sexta-feira, 15 de abril de 2016

Zambézia quase esquecida

Uma análise publicada este mês pelo Observatório do Meio Rural (OMR) questiona as razões que levam a província da Zambézia a ocupar uma das piores posições quando se fala em desenvolvimento económico.

Os investigadores comparam a província da Zambézia e a cidade de Maputo e con­cluem que a capital do país sempre sai a ga­nhar quando se fala de distribuição e acesso aos recursos públicos e privados.
É que, segundo os pesquisadores, apesar de todos os cidadãos serem iguais perante a Lei conforme prevê a Constituição da Repúbli­ca, na hora do Governo central distribuir dinheiro às províncias para ser investido em infra-estruturas sociais e económicas, a cidade de Maputo recebe quase sempre maior bolo do que a província da Zambézia, apesar desta última possuir maior número de habitantes.
As principais questões dos analistas são: por que apesar de a Zambézia habitar cerca de 19% da população total do país e cidade de Maputo cerca de 5%, a capital do país rece­be 10% do Orçamento Geral do Estado e os zambezianos apenas 9%? Será que uns são mais especiais que os outros?
Os pesquisadores são João Mosca e Yara Nova. Eles constatam que a população da Zambézia é cerca de quatro vezes maior que a da cidade de Maputo. Apesar disso, ambas as partes recebem o mesmo volume de re­cursos do Estado.
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