domingo, 15 de maio de 2016

Homem Bomba no Azgo

Na sua sexta edição, pretende-se que o Festival Internacional de Artes e Música Azgo traga à cidade de Maputo um programa diversificado de música, cinema e dança de extrema qualidade, durante os dias 20 e 21 no Campus da Universidade Eduardo Mondlane. O Festival Azgo funciona como uma plataforma que possibilita a colaboração entre artistas emergentes e aclamados, possibilitando também que estes se encontrem com um novo público na cidade das acácias. O Homem Bomba, mais conhecido por Azagaia, e os Cortadores de Lenha voltam aos palcos do Festival AZGO. Desta vez, o narrador de todos os fenómenos visíveis e invisíveis vai agitar a plateia, recorrendo aos sons do Babalaze e do seu último disco intitulado Cubaliwa. De Angola, o Festival AZGO tem um grande prazer de receber Paulo Flores, um dos mais bem-sucedidos músicos daquele país irmão. Com uma enorme discografia, a estrela do Semba vai levar o público do AZGO a viajar entre os sucessos do passado e presente. Os sons de Paulo Flores ganharam popularidade em Moçambique e um pouco por todos os países falantes, influenciando diferentes gerações de públicos, bem como gerações de artistas. Ainda na onda dos clássicos da música, de Moçambique o autor de muitos êxitos do passado e sucessos de sempre, Xidiminguana. Exímio guitarrista e intérprete, Xidiminguana é reconhecido pelo seu enorme espólio e trajectória nas artes e culturas em Moçambique. Estabelece um fascinante diálogo com a sua guitarra que impressiona o público do primeiro ao último instante durante o concerto. As recentes estrelas que emergem na música africana, Sauti Sol, são originários do Quénia e já cimentaram a sua popularidade dentro e fora do continente. Já foram vencedores do prémio MTV Europe Music Award para categoria Best African Act e, muito recentemente, em parceria com os Mi Casa, lan- çaram a música Tuale Fofofo. Em 2015, os Saut Sol lançaram o hit Live n Die in Afrika que estimula todas as audiências que acompanham a caminhada desta magnífica banda. Para brindar-nos com música tradicional mo- çambicana, a música chopi sobretudo, estará presente o agrupamento Timbila Muzimba, composta por jovens marimbeiros amantes da música de raiz. Dj Kenzehero, da África do Sul, pretende incendiar a plateia misturando sons de todos os tempos e a todo o gás, o mesmo será dos Majestic Sound System, mas numa onda reggae dub. Também a presença de Bholoja, uma mistura da música tipicamente Swazi e do mundo. Estes artistas juntam-se a um alinhamento já conhecido, contando com as actuações de Mr. Bow, Neyma, Tributo a Alexandre Langa, Gran’mah e Deltino Guerreiro, de Moçambique. E ainda, Zahara (África do Sul), HMB (Portugal), Lura (Cabo Verde), Maya Kamaty (Ilha Reunião), Estère (Nova Zelândia), Cold Specks (Canadá) e Kingfisha (Austrália). A.S

