Refugiados_mocambicanos_malawiHomens armados do maior partido de oposição em Moçambique, Renamo, estão a fazer-se passar por populares no centro de acolhimento de Kapise, no Malawi, à procura de refúgio por, alegadamente, terem sido ameaçados pelas Forças de Defesa e Segurança moçambicanas.
Segundo a Rádio Moçambique, trata-se de homens que supostamente esconderam as suas armas do lado moçambicano depois de confrontos com as Forças de Defesa e Segurança na localidade de Nkondedzi, distrito de Moatize, província central de Tete.
Em Nkondedzi, os homens armados da Renamo protagonizavam raptos e assassinatos e emboscadas à Polícia da República de Moçambique, semeando pânico e terror.
Eles vivem no centro de acolhimento de Kapise misturados com a população, onde são assistidos pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, ACNUR.
Alguns delegados políticos da Renamo também estão no centro de Kapise, segundo revelou a Rádio Moçambique um jovem entrevistado no local.
A presença de delegados da Renamo em Kapise foi também confirmada pelo chefe da localidade de Nkondedzi, Orlando Aviso Sopinho, igualmente deu uma informação detalhada sobre os raptos e assassinatos protagonizados pelos homens armados da Renamo na localidade de Nkondedzi em 2014 e 2015.
O Chefe do Posto Admnistrativo do Zóbwè, Jorge Jassi Lunguzi, afirmou que depois dos confrontos registados no ano passado, entre as Forças de Defesa e Segurança e os homens armados da Renamo a situação voltou à normalidade em Nkondedzi.
Segundo a RM, quase todos os moçambicanos que se encontram no centro de Kapise estão ansiosos em regressar a casa. Dizem que vivem em condições precárias e garantem que com a paz vão regressar a Moçambique.
De acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, cerca de 10 mil moçambicanos estão no centro de Kapise.
Fpnte: AIM