domingo, 17 de abril de 2016

Ponto de ordem

Eu não sou economista, nem crítico do governo (vergonha!). Mas tenho duas inquietações e uma sugestão. A primeira inquietação: se as dívidas da EMATUM e da ProIndicus tivessem sido contraídas depois de acesos debates no parlamento com pareceres dos nossos melhores economistas e depois dessem no que parecem estar a dar agora, qual seria a reacção? Por favor, não fazer batota e dizer que se tivesse sido assim não se teria contraído a dívida. Vamos supor que houvesse bons argumentos económicos para isso. O que estaríamos a dizer agora?
A segunda inquietaçao: porque é que ficamos assustados quando burocratas internacionais cujo poder não é controlado por nós ameaçam que vão deixar de nos dar conselhos que nem eles estão preparados para assumir quando as coisas correm mal? Será porque, no fundo, preferimos a ilusão do “está tudo bem” à dor de reconhecermos que não somos o país, nem as pessoas que pensamos ser? Porque lamentamos a partida do FMI? Afinal não sabemos que a sua principal função é de criar condições para que o país se possa endividar?
Finalmente uma sugestão: porque é que todos aqueles que beneficiaram da nossa pobreza não devolvem o dinheiro ganho (incluindo as milhas de participação em fóruns internacionais disto mais daquilo) para um fundo de salvação da Pérola do Índico? Refiro-me a todo aquele que ganhou dinheiros de consultorias, montou projectos de desenvolvimento, criou institutos e ONGs, viajou pelo mundo inteiro em conferências, seminários e “workshops” de desenvolvimento (ou de crítica ao desenvolvimento), trabalhou em projectos de desenvolvimento, acumulou 4x4s, usou o discurso do desenvolvimento como oportunidade de negócios (profissionalizando-se na crítica ao governo ou na comercialização dos problemas sociais lá fora). É o mínimo que faríamos por todos aqueles moçambicanos que, apesar desse nosso esforço, continuam na pobreza. Vivemos da pobreza, compatriotas! E mandar prender quem se recusar a alimentar esse fundo patriótico no bom estilo da Frelimo gloriosa...
40 Anos de independência e ainda há gente que acredita em contos de fadas. Yhú!
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Comentários
Sofia Mdc Nem mais justamente como faço a minha leitura
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Elisio Macamo muita hipocrisia e imaturidade.
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Sofia Mdc Bater no ceguinho...
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Adriano Simão Uaciquete Uma tentativa de resposta a sua inquietacao: a reaccao colectiva poderia ser de que os nossos melhores economistas nos enganarm, os debates foram forjados e que todos somos uma desgraca como povo. Ou entao lancariamos as culpas aos outros a um sujeitocolectivo abstracto (e nao a Guebuza e o seu governo como tem sido a tonica geral agora). Depois esqueciamos tudo e voltavamos a nos preocupar organizar seminarios, .... (essa coisa toda que o Prof chama de industria de desenvolvimento. E voltava tudo na mesma. Certo?
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Elisio Macamo you are the man!Ver tradução
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Adriano Simão Uaciquete Thanks. You are the great man.Ver tradução
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Elisio Macamo hahaha. beauty is in the eye of the beholder...Ver tradução
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Bayano Valy beauty is a lie in the eye of the beholder, so says i Emoji devilVer tradução
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Elisio Macamo hahaha.
Magacebe Majacunene Afinal ,Moçambique desapareceria sem o FMI?Claro que não.Se os PCAs tiverem que usar um autocarro só para eles para irem trabalhar e regressar a casa....que seja.Se os membros do governo tiverem que substituir os Acondicionados por boas e grandes ventoinhas....que seja.Poupar para investir onde de facto faz falta como na esfera da produção.Fazer dinheiro para que voltem as mordomias.....
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Elisio Macamo pois. a gente não vê os males que vêm por bem...
Gito Katawala Vou dar a minha resposta hipotética a uma questão hipotética. A porção militar não passaria no parlamento por efeito da presença da outra organização que tem uma ala militar. Ou seja, se incluiriam discussões de paridades militares, divisão de cargos de comando ou chefia. A discussão séria feia, os ânimos se exaltariam e os generais do planalto que juraram nunca negociará com os BAs, os tais d ACLIN que querem mais autoridade para combater e acabar com o inimigo.
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Elisio Macamo hahahaha. não pensei nisso... aí o negócio ficava de facto inviabilizado.
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Mussá Mohamad E a ditadura do voto?
A maioría iría sempre impor a sua vontade...recorde-se que a#paridade de que fala foi debatída,negociada e decidida no parlamento paralelo, o do #CCJC , o formal só chancelou, para tudo parecer bonitinho...
Francey Zeúte Penso que o mais nos preocupa é o secretismo que caracterizou o processo. Segundo, o facto de o partido Frelimo ter chumbado a proposta da ida do Governo à AR, explicar sobre o estagio da divida. Terceiro; o argumento que a propria FRELIMO apresenta para justificar o chumbo. Ou seja, mais do que o debate ter inflamado por conta do posicionamento do FMI, é o tratamento que esta ser dado ao processo que mais inquieta os mocambicanos. Tudo soube-se a partir do estrangeiro.
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Gito Katawala Oh mão externa... Hehehehe!
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Francey Zeúte Se a mao interna nao se apressa em dar informacao a externa poe-se a trabalhar. kkekèkk
Ricardino Matusse Sobre a primeira questão, acho que, a reação seria de desilusão pela má decisão tomada mas, "tranquilos" e sem Vuku Vuku porque saberiamos que a decisão foi tomada com transparencia. O que nos enfurece não é o resultado da decisão tomada mas Sim a forma como a decisão foi tomada. Fomos apunhalados pelas Costas.
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Ilidio Lobato No minimo estariamos tranquilos pela transparencia que teria enformado a decisao. Hoje nao sabemos se Estado usou o dinheiro para os fins aos quais estava destinados. Isto e tambem uma suposicao. A realidade e que ha coisas incompreensiveis. Como e que o governo se recusa a prestar contas ao povo e aceita fazer as instituicoes internacionais (as tais que nao precisamo). Penso que ninguem esta discutir o resultado da decisao (isso seria comecar da morte, como diz o outro). A indignacao resulta do facto de DESCOBRIRMOS (a partir de terceiros) que estamos cada vez mais endividados w metidos em negocios pouco claros. A palavra mais repitida no discurso inaugural do presidente Nyusi foi TRANSPARENCIA. Portanto e isso que as pessoas exigem.
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Barnabe Ncomo Concordo com o seu ponto de vista Ilídio. Mesmo que a razão desta embrulhada toda seja a "defesa da soberania" , não deixa de ser estranho que tal defesa seja apenas preocupação do governo e não dos representantes dos eleitores. Porque é que estes últimos ficaram de fora da embrulhada. Custava muito democratizar os riscos e prejuízos?
Matchy Adelino Penso que se tivessem sido apresentados argumentos lógicos para que houvesse um consentimento do povo o "choque" seria menor
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Mussá Mohamad Concordo com os dois últimos parágrafos...
Já o primeiro parágrafo/inquietação, acho a legítima...mas me parece que o problema dos críticos não é necessáriamente a dívida e nem o secretísmo por sí, mas o que motivou o secretísmo. E muítos, acham ser o desvío do dinheiro da dívida para os bolsos dos ponta de lanças do anterior governo...parece-me que não é mais a questão da viabilidade das empresas, ou a capacidade de quitar a dívida...mas o uso destas empresas para desviar/roubar dinheiro.
Por isso se ouve ruídos por aí..."prendam fulano"
Não é por ele ter liderado um governo que contraiu dívida secretamente apenas...mas a desconfiança de ter se apoderado do dinheiro.
Por isso acho que por mais que tivesse sido debatido e quiça aprovado com o aval dos economístas e tudo...se a posterior, houvesse indícios de desvio, havería #barulho...talvez com mais cúmplices e não se estaría a personalizar como se está fazendo hoje.
O mal estaría dividido pela aldeia...hoje a culpa é atribuída a um #trio...

