segunda-feira, 11 de abril de 2016

Sobre modas modinhas

Sobre modas modinhas Bom e mau gosto decência

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CARTA A MUITOS AMIGOS 
Desde que o Homo Sapiens saiu das cavernas procurou proteger o corpo das canículas, frios, chuvas, neves. A vestimenta começou a fazer parte da protecção dos humanos, primeiro com peles, cascas de árvore, mais tarde com tecidos.
Com os tecidos começaram a surgir diferenças nas roupas, quer entre os sexos, quer mesmo dentro de cada género e, claro, consoante os climas para onde migraram as pessoas a partir da África.
Desde sempre a decência, o bom gosto buscaram triunfar e, algumas vezes sucumbiram aos caprichos muitas vezes bem momentâneos, por exemplo penteados de senhoras na Europa do século XVIII de um metro ou mais de altura e, até as mais ousadas colocavam na cabeleira uma ave ou ninho! Cada uma buscava uma originalidade que diferenciasse das demais.
Nos princípios do século XX as gentes começaram a frequentar as praias, fatos de banho para os homens tapando o peito, as senhoras cobrindo os joelhos com as suas roupas de praia.
Pouco a pouco os homens libertaram-se da cobertura do peito e as senhoras fizeram subir do joelho para o cimo das pernas o seu maillot.
Depois surgiram inovações, nos anos cinquenta aparecem os bikinis, mais tarde já pelos finais do século passado os chamados topless, tangas, fios dentais.
Também no século passado, em locais bem reservados criaram-se campos de nudistas, com acessos bem reservados e que impediam a entrada de meros curiosos.
Rebentou agora uma polémica devido à decisão do Ministério da Educação de obrigar as alunas a usarem uniformes com saias até aos tornozelos.
Houve uma manifestação junto a uma escola secundária, várias ONG estrangeiras lá estavam.
A polícia interveio porque não haviam solicitado a permissão como manda a lei. Pelo que li e vi na TV as moçambicanas não vieram com calções curtos, trajavam com decência.
Ora bem, vamos raciocinar e procurar o que parece mais justo.
1.             Uniforme com saias até ao tornozelo, as chamadas maxi, parece-me algo absurdo. Para andar, correr apanhar o machibombo, chapa, my love com certeza saia muito inapropriada e desagradável. Há riscos.
2.             Jeans com vários cortes à frente, além de mais caros que os normais, reflectem muito mau gosto, estupidez, espírito de Maria vai com as outras. Fora de questão e diria que pais, encarregados de educação deviam impedir esse ridículo.
3.             Calções curtos com um top a mostrar o umbigo, fora de uma praia ou piscina ou local de campismo, significa indecência excepto para uma criancinha até aos 5 ou 6 anos, antes de ir para a escola. Inadmissível, apenas aceitável numa creche.
4.             Calças muito apertadas, coladas ao corpo e por vezes com tecidos sintéticos que privam a pele de respiração e dificultam a circulação do sangue intolerável e os sintéticos perigosos para a saúde.
5.             Decotes exagerados que só não mostram o bico dos seios, dará para as prostitutas que frequentam certas ruas e bares reles.

