Júlio Mutisse Eu já havia desistido. Me deixei convencer pela ideia de que há que ver o que se faz com nosso dinheiro. Mas eh um exercício a roçar ao masoquismo e não estou preparado.
Raúl Salomão Jamisse Ya a TVM passou dos limites quando o assunto é actividade de outros partidos que não a Frente. A falta de ideias contrárias é de facto etediante e mesmo nos programas dos alinhados não há interacção com os telespectadores para aferir o grau da recepção ou percepção dos problemas reais que abordam. Sem querer extrapolar demais "subserviência" na certa.
Isac Fernando Alvaro Naiene Alguma vez se pensou na instituiçao da figura do Provedor do Telespectador, nao ao estilo do "fiasco" do Provedor do Consumidor da EDM?
Gabriel Jose Titosse Entretanto, a EDM está sem administradores desde hoje. Será já já lançado um concurso PÚBLICO para a ocupação das vagas. Até finais do próximo mês deveremos ter novos "timoneiros" que poderão ser de dentro ou de fora.
Júlio Mutisse O país nao tem dinheiro para mais inúteis na estrutura das empresas... não é por aí que devemos avançar para mudar algo ali: é só devolver aqueles homens à sua vocação que é informar com rigor. É difinir claramente serviço público e fazê los cumprir.
Anselmo Titos Cachuada Onde andas o tal provedor da maguess? Sumiu!!!
Lenine Daniel Não diria melhor!
Júlio Mutisse A TVM não deve ser um instrumento de relações públicas do Governo e seus membros. Tem que ser um servidor público na área de informação.
O "Bom Dia Moçambique" do dia 15 de Junho teve os primeiros 30 minutos exclusivamente destinados à sessão do CM da véspera e acções governativas. Será mau? Pode até não ser dentro de determinada lógica que se me for explicada posso entender e se o tratamento de tais assuntos não for de natureza panfletário.
A segunda parte já continha certa dose de jornalismo abordando questões, quanto a mim, merecedoras de maior destaque em.comparação às da primeira parte. É um exemplo.
É importante trazer as acções do Governo e dar lhes destaque mas um serviço público é o que ajuda a perceber as escolhas, as prioridades e a racionalidade delas, principalmente num país como este, com os desafios que tem e com a manta demasiado curta que tem...
El Patriota Perfeito mano Mutisse. Sentindo-me orgulhoso de ti! Eu não vejo aquilo há quase dois anos...
Júlio Mutisse Há vezes que penso que qualquer pessoa que vá dirigir a TVM na actual conjuntura, por mais inteligente e conhecedor das coisas tenderá a projectar se como incompetente oh Anselmo Titos. É que o problema não deve ser falta de saber... é a cultura que se implantou ou foi ali implantada sobre a maneira como se deve actuar ali. Só
Anselmo Titos Cachuada O problema está identificado...falta coragem para aplicar o remédio.
Emilio Francisco Chauque Já há algum tempo que não vejo a TVM, principalmente os programas noticiosos.