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Matchy Adelino (continuado). Agora estamos todos desapontados de certo modo, porque depois da bomba que explodiu depois da aquisição dos "barcos para a pesca do atum", ninguém esperava por esta. A história dos últimos debates no nosso parlamento tem demonstrado uma repetida falta de concensos em assuntos importantes e sensíveis para a vida do povo. Por isso, não acredito que esta casa fosse debater essa "proposta" até que o mais pacato cidadão percebesse. Acredito pois que se assim fosse nesta altura estaríamos conscientes dessa decisão comum e aceitariamos com toda a naturalidade as eventuais consequências. Penso eu.
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Emidio Beula Primeira inquietação: Se as dívidas tivessem sido contraídas depois de acesos debates no Parlamento estaríamos a dizer: "bom, pelo menos a decisão foi informada de um debate público mais alargado"
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Elisio Macamo caros Francey ZeúteIlidio LobatoRicardino Matusse,Matchy Adelino e Mussá Mohamad, porque é que estou com a impressão de que alguém quer ficar zangado e precisa dum motivo forte? eu podia ter colocado o exercício doutra maneira. podia ter perguntado o seguinte: e se depois desse secretismo todo o atum estivesse a meter divisas que dessem para dar aumento salarial a todo o pérola indiano? e aí? há duas coisas que me incomodam na vossa resposta. a primeira é que na vossa indginação não se libertam do caso específico para olhar para o contexto. e o contexto não é se contraímos uma dívida lixada ou não, mas sim que somos um país extremamente vulnerável seja qual for a decisão que tomamos neste tipo de assuntos. essa é a discussão que precisamos de fazer, pois os problemas do nosso país nâo começam nem acabam com o secretismo, mas sim com toda a sua estrutura económica (e política). é como se não fosse por causa da ematum tudo fosse estar bem na pérola do índico... a segunda coisa que me incomoda é o apelo algo demagógico ao povo. falem em vosso nome pessoal, não em nome do povo que esse com ou sem ematum vai continuar a minguar como sempre foi a sua sorte justamente por viver num país vulnerável. e dois reparos: não condeno a recusa do governo de ir ao parlamento falar sobre este assunto. considerei legítima a justificação dada pela bancada da frelimo. nesse tipo de assuntos o governo presta contas a quem realmente dá dinheiro para o nosso país andar. e esses são os doadores! é contra essa situação que nós nos devemos insurgir, e não hoje, mas desde ontem (pelo menos eu tenho feito isso há mais tempo). segundo, nós elegemos governos para, entre outras coisas, tomarem decisões difíceis por nós. todo o sistema de governo precisa de mecanismos políticos para responsabilizar os governos pelos seus erros, mas há uma diferença entre criminalizar e responsabilizar. tudo indica que a decisão não foi boa, mas não é por isso que não devia ter sido tomada. a não ser que queiramos estar zangados pelo prazer de estarmos zangados.
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Elisio Macamo Emidio Beula, está incluido no comentário anterior.
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Dereck De Zeca Mulatinho Professor, faço parte daqueles que não ligam muito ao que o FMI e outras instituições de Breeton Woods andam por aí a dizer. Creio que tudo gira em torno de interesses de grandes corporações que sustentam os tentáculos dessas instituições, é importante ter sentido crítico capaz que questionar os antecedentes da decisão, a proporcionalidade do acto, os objectivos implícitos, a forma e intenção dos posicionamentos do FMI. É só ver como ficou a nossa indústria do caju.
Fora isso professor, inquieta - me a forma como o Governo tem estado a reagir ao não explicar os contornos do financiamento o que para mim alimenta todo sensacionalismo que existe em torno deste tema.
Sinceramente não me interessam os motivos, se foi para defesa ou para EMATUM.
O ponto é serviu para os propósitos? Era para Defesa era importante? Se sim, como garantir que o investimento que está a custar muito caro sirva o interesse do estado.
Creio que terão existido motivos, mas anunciar uma coisa e depois ficar - se a saber que é outra e mesmo assim não fornecer detalhes é alimentar confusão desnecessária.

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Elisio Macamo isso está claro. mas o exercício aqui é outro e tentei explicar na resposta anterior.
Mussá Mohamad Zangado? Não prof...aliás eu fui claro, não é a dívida lixada ou o secretísmo em sí, que cria esse barulho todo...mas o motivo do secretísmo, a causa do secretismo, que era de benefício dos então governantes...
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Elisio Macamo mas isso é uma suposição sem sustento senão aquela desconfiança de sempre de que somos governados por ladrões. não dou valor a isso.
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Mussá Mohamad Pode ser...mas o secretísmo convida-nos a ir por aí também, aínda que este (secretismo) não seja a causa de per si.
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Elisio Macamo sim, convida, sem dúvidas. mas mesmo sem secretismos podemos tomar decisões erradas.
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Mussá Mohamad Pois prof...mas aí já entra a questão que o prof, levantou...a participação de economistas e do parlamento, logo, a probabilidade de acertar nas decisões sería maior.
#secretísmo por sí, já foi uma decisão errada, e nunca justificada...
Até o ex. Governador do banco, veio dizer que não tinha conhecimento de alguns desses dissiers da dívida...