- Pois… deu-se o caso da dívida mas eu não tenho culpa. Nem percebo o que é isso de soberana, externa, contabilidade pública e nacional, PPE, compra de dí- vida, obrigações do tesouro, ratings, Xi! - Não venhas com desculpas… Eu vi-te a passar em frente do tesouro… - Qual dia?! Qual dia ?! - Maningues… - Estás a confusionar, mano… Eu?! - Não passaste lá? - Onde fica isso! - Tás a ver os Mercedes, as sirenes, as motas? - Quem não vê?! O tesouro é isso? - É a farda dele. - Nunca vesti. - Não disfarces… - Eu, disfarçar? Só estou aqui, tranquilo… - O que é fazes? - Estou a tentar ser cidadão. - O quê?! - É mau, isso? - Péssimo! - Explica lá. - Conheces o processo de formação da sociedade moçambicana? - Desconsigo… Mas se tu disseres qual é o número e a repartição eu posso ir lá perguntar… - Não vale a pena… - Não vale a pena?! Se é processo tem de ter número, ano, pasta, prateleira, essas coisas todas… - Ok, és cidadão quê? - Sou o Júlio… - Só isso? - Tenho casa, mulher, filhos, mobília, amigos, trabalho pouco pouco, uns divertimentos… - Tens dívidas? - Não senhor! Só uma vez quis comprar uma… Espera, posso contar. - Tu, comprar dívida?! - Por que não?! Tinha lido no jornal: Estado vai comprar dívida. Fiquei a pensar. Estava à rasca. Aqui nesta mesa onde estamos faltava pagar dez copos e uns petiscos. Então falei com um amigo… eh, brada, vende-me mola, quinhentos. O gajo ficou mesmo chateado. Dá-me setecentos, respondeu. Eu ri-me. Se não tenho nem dez! Então como é podia comprar quinhentos, perguntou ele. Não tens de pagar já, mano, acrescentou o brada. Deixas o relógio, eu dou-te agora quinhentos. Daqui a uma semana tu dás-me os setecentos e eu devolvo-te o relógio. - Quanto é que valia? - O quê? . O relógio. - Uma nota, mano. Daquelas. - Fizeste o bize? - Fiz… - E, então? - Tive azar. Agora ando sempre a perguntar as horas. E a minha sócia desapareceu. Até que percebo, era uma prenda dela… - Foste, burro, meu irmão. - Ya, fui… - Podias ter ido ao tesouro… - Tás a gozar… - O tesouro é para isso! É nosso! - Não tenho farda, mano! Sou só um estudioso de cidadania. - É aí que estás a perder tempo, primo! - Não estou! - Estás! Nem sabes onde está o processo de formação da sociedade moçambicana… - Hei de saber! Podem até placar o gajo, mudar as prateleiras…. Hei de saber… Até uns estão a dizer se calhar esta dívida nem está timbrada… - Como? - Que esses que foram lá ao tesouro mafiaram as leis. - Tás a provocar, é?! Cuidado! - Nada, mano! É como o gajo que aparece no banco, aqueles bigs, lá do estrangeiro, e diz que é o senhor doutor tal e tal, da empresa quê quê mas, afinal, é o boss do dumba nengue que vende peças roubadas. - Os bigs não ligam a isso. - Deram quinhentos e querem setecentos?... - Ya, até mais… - Não me desanima… - Bebe, assim esqueces… - Até que bebo… mas estou a pensar capitalizar a cidadania… - Falta-te o tesouro… - Nada! O tesouro é a cidadania… É como aquela pita bonita que a gente gosta mesmo. Demora… mas vai chegar. Eu hei-de levar a ela. Juro! - Cuidado… - Podes ir. A

S Osaxofonista foi homenageado recentemente pelo Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. O reconhecimento consistiu na atribuição da Medalha do Grau Oficial de Mérito. Ao homenagear Moreira Chonguiça, Marcelo Rebelo de Sousa disse: “Moreira Chonguiça é reconhecido pela recriação das velhas tradições moçambicanas no Jazz. Cada vez que um moçambicano brilha no estrangeiro é Moçambique inteiro que ganha”. Moreira Chonguiça é Made in Moçambique, Superbrands e três vezes vencedor do SAMA – South Africa Music Awards. Na mesma cerimónia realizada no Indy Village, foram homenageados os músicos Stewart Sukuma, Stela Mendonça, Kika Materula e Dilon Djindje. Para Moreira Chonguiça, a homenagem demonstra “como é reconhecida a cultura moçambicana. É preciso mostrar a nossa cultura para outros povos e fazer sentir a nossa influência culturalmente. Vai servir de exemplo para outros artistas que precisamos de difundir a nossa cultura pelo mundo. Estamos habituados a serem destacadas outras áreas da cultura moçambicana. É difícil ouvir que a música moçambicana ou seus fazedores foram homenageados”, afirma o saxofonista. Dilon Djidji referiu que para ser reconhecido leva muito tempo. É preciso mostrar que existimos, trabalhamos em prol da nossa cultura dentro e fora no país. Esses frutos que colhemos hoje são graças à persistência que mantemos na cultura. E quando somos reconhecidos por outros, engrandece a nossa cultura”, frisa. Já Stewart Sukuma defendeu que a música moçambicana sempre teve um espaço em qualquer lugar do mundo. O que falta é fazer chegar a esses lugares. Mas bem trabalhada pode chegar aos mais altos circuitos musicais do mundo. Existem artistas que demostram essa qualidade. Agora precisamos mais artistas a desempenhar esse papel. Temos que valorizar mais a nossa música e cultura no geral”, destaca. A.S

As várias facetas do arquitecto Pancho Guedes convergem a partir desta quinta-feira, 12 de Maio, na Fundação Fernando Leite Couto, com a exposição em sua homenagem intitulada “Obrigado Pancho”. Muito conhecido pelo seu traço arquitectónico e por ter contribuído imenso para a edificação da cidade de Maputo, através de projectos arrojados e que à sua época revelaram um génio. Pancho Guedes foi também um artista multifacetado: pintor, escultor e fotógrafo. A sua arte transcendeu espaços e sentimentos, que desta feita rimam neste “obrigado” que resulta de uma parceria da “Obrigado Pancho” na FFLC Fundação Fernando Leite Couto e da curadora Christine Cibert, francesa que se afirma grande admiradora do talento de Pancho Guedes. Amâncio de Alpoim de Miranda Guedes nasceu em Lisboa em 1925 e faleceu em 2015 na África do Sul, tendo vivido grande parte da sua vida na cidade de Maputo, a seu tempo Lourenço Marques. É a partir da capital moçambicana que elaborou grande parte dos seus trabalhos, contando-se, entre eles, aproximadamente 500 projectos arquitectónicos. A sede da Fundação que agora acolhe esta iniciativa em sua homenagem é uma dessas várias obras que testemunham o talento de Pancho Guedes. A.S