Em conversas com amigos estrangeiros, que querem saber de Moçambique, recomendo tudo excepto ver a TVM.
Anselmo Titos Cachuada Ouça, oh bitonga, OPS significa o quê? Meio-silêncio? Diga logo o que pensa ou desaparece daqui!!!kikikii
Júlio Mutisse Kikikiki. Esse já é tudo menos Guitonga. Assim ja voltou ao cumo da espinhosa...
Anselmo Titos Cachuada Falso bitonga - ou guitonga - esse gajo: nem conhece Inhambane como eu que não nasci lá....kikikii
Edson Chiziane TV quantos?!! Formatação da mente no seu melhor, zombies intelectuais. TVM!!! Só quando mudo de canal e estou com preguiça de abrir a grelha de canais.
Júlio Mutisse Mas, de verdade, nós temos a TVM que merecemos, no Estado que merecemos pelos cidadãos que somos. Todos (eu incluso) temos uma ideia do que vai mal naquela casa mas não passamos disto... lamentações só. Somos maus cidadãos e enquanto isso não mudar aguentemos a TVM e sua propaganda. Ouviu El Patriota? Ouviu Anselmo Titos? Ouviu Edson? Ouviu EmilioLenineGabriel JoseIsac (kikijii seua nomes do meio...), Raúl,ZitaJoacheimSchauque.... mi swi twile? Mudemos nós p mudar a TVM...
Júlio Mutisse Dário Camal olha o recado acima... com a devida venia...
Dário Camal Kkkkk fui citado, sinto-me importante mas impotente para mudar o rumo da pátria
Emilio Francisco Chauque É, concordo, nós somos maus cidadãos, mas... O quê podemos fazer (enquanto cidadãos), Mano Mutisse?
Tomas Mutisse Ya irmao VC escreve. E tens um vocabulario bem instruturado. Qual e a sua area de formacao? Seraque es um psicologo?
Comments
Dércio Tsandzana Outro dia falava dessa TVM que hoje é uma autêntica fraude, misturada com uma banda de promoção de mulheres Bacias e Melancias.
Ivan Maússe E hoje, assistimos à Mulher Macarape, no mesmo programa que lançou a Mulher Bacia.
Ivan Maússe Com tantos músicos, humoristas, artesãos e e outros tantos artistas sérios sem oportunidade de aparecer em televisão para vender seu peixe, a nossa televisão despende o nosso dinheiro para exibir boboseira? O que é isso!
José Langa Grande artigo Dr. Ivan Mausse traz com sinceridade a serne do que tem acontecido ao nível dos mídias, pois só percebendo a viege desta televisão, ao abocanhar se de princípios racistas em termos políticos, veremos que não é democrática, parcial .
Rogerio Antonio Sinceramente falando, é preciso que a TV reorganize-se, até hoje não compreendo porque razão temos uma TVM-2 que, os seus programas são mais uma extensão da TVM-1, ou seja, a TVM-2 não apresenta nenhum valor agregado, é mais um fardo para os contribuintes deste país pobre e empobrecido. Julgo que, uma das medidas sérias, seria extinguir com a TVM-2, porque já deu provas inequívocas de ser um canal inútil.
Caetano Morais Não li tudo mas compreendi o essencial. A nossa TVM precisa de:
1. Afrimar-se como um órgão independente e imparcial
2. Um Provedor do telespectador
3. Eximir-se da concorrência comercial desleal com canais privados
4. Capacitar maia os seus quadros
5. Promover com garra e determinação a nossa identidade cultural
6. Lançar repórteres permanentes em todos distritos
7. Dar cobertura ao desporto nacional em todas modalidades
8. Eliminar programas que promovam a promiscuidade
9. Alargar o Telescola a outras ciências do saber
10. Para terminar, Ivan Maússe , mandar ao ginásio todos jornalistas/camera men barrigudos!
Etc.

Ivan Maússe Sem dúvidas caro Rogério António. Se calhar, a acção de austeridade por parte do Ministério da Economia e Finançaa deva começar daqui.

É preciso dar valor aos impostos que os moçambicanos pagam. Em nossa televisão pública exigimos um mínimo de respeito e consideração.

Os nossos filhos não devem crescer assistindo promiscuidade e pensarem que aquilo é de facto cultura moçambicana. A TVM deve criar formas de educar e informar fiel e seriamente os telespectadores.

Ivan Maússe Boa caro Caetano Morais, me rendo ao teu comentário. Quem dera se o PCA e os demais directores e colaboradores da nossa televisão-mãe pudesse acatar com as dicas por ti avançadas, ilustre.

É pensando nisso que, ao longo do artigo, acabei fazendo referência a necessidade de se fazer uma gestão ou administração cada vez mais séria deste canal público de televisão, tal como já foi um dia.

A TVM na qualidade de canal mãe devia ser a primeira a repudiar actos de vergonha que pupilam em nossas televisões privadas, mas não, ela também se revela em um grande aliado daquelas e procure competir (entrar na concorrência) ridicularizando o país.

Ivan Maússe Vamos trabalhar, caro José Langa. É preocupante a imagem que a TVM repercurte lá no estrangeiro do que é a cultura moçambicana, do que é a política moçambicana, do que é a realidade desportiva em Moçambique.

Enfim, pouco se faz localmente para levar a verdadeira e 'orgulhante' cultura moçambicana para além-fronteiras. A meu ver, a promoção ou lançamento da imagem de bons artistas fazedores da verdadeira cultura moçambicana, deviam ter da TVM como a sua maior parceira, mas não, só os promiscuos, quer académica, quer na dimensão artistica, muitas vezes, têm espaço.