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Elisio Macamo dá-me um exemplo dum país de sucesso governado por economistas...
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Mussá Mohamad Não foi isso que sugerí, prof...os economistas que participaríam do debate não seríam necessáriamente governo, mas o governo precisa do conhecimento destes...
Pode ser um #mecânico a governar e governar bem...pode ser um#enfermeiro e governar bem, mas sempre precisará dos empréstimos, de sociólogos,economístas,agrónomos, geológos, jurístas, e outros especialistas...

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Elisio Macamo referia-me à probabilidade de acertar. este é um dos equívocos da discussão que fazemos deste assunto. as pessoas partem do princípio de que existe decisão certa e decisão errada. pode ser. mas na realidade política essa distinção é uma quimera. esta decisão que agora deploramos, noutras circunstâncias, estaria a ser aplaudida... com secretismo ou não.
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Mussá Mohamad Bom...é verdade que se a ematum estivesse a dar lucro, estaríamos a aplaudír sem reparar que houve secretísmos...mas isso não não justifíca o facto de não ter se passado do parlamento, por ex.
Quer dizer, se o meu filho pula o muro, para ir a escola porque chegou a hora, e eu esquecí de destrancar o portão antes de saír...independentemente do resultado ser ele tornar-se um aluno assíduo e exemplar ou quebrar a perna pela altura do muro...eu tenho de lhe ensinar que pular o muro é perigoso e errado, é hábito dos ladrões...só um ex.

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Elisio Macamo mas o governo não tem nenhuma obrigação de fazer passar essa decisão pelo parlamento. o voto que lhe demos é para tomar decisões em nosso nome.
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Mussá Mohamad Bom...não estou certo disso confesso...pelo que ouví, o governo tem essa obrigação nesses casos, ou no mínimo o dever, ou é recomendável...mas se o prof diz o contrário...sou obrigado e estudar mais sobre esse ponto, e por enquanto não posso negar, não tenho referências aquí...e não posso disputar com base nos meus #achismos...
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Anísio Buanaissa Caríssimos, o Presidente Guebuza tinha economistas no seu Governo e um deles é o renomado ArmandoInroga, tirado do sector privado.
Secretismo é modus operandi de qualquer Governo em matérias de defesa e segurança, que julgo ser o caso.
Em relação a aprovação para receber empréstimo, no Parlamento, a Constituição da república estabelece na alínea p) do nr. 2 do artigo 179 que so devem ser aprovados em Assembleia empréstimos que sejam executáveis no período acima de um exercício económico, sendo que o resto é acção governativa ordinaria.
A fraqueza argumentativa no debate leva a concidadãos se focalizarem em supostos roubos que para mim serão sempre "não assuntos" se não provados. Chega de argumentar na base de achometros.

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Elisio Macamo obrigado. essa é uma precisão importante e clarifica alguns equívocos.
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Mussá Mohamad Eu pelo menos não disse que houve ou não roubo,caro Anisio Anísio Buanaissa , veja em que contexto estou comentando, e atenha-se as sugestões e inquietações do prof, que resvalaram nessa janela...
E em nenhum momento afirmei que não havia economistas no governo de guebuza...respondí a sugestão de debate aberto a economistas, patente no texto do prof Elisio Macamo, e claro que ele não se refería exclusivamente aos economistas membros do governo...quem não conhece Armando iroga?
E o secretismo não foi para questões de defesa apenas...a ematum, é para Capturar atum, e isso não se faz com blindados e bazukas...
Se falares da irmã proindicus, pode ser...
Também não sou Apologísta de debates baseados em #achismos, prova isso o meu último comentário, sobre um ponto que não estava certo sobre ele...
Mas também, não me sinto confortável com debatendo com arrogantes com complexo de sabixismo acima dos demais, que preferem fingir-se de deslocados e desentendidos, do contexto di debate, só para humilhar os outros, em nome de sei lá oquê...
Perdoe me prof, sei que não gostas desse tom, no teu mural...mas não gostei disto...
Mussá Mohamad Anisio Anísio Buanaissa, monstre um só parágrafo, onde eu afirmo que alguém roubou?

Leia e perceba, e se não percebeu, pergunte...

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Elisio Macamo sim, esse tom não é bom e não importa quem começou.
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Mussá Mohamad Perdão...
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Anísio Buanaissa Caro Mussa, felizmente as minhas colocações nunca têm destinatários identificados, serve para quem servir.
Os "acho que..., acho que..." tem sido característica de grande parte dos "pérola indianos"(emprestando termo usado pelo autor do post). É a essa classe que eu me referi.
PS: não se esqueça que mais de metade da dívida da Ematum é dirigida para material de patrulhamento marítimo e isso é segurança.
Estados fortes ou, pelo menos que pretendem ser, não devem ter sua capacidade militar conhecida, por isso tanto aqui na pátria amada quanto noutras paradas é legal a não descriminação das atribuições da verba orçamental para defesa e segurança. Repito, Estados normalmente optam pelo secretismo nestas matérias.
Abraço e desculpe pela parte que lhe toca...

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Mussá Mohamad Bom...desculpe eu...na verdade estando nesta janela com o prof e mais ninguém, é natural que me sentisse tocado...

Quanto a dívida da ematum, vejo que é secreto para os demais,pois o anisio Anísio Buanaissa, conhece melhor o dossier, até as fatías exactas para cada fim.