No que se veste, come-se, bebe-se há que haver ponderação, moderação, bom gosto e decência.
Mas nem oito ou oitenta! A decisão do Ministério peca pelo exagero de impor as maxi. Saia, sim, dois ou três dedos abaixo do joelho, não demasiado apertadas assegurando a boa circulação do sangue.
Calças sem rasgões, não demasiado apertadas e com tecidos não sintéticos, porque não? Elas, as saias e as calças ora mencionadas asseguram a decência e a saúde de quem usa um uniforme. Várias escolas e até no meu bairro vejo meninas com calças decentes do uniforme.
Em toda a parte do mundo uniforme quer dizer isso mesmo, igual, variam nas cores definidas e nos modelos regulamentados.
Isto vale tanto para os discentes como para os docentes, estes últimos não sujeitos a uniformes, mas recomenda-se uma bata para não se sujarem com o giz.
Nas escolas primárias e secundárias, nos Institutos médios, nas Faculdades, quer se trate de instituições públicas ou privadas, quaisquer locais de trabalho do Estado, dos privados pouco importa. As regras da decência e bom gosto devem primar.
Não consigo compreender que estas exigências ofendam as gentes femininas e sobretudo as ONGestrangeiras.
Não vejo estrangeiros e nacionais manifestarem-se contra as horrorosas burcas. Elas em qualquer local público constituem uma ameaça contra a segurança de terceiros. Ninguém sabe se burca e o traje comprido e negro até aos pés escondem um homem ou mulher, alguém com um colete explosivo, se o saco não transporta materiais letais. Mas vemos nos aeroportos e até dentro dos aviões essas vestimentas.
Sabemos que as nossas fronteiras se mostram mais que porosas. A emigração clandestina como os BI e passaportes vendidos a granel proliferam. O Islão com mais de mil anos em Moçambique jamais difundiu o primitivismo da burca. Estas surgem muito recentemente com imigrantes vindos das regiões mais atrasadas do Médio Oriente e do Paquistão. Se essas pessoas não gostam dos nossos costumes e tradições que regressem aos locais primitivos de onde vieram.
As burcas deviam estar proibidas em todos os locais públicos para a protecção das vidas e bens dos pacatos cidadãos.
Quanto às manifestações contra as decisões da Educação, por favor, vão fazê-las no Médio Oriente, no Paquistão, entre as tribos dos Talibãs no Afeganistão, no Sudão. Aqui, não!
Basta o termos aqui albergado o chamado cérebro dos atentados de Paris, que com os seus sequazes tomava um chá verde num café emblemático na Julius Nyerere.
Parece-me que as regras da decência e bom gosto farão diminuir os assédios sexuais, as violações, as violências domésticas males que efectivamente assolam a sociedade moçambicana.
Deixemos as discussões fúteis de fora, examinemos e olhemos para o sério.
Devemos sim, todos nos unirmos e juntos combater com energia os verdadeiros males.
A Polícia, a Procuradoria, os Tribunais com um verdadeiro Código Penal severo, devem punir estes crimes, violações, assédios, violências domésticas ou não. Queremos paz, quanto à porcaria já existe o suficiente, com os nossos bandidos e terroristas.
Decência e bom gosto, lutemos para isso na nossa sociedade. Um abraço,
P.S. Pela comunicação social tomei nota que um semi-iletrado denunciou a captura de armas de uma organização terrorista, alegando que os Acordos de Roma a isso davam direito. No AGPestabeleceu-se e o chefão assinou estabelecendo que com as eleições de 1994 todas as armas deviam-se entregar, assim como os homens armados para se integrarem nas FADM. De onde vem a patacoada? Má fé? Ignorância. Leia o AGP.

