quinta-feira, 31 de março de 2016

“O Que É Que Dhlakama Quer”

Chissano: 

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Antigo Chefe de Estado moçambicano, Joaquim Chissano
Antigo Chefe de Estado moçambicano, Joaquim Chissano

O antigo Chefe de Estado moçambicano defende que o alcance da paz no País passa por descobrir em primeiro lugar o que essencialmente o Líder da Renamo, Afonso Dhlakama e o seu partido desejam, por conseguinte analisar se as matérias enquadram-se ou não no interesse do povo.

Joaquim Chissano, falava fim-de-semana, momentos após desembarcar no aeródromo de Quelimane, onde participou da via-sacra, cerimonia religiosa que simboliza as catorze estacões que antecedem a crucificação de Jesus Cristo.

Chissano, que também inaugurou o novo edifício do Instituto Superior de Humanidades e Tecnologias, salientou que neste período particularmente da pascoa os corações dos políticos deveriam se amolecer e se curvar diante da Fé, das minorias, do povo e dos mais necessitados. Na percepção do antigo Chefe de Estado, a situação política nacional era bem mais difícil e conturbada no período pós-independência, bem como na senda da guerra fria e do movimento racista do Apartheid. Nesse período, Chissano aproximava-se para entender melhor a Renamo.

“O alcance da Paz passa por descobrir o que a Renamo quer, o que é que Dhlakama quer, se é algo que se pode inserir no interesse do povo; houve conflitos, houve rupturas desde o tempo de Eduardo Mondlane, naquele tempo a situação era bem difícil, tínhamos o factor da guerra fria, do apartheid entretanto conseguimos mediar”-disse.

O Antigo Presidente da Republica assegurou que as exigências da Renamo não se tratam de assuntos pessoais mas questões de âmbito nacional devendo por isso ser alvo de uma análise profunda e urgente conducente a cessão de hostilidades militares, através de um diálogo franco, aberto e honesto.


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O que o Afonso Dhlakama e a Renamo querem?

Joaquim Alberto Chissano (JAC), ex-Presidente de República de Moçambique, disse num contacto recente com a imprensa o seguinte:

