sexta-feira, 11 de março de 2016

Há esquadrões de morte para abater opositores, revela agente da Polícia da República de Moçambique


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Tema de Fundo - Tema de Fundo
Escrito por Especial Pro@Verdade e SAVANA  em 11 Março 2016
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Uma das frentes mais activas do conflito político-militar, que decorre há vários meses em diversas regiões de Moçambique, acontece no distrito de Murrupula, na província de Nampula, norte de Moçambique, onde oficialmente um contingente da Polícia da República de Moçambique(PRM) foi enviado para a localidade de Naphuco para repor a ordem, alegadamente perturbada por homens armados da Renamo, e um agente terá sido raptado. Na verdade, um esquadrão de elite das forças governamentais foi enviado para o local.
“(...)fizemos uma defesa circular, em que todos parámos e concentramos o fogo. Mas sem esperar que aqueles podiam responder, porque nós fomos de madrugada. Quando responderam cada um correu à sua maneira e ele ficou”, relata um agente das forças especiais da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da Polícia da República de Moçambique (PRM), que revela ainda ter realizado várias "missões" de eliminação de alvos previamente identificados pelos comandantes, uma das quais a 25 de Setembro de 2015, em Zimpinga (41 quilómetros a leste de Chimoio na Estrada Nacional Número 6, entre Gondola e a Missão de Amatongas ), onde a ordem era eliminar fisicamente Afonso Dhlakama, líder da Renamo. “Aquele velho (Dhlakama) não morre”, disse.
Leia a seguir um relato arrepiante, feito por quem diz ter participado e por isso testemunha. “Estamos cansados. Não ganhamos nada e estamos a sonhar com aquilo”, diz o agente. O referido agente, cuja identidade não revelamos, nasceu na cidade de Maputo em 1985.
“Cumpri a tropa no Centro de Formação de Forças Especiais de Nacala Porto”, diz o agente. “Estava lá como Instrutor Auxiliar de Armamento e Tiro”. Cumprido o serviço militar, e depois de algum tempo em que trabalhou para uma empresa privada de segurança, foi incorporado nas fileiras da PRM. “Entrei para a polícia; fizeram uma seleção. Queriam aqueles que tinham sido militares e que tivessem feito o curso de armamento, para serem da Intervenção Rápida, mas estando na Presidência da República. Trabalhei na RP1 e na RP2”, diz ele. RP é a sigla para Residências Protocolares pertencentes à Presidência da República.
P – Qual é o seu percurso até chegar às Forças Especiais?
Agente – Fui militar das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Comecei a minha formação militar na Catembe, na Escola de Fuzileiros Navais. Depois fiquei dois anos à procura de emprego, até ser incorporado na polícia. Aqueles que foram à tropa não podem ser cinzentinhos; têm que pertencer às forças especiais. Fui fazer outra formação de anti-motim, de controlo de multidões, no caso de greves. Essa formação anti-motim é uma especialidade, Força de Intervenção Rápida é outra. Intervenção Rápida é uma força tipo bombeiro, que aparece para resolver um problema e acabar. Então, porque é que levam os que foram à tropa? É Porque estes sabem disparar vários tipos de armas. Por exemplo, eu sei disparar cerca de 26 tipos de armas. Esses das esquadras só sabem disparar pistola e AKM. Por isso é que aqueles que estiveram na tropa não pode estar numa esquadra; têm de estar num quartel, então nós temos uma dupla função; operamos como militares e como polícias também.
P – Em que ramo da corporação está afecto?
Agente – Sou agente da Polícia, da Unidade de Intervenção Rápida. Estive a trabalhar na Presidência da República. Fiz curso de franco atirador. Vocês não sabem o que existe aqui, guerra existe só que nas cidades não há guerra.
P – Onde e desde quando é que há guerra?
Agente – Estava na escolta presidencial, mas fui destacado para Nampula porque precisavam de franco-atiradores lá para operar as armas pesadas que estão lá; canhões novos de fabrico russo ZU 23. Já existiam do mesmo tipo antigas, mas recentemente chegaram novas. Só na posição de Gorongosa, onde estive em 2012 e 2015, existiam pelo menos oito. Éramos uma força conjunta que estávamos lá a realizar tiros com Dragunov, essa é uma arma que usamos para procurar as pessoas indicadas e abater, porque temos tido esse trabalho.
P – Que trabalho é esse, com quem você realiza?
Agente – Somos mais ou menos um pelotão de 20 especiais. Quando começou aquele problema em Gorongosa, em 2011, fizemos uma reciclagem e a primeira missão foi em 2012. Nós vamos lá quando a situação não está nada bem. Primeiro, tem pessoas que avançam para lá e quando a situação não está nada bem chamam os atiradores de armas pesadas para chegar e destruir. Nós é que entramos lá e matamos aquele comandante que diziam que era anti-bala; aquele morreu com canhão em Muxúnguè.
P – Que outras missões em que você esteve envolvido?
Agente – Nós ficamos no quartel, mas eles nos chamam, e dizem vão para a província x. Saímos daqui de avião, e lá apanhamos viaturas dos comandos provinciais. O que me deixa revoltado é que o meu trabalho é combater a criminalidade, manter a ordem e tranquilidade públicas. A polícia não é para matar; é para apanhar a pessoa, isolar e entregar à justiça para ser ouvida e de lá darem seguimento. É o que nós entendemos. Mas aqui neste nosso país alguém pode chegar, dar ordens para entrar no carro, e nós só temos que cumprir ordens. Ninguém vai aparecer a dizer que não quero, porque há consequências. Vinham com a foto e diziam que “está aqui, vão mata-bichar e aí onde vão mata-bichar virá alguém, então aquele que vier, mesmo primeiro isolam o guarda-costas dele porque virá acompanhado”. Dão toda a informação que “este virá acompanhado, o nome não vamos vos dizer mas é esta pessoa na foto e deve ser abatido”.
P – Então, as missões não são só contra os homens armados da Renamo?