Julio Da Wilka Edwin Mas àquilo tem PCA ?? Aquela instituição está sem norte.
Jose Eduardo Parabens pelo texto apontando os dilemas e problemas da TVM, que por moda (apenas isso) desdobrou-se em TVM1 e TVM2, sem que antes se consolidasse como TVM.
O texto e os comentarios que o seguem, primam por nao so levantar problemas, mas indicar solucoes e caminhos a seguir que so nao vao ser seguidos devido a um outro problema de que padece a TVM - a dupla subirdinacao. A TVM subordina-se a um gabinete pouco atuante porque ele tambem sofre de dupla subordinacao. Como o gabinete, a TVM tambem se subordina ao partido no poder, estando aberta a receber ordens de qualquer membro, desde que seja superior ou fale em nome do partido.
Mas tambem nao seria de desprezar uma analise exaustiva aos fluxos de caixa: origem das entradas e seguimento das saidas, especialmente a valores de natureza cimercial. Pode ser que assim se compreenda fraco investimento na formacao, contratacao de direitos de transmissao e recolha da realidade cultural, social e politica moçambicana.
As normas, leis e regulamentos que o caro Ivan Maússe arrola, sao bonitos, bons e completos. Porem, foram feitos somente para serem cumpridos no dia em que o poder mudar de maos.

Geraldo Sigauque Só assisto TVM somente para ver previsão meteorológica.
Caetano Morais Isso pode faze-lo no seu smartphone ou noutras plataformas que até dão melhor precisão!
Ivan Maússe Bem-haja, caro José Eduardo. O que disse realmente constitui verdade. E mais, achamos sempre pertinente não só apresentar críticas/problemas, mas também, em apresentar medidas de solução, afinal, no fundo, todos nós saímos a ganhar!

Portanto, é preciso que a nossa televisão se reposicione. Queremos que a nossa televisão seja jurídica e factualmente nossa. Deve, neste caso, haver um mínimo de respeito pelos impostos pagos por este povo humilde e trabalhador, e mais, pobre e empobrecido.

Ivan Maússe Ilustre Júlio Edwin, ela (a TVM e.p) tem PCA à semelhança daquilo que acontece na orgânica de qualquer empresa pública. Nisto, parece não estar a tomar conta do recado conforne as expectativas do "povo patrão" !😃
Carpdiem Diem A tudo o que foi dito pelos outros em jeito de comentario,so posso acrescentar um pequeno aspecto,a tvm2 deve encerrar y transferir o seu patrimonio para a tvm1,excluir aqueles apresentadores que...
Ismael Mulima Parabéns pelo artigo, Ivan.
Ivan Maússe Grato, amigo Mulima. Vamos trabalhar!
121 hrs
Joefarman Manjate Passei para só ver...
Adela Chandelly Ivan, queres ser jornalista??
Ivan Maússe Não, por acaso.
Adela Chandelly Haaa ok,Eh que fazes muitos textos.
Ivan Maússe Está certo!
Rafaeldavidcossa Cossa bem dito meu caro, a TVM carece de uma administracao coerente!
Meque Raul Samboco Assino embaixo. Resta—me saudades do tempo que o tempo levou, onde a responsabilidade da TVM era de promover a boa imagem e postura.
Ivan Maússe Agora virou um celeiro de promoção de promiscuidade, quer nas vertentes política, sócio-cultura e nalguns casos informativa.
Ramos Magenge "... a imaginação do coração do homem é má continuamente desde a sua meninice..." (Gênesis 8:21)
Helder Waka Moiane Pseudoartistas mentalmente desajustados kkkkkkk
Aqueles k cantam, ou melhor "antam" o seguinte" ti mali timali hi da ni ma bitch"

Ivan Maússe E os que cantam coisas que despertam as mentes, fazendo delas seres capazes de exercer racionalmente o seu activismo social, não são convidados: são banidos e marginalizados, aliás, nem seus vídeos passam mais.

Lembro-me que há anos, antes de Guebuza ser presidente, costumam passar muito o vídeo clipe de Duas Caras e 100 Paus "País da Marrabenta" em que, em linhas gerais, na letra da música respectiva, denunciavam alguns casos mal parados, dos políticos e outros agentes associados, mas hoje, pimba, nada.

Até Azagaia já foi banalizado e marginalizado.