«O alcance da Paz passa por descobrir o que a Renamo quer, o que é que Dhlakama quer, se é algo que se pode inserir no interesse do povo. Houve conflitos, houve rupturas desde o tempo de Eduardo Mondlane. Naquele tempo a situação era bem difícil, tínhamos o factor da guerra fria, do apartheid; entretanto, conseguimos mediar.»
Estou a pensar neste pronunciamento e a achar que não há ninguém que não saiba o que a Renamo e o Afonso Dhlakama querem. Havendo quem não saiba, então aqui está a resposta: Afonso Dhlakama e a Renamo querem destronar a Frelimo da liderança de Moçambique e dos moçambicanos de modo a serem eles (Afondo Dhlakama e Renamo) a controlar o poder político e económico deste país e do seu povo.
É por isso mesmo que nenhum diálogo com Afonso Dhlakama e Renamo vai trazer paz efectiva para Moçambique, se não for a Renamo a governar este país de acordo com a vontade do Afonso Dhlakama e da sua corte de acólitos. Quem duvida disto que confiras as cedências que o Governo de Moçambique, dirigido pela Frelimo, teve que fazer e disso não resultou paz para este país.
Eu estou a achar que o JAC está a criar mais dificuldades ao processo de busca da paz para Moçambique, no lugar de ajudar. Não estou em crer que ele não saiba o que é que o Afonso Dhlakama e Renamo querem. Ele sabe muito e bem o que eles querem. Talvez o que ele (JAC) quis dizer, por outras palavras, é que o actual Governo de Moçambique não deve considerar uma solução militar para terminar com este conflito que está a emperrar o desenvolvimento de Moçambique e a perpetuar a dependência e a pobreza. Se for isto que ele (JAC) quis dizer, é sensato.
Porém, é preciso não continuarmos a viver de equívocos. É um equívoco, por exemplo, o dito de "o diálogo é única via para a paz efectiva". Isto é falácia. A paz efectiva também pode ser alcançada através da guerra. A guerra resulta em que cada um dos beligerantes fique a saber, sem qualquer dúvida, qual é o lugar que lhe cabe no espaço em disputa. A chatice da guerra é coloca o povo como escudo, mata inocentes, destrói infra-estruturas e económicas; enfim, paralisa a economia e torna precária a vida dos que sobrevivem. Estas consequências nefastas da guerra fazem com que ela (a guerra) seja vista como o último recurso para a resolução de uma disputa. Portanto, não é verdade que o diálogo é verdade que a única via para a conquista da paz efectiva. Aliás, vezes há até que o diálogo constitui um entrave para a paz.
O diálogo só funciona como via para o alcance da paz quando entre os envolvidos numa disputa não haja megalómanos. Infelizmente, este não o caso de Moçambique, pois o Afondo Dhlakama e alguns dos seus acólitos são megalómanos. Do lado da Frelimo também há alguns megalómanos, mas esses não estão actualmente em posição de influenciar as decisões que se tomam. Logo, não é a Frelimo que emperra o recurso ao diálogo para ao alcance da paz efectiva. O obstáculo é definitivamente o Afonso Dhlakama e a Renamo. Isto implica que para se alcançar a paz efectiva em Moçambique, sem guerra, esses megalómanos têm que ser isolados. E uma pessoa só fica efectivamente isolada de outras pessoas quando morre. É por isso que os assassinatos são vistos como solução de disputas, quando o diálogo não funciona por envolver pessoas megalómanas.
Vamos lá parar de enganarmo-nos uns aos outros. Sabe-se muito bem o que o Afonso Dhlakama e a Renamo querem: querem o poder total ou, alternativamente, a partilhado. E isto tudo o Afonso Dhlakama e Renamo querem a qualquer custo, incluindo a guerra. Isto está bem claro e é sabido pela Frelimo. A questão está em que, como o Afonso Dhlakama e sua Renamo se dizem pais da democracia, e a Frelimo conhece bem as regras do jogo democrático. Em democracia governa quem ganha as eleições. Qualquer alteração desta regra tem que ser previamente negociada, e para tal é necessário que não sejam colocadas pré-condições. Ou seja, o Governo de Moçambique, dirigido pela Frelimo, não nega dialogar, mas não aceita pré-condições para dialogar. E é contrassenso exigir-se que o Governo aceite pré-condições para negociar com uma organização que não respeita as instituições do Estado e dirigida por um bandido. A paz efectiva não se alcança dessa forma nunca!
A única condição que deve assistir a todos nós (moçambicanos), para viabilizar o diálogo que vai evitar a guerra e viabilizar a paz efectiva, é que nos façamos à mesa do diálogo por essa paz sem pré-condições. Sem isso, o Governo de Moçambique, dirigido pela Frelimo, não cederá mais às exigências da Renamo, e o Afonso Dhlakama e seus homens armados no mato—coitados feitos instrumentos de guerra—continuarão a emboscar e atacar alvos civis e militares até morrerem de morte natural ou orquestrada, ou serem vencidos numa guerra aberta. Sim, porque se o Governo de Moçambique entender declarar guerra contra a Renamo, esta (a Renamo) sairá inevitavelmente vencida, porque a correlação de forças na África Austral e no resto do mundo está a favor do Governo de não da Renamo.
Enfim, apenas os lunáticos fazem guerra injusta. A guerra pela conquista da paz é uma guerra justa. Se a Renamo quiser continuar a existir como uma organização que algum dia pode alcançar o poder político em Moçambique, por via pacífica, então tem que parar com os actos terroristas que vem protagonizando neste país, e se sentar à mesa com todas as forças vivas da sociedade para dialogar pela paz, sem pré-condições. Procedendo a Renamo desta maneira, abre-se espaço para a Frelimo instruir o Governo que dirige para fazer certas cedências; e a Renamo também terá que ceitar fazer certas cedências. Doutro modo, a guerra é inevitável e só dela virá a paz efectiva para Moçambique, com o Afonso Dhlakama e sua Renamo ocupando o espaço que lhes couber, e a Frelimo e o Governo que esta dirige também.