Agente – Em Maputo nunca usamos armas contra militares. Conforme eu disse, dão-nos a foto e depois são vão ouvir que um desconhecido foi encontrado morto na zona x, como se tivesse sido um assalto.
P – Quer dizer que também operam nas cidades?
Agente – Na cidade da Beira, mas onde trabalhei mais foi em Nampula. Em Nampula já seguimos um Nissan Navarra branco dupla cabine, com matrícula vermelha. Seguimo-lo desde o hotel, no centro da cidade, fomos via Cipal, um pouco depois da Faina, contornou para a estrada Nampula-Cuamba, e era ali mesmo que o queríamos. Passamos o mercado Waresta, fomos até antes de Namina, tem o distrito de Ribáuè, quando saímos de Rapale tem uma grande distância de mato. O nosso primeiro carro, um Prado preto, ultrapassou e atrás estava outro Prado, ele praticamente ficou no meio. Furámos o pneu de frente, ele perdeu a direcção e foi parar perto da linha férrea. Nós queríamos um que estava atrás, a mexer o telefone, um saiu e queria responder o fogo mas levou na cabeça. O responsável e o motorista também quando iam sair, atiramos mortalmente. Ficaram ali.”
P – Que outras missões de que se recorda?
Agente – Há bocado fomos a Manica, tivemos um trabalho, só que lá fomos à paisana. Recebemos a foto da pessoa que nos disseram que devia ser abatida. Nós não conhecemos bem as pessoas (a serem abatidas). Eles trazem e dizem “vão até à zona x, vai passar alguém”, dão nos a informação toda da pessoa (vestuário, carro), dizem para persegui-la até uma zona onde a polícia não estará lá.
P – Já realizou alguma missão contra Afonso Dhlakama?
Agente – Já, só que aquele também é drogado. Para o líder da Renamo, primeiro lhe tentamos no distrito de Moma, mas o falhamos. Em Manica agora, só que aquele senhor não morre.
P – Quer dizer que o vosso pelotão estava em Manica atrás de Afonso Dhlakama?
Agente – O trabalho ali foi assim; mandaram-nos para lá alguns dias antes. Fomos recebidos por um dirigente (nome omitido). Primeiro eles (o líder da Renamo e a comitiva) estavam num comício, a força da escolta que estava lá dava-nos informações. Quem organizou aquilo, quem nos estava a dar refeições, em que sítio nós dormimos em Manica, o responsável dizia, “que tal hoje não pode falhar nada”.
P – Mas falharam...
Agente – Não falhamos. Muitos morreram, mas aquele velho (Dhlakama) não morre, desapareceu. Ali tem montanhas, nós ficamos na parte alta, não podiam ir outros colegas lá em baixo porque senão podia haver fogo cruzado, naquilo de que o carro que passasse havia de levar, porque não estávamos com armas ligeiras; usamos armas próprias para estragar carros. Pusemos ali a mira, sabíamos que Dhlakama vinha, porque estavam no comício e de lá ligavam para o nosso comandante a avisar que daí a pouco tempo Dhlakama havia de passar, que já partiu, alimentem as armas, e posicionamo-nos com as metralhadoras, mas não sei como é que é possível um carro passar a poucos metros e não ser atingido. Vários morreram ali mas Dhlakama conseguiu sair. Ainda perseguimos mas eles responderam.
P – Quem é que deu as ordens para essas missões em que você participou?
Agente – Sabe, aqui em Moçambique tem pessoas que nunca são mencionadas, de quem nunca se fala. Quando há problemas, sempre fala a polícia, os militares, mas há uns que sempre ficam por detrás disso: SISE(Serviços de Informaçao e Segurança do Estado). São grandes, têm informação de tudo isto aqui.
P – Só actuaram em Nampula, Manica e Sofala?
Agente – Realizamos missões de porta-à-porta na província de Sofala, nos distritos de Caia, Marromeu e Gorongosa. Chegávamos, batíamos à porta, e aqueles que saiam eram mortos. Obtemos informação dos líderes comunitários; são eles que nos informam sobre a presença de homens da Renamo numa determinada região.
P – Onde é que foi a missão mais recente?
Agente – Eu fui chamado para Murrupula, em Nampula, em Janeiro de 2016. Porque conforme já disse, os líderes comunitários conseguem observar os movimentos nas aldeias, e verificar a chegada de pessoas ou grupos estranhos. Então, chamaram-nos para lá. Não permanecemos lá; ficamos num hotel, como civis, à espera de indicações para irmos trabalhar”.
P – Que tipo de trabalho foi esse?
Agente – Há uma base da Renamo numa aldeia, é uma coisa de 42 quilómetros depois da Estrada Nacional. Deixamos os carros para não provocar ruído. É uma zona onde não entram frequentemente carros; os únicos carros que vão para lá vão à procura de carvão e lenha. Nós fomos a pé. Mesmo agora que estou a falar tem lá forças pertencentes à 6ª Unidade da Intervenção Rápida, tentando resgatar um homem que desapareceu com a sua arma.
P – Está a falar de um vosso colega que desapareceu? Como é que desapareceu?
Agente – Nós fomos lá e identificamos uma base da Renamo. Fizemos uma defesa circular, em que todos paramos e concentramos o fogo, mas sem esperar que eles pudessem responder, já que era de madrugada. Quando responderam fogo cada um correu à sua maneira e ele ficou, tinha uma metralhadora PK de 475 munições (é uma metralhadora Kalashnikov russa vulgarmente conhecida por PK), tinha dois carregadores. Depois o Comandante ligou e disse que queria o esse elemento vivo ou morto, e com a sua arma.
P – Como é que vocês comunicam com os líderes comunitários?
Agente – Todos os líderes comunitários, nas províncias, trabalham com as forças governamentais; eles dão informação. Têm a missão de vigiar na aldeia, e informar sobre a presença de elementos da Renamo; quem são os responsáveis, quem são os delegados, etc. Então nós chegamos, batemos a porta e levamos a pessoa.
P – Então, está a dizer que os homens armados da Renamo vivem no meio das populações?
Agente – Eles (os homens armados da Renamo) vivem muito bem com a população, e a população não denuncia.
P – Esses homens armados da Renamo são jovens?
Agente – Dos que já capturamos nunca vi jovens. Aqueles jovens que aparecem a entregar-se como membros da Renamo são informadores. Muitos daqueles que se entregam estão a ser chantageados e agora estão a ter problemas para regularizar os documentos. Muitos nem são guerrilheiros.

