domingo, 15 de maio de 2016

Ataques do EI a fábrica de gás deixa mortos e feridos em Bagdá

Um carro-bomba explodiu na entrada da instalação em Taji por volta das 6h, permitindo que outro veículo que transportava pelo menos seis agressores com coletes explosivos entrasse na fábrica
Por Redação, com Reuters – de Bagdá/Beirute:
Atentados reivindicados pelo Estado Islâmico contra uma fábrica de gás de cozinha estatal na periferia norte de Bagdá matou pelo menos 11 pessoas neste domingo, incluindo policiais, e feriu outras 21, disseram fontes policiais.
Um carro-bomba explodiu na entrada da instalação em Taji por volta das 6h
Um carro-bomba explodiu na entrada da instalação em Taji por volta das 6h
Um carro-bomba explodiu na entrada da instalação em Taji por volta das 6h, permitindo que outro veículo que transportava pelo menos seis agressores com coletes explosivos entrasse na fábrica, onde eles confrontaram forças de segurança, segundo as fontes.
Um porta-voz do Comando de Operações de Bagdá disse que três locais de armazenagem de gás da instalação foram incendiados em meio à violência, antes que as forças de segurança pudessem deixar a situação sob controle.
Um funcionário da fábrica que vive nas proximidades disse que, após ouvir uma forte explosão, viu chamas e fumaça preta vindo de dentro da fábrica.
Dezenas de policiais e veículos do Exército correram para o local, onde um tiroteio durou cerca de uma hora, afirmou.

Morte de comandante

O Hezbollah afirmou no sábado que seu maior comandante militar, cuja morte foi anunciada na última sexta-feira, morreu na Síria devido a fogo sunita e não por um ataque aéreo israelense, como tinha dito um membro do movimento xiita.
– Investigações mostraram que a explosão, que teve como alvo uma de nossas bases perto do Aeroporto Internacional de Damasco e levou ao martírio do comandante Mustafa Badreddine, foi resultado de um bombardeio realizado por grupos takfiri (sunitas) na região – disse o grupo em comunicado.
O Hezbollah está lutando na Síria ao lado do presidente Bashar al-Assad, contra vários grupos sunitas, como o Estado Islâmico e a Frente Nusra, ligada à Al Qaeda.
Mas um grupo de monitoramento da guerra tem dúvidas sobre a morte de Badreddine, dizendo que não há bombardeio de rebeldes na região há mais de uma semana.
O aeroporto de Damasco e suas cercanias são controlados pelo governo sírio e as forças aliadas. Entre o local e o centro de Damasco, rebeldes ocupam o subúrbio de Ghouta Oriental.
– Não há bombardeios ou tiros a partir de Ghouta Oriental para as regiões do Aeroporto Internacional de Damasco há mais de uma semana – disse o diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, Rami Abdulrahman.

Iraque: forças de segurança lutam para conter conflitos

A repressão, que começou em março, parece ser estimulada por preocupações de que os canais poderiam inflamar rivalidades sectárias
Por Redação, com Reuters – de Bagdá:
As autoridades xiitas do Iraque fecharam os escritórios de dois canais de televisão populares entre os iraquianos sunitas e ordenaram que um programa satírico saísse do ar, apertando o controle sobre a mídia num momento em que as tensões políticas crescem em Bagdá.
As autoridades xiitas do Iraque fecharam os escritórios de dois canais de televisão populares entre os iraquianos sunitas
As autoridades xiitas do Iraque fecharam os escritórios de dois canais de televisão populares entre os iraquianos sunitas
A repressão, que começou em março, parece ser estimulada por preocupações de que os canais poderiam inflamar rivalidades sectárias, as quais as forças de segurança teriam dificuldade de conter. Mas também aumentam os temores sobre a liberdade de expressão.
A Comissão de Comunicação e Mídia (CMC, na sigla em inglês) fechou o escritório em Badgá da rede pan-arábica Al Jazeera, o canal de TV local Al-Baghdadia e ordenou a interrupção das transmissões do satírico Albasheer Show.
A comissão afirmou que a Al Jazeera e o Albasheer Show, que faz piada com poderosas figuras iraquianas no mesmo espírito que o The Daily Show, nos Estados Unidos, ou o Le Petit Journal, na França, violaram um código de conduta profissional.
A CMC é uma autoridade estatal com a tarefa de implementar políticas de governo. O órgão deu poucos detalhes e recusou pedidos de comentário.
– Eles tinham algumas reservas sobre usarmos o termo ´milícias´, ao nos referirmos ao Hashid Shaabi – disse Waleed Ibrahim, chefe de redação da Al Jazeera no Iraque, em referência à coalizão de grupos paramilitares em sua maioria muçulmanos xiitas formada para combater o Estado Islâmico.
Ele afirmou que a CMC também foi contra opiniões expressas no canal baseado no Catar por convidados de talk shows transmitidos de Doha. “Tentamos explicar que essas são as opiniões dos convidados e não necessariamente as nossas”, disse ele.
Al-Baghdadia, canal de televisão do empresário iraquiano Awn al-Khashlok e que possui programação popular entre a minoria sunita, foi fechado em março. Comunicado da CMC dizia que o canal não tinha a autorização devida.