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21 comentários
Comments
Rafinhas Conwana CEM SOMBRAS DE DUVIDAS ESTA BEM CLARA QUI A RENAMO TEM PATROES
Homer Wolf Pensei que eram so 50, as sombras de... cinzas 
Emoji grin
Mauro Dinis Figueiredo deixemos um pouco de política cansativa de Moçambique, ou seja, destes parasitas do povo e divirtam se com um pouco de futebol
Gosto22/4 às 22:26
Rafinhas Conwana O mas carricato e de o edil de quelimane dizer qui o chefe do estado pisca pra direita e vira pra esquerda ele propio foi mandado fora da renamo como muitos outros quadros da renamo porqui la o lider da renamo e um ditador cem vergonha.
Gosto42/4 às 22:34
Rafinhas Conwana Cuantos quadros da renamo estao fora ? O lider da renamo usa o partido como fosse uma cueca dele.
Gosto32/4 às 22:39
Neves Nhavene De lá saíram: Raul domingos,daviz simango,Manuel de Araújo,Ismael mussa,Maria moreno,Luís boavida,Geraldo carvalho e tantos outros.
Homer Wolf Da Frelimo saíram André Matsangaíssa, Afonso Dhlakama, Raul Domingos, e todos os outros...
Álvaro Xerinda Rafinhas Conwana nao acredite em Manuel Araujo? O que Nyusi prometeu e cumpriu? A cada dia a fome, guerra, miséria é o pão de cada dia dos moçambicanos
Gosto22 h
Mussá Mohamad Prof. Julião João Cumbane, concordo em grande parte com o conteúdo do teu têxto...só assusta-me a sugestão de #morte,mas mesmo aí, tirando o normal #susto, entendo o prof. Porquanto está claro para mim e para qualquer cidadão atento , até mesmo o presidente#Chissano que o que a #Renamo e #Dlhakama querem é assaltar o poder, ou no mínimo compartilhar...não serí estranho, se para isso usassem meios aceitáveis, em um estado de direito democrático...

O que sinto é que Afonso Dlhakama e o seu movimento, nunca descartaram o plano de atingír os seus intentos, por vias anti-constitucionais e#violentando o estado...como diz um prof. Que muíto adimiro "não se pode bater pela #democrácia, usando meios anti-democráticos"

Acho que o que o prof cumbane, supõe que o presidente Chissano quis dizer, é exactamente isso...e devemos aprender a interpretar o #cinísmo e#indirectas de Chissano, como quando disse que é preciso acarinhar Dlhakama...

Eu pessoalmente estou farto dos #mimos do líder da oposição...não podemos continuar a viver em função do que ele quer a cada momento da vida do país...

E isso passa por as nossas instituições, faça um esforço para organizar eleições que não deixem espaço ou razões para legitímar as #aventurascatastróficas daquele senhor e seus soldados, e até de alguma opinião pública que se posiciona em Seu apoio.

Eu sinceramente, acredíto que todas as eleições em Moçambique, tiveram indícios de #fraude, mas desnecessária...porquanto me parece que a frelimo e seus candidatos, ganharíam na mesma...lógico que não tería as mesmas maiorías parlamentares de que tem usufruído.

Portanto eu acho que o governo da frelimo e as instituições eleitorais e o CC, têm a sua parte de culpa, nas aventuras de Dlhakama, pelas razões que citei acíma.

É precíso vencer Dlhakama, de forma limpinha nas urnas para que ele não encontre desculpa para se rebelar...e se aínda assim ele insistír nas suas manobras de desistabilização, provavelmente não encontrará, a opinião pública a legitimar a sua luta.
Gosto82/4 às 23:24
Lucas Chave Yuu..,,.so vim ver os lambe solas da Freli ou Governo sei lá!!
Gosto32/4 às 23:40
Neves Nhavene Aqui na minha terra ate dizer a verdade ofende. Parabens prof Julião João Cumbane
Mussá Mohamad Claro Lucas Chave, típico de quem não dispõe de capacidade de análise e argumento...quem não tem cultura de debate, estará sempre limitado a acusar os que tem essa capacidade de serem isto ou aquílo...

Se há lambe botas, como delíras, fazem-no com a tua #língua? Porque te incomodas?