“Em Tete é que foi mais vergonhoso porque o comandante que estava lá em frente disse queimam lá”

P – Quantos homens armados da Renamo estavam em Murrupula?
Agente – Não sabemos quanto são, porque muitos não andam fardados, eles vivem com a população. Eles nunca foram a uma aldeia e começarem a disparar. A Força de Intervenção Rápida é que queima escolas, se não sabiam. Nós quando íamos atacar, quando entrávamos numa aldeia, começávamos a disparar de um lado para o outro, e todos fugiam. O comandante ligava e dizia que “os homens da Renamo fizeram isto aqui”, e logo vinham ordens superiores a dizer “destruam isso aí”. P – Então, quando as populações fogem porque dizem estarem a ser atacadas pelas Forças Governamentais não estão mentir? Agente – Não estão a mentir. Em Tete é que foi mais vergonhoso porque o comandante que estava lá em frente disse queimam lá essas palhotas, matem os cabritos, bois e outros animais.
P – Quem foi esse comandante?
Agente – O comandante é (nome omitido). Ele teve problemas de tráfico de drogas. Foi condenado mas não cumpriu a pena, foram lhe tirar quando começaram essas confusões e foi colocado como comandante em Nampula. Quando começou a instabilidade em Nampula foi-se instalar a Intervenção Rápida na rua dos Sem Medo, e foi aí que tudo começou. Aquele Dhlakama tem medo dele, e do (nome omitido), mais conhecido por Adolfo, foi comandante dos comandos, um desertor da Renamo. Quem anima cumprir missões com ele é o comandante (nome omitido), porque nas missões que ele comanda não morre ninguém. Agora, ir com o comandante (nome omitido) morre o próximo dele, porque aquele no mato não tira a mão do bolso e não é atingido pelas balas. O comandante (nome omitido) foi comandar em Nampula, então aqueles (Afonso Dhlakama e os seus homens) fugiram para a Gorongosa, ele foi atrás deles como comandante do batalhão independente de Gorongosa, até agora.
P – Então o comandante (nome omitido) está em Sofala ou em Tete?
Agente – Esse (nome omitido) está em Gorongosa, mas é chamado em todo o sítio onde há confusão, por isso mandaram-lhe para Tete. Fomos juntos para lá, entre Maio e Setembro.
P – Além do vosso pelotão existem outros que realizam essas missões?
Agente – Não é o único. Outros estão espalhados pelas províncias.
P – E existe armamento?
Agente – Têm carros blindados novos com canhões. Chegaram novos carros na brigada montada, foram buscar ao porto de madrugada já estão aí homens a serem formados. Há canhões ZU23, armas de precisão Dragunov, e metralhadoras Pecheneg , todas de fabrico russo.

“No dia em que fomos roubar votos em Nampula, em 2014”

P – Porque é que decidiu revelar-nos tudo o que tem feito?
Agente – Tenho filhos por criar, e aquele trabalho me está a criar perturbações mentais. Desde que esta confusão da Renamo começou as pessoas estão a morrer. Fui fazer outra formação anti-motim, de controlo de multidões, no caso de greves. Não é para isto que nós juramos. É por isso que alguns já foram expulsos, por se recusarem a cumprir certas missões. Por exemplo, somos chamados para uma formatura, e daqui para a aqui, nos dizem, “senhores, entram no carro, levem bazucas”. Bazucas não são para o controlo anti-motim. Para debelar um motim precisa-se de pressão de ar e gás lacrimogéneo. Agora, quando te dizem para levar roquetes isso é guerra, e para mim não faz sentido.
P – Também já participou em manifestações? Porque é que levam armas com balas verdadeiras?
Agente – Quando se vai a um sítio para se manter a ordem contra um motim só tinha que ser com gás lacrimogéneo e pressão de ar, mas leva-se Makarov, leva-se AKM para com o gás lacrimogéneo afugentar a multidão e fazer demonstração. Em todas as manifestações tem que se fazer demonstração, tem que cair pessoas para aquilo parar, é como temos feito. Para as pessoas saberem que a próxima bala pode ser para mim, é aquilo que nós chamamos de demonstração.
P – Quer dizer que há entre vós um sentimento generalizado de revolta?
Agente – Uma das razões é que estamos a fazer um trabalho que não corresponde com aquilo porque nós juramos e também porque não nos pagam horas extras, porque nós somos solicitados a altas horas da noite ou de madrugada. Estamos a fazer coisas que não são aquilo que a lei manda. Até aí os nossos chefes ... nós pensamos que eles recebem mas não nos dão.
P – Qual foi a sua primeira operação?
Agente – A minha primeira operação foi em Nampula, na Rua dos Sem Medo, naquele ataque à residência de Afonso Dhlakama, na Rua das Flores. Íamos lá com ordens do Comandante (nome omitido); ele era o Comandante Provincial. Ele agora foi substituído pelo (nome omitido).
P – Quantos são vocês no vosso grupo?
Agente – Estou num grupo separado porque tem um grupo normal da Intervenção Rápida, e tem o grupo de acções especiais, que é o meu grupo. No meu grupo somos cerca de 50.
P – E o vosso alvo são os homens armados da Renamo?
Agente – É o que pensávamos, mas mais tarde fomos ver que não só eram eles porque há certos dias que vinham com fotos para fazermos certos trabalhos, mas só que aqueles já não aparentavam ser homens da Renamo.
P – Em Nampula?
Agente – Nampula é o sítio onde havia mais problemas. Porque para acabar aquilo ali em Nampula teve que se fazer o trabalho de porta a porta. Porque os líderes comunitários tinham o seu papel de identificar as pessoas; quem é o líder, quem é o delegado da Renamo. Então a gente ia lá... sem o líder, o líder só dizia aos homens do reconhecimento e o reconhecimento não abate quem abate somos nós das operações especiais.
P – Os teus colegas também estão descontentes?
Agente – Lá há muito descontentamento. Só que ali não se pode fazer o que... no meio de muitos estar a murmurar porque ali há muita gente que quer subir na base do outro. Pode ir dar informação.. uma informação dali dentro vale muito. Então ali há muito risco. O dinheiro é pouco, mas o risco é grande. Nós temos todas as provas que podem implicar muitos comandantes, porque são eles que dão as ordens.
P – Não teme represálias?
Agente – Para eu tomar a decisão de falar sobre isto é porque eu acabava de cumprir uma missão. Acabava de fazer um trabalho que todos nós saímos a murmurar; saímos mesmo mal, lesados, fomos atirar nas pessoas e nós saímos lesados. Fomos atirar mesmo nas pessoas.
P – Que operação foi?
Agente – Tivemos um trabalho... primeiro fomos a Tete. Então vinha um D4D, nós estávamos num sítio ali. Saímos com uns carros Prados fomos até a um sítio numa sombra onde tomamos refrescos e sumos. Apareceu um agente do SISE e disse a foto é esta aqui; uma foto bem grande. Este aqui quando aparecer vocês hã de ver; o movimento só hão de ver. De facto, ninguém nos disse. Vimos ele a vir primeiro já guarda costas ele estava no meio, e notou-se que este estava protegido. Saímos com ele, seguimos. O nosso carro avançou primeiro, ficou um outro Prado porque eram quatro Prados; ficou um Prado atrás um outro adiantou. Quando ele vinha foi bloqueado. Primeiro atiramos contra o ADC. O ADC deu um tiro para o ar mas ele foi atingido mortalmente. Logo que ele fez aquilo o carro foi bater num arbusto, e ele (o alvo) quando tentou sair foi mesmo à queima roupa. Daí saímos e apanhamos o voo e voltamos para Maputo.
Outro dia já fomos a Nampula fardados. Nós não fazemos isto porque gostamos de guerra. Não ganhamos nada. Vale a pena eles, ganham porque quando a gente mata, eles rebocam gado nos camiões; por exemplo, o meu comandante, o carro que está a andar com ele, é por causa daquele gado que se levou lá em Gorongosa. Nós não levamos nada. E um comandante lá também foi bem chantageado porque o dia que fomos queimar, tivemos ordens de queimar motorizadas, aquelas todas motorizadas da Renamo, nós a incendiar ele levou isolou aquela mota foi andar com ela, até hoje está a andar com aquela mota, Badjadja, uma mota vermelha, sem matrícula até... Comandante (nome omitido).
P – Esta Unidade de Intervenção Rápida onde você está já participou em manifestações? Porque levam armas com balas de verdade?
Agente – Quando se vai num sítio para se manter a ordem de motim só tinha que ser com gás lacrimogéneo e pressão de ar, mas leva-se makarov, leva-se AKM para com o gás lacrimogéneo afugentar e fazer demonstração. Todas manifestações tem que se fazer demonstração, tem que cair pessoas para aquilo parar, é como temos feito. Para as pessoas saberem que a próxima bala pode ser para ti, é aquilo que nós chamamos de demonstração.
P – Pode revelar-nos uma situação de motim onde usaram balas reais?
Agente – No dia em que fomos roubar votos em Nampula, em 2014. Ali na escola de Belenenses, escola secundária 12 de Outubro, escola secundária de Nampula, fomos de voo com homens do SISE, homens encasacados. Tem reconhecimento que ficam de tranças, tipo marginais, foram atribuídos tarefas vocês vão para lá fazer confusão por que os da Renamo têm influência. Para nós conseguirmos sacudir aqueles primeiro tiveram que ir lá colegas à paisana, que tinham tranças e roupas rasgadas, foram formar bicha e instigar, «a Frelimo aqui tem que perder » diziam e quando outro queria responder então armava-se confusão, é muito fácil de agitar macua. Depois ligaram-nos e disseram venham lá. Aí foi a Intervenção Rápida numa de que é legítima defesa e está a ir manter a ordem. Gás lacrimogéneo e fumaça, aquilo ficava escuro, levávamos as urnas nos blindados e íamos entregar homens do SISE que preenchiam Frelimo, Frelimo... Enquanto lá na escola continuávamos a disparar. Depois os carros saiam e entravam no meio da confusão enquanto eles estavam ali a preencher. OMM aquelas senhoras são malandras, estavam lá no quartel da Intervenção Rápida em Nampula cheias a preencher Frelimo, Frelimo... houveram pessoas que se fizeram de corajosos e aí o comandante disse agora batem quatro para eles verem que a coisa é séria.
P – Ao longo deste período o Governo tem dito que não quer guerra e até quer dialogar com o partido Renamo para se alcançar a paz, acha que vão entender-se?
Agente – Sabe qual é o problema é que lá no Norte é onde há riqueza, Dhlakama foi roubado nos votos mas ganhou. Eu não entendo a política só cumpro missões, mas eles não vão deixar Dhlakama governar.
Os esquadroes da morte, no Savana!