Só espero que saibas também sobre a #proindicus...
Mendes Mutenda Qual é a diferença entre FMI e BCI ou Millennium Bim? Pelo que sei, todos querem lucros
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Elisio Macamo há diferença. o fmi não quer lucros. quer poder sem responsabilidade.
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Mendes Mutenda Poder (lucro), ainda por cima, sem responsabilidade
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Elisio Macamo mas há quem fica preocupado quando eles dizem que vão embora. como se fossem mesmo...
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Mendes Mutenda Nunca vi um banco comercial (FMI), a abandonar um cliente e, logo a partida, sabendo que vive do mesmo. O nosso grande problema, até porque culpa é que fomos tão marketingmente consumidos pelo FMI e pensar que eles querem o nosso desenvolvimento. Já agora, qual é o país no.mundo que se orgulha por desenvolvido graças ao FMI ou Banco Mundial. Só quero um
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Brazao Catopola Mendes Mutende o FIM e BM podem não abandonaremnmas encarecem a dívida o que torna o país como um estado falhado. Moçambique ja esteve a Beira do abismo quando a Rússia negou emprestar dinheiro a Moçambique em 1983. Pergunte porque Moçambique assinou a chamada cláusula de Berlim... Exatamente porque se viu abandonado e a Beira do colapso
Amilcar Vera-Cruz López Professor?... Acho que ja embarcaste no navio dos G
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Elisio Macamo nunca saí de lá.
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Mendes Mutenda Kikkkkk... quando se tenta anular o argumento. É só dizer G.
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Elisio Macamo pensei que ele estivesse a gracejar.
Isaias Dosanjos Acho que se a dívida tivesse sido contraída com o pareceres dos nossos melhores economistas, estariamos a testemunhar mais um "desmaio da ciência" o que seria normal para os nossos analistas. Portanto, não atirariam tantas pedras.
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Elisio Macamo é. talvez.
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Carlos Edvandro Assis Elisio Macamo eu gostaria de responder e alicercar a sua segunda inquientacao. Ora vejamos, o sistema monetario internacional é um mercado entre os BANCOS CENTRAIS dos paises que percentem ao Fundo Monetario Internacional (FMI). Objectivos do FMI: The IMF’s objectives include the facilitation of balanced growth of international trade, promotion of exchange stability, and the making of financial resources available to the members of the Fund. In recent years the fixed monetary system created by the IMF members in 1944 has been replaced by a managed float system. Currently the IMF faces a number of major problems, including helping third world countries to deal with their international debt crisis and increasing international liquidity.Ver tradução
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Elisio Macamo alicerce então!
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Carlos Edvandro Assis Elisio Macamo When a country suffers a persistent balance of trade deficit, the nation will also suffer from a depreciating currency and will find it difficult to borrow in the international capital market. In this case, there are only two choices available. One is to borrow from the International Monetary Fund (IMF) and be willing to accept the restrictions that the IMF puts on the country, which are designed to introduce austerity and force the country back on to the right economic track. The other approach is for the country to change its fiscal policy (tariffs and taxes), resort to exchange and trade controls, or devalue its currency.Ver tradução
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Elisio Macamo ok. sim, faltava isso.
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Carlos Edvandro Assis Como se nao bastasse, deste modo fica claro que FMI é um grande instrumento da qual dificilmente nos poderiamos dessociar sob pena de estarmos isolados, porque os paises membros do FMI da qual fazem parte a maior parte dos paises do mundo incluindo USA, Uniao Europeia, China, India, Japao e etc, seriam tambem estes obrigados a isolar-se de Mocambique em termos de imposicao da balanca comercial etc etc, um pouco do que esta a acontecer com o Zimbabwe.
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Elisio Macamo sim, mas o essencial para mim é que é instrumento que nos permite contrair dívidas, algo que vinha acontecendo de forma insustentável com o seu aval após o perdão de 1999. lembro-me duma entrevista que fiz ao chefe do banco mundial em maputo que me disse na cara, quando o interpelei a esse propósito, que ninguém partia do princípio de que moçambique fosse pagar...
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Carlos Edvandro Assis Certo Elisio Macamo, percebo o movimento do seu pensamento.
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Carlos Edvandro Assis Elisio Macamo A nossa maior luta é com as dividas que o pais contrai, investir-se seriamente na educacionalizacao, industrializacao e agriculturarizacao da nossa economia so assim poderiamos estabilizar a nossa Balanca de Pagamentos (Balance Of Payments) e no entanto reduzir a nossa forcada ida (perpetua) ao FMI & Banco Mundial.
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Elisio Macamo totalmente de acordo. lamento bastante que as pessoas só ganhem consciência disto (se é que ganham) quando estamos perante casos desta natureza. quanto empréstimo não foi contraído aí com o aval dessas instituições e não serviu para nada? estou a pensar especificamente em empréstimos para a pesquisa e coisas assim. as pessoas têm que aprender a olhar para o conjunto e para as estruturas.
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Carlos Edvandro Assis Elisio Macamo Noutro dia estive a assistir a MOZEFO e estava la o Rui Fonseca (ex - PCA CFM) e actual PCA do BIM. E ele dizia que Mocambique tem mao de obra intensiva. Confesso que me senti machucado e escandalizado com isto, vindo dum Sr como o Rui Fonseca. Entendi que ele quis levar a dimensao da "quantidade" para qualificar a mao de obra em Mocambique como intensiva. Mas ok, nos meus olhos a mao de obra intensiva é pessoal com capacidades de produzir dadas quantidades com qualidade por unidades a dado espaco de tempo (Mao de obra intensiva = unidades + tempo) em relacao ao outro (competicao). Reparo para o que produzimos em Mocambique e viro os meus olhos em volta da regiao sucumbo me de pensar que o Sr Rui Fonseca Equivocou-se com o termo mao de obra intensiva.
Felisberto Massingue Se a divida tivesse sido contraida de forma transparente, nao nos sentiriamos enganados. As pessoas zangam quando se sentem enganadas. O princípio de transparência foi pisado pelo governo. Isso nao o incomoda professor? Acho que isso devia incomodar a todos.
Assim como devia nos incomodar a forma como é usado o dinheiro da ajuda ao desenvolvimento (ONGs, etc). Mas acho que quando se trata de divida pública o assunto é mais sério ainda. Como cidadaos temos o dever de exigir transparência. Portanto, não estamos a zangar à toa aqui.

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Elisio Macamo primeiro, quando chega tarde a uma discussão tenha o cuidado de ler os outros comentários. algumas das questões que levanta no seu comentário já respondi. o seu comentário devia nos ajudar a adiantar a partir das respostas que já dei. segundo, não houve nenhuma intransparência porque o governo agiu dentro da prerrogativa que tem de tomar tais decisões. a decisão pode ter sido errada e isso pode ser criticado. mas não foi intansparente porque não pesava sobre o governo a responsabilidade de fazer fazer uma discussão pública. eu acho que algumas pessoas zangam mesmo à toa.
Joaquim Salvador Camarada prof, gosto muito quando tens argumentos, agora desta desracionalixaste! Com X! Argumentamos in presencia, não gosto deste forum mas não podia deixar de te dizer - publicamente - isto! Gostes ou não ...
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Marcelo Marcelino O problema Prof. é de fazer tudo na calada da noite, as escondidas, aquilo que chamo de gestão subterrânea da coisa pública, aqui houve traiçao. Se os resultados da divida tivessem sidos bons estariamos a jubilar. Contudo, nao podiamos deixar de condenar a traição, de celebrar contractos, acordos em que a outra parte é surprendida. Numa conta (bancaria) conjunta da familia, todos participam na abertura e na movimentação. As partes devem ter conhecimento do que nela acontece pois os beneficios assim como as consequências serão partilhados.
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Juma Aiuba Prof. Elisio Macamo, a mim o que preocupa não são os lucros ou viabilidade do negócio. O que me preocupa, na verdade, é a transparência da decisão. O problema para mim reside na legitimação da decisão. Ou seja, mesmo que a Ematum estivesse a meter muito dinheiro aos cofres do nosso país, eu continuaria a falar da transparência. Obviamente, não seria da forma mais enervada, mas falaria - sim - dessa tal de transparência que tanto almejamos e tanto se fala.