Faça o teu papel de #não lamber botas, rebatendo, com argumentos e faça valer a tua opinião sobre o tema se é que o leste e entendeste.
Samuel Namaumbo Concordo com seu texto sr Mussa Mohamed, em suma boa visao
Alexandre Devissone A coisa mais triste de facto é continuarmos de forma progressiva na "vida politica" recrudescer o número de "iluminados" que advogam a desobediência pública.Afonso Dlhakama é um ser humano retardado no tempo e no espaço e não pertence a este século de convivio fraternal, como evidências claras o seu jihadismo só empobrece o tal povo que cinicamente diz estar a lutar por ele.É no minimo despresível usar a violência e matanças pra justificar o injustificável,Chissano criou essa serpente que vive do sangue do povo e as suas apariçöes na imprensa justificam-se como sentimento de culpa e que cinicamente evita assumir publicamente. Dlhakama é um suicida ambicioso, egoísta,analfabeto incosequente e sem projecto politico sustentável pra governar uma aldeia, a sua morte pode evitar o desastre humano k se advinha neste país.
Gosto5Ontem às 5:26Editado
Juma Aiuba Julião João Cumbane, falou tudo. É estranho que as pessoas não querem ver Dhlakama morto, mas querem vê-lo matando inocentes. Haja santa paciência! Sou contra a morte de qualquer ser humano, mas também não sou a favor de morte uns em detrimento de outros.
Homer Wolf Vira o disco, toca o mesmo... tsc
Gosto2Ontem às 6:24Editado
Lourenco Jose Ate cansa
Evaristo Cumbane Em mocambique nao acredito k se alcance a paz com a guerra. Isso e mentira.....foi assim quando se tentou acabar com os chamados bandidos armados. Esta receita da guerra k muitos prescrevem nao e viavel em mocambique devido a varios factores muito bemconhecidos. Alguem k pensa k a guerra e a solucao dos problemas k temos de instabilidade politica nao deve estar bem de cabeca. Qualquer guerra em mocambique nao pode durar poucos meses nao.....cacar cobra no mato seu habitat e mais dificil do que cacar la quando ela estiver dentro da nossa casa ornamentada e iluminada. Durando muitos anos a guerra so vai matar pessoas inocentes. At: As balas de todos os lados em conflito matam tudo o que estiver no meio. .nao ha bala do governo nem bala da renamo. Ambas matam. Lembro me dos combates ocorridos la no meu distrito Inharrime...provincia de imhambane. Muitas sofremos entre fogo cruzado e muitas pessoas morreram. Depois do fim da guerra em 1992 os meus pais e outros regressaram para a zona de Inhanjel (onde havia uma famosa base da renamo). Foram previso seis meses pra recolher esqueletos naquela zona extensa. Esqueletos de soldados de ambos os lados...de mulheres e criancas...de homens....as balas de ambos os lados mataram estas pessoas. Voces saben o que uma guerra? Como ek se faz uma guerra? Mesmos nas nossas familias alguma resolvem se sustentavelmente os problemas? E preciso fazer guerra pra as nossas mulheres....criancas pra nos obedecerem? Acho que nao. Este e o meu ponto de vista.....so com dialogo.....mas respeito as opinioes de todos os meus amigos aqui no fb. Ahhhhhhj....Vamos la falar
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Sergio Serpa Salvador Professor Julião João Cumbane, vou lhe fazer algumas perguntas que acho importantes para debater. 1. Acredita numa solução militar do comflito? 2. O país está em condições de aguentar uma guerra prolongada? 3. Afonso Dhlakama será o único empecilho do conflito? A eliminação física de DHL, pode ser solução do conflito?
Marive Santos tambem subscrevo
Marive Santos O pior cego é aquele que nao quer ver mesmo vendo!!
Voces (da Frelimo) sabem k estao no poder a força, não por vontade do povo. O povo elegeu Dhlakama e RENAMO e os abutres lincenciados em castigar o povo, fizeram das suas
Julião João Cumbane Marive Santos, não há evidência provando o que dizes no teu comentário (acima). Logo, só pode ser crença tua, coisa que não que se não presta ao debate.