Sabemos que o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve de visita pelo país. A visita de Estado calhou no mesmo momento em que havia rumores de uma manifestação pacífica em protesto à dívida pública do país. A manifestação pacífica não aconteceu porque assistimos, dias antes, a uma movimentação anormal da polícia pelas ruas da capital. Os mais sabidos dizem que se tratou de uma intimidação psicológica. Outros chamaram os movimentos da polí- cia como sendo a cultura do medo. Uma forma de amedrontar os que pretendiam manifestar o seu descontentamento face à actual situação que o país vive. Outras versões que tivemos conhecimento foram de que os Serviços de Informação e Segurança do Estado divulgaram nas redes sociais um convite para os moçambicanos aderirem à greve com o intuito de medir o nível de descontentamento que se vive no seio dos moçambicanos. Quem não sabe que a maioria dos moçambicanos está descontente com a vida que leva nas últimas décadas? A manifestação pacífica, greve, ou outro qualquer nome que se queira dar, não aconteceu. Recordamos que a manifestação tinha de calhar com a visita do Presidente Luso. Foi um dia perdido em termos económicos. Perdemos mais um dia de trabalho. A visita do Presidente de Portugal aconteceu como se previa. Marcelo Rebelo de Sousa visitou vários locais da capital do país. Soubemos que em alguns momentos caminhou por algumas Avenidas. Acreditamos que foi uma forma de quebrar a nostalgia. Afinal Marcelo Rebelo de Sousa já viveu no país antes de ser presidente de Portugal. Muitas vezes, como académico. Sempre mostrou a sua simpatia por Moçambique. Agora como chefe de estado exibiu mais uma vez a sua simplicidade. Como vemos nas imagens, aparece em vários momentos de descontração. Na primeira imagem, a caminhar pelas ruas da capital do país, Maputo. Noutra aproveitou para fazer uma foto com alunos. Nesta terceira, aparece com o Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, e da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão. Na quarta, aparece apreciando uma exposição fotográfica, empurrando a cadeira de rodas de Beatriz Rangel, viúva do decano fotojornalista moçambicano, Ricardo Rangel. E nesta última, aparece apreciando uma apresentação de uma dança tradicional do país. Mesmo com as dificuldades que o país vive, o Presidente português mostrou que é preciso mostrar alguma alegria perante as adversidades que enfrentamos na vida. Esperamos que a sua visita sirva de alguma forma de incentivo para os nossos governantes. Vamos enfrentar os problemas de frente e procurar as soluções para o bem-estar dos moçambicanos que há muito precisam. 