Estou preocupado com a democracia, com o poder das instituições que temos. Se se pode criar uma dívida comercial, hoje soberana, para criar una empresa, seja ela lucrativa ou não, então não precisamos do Parlamento. Podemos somente criar um instituto de comerciantes ou assessoria comercial formada por melhores economistas para discutirem cientificamente e decidirem como usar o dinheiro do Estado. Então, podemos gerir o nosso país como uma barraca.

Imagina que, por exemplo, o mandante dos sequestros é encontrado algures em Tsalala e a Polícia entenda julga-lo e condena-lo ignorando as instituições competentes, estariamos satisfeitos? Não! Nem que se prova-se que, de facto, ele é o boss dos sequestros.

Então, se se discutisse no Parlamento, seria uma decisão transparente e ai diriamos "poxa, temos um mau parlamento" e ao dizer isso estamos a assumir as culpas.

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Ilidio Lobato Juma escrevi algo similar la para cima e o professor achou que eu estivesse a arranjar motivos para zangar. O argumento que o prof trouxe de que o governo foi eleito para tomar decisoes dificeis, me faz pensar na ideia da unipresenca do executivo em relecao aos demais poder e instituicoes que o conferem legitimidade. So para complementar o seu comentario trago aqui o comunicado do governo no qual diz que pretende se reconciliar com a MAO EXTERNA conspiratoria (FMI, e assim que alguns amigos tratam um dos maiores parceiros economicos de Mocambique).
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Ilidio Lobato REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS COMUNICADO Na sequência do anúncio do Fundo Monetário Internacional de cancelamento da vinda a Moçambique de uma missão no Quadro da revisão do instrumento de apoio de Políticas e da Facilidade standby credit facility, o Ministério da Economia e Finanças informa: 1. No âmbito das reuniões de primavera do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional, uma delegação do Governo moçambicano chefiada pelo Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane e que inclui o Governador do Banco de Moçambique Ernesto Gove, manteve encontros com o Fundo Monetário Internacional. 2. Nesses encontros foram actualizados os desenvolvimentos recentes da economia moçambicana e partilhada informação sobre desafios impostos pela conjuntura actual, nacional e internacional. 3. A delegação moçambicana informou ainda dos resultados das deligências feitas pelo governo para a reestruturação da divida comercial da Ematum para divida soberana, no âmbito dos esforços para maior transparência fiscal. 4. O Governo discutiu com o FMI a informação posta a circular sobre dívidas de outras entidades, com garantias do Estado emitidas pelo Governo. 5. O Governo prestou os esclarecimentos iniciais, tendo as partes julgado oportuno aprofundar esta matéria, com destaque para a avaliação do impacto no endividamento global e seus efeitos macroeconómicos, dado os valores envolvidos. 6. Neste contexto, o Governo de Moçambique decidiu constituir uma delegação técnica para se deslocar a Washington para, com os técnicos do FMI, proceder à avaliação da situação e determinar os passos para reforçar o relacionamento com o Fundo Monetário Internacional bem como o estabelecimento de um instrumento de apoio às políticas económicas do País, uma vez que o actual termina em Junho do corrente ano. 7. Esta missão, vai ainda criar as condições necessárias para a deslocação, ao País, da missão do Fundo Monetário Internacional, neste momento cancelada até avaliação da situação. Maputo, aos 16 de Abril de 2016
Emidio Beula O governo foi eleito para tomar decisões. Eu subscrevo totalmente esta afirmação, tanto é que até hoje admiro o ex-Presidente pelas decisões que tomou... Mas continuo a pensar que independentemente dos resultados de tais decisões, sempre seria louvável que as mesmas tivessem sido tomadas depois de um debate público alargado... Sobretudo aquelas cujo fracasso pode por em causa a estabilidade do país.
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Brazao Catopola Para a primeira questão: a aqui um aspecto que está em causa. não é dívida em em si (aqui entra parte da resposta para o ponto 2). Não é o valor ou para que fim foi a dívida, mas a inclusão na responsabilização e responsabilidade sobre o seu uso. esse é que é o facto que muda ter ou não ter sido aprovado pelo parlamento o endividamento. Se o parlamento tivesse discutido e aprovado garantidamente cada um seria e aceitaria ser de sua responsabilidade não o uso do fundo mas a sua existência. o debate não seria ter feito a dívida irresponsável, mas o uso indevido da dívida. Segunda questão. Há uma consciência clara que o banco mundial cria condições endividamento aos países. No entanto, há também a consciência que somos pobres ( se temos recursos não soubemos como explora Los. se temos conhecimento não temos tecnologia. se temos. e há também a consciência que não produzimos "ainda" para termos dinheiro e condições de desenvolvimento). A par disso tudo, sabemos também que precisamos de dinheiro e que o banco mundial, fmi nos podem ajudar. Ora, o nosso susto advém do facto de sabermos que a sua ajuda apesar de criar endividamento também ajuda a ter o que temos em falta para não sermos pobres. A saída deles representa escassez até mesmo da vivência aparente. Por essa razão nos preocupamos com a sua saída pois sabem ms que nem para termos pouco e/ou pagarmos o que devemos poderemos. então a nossa aflição recairá sobre a nossa incapacidade de andar sem eles. Perguntaria se Moçambique não existiria sem FMI/BM. Claro que existiria mas também temos a memória da década 80 sem eles e sobretudo depois da recusa da COMECOM em ajudar Moçambique. só isso
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Carlos Edvandro Assis Tenho duvidas que Mocambique possa ter pernas para caminhar sem o FMI. Para lhe elucidar, USA, Uniao Europeia, China, India, Japao os paises com um PIB muito grande e robusto o que ajuda grandemente na sua balanca de pagamentos e uma inflacao aceitavel, estes fazem parte do FMI. Quanto mais Mocambique, estavamos com um PIB de 7.2% e 2014 e estima-se que em 2016 desca para 6.4 ou mais e note que o nosso PIB e maioritariamente contribuido pelo sector de recursos minerais (Gas, carvao, aluminio) so.
Ismail Mahomed Moçambique é um país que tem um serviço de deplomacia muito forte reconhecido internacionalmente pelo seu pragmatismo, é verdade que estamos no mar alto e precisamos de todos os parceiros para chegarmos a bom porto, ainda não afundamos, mas temos os motores a funcionarem com muitas dificuldades o vento esta muito forte a ondulação atinge quase 10 mtrs de altura o barco tem um casco muito bom que até aguenta com todos os tripulantes e passageiros suas cargas o piloto faz de tudo para chegar a costa de lembrar que o casco é bom forte e não mete água, se os motores pararem definitivamente o que faremos? abandonamos o barco? e tentamos chegar a costa a nado? Pegamos em remos todos e tentamos chegar a costa todos juntos com as nossas bagagens? ou pegamos em rebardeiras e em tudo que de contundente encontrar e começamos a martelar e perfurar o barco e violentar a tripulação porque deixou o barco avariar?
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Vasco Adao KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
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Rogerio Jose Uthui Prof. Elísio. Obrigado pelas tuas dúvidas metodológicas que ajudam a muitos não só a perceber, mas também a analisar mais calmos o processo das dívidas contraídas pelo Estado. Eu estou neste momento muito abatido por uma gripe "malárica" que me atacou desde 4f e pelas intervenções reaccionárias de muitos deputados do Senado brasileiro desde há 32 h atrás. Sinto que a maquinação da crise mundial dirigida contra os BRICS e países progressistas, que vem sendo movida impiedosamente pelo GRANDE CAPITAL, está surtindo efeito. Mau para todos nós.
Não é boa notícia o FMI rever a sua visita " da troika" a mz. Mas todos aqui já se pronunciaram contra as "sábias" soluções de acabar com a indústria do caju e muito mais