Helder Waka Moiane Parabens pelo texto mano é mto real
Fernando Banze Heishhhhhhhhhhhhhh Helder Waka Moiane "antam" (morri) grande criatividade....
Antonio Junior Pertinente a colocacao. Isso nao so constrange os telespectadores mas tambem os seus colaboradores.
Filomena Tovela Ilustre Ivan gostei do seu texto mas água pois a Tvm é a televisão que tem melhores profissionais do país, melhores mesmo voltou a frisar isso. Mas o problema é por ser de estado por isso devem cumprir com os interesses do governo este dirigido pelo partido no poder. Sabes quem nomeou o PCA ? Então por mais que a gente comente, escreve, de recados e mais eles não vão fazer nada por isso que para preencher o tempo que ficam sem dar problemas interessantes preferem chamar mulheres bacia, maca sei la oque para puderem justificar o seu pao. Ilustre este é o meu ponto de vista.
Filomena Tovela Djgo escreveu na água
Abinelto Bié Subscrevo a letra e vírgula do que aqui está escancarado, ilustre Maússe. A TVM nos tempos transatos já foi sim uma televisão comprometida, principalmente no que toca à assuntos culturais. Os primeiros video-clipes da música moçambicana foram feitas pela Tvm, muitos programas educativos que foram extintos, o caso do programa "Instrumentos e danças tradicionais" (à título de exemplo). Um programa que ajudava a divulgar as nossas danças, instrumentos etc, e que se não tivesse desaparecido muitos dos nossos artistas não estariam desnorteados culturalmente.
Euclides Flavio Artigo ilucidativo, irei me posicionar mais tarde. Neste momento ainda estou inconsolável. É dificil de acreditar que um povinho de "35" habitantes tenha iliminado uma seleção com tradição de futebol e que é reconhecida mundialmente.

Enfim, voltando ao artigo, sugiro que o proponente faça um tag ao Editor a todos editores da TVM, chefes de redação etc. Aos PCAs não podemos esperar muito pois, eles são indicados a dedo político e não pelas competências.

Até mais tarde.

Jorge Antonio Calane Kito Mais não digo. Parabéns Ivan.
Jessemusse Cacinda TVM2 um projecto mal conseguido. TVM1 um sonho que ficou pelo caminho. Parabens Ivan pela lucidez da reflexão e por conjugar aspectos filosóficos e jurídicos pelo bem comum
Zefanias Augusto Namburete Parabéns jovem pela visão, só falta aquele seu amigo voltar na vida real.
Ivan Maússe Caro Zefanias Namburete, aqui vai o meu sincero agradecimento, mas, como telespectador da TVM e por ser moçambicano, convicto de que aquela rede de televisão pública funciona com base nos impostos deste povo humilde e trabalhador, pobre e empobrecido, urge a necessidade de a mesma se reposicionar: a TVM deve ser jurídica e factualmente nossa.
Ivan Maússe Cacinda, nem mais! Apela-se seriedade por parte de quem administra a empresa em questão. Amamos a TVM, temos laços históricos invejáveis com esta rede de televisão e queremos que ela continue a servir fielmente o povo moçambicano, observando com rigor a sua missão e visão.
Ivan Maússe Abinelto, subscrevo em pleno as suas palavras quando te referes ao Programa "Danças e Instrumentos Tradicionais". Lembro que foi através deste programa que pude conhecer um pouco mais das danças e dos instrumentos tradicionais do nosso vasto moçambique, que durante muito tempo apenas sabia e via a imagem destes, respectivamente, através dos manuais do aluno em disciplinas como ofícios e educação musical introduzidas no ensino primário em 2004.
Ivan Maússe Pois bem, Filomena. Entendo perfeitamente o teor das suas palavras. Realmente, o maior e grande problema, em Moçambique, está mesmo na lei. Isso porque a nomeação dos PCA's das empresas públicas tem sido da competência do Presidente da República.

Neste âmbito, isso acaba constituindo um enorme entrave na independência dessas pessoas colectivas, que no plano factual, não chegam a realizar com a devida perfeição as suas Atribuições que a própria lei os confere. Devem, deste modo, prestar vassalagem aos "chefes": aqueles que os conferirem o posto, junto com os seus interesses, da sua família e da sua classe.

Portanto, o maior desafio para acabar com essa palhaçada que andamos a assistir, sinto que é urgente a necessidade de se reduzir, de forma substancial, os poderes do Chefe do Estado, pois, só assim teremos um mínimo de imparcialdade no funcionamento das nossas instituições públicas num país dito de Direito Democrático.

Domingos Raul Escrever Qualquer A TVM nos mostra mesmo mediocridade do que jornalismo, visto que a parcialidade e um jornalismo sem escrúpulos tem vindo a nos brindar todos dias...na TVM tudo é previsível
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