SV

Porque estamos saturados de serviços cada vez piores

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CARTA A MUITOS AMIGOS

 Sem dúvida que a má prestação de serviços nos satura, irrita. Pagamos o que nos forçam a entregar, mas contrapartida do que pretendemos quando entregamos o dinheiro que nos custa ganhar, isso vai de mau a péssimo, que se trate da EDM, da FIPAG, dos transportadores semi-públicos ou públicos, das operadoras dos sistemas móveis de comunicação, dos serviços públicos, da limpeza das ruas e valas, dos buracos nas avenidas, ruas, na eternidade de vias de comunicação transformadas em matope e buracos.
Compreende-se assim que o cidadão, o residente esteja irritado, revoltado e inclusive deixe de votar pelo partido no poder, abstenha-se, não compareça nas urnas ou até busque alternativas noutras forças políticas, provavelmente muito menos idóneas, mas que dão a ilusão de mudança real.
Quantas vezes todos ficam sem energia por razões de manutenção? Sobretudo nos Domingos, feriados, quando a canícula aperta e queremos juntar família e amigos. Nos demais países não se faz manutenção? Então porque cortam cá e não lá? Que histórias ocorreram recentemente de se comprarem equipamentos inadequados? Que negociatas houve aí e quem vai pagar? Nós! Quem se sancionou nas altas ou altíssimas e direi intocáveis entidades que geram a empresa?
Já quantos ficaram com electrodomésticos avariados e até destruídos devido a oscilações brutais de corrente. Manda até hoje a Lei que a EDM indemnize o lesado. Acontece isso ou ficamos achuchar no dedo e a lamentarmo-nos?
Para quem se fizeram as cadeias, quem deve pagar multas e reembolsar danos? Quem deve ser corrido?
A maravilhosa FIPAG priva-nos em toda a parte de água ou limita brutalmente a quantidade que nos fornece, quando a sua obrigação e a razão da sua existência e dos seus gestores está no fornecimento regular e na quantidade necessária da água?
Pela comunicação social sabemos que se compraram machibombos novinhos em folha. Onde circulam? O que testemunhamos a total ausência no RomãoZimpetoD. Alexandre,Albasini e demais bairros. Circulam onde? Para quem?
Entregam as rotas aos ditos chapas my love onde se apinham pessoas como nunca se poderia transportar o gado.
Não defendo a eliminação dos transportadores privados, podem bem coexistir com os transportes públicos. Inadmissível importar-se viaturas em quinta mão, que as alfândegas deixam entrar no país e regularmente tomamos conhecimento que morreram X pessoas em acidentes, Y ficaram feridas, ninguém indemniza as vítimas, ninguém mete na cadeia os proprietários e os motoristas, estes até sem carta para transportarem pessoas.
Mas… Com bons pneus, luzes, pisca-pisca, limites dos números de pessoas que cada viatura pode transportar. Estacionam onde bem lhes apetece, violam sistematicamente o código, fazem ultrapassagens perigosíssimas, numa curva, numa rotunda, estacionam numa lomba, numa curva. Fazem rallies entre eles para capturar mais passageiros.
A polícia nada vê, talvez porque os agentes algo recebem.
Faz uns dias mandou-me um dito cinzentinho, pela manhã, cerca das 07h30, quando nada constatou de ilegal, pediu-me um cafezinho, respondi que não levava café no carro e nada podia-lhe dar para comprar, porque até me dirigia ao banco para levantar dinheiro.
Pobre novo Comandante-Geral que herdou toneladas de porcaria e vai-se ver obrigado a limpar a sujidade, deve fiscalizar, mandar gente para controlar, punir, expulsar!
Não poderão os municípios com olhos de gato e bandas sonoras assinalarem lombas, rotundas, outros locais perigosos? Quantas vidas e ferimentos pouparíamos, quantos feridos diminuiríamos? Quanto pouparia o país em peças para reparar os danos nas viaturas, os seguros? Porque não fazemos? Indiferença às vidas e gastos?
Estamos a falar com alguém num celular, de repente cai a chamada. Voltamos a ligar. A operadora cobra ambas. No meio da conversa a operadora interrompe e aparece a indicaçãonúmero inexistente! Como inexistente se estávamos em comunicação?!
Há que perguntar quem põe o guizo ao gato, quem fiscaliza o desempenho das operadoras? Acredito que estes problemas também pesam sobre as diferentes pessoas que fazem parte das entidades fiscalizadoras. Os factos provam que cada uma se esforça por demonstrar que consegue estar abaixo dos demais concorrentes! Vale?
Discutamos um pouco sobre as nossas ruas, avenidas, limpeza das mesmas para as quais pagamos taxas de lixo, o cuidado com as valas que devem evacuar as águas e se transformaram em focos de nojo, bases para proliferarem mosquitos, ratos, cobras, bases para o surgimento de malária, cólera e milhentas doenças.
Nas nossas cidades, incluindo na capital, existem deputados da urbe e até da Assembleia da República, em Maputo há administradores de distritos urbanos, existem secretários de bairro que auferem vencimentos pagos pelos nossos impostos, edis que recebem bons dinheiros, Presidentes e mais Presidentes, quem vê, quem intervém para que se corrija o que mal vai, quem luta pela higiene e limpeza?
Há muitos anos alguém disse a Samora que Maputo estava mais limpo que Dar-es-Salam, Samora respondeu que queria ouvir quando se pudesse comparar com Genebra!
Repito o que já escrevi: Compreende-se assim que o cidadão, o residente esteja irritado, revoltado e inclusive deixe de votar pelo partido no poder, abstenha-se, não compareça nas urnas ou até busque alternativas noutras forças políticas, provavelmente muito menos idóneas, mas que dão a ilusão de mudança real.
Edis e secretários e vereadores, deputados todos pagos mas que só se importam com venderem terrenos, cortar árvores, matarem locais para praticar desporto e receberem trocos de comissões, algumas vezes até palacetes? Basta!
Maputo e as urbes municipais em Moçambique fazem parte dos casos muito raros onde circulam camiões carregados e até com atrelados durante o dia, estacionam nas ruas. Existem parques, noutros países só podem fazer o seu trabalho pela noite e até ao levantar do sol, para não prejudicarem que vai ao trabalho, às compras, ao café ou restaurante. Onde se vêem barraquinhas nas zonas turísticas como na Marginal de Maputo e noutras urbes nacionais? Vendem comida, bebida até a menores? Onde está a polícia, a fiscalização? De preferência só os vemos nas horas em que trabalham os funcionários públicos!
Insisto mais uma vez no que já escrevi: Compreende-se que o cidadão, o residente esteja irritado, revoltado e inclusive deixe de votar pelo partido no poder, abstenha-se, não compareça nas urnas ou até busque alternativas noutras forças políticas. As eleições municipais de 2009 e as gerais de 2014 mais que provam esta asserção.
Haja hombridade e serviços reais! Para isso o meu abraço.
P.S. Condeno os atentados de Bruxelas, como todas mortandades de inocentes, na Bélgica, na França, na Líbia, na Tunísia, no Senegal, na Nigéria, no Quénia, no Sudão, em Moçambique onde os terroristas matam!
Bom a Torre Eiffel iluminar-se com as cores belgas, o Secretário de Estado Norte-Americano levar um abraço solidário a Bruxelas. Mas alguém ouviu ou viu a Torre Eiffel com cores de outros países, o Secretário de Estado Norte-Americano levar abraços solidários a países não brancos? Vidas humanas ou apenas vidas brancas?