Falando esta quarta-feira, à margem da 3a edição da feira de tecnologia que hoje termina, a MozTech, João Ribeiro, director de operações da Startimes media Moçambique, uma plataforma de televisão com sinal digital pago, fez saber que o processo de expansão do sinal da Startimes para todo o país será concluído dentro da próxima semana. Depois de há duas semanas ter expandido o sinal para a Cidade de Pemba e, na passada terça-feira, a Xai-Xai, dentro da semana que se avizinha, segundo garantiu Ribeiro, vai completar as restantes cinco principais cidades do país, nomeadamente, Pemba, Xai-Xai, Maxixe, Chimoio, Lichinga Estas juntam-se a Maputo, Beira, Tete, Nampula, Quelimane que entraram em funcionamento durante os seis anos em que esta firma opera no território nacional. “A Startimes é uma empresa mo- çambicana que já está no mercado há seis anos e que agora está num processo de expansão para cobrir todo o país. Até agora, estivemos apenas em cinco capitais provinciais, a partir desta semana estamos a cobrir todas as capitais nacionais. Última terça-feira, abrimos Xai- -Xai, há duas semanas abrimos em Pemba e, na próxima semana, vamos abrir em Maxixe, Lichinga e Chimoio, as cidades que faltavam”, disse João Ribeiro director de operações da Startimes media Moçambique. Ainda em conversa com SAVANA, o director operacional da Startimes falou de dois produtos novos, exclusivos da Startimes, e que a curto prazo a sua firma poderá lançar e colocar no mercado nacional o “projector TV” e o “Router Tember”. Segundo explicou o responsável pela área técnica daquela firma, o Projector TV é um projector de vídeo que leva consigo um descodificador e a respectiva antena. O aparelho permite ao utilizador projectar o sinal que vem do descodificador. Já o Router Tember, de acordo com Ribeiro, faz um streaming do sinal de descodificador. Este dispositivo cria uma rede interna e espalha o sinal, permitindo que outros dipositivos como por exemplo os Tablets, Smart Tv, Smartphones possam captar. “Nós este ano trazemos dois produtos novos. O primeiro é projector TV. É um projector de vídeo que tem incorporado o descodificador e recebe a antena. Para usar este aparelho é só ligar a antena ao projector, meter o cartão, ele abre o sinal de televisão e a pessoa pode desfrutar em casa de uma experi- ência de cinema em tela grade. O projector está ligado ao bluetoofth. O outro produto que estamos a trazer pela primeira vez em Mo- çambique é o Router Tember. Ele faz o Streming do sinal de descodificador. É possível através de uma Smart TV ou Tablet a pessoa ver o que está a passar na TV”, explicou. A Startimes, que está presente em quarenta países africanos incluído Moçambique, neste momento tem um número de subscritores que supera a casa dos dois mil. A meta 
Decorreu nesta segunda-feira, na cidade de Maputo, o lançamento da primeira da pedra para construção do novo edifício para a residência de médicos moçambicanos e chineses. O novo edifício vai custar cerca USD 5 milhões financiados pelo Governo Chinês. Trata-se de um prédio comum de sete andares, com 20 flats do tipo 1 para médicos chineses e 12 do tipo três para médicos moçambicanos, a ser edificado ao abrigo de um acordo de Cooperação Económica e Técnica, assinado em Setembro de 2012, entre os governos de Mo- çambique e da China. F oi anunciada esta semana, no site da publicação African Banker, a lista dos nomeados para as diversas categorias dos prestigiados Prémios African Banker 2016. Em representação de Moçambique, destacam-se: o BCI, na categoria de Melhor Banco de Retalho, e o seu Presidente da Comissão Executiva (PCE), Paulo Sousa, na categoria de Melhor Banqueiro do Ano. Os vencedores serão anunciados na cerimónia de atribuição, durante o encontro anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), no próximo dia 25 de Maio, na Zâmbia. Estes prémios ocorrem num momento em que se assistem mudanças significativas no sistema bancário moçambicano. Ao cabo de 20 anos, o BCI é, hoje, a instituição líder nos principais indicadores, nomeadamente Volume de Depósitos, Crédito a Clientes, Volume de Negócios, Activos e Rede Comercial, esta última conta com 195 Unidades de Negócios, de Palma, no extremo norte da Província de Cabo Delgado, à Ponta do Ouro, no extremo sul da Província de Maputo, onde só ainda está o BCI. (EC) Falando na ocasião, o Embaixador da China, Su Jian, referiu: “com esta obra cujo lançamento da primeira pedra fazemos hoje, os mé- dicos chineses e os moçambicanos beneficiados terão mais condições para servir melhor os pacientes moçambicanos.” De acordo a ministra da Saú- de, Nazira Abdula, para o sector da saúde este acto representa um grande passo, “Moçambique tem uma cooperação forte no sector da saúde com a China. Desde 1976, vêm para Moçambique equipas de médicos chineses e vão se substituindo ao longo dos anos, então este é o momento de criar condi- ções para reduzir os custos para o arrendamento de casas, beneficiando tanto os médicos chineses como os moçambicanos”. A ministra acrescentou que o projecto vai também ajudar a promover a formação de médicos especialistas moçambicanos, com algumas dificuldades. “O novo edifício também virá responder às necessidades que se faziam sentir no nosso sector”. Refira-se que, para além deste projecto, está em curso a nível da Beira, no hospital Central da Beira, a construção de um departamento completo para o atendimento da pediatria.(Elisa Comé)  segundo o responsável daquela empresa, com a expansão do sinal até ao final do ano é chegar a um milhão de subscritores. A provedora de sinal digital terrestre, de alta definição, oferece actualmente quatro pacotes aos seus clientes. Os mesmos variam do mais barato que custa 150 meticais por mês ao mais caro que custa 800 meticais. O homem forte da Startimes fez questão de dizer que actualmente a sua firma transmite nos canais desportivos as Ligas: Italiana, Francesa, Alemã e agora a liga Chinesa de Futebol. Acrescentou que dentro em breve vão começar a transmitir as qualificações para o Mundial e que já em Junho passaram a transmitir a Copa América. (Redacção)

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