MG: Justiça suspende nomeação de primeira-dama como secretária

Carolina Pimentel foi nomeada para a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do Governo de Minas Gerais (Sedese) em 28 de março
Por Redação, com ABr – de Belo Horizonte:
Uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu a nomeação de Carolina Oliveira Pimentel como secretária de Trabalho e Desenvolvimento Social de Minas Gerais. Ela é mulher do governador Fernando Pimentel (PT) e ambos são investigados pela Polícia Federal na Operação Acrônimo, que apura vantagens concedidas a empresas na elaboração de políticas públicas.
Uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu a nomeação de Carolina Oliveira Pimentel
Uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu a nomeação de Carolina Oliveira Pimentel
Carolina Pimentel foi nomeada para a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social do Governo de Minas Gerais (Sedese) em 28 de março e substituiu o deputado estadual André Quintão Silva (PT). Em sua decisão, o juiz Michel Curi e Silva considerou haver uma soma de fatos que indicariam desvio de finalidade no ato. Com a nomeação, a nova secretária passaria a ter foro privilegiado no Tribunal de Justiça.
– O fato de tratar-se da mais próxima e íntima parente do senhor governador, sua esposa, somado aos fatos de que ela se encontra na situação de alvo em conhecida investigação da Polícia Federal e de que as diversas ações populares asseveram que o intuito da nomeação foi o de tentar beneficiar a própria esposa, valendo-se de um mandato popular – citou o magistrado.
O governo estadual disse não ter sido notificado da decisão. Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, é informada que a indicação de Carolina Pimental foi feita pelo ex-secretário André Quintão. O motivo seria a continuidade de projetos que vinham sendo desenvolvidos entre a Sedese e o Servas, uma associação civil sem fins lucrativos do governo mineiro voltada para a assistência social que vinha sendo comandada pela primeira-dama.
– A indicação teve como objetivo assegurar a continuidade das políticas públicas da pasta, que já vinham sendo coordenadas em parceria com o Servas. Um dos campos de atuação conjunta entre a Secretaria do Trabalho e o Servas vinha sendo o combate ao uso de drogas – detalha o texto.

Operação Acrônimo

Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República denunciou o governador Fernando Pimentel ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Conforme investigações da Operação Acrônimo, desenvolvidas pela Polícia Federal, Pimentel teria beneficiado empresas durante a implementação de políticas públicas realizadas quando foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre 2011 e 2014.
Em um dos inquéritos, a Polícia Federal considera haver indícios de que houve favorecimento à montadora Caoa. Em 2012, foi lançado pelo ministério o Programa Inovar Auto, que concedia incentivos fiscais a indústrias do setor automotivo. Para garantir sua manutenção no programa, a Caoa teria pago R$ 2,1 milhões. Também investigada na Operação Acrônimo, Carolina Pimentel é suspeita de ter recebido, por meio de sua empresa Oli Comunicação, valores que seriam destinados ilegalmente para a campanha do marido em 2014.

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