                                                                                                     SV

Sobre os bons e maus terroristas E outros criminosos

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CARTA A MUITOS AMIGOS

Criminosos diversos assolam a nossa sociedade, desde raptores de pessoas, assaltantes, violadores até de crianças e filhas, ladrões que assaltam bancos e lojas, invadem casas de pacatos cidadãos, traficantes e comerciantes de droga, lavadores e exportadores de dinheiro, construtoras que, depois de pagas, nunca acabam uma obra e desaparecem. Claro que a isto tudo está ligada a corrupção prevalecente entre elementos de instituições estatais e empresas do Estado, ou ditas altas personalidades.
Paralelo a este fenómeno, o que chamamos tradicionalmente de bandos armados que praticam acções violentas um pouco por toda a parte e com apoios bem estranhos vindos de fora e, ultimamente parece, até de organizações terroristas na Somália.
Com facilidade algumas instituições estrangeiras e vozes que se pretendem nacionais apontam o dedo acusador para o nosso Governo. Uma comissão de inquérito de alto nível deslocou-se e dialogou com as pessoas em diferentes povoações onde se alegava as forças governamentais haverem cometido desmandos contra pessoas e bens. Ouvindo as pessoas, visitando os locais, concluiu-se pelo infundado das acusações. Em contrapartida as declarações das pessoas locais e as destruições constatadas apontavam para a autoria dos ditos bandos armados. Um outro grupo duma ONG promete visitar a região e averiguar. Aguardemos.
Quero crer que se impõem sérias revisões ao Código Penal, ao Código de Processo Penal e às normas regulando a libertação condicional sob a alegação de bom comportamento de condenados. Estas libertações estarão livres de qualquer pressão ou incentivos materiais? Algumas sugestões que me parecem bem necessárias para as revisões em curso ou que se impõem:
1.             Quando um delinquente comete diversos crimes deveriam julgá-lo por cada um, e fazer o somatório do total das penas, não limitando o tempo que deve cumprir de cadeia. Lógico que apanhe cem ou duzentos anos estou com as vítimas.
2.             Na cadeia não pode haver reclusos com dinheiro e direito a suites e ares condicionados, celulares, televisões, comidas de fora, direito a receber visitas na suite, saídas autorizadas. Todos iguais lá, ricos e míseros, todos trabalhando e no duro. Cadeias fora da cidade e com machambas, pedreiras, produzindo para os presos e para venda.
3.             Há que definir critérios sérios e não discriminatórios em relação aos pobres, no que se refere ao regime e condições para a libertação provisória. O desgraçado não dispõe de um bom advogado com conexões com a magistratura. Sabemos que, vários desses libertados mãos sinistras os abateram, o chefão, esse passeia-se pelo estrangeiro, embora a interdição de sair do país. Escreve para s pasquins acusando uns e outros, ele transformado num monumento de pureza.
4.             Não faz sentido depois de 24 anos em que se assinou um compromisso de desarmar e entregar os homens para reintegração, após todas as eleições, que um partido, o único aliás, disponha de bandos armados, cometa atrocidades e exija governar onde muito bem lhe dá bel-prazer! Absurdo que deputados participem numa organização que em qualquer parte do mundo se consideraria terrorista e com muita razão.
5.             Esses deputados, além do mais violam o juramento prestado de respeitar a Constituição e a Lei! Perjúrio faz parte dos crimes, assim como a cumplicidade e apoio ao terrorismo. Onde e porquê se tolera isto? O Líbano, a chamada Suíça do Médio Oriente, suicidou-se e esteve morto durante longos anos, porque cada grupo político, confissão religiosa, partido possuía exército próprio. Queremos que isso se repita na nossa terra?
6.             Quando alguém da UE ousa condenar a entrada de forças policiais numa residência onde se encontravam armas e munições ilegais, perguntaríamos se isso não se faz em França, na Europa, nos Estados Unidos, em todos e quaisquer países vítimas das pragas terroristas. Neste caso até a polícia prenderia e algemaria o dono da casa. Mentira?
7.             Qual o sentido de condicionar o fim da barbárie ao governar partes do país, requerer que um Chefe de Estado estrangeiro, uma Confissão religiosa e agora a UE venham mediar um conflito criado pelo próprio. Mediar o quê e porquê? Não existe uma ousadia feita de arrogância e envolta na mais total ignorância e incultura nestes actos?