Hermes Sueia Professor Cumbane, o Presidente Joaquim Chissano pelo seu percurso de vida só pode estar do lado da solução. Sempre esteve do lado da solução. Há que escutá-lo com ouvidos de ouvir ................e a receita dele funcionou por duas décadas.............
Julião João Cumbane Hermes Sueia, uma boa receita não funciona só por "duas décadas"; funciona por toda a vida, intacta. Tal receita que só pode funcionar quando o seu inventor estiver no poder não é universal e não se recomenda!
Hermes Sueia Tudo passa por entender a receita. É assim que funciona a culinária............
Hermes Sueia Sei que o Professor é apologista da guerra aberta......é opcção sua porque está longe do teatro da guerra.............
António Janne Tony Jm A ver comentários...
Yaqub Sibindy É um post, que envenena à PAZ! Todavia tem um cunho académico que dá para debater! 
Inshallah quando regressar a Moçambique, havemos de trocar ideias em torno da explanação do Cda Julião Cumbane! Força e 
a Luta continua!
Manuel Severino Xavier Afinal que debate e este senhor Marive Santos. E preciso trazer a ribalta o seu pensamento ao invés de abusar o pai que te dá de comer neste caso a FRELIMO
Marive Santos Da me de comer? Tem noçao do absurdo que disseste??
ROUBA-ME de comer isso sim!!
Gosto10 h
Artur Sitoe I beg to differ, a Renamo e Dlhakama nunca quiseram governar, ja tiveram muitas oportunidades e mesmo agora tem. Mas o k mais interessa nos relatorios desta organizacao é o numero de infrastructuras destruidas, pessoas mortas (soldados e civis).
PIMO - Bloco de Orientação Construtiva
DIAGNOSTICADO OS REAIS DESEJOS DE DLHAKAMA E À RENAMO PARA NEGOCIAR COM À FRELIMO EM TROCA DAS AUTARQUIAS PROVINCIAS
De acordo com à sugestão de Joaquim Chissano, antigo Presidente da República e parceiro do AGP - sugere que no lugar de apostar na guerra contra Dlhakama e à Renamo, devia-se perguntar, honestamente o que ele quer na realidade?
O Bloco da Oposição Construtiva, desde há muito tempo concluiu que Dlhakama não quer dividir o país e nem autarquização das Províncias!
Mas a Renamo e o seu Líder diz que não reconhece os resultados eleitorais das últimas eleições! Por isso não vai aceitar ficar de fora até às próximas eleições de 2019!
Sabido que não é cultura da Frelimo, valorizar pacificamente às boas ideias vindas dos seus adversários, à Renamo, acabou usando pressão anti-constitucional, na esperança de que à Frelimo, talvez, por aí iria aceitar diálogo sério e negociar a seguinte agenda:
1 - Repetir as eleições de 2014, ou
2 - Partilhar o Poder!
Cabe a Frelimo, escolher o caminho mais curto e folgável para o seu futuro!
Autarquias Provincias, servem duma pressão anti-constitucional para obrigar a Frelimo a sentar numa mesa de negociações séria com a oposição, do mesmo modo que foi necessário 16 anos de guerra de pressão contra o regime monopartidário da Frelimo, afim de obrigar esse partido independentista a aceitar o sistema pluralista político em Moçambique!
À Frelimo em vez de responder por vias pacíficas, foi mal aconselhada para responder por via terrorista e uma guerra não declarada, para eliminar Dlhakama e à Renamo, duma vez para sempre!
Foi mal aconselhado por quem?
Pois nenhuma pessoa atenta poderia admitir que a Frelimo teria capacidades de eliminar militarmente à Renamo, ao estilo de Angola, pois a Frelimo não acreditava nas capacidades de Dlhakama de reorganizar uma guerrilha desativada há mais de 20 anos, para responder às incursões de desarmamento à força desencadeado por forças combinadas do Estado!
Como até agora não conseguiram esmagar os homens da Renamo, desarmando-os até ao seu último reduto, à única porta aberta para sair dessa vergonha com cabeça erguida, passa por aceitarem mais uma à botija de oxigénio que Chissano acaba de disponibilizar em geito de proposta para pelo menos manter-se no poder até ao fim do mandato!
A Frelimo deve ter coragem de conversar com Dlhakama e a Renamo para abrirem o jogo, sobre os seus interesses reais em Moçambique, tal e qual como foi em 1990!
Não esqueçam incluir outros partidos políticos e mesmo a própria Sociedade Civil!..

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