Comments
Manhica Armindo esses vao voltar sem vida
Manhica Armindo o plano vai falhar
Cofe Emanuel Vilanculos é bom serem embuscados para sentirem como doi, assim vão ver como passageiros de maningue nice se sentem
Cofe Emanuel Vilanculos ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão
José de Matos Terrorismo frelimista em nome do ESTADO!

Tribunal Penal Internacional com eles!

Manhica Armindo eles so roubam
Manhica Armindo um dia vao pagar i
Cofe Emanuel Vilanculos José de Matos, embuscadas da renamo não é terrorismo, responda honestamente
José de Matos Terrorismo de Estado é assunto do TPI, o Estado JAMAIS pode alegar que comete crimes e atrocidades porque outros tambem cometem!

Estamos a falar de esquadoes da morte que assassinam opositores!

Repito: TPI com eles!

PONTO FINAL !

Gosto211/3 às 11:37Editado
Cofe Emanuel Vilanculos então sobre comportamento da Renamo o que tens a dizer??
BI Lata É resposta d comportamento d frel
Felisberto Catao Sr cofe ,bom dia..es muito divertido,,sobre a renamo Deus tem ajudado sempre para se defenderem desses carnivros de sempre.
José de Matos Cofe Emanuel Vilanculos, se tivesses um pingo de vergonha na cara jamis poderias defender crimes em nome do Estado ou desculpar com outros! Simples!
Cofe Emanuel Vilanculos embuscadas da renamo não é terrorismo????
José de Matos Ja te respondi, Cofe Emanuel Vilanculos, se tivesses um pingo de vergonha na cara jamais irias defender crimes em nome do Estado e muito menos justificares atrocidades com outros! Simples!
Eduardo Mazive Li um comentário, deve ser do Yakub Sibinde, que dia que as FDS nao deveriam ser usadas em duelos coma Renamo, pois as FDS sao de todos nós, o que a Frelimo deveria fazer era organizar o seu próprio exercito provado (sem fundos do Estado) e engajar-se a guerrear com a Renamo, tal como a Renamo o faz, pois a Renamo tem o seu próprio exercito privado!
Eduardo Mazive A verdade é que quando alguém mata um assassino, o numero de assassinos no mundo nao diminui!
Felisberto Catao Como diminuir onumero de assasinos ?se oproprio governo forma assasinos.
Peter G Guambe Se Dissermos que a Frelimo tem que criar suas próprias tropas para guerrear contra a Renamo eu em particular acho que estariamos equivocados porque a frelimo não esta ser atingido pelo o confronto o povo e que esta a passar mal.
Toninho Tembe concordo com cofe vilanculos sobre a condenacao de uma das partes, na verdade na primeira vaga de ataques o proprio dlhalama admitiu ter mandado atacar e a amnistia era para limpar isso, com esse precedente duvido que nao possamos desconfiar que nao tenha feito o mesmo desta vez, se bem que ja se viu que e intocavel, penso que perdemos o senso de justica pela cede que temos pela paz, assim os politicos vao cometendo atrocidades e nos ainda temos que apela-los para trazerem a paz ao inves de exigi-los, infelismente isso vem do lado da frelimo e a TVM, RM, noticias e outros nao veem isso, vem tambem do lado da Renamo e o Savana, @verdade Canal de Moz e outros nao veem isso porque todos estao preocupados em apontar dedo e nao avaliam o que esta em jogo que sao os direitos humanos e violacao do estado de direito, repito concordo com Cofe Vilanculos e lhe apelo a nao insistir nisso com o jose de Matos porque ele tambem padece do mesmo problema que eu chamo de analise clubista,
José de Matos Toninho, evita personalizares o debate e muito menos adjectivar, pode ser ? Comigo nao vais conversar a esse nivel!
Toninho Tembe nada de personalizar apenas digo que tuas postagens e analises mostram uma analise clubista ou um jornalismo de trincheira, poderias pedir os fundamentos disso ao inves de te chateares
José de Matos Toninho Tembe, eu nao me chateio com nada, so te digo que ao adjectivares e personalizares nao vou tolerar nem vais conversar comigo a esse nivel, o que pensas de mim vale ZERO a esquerda, neste Grupo ha liberdade total para postar e comentar! Se nao gostas dessa postagem ou dessa liberdade, o problema é teu, mas aqui neste Grupo nao vais limitar a liberdade dos outros e muito menos vais adjectivar seja quem for!