Há que pôr termo ao desaforo, ao abuso do Estado, a quem pretende que a Constituição não passa de um papel qualquer, que se altere quando a X isso bem lhe apraz. Em todos os países a Constituição faz parte dos documentos mais sagrados, que se revê pelo menos com uma maioria de 2/3 ou referendo. Menino há que ter juízo!
O fenómeno do terrorismo e dos bandos armados não se iniciou no nosso país. Nesta época mais recente iniciou-se no Afeganistão, onde à falta de melhor para derrubar um regime republicano, laico e socializante com boas relações com a defunta URSS, se recrutou um fanático, lhe forneceram dinheiros, viaturas, treino para os apaniguados e, após o pretenso sucesso, o fundamentalista atacou o seu criador.
Depois veio a vez do Iraque e das ditas armas de destruição massiva, deposto o regime que queria controlar o seu petróleo, entregou-se a situação à bicharada! Há que dizer que enquanto o Bath e Saddam governaram, durante esses anos todos e bem totalizando tudo, morreu menos gente que hoje num só mês.
Antes havia-se destruído a Somália. Depois vieram as ditas Primaveras, ou melhor Tempestadesque semearam mortos destruições na África do Norte, fizeram nascer o Boko Haram e semearam mortos e destruições na África Ocidental e Oriental. O último episódio, a mortandade numa praia e local turístico perto de Abidjan.
Creio assistirmos a escaladas de loucura. Vão aviões sem piloto bombardear o local X, a casa Y e matam inocentes a 100%, que mortos se transformam em danos colaterais. Pessoas reduzidas a meros danos colaterais? Depois sempre haverá amigos, familiares e outros prontos a vestirem um colete com explosivos, um carro ou embrulho com cargas mortíferas e assim satisfazerem desejos de vingança. Onde está o culpado, entre os que se vingam ou entre aqueles que suscitaram a vingança? De facto nos ambos lados, gostem ou não, tudo igualmente abominável e condenável. Não se pode nunca levar o inocente a pagar as culpas do agressor.
Todos somos Charlie, todos fazemos parte das vítimas quer nos países do Primeiro Mundo, quer em qualquer outro país ou cidade, Paris, sim, mas Tunis, Cairo, Bagdad, Cabul, Damasco, na Somália e Quénia, pouco importa o local quando se trata de vítimas inocentes. Há crimes que não prescrevem. Até hoje apenas se prende e julga carrascos do regime nazi. Julga-se e prendem Sérvios (os únicos brancos) e africanos. Os bandos de assassinos dos regimes militares da Argentina, do Brasil e do Chile permaneceram impunes, finalmente estavam aliados e serviam os interesses daqueles que mandam no mundo. Aos facínoras do apartheid e do colonialismo ninguém lhes toca. Lutemos pela Justiça!
P.S. A História e lutas do Presidente Lula e da Presidente Dilma não se coadunam com as acusações de que são objecto, duvido da veracidade das imputações. Mas, tudo acontece.
Parece-me que muitos países fora e dentro de África, dos Estados Unidos até aqui deveriam levar a cabo operações similares ao Lava Jato.
Não partilho das teses extremistas de caça às feiticeiras, mas certamente com toda a gente honesta deste país, a maioria esmagadora, precisamos de explicações sobre casos bem obscuros e que devolvam os dinheiros que de outro modo vamos nós pagar. Um abraço,

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