O guerrilheiro do Estado Islâmico “Jihadi John” morreu num ataque aéreo tão poderoso que o seu corpo foi reduzido a uma mera "mancha gordurosa" no terreno. A descrição foi feita pelo porta-voz da operação dos Estados Unidos contra o Estado Islâmico, o Coronel Steve Warren, ao Daily Mail.
Steve Warren é o primeiro oficial a fornecer mais pormenores sobre o ataque que levou à morte de um dos terroristas mais procurados do mundo, o britânico Mohammed Emwazi, mais conhecido como"Jihadi John".
O jihadista, que morreu a 27 de novembro do ano passado, surgiu em vários vídeos de propaganda do Estado Islâmico que mostravam a decapitação de reféns ocidentais. O fotojornalista James Foley, o jornalistaSteven Sotloff ou o voluntário de uma organização humanitária, David Haines, foram algumas da vítimas do extremista.
O coronel Steve Warren afirmou que o ataque ocorreu na cidade síria que é considerada a capital do Estado Islâmico, Raqqa. O jihadista morreu sozinho, na rua, enquanto falava ao telefone e se dirigia para um carro estacionado.
“Vi o vídeo da morte de Jihadi John. Ele estava sozinho, na rua, a falar ao telefone. Quando tudo acabou, ele era apenas uma mancha gordurosa no chão.”
O responsável acrescentou que o britânico não tinha muita influência dentro do grupo extremista, mas que se tinha tornado numa "celebridade" por aparecer em vários vídeos de propaganda. E foi por isso que as forças norte-americanas reuniram esforços para encontrar o jihadista.
“Foi por isso que colocamos um esforço especial para o apanhar. Demos-lhe a mesma atenção que damos aos líderes mais velhos, mas apenas por causa da sua popularidade.”
O coronel destacou que, neste tipo de ataques, uma das principais preocupações das forças de segurança é evitar a morte de civis. O ataque áereo que matou Jihadi John foi, segundo Steve Warren, o mais preciso da história da guerra.
"Temos que identificar com certeza a localização destes indívidos, de modo a garantir que realizamos o ataque com o menor número de mortes civis possível. Este foi o ataque mais preciso da história da guerra."