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Rogerio Jose Uthui Vindas da Bretton Woods. Por fim entenderem todos que, de acordo com almanaques básicos de ciência política, o Governo comanda o Estado. Em democracia, o governo eleito cobra impostos, faz orçamento, distribui recursos, realiza os programas de desenvolvimento, defende a soberania, etc.
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Cenitinho Mbalane Está publicação é sofrível. Criticar o FMI e/ou o Banco Mundial é uma declaração de ignorância. Essas instituições não são a Madre Teresa de Calcutá. Mas ajudam países perdidos como o nosso. A troco de que, não interessa. Mas ajudam.

What, Lazaro Mabunda? Queres regredir para o machelismo? Por pior que tenha sido o guebuzismo, nada justifica detenções sem evidências de crime. Gulamo Nabi foi fuzilado alegadamente por contrabando de camarão. Não tenho motivos para duvidar que, nas decadas posteriores aos fuzilamentos por alegada sabotagem econômica, tenham sido praticados danos incomensoravelmente superiores aos de Nabi. Mas isso justifica que, seguindo a lógica criminal anterior, os novos sabotadores econômicos sejam cortados aos pedacinhos? Por outro lado, até prova em contrário, o actual Governo, incluindo o PR e o Ministro das Finanças, consideram os endividamentos da EMATUM e da PROINDIC uma opção estratégica útil para o Estado moçambicano. Tão útil que converteram uma dívida supostamente privada numa dívida soberana. Agora, sim, o Estado sente-se mais soberano! Por acaso houve alguém na reunião do CC da Frelimo a denunciar e apelar para que esta dívida deixe de ser soberana e seja imputada a quem a fez? Se alguém tiver a resposta,ficaria muito grato que partilhasse comigo. Um abraço, Lázaro; mas agarra aí uma calma.