FIM DA CONVERSA!

Gosto111/3 às 15:27Editado
Peter G Guambe Por mim os dois partidos deveria estar na barra de Justiça, porque Lutam pelo poder e ao mesmo tempo vão atropelando os direitos Humanos.
José de Matos Toninho Tembe e Peter G Guambe, qual o tema desta postagem ? Em democracia podemos aceitar esquadroes da morte que matam em nome do Estado ? podemos dizer que maram en nome do Estado porque bla, bla, bla, os outros bla, bla, bla ?


Por favor!

Adelino Zucula A embuscadas da Renamo è terrorismo si mas a pessoas q defende bandidos da Renamo um dia voces q defende Renamo vaõ fujir d proprio renamo .
Peter G Guambe O terrorismo esta nos dois lados porque não se pode aceitar que num pais democrático tenhamos que viver condicionados de viajar de fazer negócios. O estado esta no direito de manter a tranquilidade do povo mas isso não lhe Confere o direito de Matar qualquer pessoa, independentemente do seu Partido
Chico Manuel Dias Jamo E em Democracia que tanto profalas José de Matos podemos disparar voluntariamente contra inocentes e matar em nome da renamo? por favor Matos
José de Matos Chico, qual o tema desta postagem ? Essa coisa de voces reduzirem tudo a questao de Frelimo e Renamo ja cansa!

Eu estou a dizer que é inaceitavel em democracia e Estado de direito a existencia de esquadroes da morte que executam opositores em nome do Estado! Ninguem pode dizer que comete crimes em nome do Estado porque outros tambem comete,! NIMGUEM!

José de Matos Esta aqui a razao porque muitos fugiram para o Malawi: crimes cometidos pelas FADM! Quem quiser defender isso, força, mas eu nao vou defender essa vergonha!
Chico Manuel Dias Jamo José de Matos vamos para a embriologia da criaçao desses esquadroes, nao fique somente no titulo e prontos começa a explodir, se Estes existem e foram criados tambem a parte que acha ser atacada tambem criou com mesmos objectivos Lembre de funhalouro a...Ver mais
Chico Manuel Dias Jamo Obrigado pelo endereço
José de Matos Chico, nada justifica isto, NADA! Tem paciencia, isto devia ser caso para o Tribunal Penal Internacional, sao crimes cometidos em nome do Estado! O Estado nao pode dizer que comete crimes porque outros tambem cometem!





@Verdade Online - Jornal que está a mudar Moçambique
VERDADE.CO.MZ|DE DGA
Gosto111/3 às 14:41Editado
Chico Manuel Dias Jamo Okey. .. acabo de ler o trecho e o policial esta mesmo chorando
Chico Manuel Dias Jamo Mas vamos orar e parar de apontar o Estado porque eu e vc somos Estado nao se esqueça
José de Matos A Frelimo nao me represemnta como Estado, Chico! Toma nota, o Estado foi capturado pela Frelimo! nao confundas!
Romeo Manjate Por acaso frelimo nao é estado nem partido é uma organizao de homens que se acham donos de pais
Manhica Armindo esse governo nao existe aracaram o a vitoria agora estamos a vivem em guerra o mais xato eles nao vao ao campo da guerra pra irem combanter o inimigo
Nelson Macuiana Pelo que eu saiba todo que usa arma de fogo e treinado para matar e a oposição também tem armas o que querem que o estado faça? Para tirar armas da oposição porque pegar armas não e fazer oposição
José de Matos Nelson Macuiana, ainda estas nessa? Qual o assunto da piostagem ? O assunto é que as forças governamentais estao a cometer crimes em nome do Estado e que a existencia de esquadroes da morte é inaceitavel! Ainda acreditas em desarmar a Renamo ? O Governo ja disse que patou isso! O desarmamento da Renamo so vai acontecer com dialogo e acitdos, a Frelimo e a renamo vao ter de desarmar!
Manhica Armindo para um bom dialgo o "governo" tem que tirar todo o contegente que esta la porque isso nao vai passar antes das forças serem retiradas
Nelson Macuiana Lembras da arrogância do líder da perdiz? Disse: não vai haver investidura vai governar a força e
Manhica Armindo e a sim porque este governo nao aceite a igreja catolica , a ue e o estadista sul africano?
Nelson Macuiana E tem homens bem armados o que farias se fosses o presidente? Esperar ser pego de surpresa?
José de Matos Nelson Macuiana, a arrogancia do lidert da perdiz o que tem a ver com a postagem ? essa tal arrogancia justifica que as forças governamemntais cometam crimes ? Pior favor!
Nelson Macuiana Não justifica mas os militares abandonam a família e vão a zona do inimigo esses da renamo também São seres humanos tem família mulher filhos etc no meu raciocínio a maneira de os atingir e mexendo as famílias para que mostrem o seu paradeiro
José de Matos Matando as familias e incendiando as casas ?


Wena, pah! Haja vergonha!

