segunda-feira, 20 de junho de 2016

Caso Mayama: julgamento agendado para o dia 04 de Julho




Luanda – O tribunal municipal de Viana vai acolher no próximo dia 04 de Julho do corrente, o julgamento do então jornalista da Rádio Ecclésia, Mayama Jorge Salazar, que se encontra detido desde passado dia 18 de Janeiro do corrente ano, na Comarca de Viana, em Luanda, soube o Club K junto de uma fonte do segura.
Fonte: Club-k.net
O ex-docente do Instituto Superior Técnico de Angola (ISTA) foi detido pela Polícia Nacional em consequência de uma denúncia. O mesmo é indiciado de cometer crime de “extorsão e chantagem”.

De acordo com Mateus Rodrigues, Mayama Salazar é acusado do desvio de 600 mil kwanzas e um cheque no valor de um milhão e 500 mil kwanzas, tendo sido encontrado em flagrante delito no ISTA no momento da sua apreensão.

O então coordenador do curso de comunicação social do ISTA terá sido vítima de uma cabala supostamente arquitectada por elementos ligados à direcção da instituição onde leccionava.
Fontes familiares contaram, na altura, a este portal, que a detenção do jornalista aconteceu após ter recebido uma convocatória para uma reunião com o director do ISTA, Joaquim Silva.

Depois deste encontro, no qual foi-lhe entregue alguns valores para o cumprimento de uma missão "ele foi surpreendido por elementos dos Serviços de Investigação Criminal que o acusaram de burla e de ter sido apanhado em flagrante delito", disse a fonte familiar.

A mesma fonte revelou também que o réu foi "usado” pelo director da instituição para mediatizar um processo de denúncia pública contra o instituto, no qual este responsável era o principal visado.

A referida denuncia, segundo consta, está relacionada a um "esquema montado pela direcção-geral do ISTA para venda de certificados a estudantes que não tenham concluído o ano académico. Um dos beneficiários deste esquema foi um alto funcionário da Sonangol", cuja identidade não foi revelada.
Consta que do mesmo esquema também está envolvido um Secretário de Estado e sua respectiva esposa "que concluíram as suas licenciaturas por meios fraudulentos".
Motivos da "captura e detenção sem mandado"
Fontes próximas ao jornalista relatam que Mayama Salazar teria sido contactado por um jornalista para este reagir a denúncia feita por estudantes e professores da mesma instituição, pelo que se mostrou indisponível já que a instituição tem uma assessora de imprensa, Laritza Gonzales, cidadã de nacionalidade cubana.

Com o intuito de esclarecer o assunto o ex-jornalista da Emissora Católica de Angola apresentou a denúncia ao PCA do ISTA, o engenheiro Arsénio Mateus e ao Director da referida instituição Joaquim Silva, que propôs imediatamente outra reunião com o objectivo de disponibilizar uma quantia monetária para ser entregue ao referido jornalista de um órgão de informação privado cuja identidade até agora é desconhecida.

Mayama Salazar teria rejeitado tal proposta do director do ISTA, mas este insistiu que era a única forma de impedir que a instituição que dirige não fosse exposta.

Convencido de tal iniciativa do seu superior hierárquico, o antigo coordenador do Curso de Comunicação Social do ISTA fez os contactos para o efeito.

No dia da recepção dos valores, ainda no gabinete de Joaquim Silva, director do ISTA, é surpreendido por um grupo de polícias afectos ao SIC que sem explicações lhe detiveram, após lhe terem fotografados.

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