Lazaro Mabunda
FMI suspende financiamento a Moçambique. Por que não se detém Guebuza?
"Excerto da Conferência de Imprensa pela Directora do Departamento Africano, Sra. Antoinette Sayeh. (Washington DC, 15 de Abril de 2016)
Gostaria de dar o ponto de situação sobre Moçambique, dados os recentes relatos da imprensa sobre a existência de novas transações de empréstimo associadas aos sectores de
segurança e defesa. Recebemos esta semana confirmação das autoridades da existência de um grande montante de empréstimo que não havia sido previamente revelado ao FMI. O empréstimo não revelado excede 1 bilião USD e altera significativamente a nossa avaliação do panorama macroeconómico de Moçambique. Estamos actualmente
procurando determinar, em cooperação com as autoridades, os factos deste empréstimo.
Chamamos à atenção das autoridades que quaisquer transações relacionadas com dívida pública ainda não reveladas devem ser reportadas de forma transparente e publicamente, independentemente dos seus propósitos. Tal reporte é essencial para assegurar uma completa prestação de contas do governo para com os seus cidadãos e o parlamento,
permitir uma correcta avaliação da dívida previamente não revelada sobre o panorama macroeconómico, e avaliar o impacto dessas possíveis transações sobre os programas
apoiados pelo FMI em Moçambique. A missão que estava prevista para iniciar na próxima semana revisões ao abrigo do Instrumento de Apoio de Políticas e da facilidade Standby Credit Facility foi cancelada, aguardando uma revelação e avaliação completa dos factos."
Rudolfo Cossa Estou estupefato!
Meque Magira Os que deviam prende-lo devem estar tambem com o rabo preso. NYANDAYEYOUUUU DE QUÊ ESTÀS À ESPERA NYUSI?
Jaime Luis Jemuce Como é que Nyusi vai prender Guebuza sendo que ele também está por detrás desta sujeira toda. O que se fez foi passagem de testemunho ou melhor "trocar o sujo pelo o mal lavado ". Por isso mesmo eu sempre falo que Moçambique é um paraíso de impunidade.
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Carlos Mairoce Paraíso de impunidade, realmente. Onde anda a PGR e o Ministério Público?
João Adolfo Faustino Cantengo Nós por causa do medo das balas sangrentas somos os maiores contribuidores para que a impunidade reine neste país. Sociedades cansadas destas sujeiras revoltam se contra seus governos corruptos como forma de demostrar o seu descontentamento. Nós o povo (todo tecido social) de alguma forma para o mundo exterior parece que aplaudimos e acobertamos esses actos vândalos e marginais destes governos paranóicos. Muita pena do actual Ministro das Finanças Adriano Maleiane por ter aceite uma missão espinhosa que só veio sujar todo o seu curriculum de vida profissional. Usaram-te para te servir de capa para exterior, para que a sua imagem emaculada tapa-se toda essa sujeira junto dos credores e da comunidade internacional. A semelhança dum Bispo sumido da praça. Que ingenuamente se entregou de alma para depois sair da sua missão como um grande judas... Senhores essa gente é o que sempre digo " SÃO COMO CARVÃO SE NÃO QUEIMAM-TE, SUJAM-TE."
Jose Maria Falaste d ministro ds financas como se ele fosse inocente pk? Unico inocente aki eh somente o povo. O eterno pobre k trabalha a terra com emxada de cabo curto todos dias e nada gamha
Naine Mondlane Bem dito ilustre.
Ezra Chambal Nhampoca É o cúmulo!
Eddy Waku Lombëla Povo licenciado em medologia, na especialidade d silêncio acompanho por analfabetismo que forma um magistoso oceano aki na pérola. Porquê que até hoje ninguêm se junta a ninguêm pa irmos às ruas?
Jaco Nickel Ford Voce so fala tipicamente povo da minha provincia. Alias como nos gozavam hoje o povo cena e ndau saem as ruas pra reveindicar qualquer irregularidade. E nao sei com quem posso lhe comparar
Julio Lacitela Ainda nao entenderam o motivo da robotizacao da FIR?
Boa Matule Eis a questão! O mais caricato é ver o tipo todo sorridente e enchendo os seus pulmões de pato feito um herói! 
Fernando Filipe Franco Pior que isso, é ainda ver o zé povinho atrás das camisetes oferecidas por ele.
Loku Cust A procissao vai ao adro
Euclides Da Flora estamos na lama!
Hussene Algy Adamo enquanto o outro quando ta em perigo muda fica pássaro este quando vai ser apertado vai mudar ficar pato
Moisés Arlindo Valério Sitoe Tudo igual fomos de facfo enganados, e ainda trocamos uma nódoa por uma mancha...
Lunaydes Chauque de Nayron Moçambicanos precisam d aprender a fazer greve, uma greve inteligente e ñ d vandalismo, talvez assim os que encobertam esta sujeira possam acordar. Loko va xerhanile mali a vahi gueli.
Nota de crédito de Moçambique baixou de B3 para Caa1
Segunda descida do rating do país pela Moodys
A Agência de notação financeira Moodys cumpre promessa e baixa a nota de crédito de Moçambique de B3 para Caa1. Esta é a segunda descida do rating do país pela Moods, em menos de um mês. A Ematum continua a ser responsável de todos os males. 
Depois de ter reduzido, em Março último, a agência de notação financeira Moods voltou a baixar o rating de Moçambique de B3 para Caa1. Segundo um comunicado da Moods, o maior factor desta descida da qualidade da dívida de Moçambique é a recente troca dos títulos de dívida da Ematum, cuja agência classifica de “troca angustiada” e uma antecipação a um possível incumprimento do honrar com a dívida por parte do Estado moçambicano.
Por outro lado, a Moodys analisa a troca dos títulos de dívida em dificuldades como um indicativo de uma vontade diminuída por parte do Governo moçambicano de cobrir suas obrigações futuras de dívida em relação à promessa original. A agência avança ainda que a persistência de preços baixos das matérias-primas deverá se manter nos próximos anos, o que mostra que Moçambique não vai recuperar tão já a sua liquidez.
Mesmo assim, a Moody’s diz que a perspectiva da dívida de Moçambique é estável, na medida em que os riscos ascendentes e descendentes são equilibrados. Em particular, o rating Caa1 já incorpora a expectativa da Moodys de que as pressões externas continuarão a pesar sobre o nível de reservas cambiais em 2016 e 2017.
A Moodys não fala da dívida que veio a público recentemente, mas estima que o impacto global da troca de dívida da Ematum nas reservas internacionais vai ascender 1,5% a 2,0% do Produto Interno Bruto durante 2016-2018, numa base cumulativa.
O Pais
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Comentários
Ariel Sonto O que eh isso de Caa1...? Algum entendido? Prof. Castelo-Branco...
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Abel Zico Ariel Sonto 'e um rating de avaliacao de qualidade e risco de creditos que entidades e paises assumem... O rating parte de Aaa que 'e tido como de mais alta qualidade e muito baixo risco ate o C que 'e a mais baixa qualidade, alto risco e com problemas serios de cumprimento das obrigacoes. De Caa1 a Caa3 'e tido como de muito baixa qualidade e alto risco. Esse ratings sao usados pelos potenciais credores em caso do pais solicitar algum credito, de modo a avaliar o risco do seu investimento. Quanto maiores os riscos maiores sao as garantias a serem solicitadas, inclusive a taxa de juros. Em suma, a este nivel ou ninguem nos da dinheiro ou dao mas a custo muito elevamos...Estamos mal...
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Carvalho Dunga Estamos na banca rota a cada dia
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Aurélio Bull Gza Bancarrota
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José António Monteiro Sanções económicas são tantas e podem vir de tanto lado que eu aconselho vivamente o Pr, a Frelimo e o governo a repensar a sua atitude face à Renamo e suas propostas.

Se quiserem avançar é melhor aprovarem a regionalização e com mais poderes que os que constavam da proposta da Renamo. Províncias com capacidade de contrair dívida para suprimir as necessidades de financiamento de Moçambique.

Mais dia menos dia não terão alternativas e quando não se tem alternativas...
Reginaldo Balate Fomos roubados.
Ndawana Dukusa Alberto Se fundei de vez está porra!!!!
Beto Chivite A PGR já tem mais que matéria suficiente para agir mas continuará a assobiar pra o lado.
Sarmento Abel Sande Da PGR não se espera nada se é que existe e funciona de facto.
Inocencio Banze E agora? O que se segue!!!! Penso que o Dr. Maleiane deve convocar uma conferência de imprensa e explicar ao povo o que está acontecer. Nem todos somos ignorantes!!!! Percebemos um pouco de números.
Mj OJusticeiro O ministro da Economia e Finanças garantiu, hoje, que não existe nenhuma dívida escondida relacionada à EMATUM. Adriano Maleiane reconhece, no entanto, que existe um empréstimo com garantia do Estado no valor de 622 milhões de dólares.

As declarações do ministro da Economia e Finanças são citadas pela Lusa, que o entrevistou, hoje, no fim de uma reunião com o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, em Washington, nos Estados Unidos da América.