Manhica Armindo ya nao e preciso usar força pra se defender a ci tinha que julgar esse nhuyi
Manhica Armindo são vidas inocentes que estao a perecer
Manhica Armindo eu ja nao voto em nenhum partido
Eduardo Mazive É isso que faz com que os maus ganhem sempre as eleicoes!
Peter G Guambe não Votar não e solução
Manhica Armindo eu nao sou de nenhum partido
Eduardo Mazive as eleicoes nao sao festas de partidos. sao para pessoas escolherem seus dirigentes. nao és pessoa? nao queres escolher quem vai te governar? está satisfeito em ser governado por qualquer um com qualquer ideia? nao assusta isso?
Peter G Guambe mas você tem que eleger a pessoa que vai te governar, e isso não faz você pertencer algum partido
Manhica Armindo mesmo elenger ja sabe...se que vai ganhar .
Manhica Armindo eu tou farto de sujar meu dedo
Eduardo Mazive Desistir nao é soluçao
Manhica Armindo e soluçao pra me
Eduardo Mazive em moçambique a abstenção é legal, desde que tomada de forma livre, tudo dito e tudo ponderado, força ai com a sua decisao!
Felisberto Catao Se ele quiser hade governar muito bem.so que penalisa opovo ser devorado pelos lobos bem conhecidos que usa do fracaso matando apopulacao so para continuarem a nos escravisar.
Peter G Guambe senhores recomendo vos que leia o Jornal que José Matos colocou como link vão entender do que ele esta a falar
Nelson Macuiana Saudades do comunismo tanta gente a sofrer por causa de uma única pessoa desvantagem da democracia
Eduardo Mazive Meu caro, na democracia nao é concebível que uma pessoa prejudique a maioria. o contrário é normal no comunismo!
Gosto121 h
Nelson Macuiana Devia voltar pena de morte como em países onde ladrão e cortado a mão e existe pena de morte
Gosto21 h
Eduardo Mazive Pena de morte num país corrupto vai desgracar cada vez mais o infeliz popular!
Gosto21 h
Nelson Macuiana Onde há linchamento a criminalidade reduz porque os malfeirores tem pelas suas vidas
Gosto20 h
Eduardo Mazive Pena de morte nao é linchamento! Onde há pena de morte nem sempre o crime baixa. O crime baixa quando a sociedade é mais justa, materialmente mais confortável e onde há oportunidade para crescimento social.
Hilario Colombo · 
Esse gajo porque so fala hoje? nessa altura ele era filho de casa so agora que nao conseque leite é revela tudo? podem omitir o nome vai ser reconhecido.
Wilson Jose Dove · 
Acredito que nao deverias estar aqui seu.....
Gosto · Responder · 11 de Março de 2016 9:32
Sextino Antonio Nhambessa
Mano Hilario, o que perguntas não é importante agora... estou assustado!
Gosto · Responder · 9 h
Frank Daniel Chitlango · 
Mano diculpa por tendo vendo muita malandrisa e enssulto ao mesmo tempo.Eu ja vinha a saber aos que os militares teem muito trabalho mas o governo nao quer lhes pagar.A politica nao é boa...
José de Matos
Se é verdade, Tribunal Penal Internacional com eles, sao crimes cometidos em nome do Estado!
Moises Mahumane Mahumane · 
TUDO BEM SR.JOSE DE MATOS ,SO QUEM NAO FOI A TROPA NAO PERCEBE DESTAS COISAS ,ISTO ACONTECEU AQUI MESMO EM MOCAMBIQUE COM A EXERCITO COLONIAL PORTUGUES,COM OS COMANDOS GE,GPE, QUEIMAVAM PALHOTAS ,MASSACRAVAM PESSOAS, NO VIETMANE ,OS AMERICANOS FIZERAM O MESMO, MEU CARO JOSE DE ESTEVES NO TEATRO DE GUERRA ACONTECE DE TUDO ,TODAS AS ESTRATEGIAS SERVEM QUANDO O CLIMA E ENTRE A VIDA E A MORTE E POR ISSO E PRUDENTE PEDIR AS POPULACOES QUE RETIREM SE DAS ZONAS DE GUERRA,MAS NORMALMENTE A PRESENCA DA POPULACAO NAS ZONAS DE GUERRA INTERESSA A GUERRILHA ,COMO FONTE DE INFORMACAO,ALIMENTO,ABRIGO E CAMUFLAGEM,ISTO A GUERRILHA SOBREVIVE A CUSTA DA POPULACAO FAZENDO AS DE ESCUDO HUMANO E COMO O PEIXE SOBREVIVE NA AGUA, E AS VEZES AS FORCAS ESPECIAIS SAO TREINADAS EM TODO O MUNDO COMO MAQUINAS DE GUERRA, SO PARA MATAR E NAO PRA CONVERSAS E SAIEM COM PLANO BEM RIGOROSO E A MISTURA DE POPULACAO COM GUERRILHEIROS,POEM EM DESESPERO QUALQUER EXERCITO DO MUNDO NO TEATRO DE OPERACOES , DE CERTEZA ABSOLUTA NAO E VONTADE DO EXERCITO MOCAMBICANO MATAR POPULACOES , MAS E PRECISO LIMPAR A ZONA , NAO JURARAM A BANDEIRA PARA MATAR POPULACOES , MAS SIM PARA DEFENDER A SOBERANIA NACIONAL E SEGURANCA DE BENS E PESSOAS, TEMOS QUE SER RACIONAIS NOTE MESMO O MEDICO AS VEZES CONTRA A SUA VONTADE PRECISA DE AMPUTAR A PERNA PARA SALVAR O PACIENTE DO CANCRO.
CONCORDO QUE ESTAS OPERACOES DEVIAM SER PRECEDIDAS DE CAUTELAS ,RECONHECIMENTO E AVISO POPULAR ,MAS ISSO NAO E FACIL SEMPRE HAVERA FUGA DE INFORMACAO.
PRA MIM TRIBUNAL INTERNACIONAL DEVIA SER EM PRIMEIRO LUGAR PRA OS QUE DELIBERADAMENTE METRALHAM AUTOCARROS DE PASSAGEIROS,VIATURAS CIVIS,ABREM BARRIGAS DE MULHERES, CORTAM ORELHAS ,POR EXEMPLO A RENAMO FAZ ISSO DESDE 1977 ATE HOJE 2016 E DEPOIS VAMOS JULGAR O EXERCITO OU FORCAS ESPECIAIS MOCAMBICANS E DEPOIS VAMOS AOS SUL AFRICANOS O QUE FIZERAM NA MATOLA E VAMOS AOS PORTUGUESES O QUE FIZERAM EM MUEDA ,OS AMERICANOS OS RODESIANOS E COMO VE E UM ROLE DE MALDADES E ESTE MUNDO EM QUE VIVEMOS ,TEMOS QUE TER CABECA FRIA E RESOLVER O PROBLEMA DE PAZ EM MOCAMBIQUE....

MOISES MAHUMANE
Gosto · Responder · 2 · 11 de Março de 2016 8:16
José Monteiro · 
Works at Governo
Isso cheira um conto de fadas....se for verdade é agente já era....
José Monteiro · 
Works at Governo
Seria melhor que este jornal nao usasse "double standards" e isso engana muita gente...e divide pessoas! Meu apelo é que partilhem artigos que ajudem a construir e unir o povo em vez de preocupados e ocupados com fofocas e contos divisionistas.
Nerio Rui Mandlate · 
meu caro os jornais foram feitos para manter a si como fofoqueiro informado...e deixe eles venderem, porque pediram licencas para isso...
Gosto · Responder · 17 h
Sextino Antonio Nhambessa
A unica maneira de fazer esses episodios tristes pararem de acontecer, é torná-los públicos! E aí os moçambicanos poderão posicionar-se. Ainda acredito que o POVO manda!
Gosto · Responder · 2 · 9 h
David Henriques · 
Meu caro José Monteiro, voce só pode pertencer a ala dos lambe botas e bajuladores da frelimo. Desculpa pela expressão mas essa é a verdade.
Gosto · Responder · 4 h
Alfredo João Busse · 
Isso é. Abominacao completa que nos expõe a frelimo é sério alguém deve fazer algo pra parar isso! Eu tenho absoluta certeza de que Deus vai pelejar por nos nisso
Paulo Soares · 
Então quantos a Frelimo manda matar há décadas?
Não é novidade, é um bando de criminosos que domina o poder de estado, policial e judiciário!
Roubar, sabem!
Gosto · Responder · 1 · 20 h
Tsovito Simon · 
Network Admin na empresa Admin
no comment
Criador veja o mundo.
Gosto · Responder · 8 h
Nelson Mimbir · 
Acho que tanto quem mata, manda matar ou quem sofre, ambos estão num problema grande. E as instituições da justiça um dia chegam la, muito de nós tem pouco a dar nisto, eu vou orar por todos, eu disse todos.
Gosto · Responder · 8 h
Sextino Antonio Nhambessa
A Justiça nunca chegar lá porque simplesmente há quem a manipule em seu favor! Removam os $anipuladores primeiro!!
Gosto · Responder · 5 h
Taibo Vagoine Vagoine · 
se isso constituir a verdade entao estamos mal.
Gosto · Responder · 6 h


