MARCO AURÉLIO MELLO, DO STF, DIZ QUE NOMEAÇÃO DE LULA “NÃO É OBSTRUÇÃO À JUSTIÇA”
Do 247:
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirma na manhã desta terça-feira 15 que o juiz federal Sérgio Moro, que decide os processos da Operação Lava Jato em primeira instância, não é o único juiz honesto do País.
A declaração, feita em entrevista à Rádio Estadão, era um comentário sobre a possibilidade de o ex-presidente Lula ser julgado pelo Supremo, caso aceite um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff, o que lhe configuraria direito a foro privilegiado.
De acordo com o ministro, é equivocada a impressão de que a corte suprema seria “benévola” com Lula, caso passe a julgar o líder petista. “Não se tem apenas a observância da lei lá no juízo do Paraná. Ao contrário, o Supremo é o guarda maior da Constituição”, afirmou, em referência a Moro.
Marco Aurélio Mello também rejeitou a tese, defendida pela oposição, de que a nomeação de Lula seria “obstrução à Justiça”. O DEM já anunciou que entrará com uma ação contra a nomeação de Lula caso ele aceite comandar um ministério, indicando que a movimentação seria para “blindá-lo”.
O ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva aceitou ser ministro no Governo de Dilma Rousseff. Ganhou, dessa forma, imunidade judicial em relação ao Ministério Público de São Paulo, que pedira a sua prisão preventiva por lavagem de dinheiro, na sequência de uma investigação sobre a posse de um apartamento de luxo em Curitiba.
Segundo o jornal O Globo, Lula informou vários dos seus assessores de que irá nesta terça-feira a Brasília aceitar o convite de Dilma Rousseff.
Segundo este jornal brasileiro, Dilma terá oferecido a Lula um super-ministério com duas prioridades: a recuperação da economia e a articulação política para travar o processo de destituição que paira sobre a Presidente.
Fontes próximas de Dilma Rousseff disseram que o ex-Presidente exigiu que seja feita uma viragam no rumo da política económica, de forma a que o governo recupera a confiança dos sindicatos e dos movimentos sociais, o que contraria os ajustes fiscais que têm vindo a ser feitos.
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