domingo, 8 de maio de 2016

Combatentes defendem investigação sobre conflitos de interesses na Ematum e Proindicus

Combatentes defendem investigação sobre conflitos de interesses na Ematum e Proindicus

Dívida pública do país
Encerrou, ontem, o principal evento decisório da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN) do partido Frelimo. Realizado numa altura que o país regista uma situação de crise político-militar e agravamento do custo de vida devido o aumento da dívida pública, a IV sessão do Comité Nacional da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional não ficou alheia a estes assuntos, pois, no encontro que durou dois dias, os participantes defenderam a necessidade do governo não assumir a dívida contraída pelaEMATUM e Proindicus.
Este pronunciamento foi expresso através de uma moção apresentada no encerramento do evento. Os veteranos da luta de libertação nacional disseram que é preciso aliviar o custo de vida, pelo que o governo deve optar por estratégias viáveis. Preocupados com a situação da crise económica os combatentes exortaram o governo a averiguar possíveis casos de conflitos de interesses dos acionistas das empresas em causa.
Crise político-militar
Sobre a tensão político-militar, além de criticar a Renamo e o seu líder, os veteranos da luta de libertação encorajaram o governo a insistir na sua disponibilidade de diálogo para resolver a situação. Numa das moções lida por Chinguane Mabote, os combatentes encorajam as Forças de Defesa e Segurança a envidarem esforços para garantir a paz no país.
“O comité nacional da ACLLN repudia veementemente os ataques armados da Renamo contra alvos civis e militares, destruição de infra-estruturas socio-económicas, impedindo a livre circulação de pessoas e bens, semeando dor e luto nas famílias moçambicanas. A ACLLN encoraja as Forças de Defesa e Segurança a prosseguirem com a sua nobre missão para garantir a estabilidade como fundamento de conservação da paz e da unidade nacional, condição principal para o desenvolvimento económico e social da pátria”, refere a moção de saudação das Forças de Defesa e Segurança.
Já o presidente do partido Frelimo e da ACLLN, Filipe Nyusi, depois de ouvir as recomendações dos combatentes, Filipe Nyusi disse que a solução para os problemas económicos e financeiros que o país enfrenta passa pelo aumento da produção e produtividade. Sobre a tensão político-militar, o presidente da Frelimo não apontou caminhos, mas reiterou o compromisso do governo em trabalhar para restabelecer a paz. Ainda Filipe Nyusi exortou os combatentes a partilhar as suas experiências de luta e sacrifício dentro e fora do partido. O Presidente da Frelimo exortou ainda os membros da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional a mobilizar esforços para a realização do 11º congresso da Frelimo marcado para Setembro de próximo ano.

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