É muito triste o que se está a passar em Moçambique. Se esta confissão é verdadeira querem mesmo acabar com as oposições.

Gosto12 h
Avelino Namarrocolo Li algures, especialista em intrigas, sera novo titulo honorifico.Hehehehe
Gosto2 h
Charles John Parabéns ao Savana pois vale apenas exercitar a sintax jornalistica do que criar Ematum para mamar tacho do Povo. Essa é, considero eu, a forma mais singela e humilde sentenciada por vocês para a vossa sobrevivência.
Não gosto12 hEditado
Gabriel Muthisse Sabe, às vezes podemos ficar desesperados quando, perante tentativas canhestras de manipulação, as pessoas se calam. E pensar que tornou-se fácil enganar os moçambicanos. Só que a maioria dos comentários aqui mostra como a mistificação está cada vez mais difícil. Pensei que tivesse sido eu sozinho a ver que aquilo era uma desajeitada peça de propaganda barata...
Gosto22 hEditado
Maldonado Pedro ha, mais uma questão,.afinal aqueles que se entregam são informantes?Então aqueles que se entregam são líderes comunitários?aguardo respostas.
Gosto2 h
Vassili Vassiliev Ridiculo, ridiculo, ridiculo...dizem por aqui. Que estranho nao ve-los acusar o SAVANA e o Jornal @verdade de incitacao a violencia...e nem sequer a apelar que o CSCS e a PGR lhes movam um processo por difamacao! Coragem patriotas de gema, movam o PROCESSO JA!
Não gosto32 hEditado
Antonio A. S. Kawaria Só quero entender. O que se duvida? A existência de ESQUADRÕES DE MORTE em Mocambique? Eu posso até convocar alguns aqui e sobretudo os mais ligados ao governo e partido no poder para me explicarem alguns casos que provam a existência dos esquadrões de morte.
Não gosto22 h
Gabriel Muthisse O que muitos aqui fingem não ver é: como alguém traça todo o seu percurso militar (que inclui as operações em que participou) e pretende estar a falar no anonimato? Com efeito: (i) como alguém diz onde treinou; (ii) onde fez a tropa; (iii) onde trabalh...Ver mais
Gosto22 hEditado
Cleto Goncalves Aqui cada um defende seus interesses...me espanta k cidadao atento como egidionao consiga ver o positivo da entrevista mas aprece apenas apara criticar o metodo jornalistico.

Este metodo èutil para quem foi a escola dos americanos. Para o povo como eu...Ver mais

Não gosto22 h
Gulumba D. Mutemba Egídio Vaz,para você esta entrevista é falsa,não há dúvida. Depois desse seu ponto de vista,a justiça moçambicana vai processar o jornal.



Propósito,o senhor já recomendou me a ler este jornal,o que houve agora para questionar o trabalho destes profissionais?
Não gosto11 h
Damiao Simango Na verdade considero um pouco estranho a forma como o fulano da todo o detalhe das tais operações e ainda se acha como anônimo. Das duas uma, ou foi conduzido pela inocência ao ponto de identificar mesmo que não apereca nenhum nome ou então estamos per...Ver mais
Gosto11 h
Gulumba D. Mutemba É simples mano,aciona o vosso governo para mover processo contra jornal Savana .
Gosto1 h
Damiao Simango Convenhamos enquanto moçambicano quer goste ou não neste momento é governo de todos, uma coisa e não gostar ou não aceitar mas outra coisa é viver sob direção de quem não gosta como da entender, ou estou perante um estrangeiro!
Gosto1 h
Antonio A. S. Kawaria Caro Gabriel Muthisse, o que é essencial e preocupante para nós como mocambicanos? A existência de esquadrões de morte ou a pessoa que fala de algumas operacões? 

Eu fico mais preocupado quando sei que notícias sobre execucões sumárias que têm vindo a ser denuncias já fazem anos, NUNCA MEXERAM a muitoś compatriotas.