“Houve alguma confusão e acabou colocando Moçambique num barulho sem necessidade. Tudo aquilo que tem a garantia do Estado, está garantido. Nós assumimos tudo o que havia sido assumido pelo governo. Essa é a tranquilidade que eu continuo a dar aos investidores”, disse Maleiane.

O ministro da Economia e Finanças diz que a dívida conhecida actualmente nunca foi escondida. Trata-se de um empréstimo no valor de 622 milhões de dólares concedidos a Pro Indicus, com garantia do Estado. Ou seja, além da EMATUM, o Estado assegurou a dívida de mais uma empresa. Maleiane explica que a dívida pareceu escondida, porque os bancos que emprestaram o dinheiro não informaram aos investidores.

“O que os investidores não sabiam é que em 2013 os dois bancos que organizaram a operação emprestaram 622 milhões de dólares a outra empresa Pro Indicus para financiar a compra de navios e instalações de radar para combater a pirataria... Infelizmente a forma como o processo foi conduzido pode ter levado a esta confusão”.

O ministro lamenta que a confusão tenha afectado a credibilidade externa do país. “Afectou, o investidor ficou na dúvida, na incerteza. Quem repassou o crédito é que devia tranquilizar esses investidores. Queriam ter só a certeza de que o Estado ainda continua a incluir isso como responsabilidade”, finalizou Adriano Maleiane.

Jaime Alfiado a pgr sao pessoas que trabalham la nao robots temem assassinato, oque pode ajudar mocambique e a reforma institucional . tirar algums sectores da justica nas maos do presidente e parlamento ja que este segundo faliu com a entrada do gueba.
Moises Matos Maposse Eu sou da opinião que isto devia ser considerado CRIME CONTRA A HUMANIDADE e tinha que se emitir um MANDADO DE CAPTURA ao Sr. Guebuza pelo Tribunal Penal Internacional porque este Crime é de grandes dimensões e ultrapassa as capacidades da nossa Justiça. A PGR já devia ter agido nisto.
Carlos Mairoce É verdade. Isto equipara se a matar lenta e fisicamente cidadaõs do seu país
Evaristo Cumbane Maleiane nao pode dizer isso quando os bosses dos dollars afirmam categoricamente houve transacoes escondidas....foram escondidas ao proprio nosso parlamento e ao logicamente ao povo. Alguem ainda duvida disso?
Armando Tomas Fernando Fernando Maleiane, esta tentar tapar o sol com peneira
Pablo Osvaldo Osvaldo PGR faz o qué?bem bem
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Marcos Manejo Pakhonde Pakhonde Sera que existe este tal dito?
Hermínio Doce Isto é o climax da podridão! E o povo, nós deste lado, ressentimo-nos severamente desses rombos financeiros assaz gritantes!
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Leopoldo Agapito Sobrinho errar e dos homens que tal deixar mos o assunto nas mãos de DEUS?
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Marius Ioannes Nyussi demite-se ou tem que entregar a cabeça de Guebas
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Elves Arnaldo Definitivamente, este país deveria se chamar "paraíso dos corruptos. Existem vários casos que deveriam servir como exemplos de combate à corrupção. O mais recente é o de Brasil, onde o ex-presidente Lula da Silva foi posto em "check mate" por ter se apoderado de "megalhas insignificantes". Moçambique é um país mergulhado no mar das ilegalidades.
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António Francisco Como assim, Lazaro Mabunda e Moises Matos Maposse? Isso seria voltar ao tempo da lamentável Ofensiva Política Organizacional em que Samora Machel mandava prender ou demitia directores em plena reunião de denúncia. Haja ponderação. Um retrocesso desse tipo seria desastroso.
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Valter Madogolele Corruptos de mão cheia e o povo é que paga por isso fogoooooooo
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Zulficar Mahomed Daqui a pouco moçambicano é sinónimo de roubo, assassinato.
O Guebas é a locomotiva que tem muito vagões....

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Horacio Boavida Os olhos de Maleiane ainda vao ficar vermelhos e redondinhos de tanto tapar o sol com a pineira.
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Henrique Eugenio Munguambe Eu preciso de exclaricimento e voces?
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Álvaro Xerinda Foram cúmplices nessas roubalheiras. Para piorar não sei porque a PGR continua receber salários dos nossos impostos
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Chande Puna Prendam o ladrao e ponto final!
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Joāo Pinto Meu Deus!!! Não tenho palavras
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Nilo de Laura O que me irrita no meio disto tudo é que o cidadão é que está a pagar a fatura destas mal paradas, só p/dar um exemplo, até criaram uma tal de reavaliação quando tú importas uma viatura, tudo na perspectiva de sugar ao máximo o cidadão inocente. Que vão atrás dos autores desta derrapagem financeira & libertem os nossos bolsos.
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Jose Castigo Gonondo Voce Mj se voce come com esses gajo é melhor se manter calado por k axo k nao sabe kuanto o povo ta sofrer por esse estado
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Jose Castigo Gonondo Concordo plenamente contigo Marius Ioannes ele tem ke fazer isso por k na verdada ele sabe tudo oke o Guebas fez e fazia
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Hermes Sueia Em que Faculdade de Economia se formaram esses ilustres economistas, Professor António Francisco?
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Hermes Sueia Não será o caso de mandar fechar essa Faculdade?
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Antonio Gomes sinceramente, nao percebi onde entra aqui a historia das "faculdades"...ou eu, estou sem faculdade de perceber o post e o comentário feito.
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Hermes Sueia Caro Gomes, as decisões que levaram a esta derrapagem financeira nas contas públicas foram tomadas com base no parecer técnico de economistas.................onde é que eles foram formados, é o que pergunto?
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Antonio Gomes sobre a questao economica tudo está claro, e, qualquer leigo percebe e está preocupado! Quanto ao comentário sobre o "machelismo" é outra onda...
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Antonio Gomes mas nao pretendo debate...só nao percebi a historia das "faculdades"...o comentário ao post nao é tecnico: o post diz "porque nao se detém Guebuza?"
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Hermes Sueia A história das "faculdades" é um comentário técnico. Aliás a matéria do post não é para debate...................
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Riza Pahlevi Acho que ha varios aspectos em causa. Um dos aspectos tem a ver com corrupcao pois ha indicios, ver abaixo. Outro tem a ver com possivel incumprimento de procedimentos administrativos legais. Por fim ha o assunto da imprudencia na realizacao da divida, aparentemente de mais de 1 biliao de usd acima dos 850 milhoes do ematum bond.

1 comentário:

Unknown disse...

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