Não gosto31 h
Jorge Jone É difícil opinar sobre isso. Mas o jornal tinha a obrigação de ocultar alguns dados sobre o indivíduo. O entrevistado pode não ter esta capacidade e pensar que basta ocultar o nome é tudo.
Gosto21 h
Gabriel Muthisse Amigo Antonio A. S. Kawaria, se isso de facto existe, se há raptos e assassinatos de pessoas, o jornal não carece de inventar uma entrevista inverosímil. Deve fazer uma investigação a trazer factos incontrovertiveis e verificares. A manipulação jornalística é inaceitável
Gosto21 h
Antonio A. S. Kawaria Mais uma amigo Gabriel Muthisse, não concordo que seja o jornal a investigar mas a justica. Por causa de alegacões sobre investigacão, tenho tido muita atencão em observar em quando as procuradorias entram em accão no mundo fora. O jornal não tem o dir...Ver mais
Não gosto41 hEditado
Abel Zico Quando li tambem notei alguma incongruencia sobre a formacao do suposto entrevistado, pois fala de ter comecado em 2 lugares diferentes...Portanto, isso nao deve tirar a preocupacao das pessoas sobre os esquadroes da morte, faz tempo que pessoas sao executadas nas maos da policia isso nao 'e novidade para ninguem, talvz para quem esta desntro do sistema de mandos tente ofuscar isso. Os assassitatos de opositores que temos vindo a acompanhar ultimamente nota-se claramente que tem um comando e 'e executado milimetricamente, mais ou menos como 'e descrito, e apenas algumas pessoas pensam que ganham algo com isso, amedrontando os opositores. Portanto, do jeito que o jornal arrola as coisas, as vezes meio baralhado, talvz seja mesmo para desviar uma possivel identificacao do "denunciante entrevistado"...
Não gosto21 h
Antonio A. S. Kawaria O agente e jornalista podem ter criado uma possibilidade de atrapalhar quem quer o identificar e logo matá-lo para queima de arquivos. O assunto naquela peca jornalista é ESQUADRÕES DA MORTE e a ṔGR tem que entrar em accão se queremos um Estado de Direito.
Não gosto21 h
Abel Zico Sim sim mano Antonio A. S. Kawaria, notei tambem essa tendencia da escrita do texto, por isso ate falo no comentario, deve ter sido um meio de baralhar uma possivel identificacao. Quanto aos esquadroes da morte eles existem e estamos carrecas de saber disso.
Não gosto21 h
Gabriel Muthisse Se o agente mentiu (para se proteger) sobre o local de nascimento, sobre a data de nascimento, sobre o percurso militar, sobre a vida após o SMO, sobre o percurso policial, sobre as operacoes ilegais... o que é verídico na entrevista?
Antonio A. S. Kawaria A existência de esquadrões da morte, meu amigo Gabriel Muthisse. Não é assunto novo, mas a justica fecha os olhos. E eu suspeito que a dedicacão ao entrevistado é mesmo para mais uma vez a PGR não investigar sobre esse grupo perigoso. Quem deve investigar é a PGR.
Não gosto252 min
Abel Zico A descricao dos factos sobre os trabalhos criminosos em que participou pode ser a parte mais veridica que existe nessa entrevista caro Gabriel Muthisse. Claramente os dados pessoais podem ter sido baralhados para que nao se identifique a pessoa. A verdade 'e que temos grupos assassinos na policia, isso esta a olho de todos, apenas uns que tentam virar a cara e assobiar para o lado. Num pais serio a Procuradoria estaria a investigar essas coisas faz tempo.
Não gosto352 min
Gabriel Muthisse Sabe, eu já ouvi dirigentes da FRELIMO em Sofala a denunciar raptos e assassinatos de membros. E já ouvi gente da Renamo a fazer as mesmas queixas. Como elemento do público, o que eu espero de "uma reportagem investigativa" é mais do que repetir as afirmações de um dos lados. O que eu espero são factos VERIFICAVEIS de que esses raptos e assassinatos acontecem. O entrevistado diz ter tido fotos das vitimas. Porquê não as exibiu ao Savana? Mais ainda, porquê, conhecendo as aldeias onde se deram os factos, não fez coincidir cada foto com a sua aldeia? Não acham que isso facilitaria a verificação pelo HRW, pela LDH, por outros jornalistas, pela PGR, pela PRM e por outras entidades interessadas. Esta "entrevista" é uma fraude.
Gabriel Muthisse Jorge Jones, o entrevistado dá indícios de ser uma pessoa inteligente, que inclusivamente dá respostas bastante elaboradas. Qualquer pessoa que já foi entrevistada sabe quanto é difícil dar respostas de vários períodos (ou parágrafos). Só pessoas intelectualmente preparadas fazem isso. E o entrevistado espraia-se com certa afoiteza nas respostas que dá. Seria estranho que uma pessoa que mostra aquela argúcia não soubesse que nos dados que deu (data de nascimento, local de nascimento, treino militar, treino de especialidade, trabalho depois do SMS, local de trabalho após o SMO, ano de recrutamento para a PRM, locais e especialidades de formação policial, trabalho na presidência, detalhe das operações ilegais) pode ser facilmente identificada. Muito estranho. A única explicação é que aquilo foi forjado por gente não muito inteligente.



Ademais, poderia até ser que o entrevistado fosse estupido. E não fosse capaz de ver o risco que corria em dar esses dados todos. Mas, seja como for, o jornalista foi preguiçoso. Extremamente preguiçoso. Se o entrevistado teve as fotos das vítimas das suas operações; se o entrevistado conhece as aldeias e bairros em que raptou gente; porque não mostrou ao jornalista cópias das fotos das vítimas e as aldeias onde viviam? Assim, qualquer outro jornalista, a LDH, a HRW e outras entidades poderiam ir verificar. Porquê o jornal não faz nenhuma pergunta sobre isso? Isso é básico. Isso traria factos verificaveis. 

Claramente, o jornal não estava perante alguém com a possibilidade de fornecer esses detalhes. A entrevista foi forjada, sem dúvida.

Gosto54 minEditado
Marcelo Marcelino Pelo sim pelo não Egidio Vaz muito.!!!!!!


Julio Pinto Macitela Mario Filosofia,em filosofia diriamos k este jornal pelo menos tentou explicar as mortes e baleamentos extranhos k vem acontecendo ultimamente e os ouuutros hum,estao a ridicularizar o jornal e nem dizem nada destes baleamentos e mortes extranhas.Escrevam as vossas versoes tambem antes de ridicularizarem os outros k pelo menos tentam explicar estes acontecimentos.
Gosto21 h
Gabriel Muthisse Julio Pinto Macitela Mario, estaa no seu direito de acreditar naquela "entrevista". E de achar que todas aquelas respostas "anônimas" fazem sentido. Mas não pode se opor que outros interroguem as verdades faceis.
Gosto1 hEditado
Elisio Macamo admiro a tua paciência, Gabriel. um país com uma massa crítica crédula é o seu pior inimigo. gente séria estaria ofendida pela forma como esses "jornais" insultam a inteligência dos seus leitores. um agente da uir que usa a palavra "arbusto" numa "entrevista" deve ser doutor em qualquer coisa ou edil... mas o que é evidente é que essa encomenda tem um objectivo: informar que os jovens capturados não são militares e justificar os ataques aos líderes comunitários. o trágico é que há sempre alguém que cai nisto. aposto que o savana já tem a sua figura do ano 2016: unay.
Gosto41 h
Gabriel Muthisse Claro, Elisio Macamo. Se todos os lideres comunitarios do paiis são informadores!!! Ja agora, Julio Pinto Macitela Mario e Antonio A. S. Kawaria, voces teem parentes regulos? Se os tiverem fiquem preocupados. A partir desta "entrevista" eles serao alvos dos assassinatos da Renamo. O Savana ja informou aa nacao que eles sao os responsaveis das atrocidades da UIR... E ha gente que aplaude esta irresponsabilidade
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Dunukah Ngu M'nyuko Para quem conhece o Egídio Vaz, fico com a conclusão de que pelo menos aprendeu ou obrigado a aprender a fórmula....que a bala é mesmo verdadeira ou fica do nosso lado...ou do nosso lado.... Agora esse aí...estamos habituados....
Julio Junior David Macuvele Triste ouvir ixo..... Se essa guerra durar uns 3 anos naum tera mais jovens em Moz, pior nox do sexo masculino estamos em via de extinsaum...... Vale apena lutar com uma forxa externa do k irmaum armados. E serio ixo
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Frank Daniel Chitlango Melhor sairem nessa merda porque nao ganham nada.E os donos deste assunto estao a fazer a vida deles.Meos irmaos eu ja passei nessa merda abrem vistas,um dia vao te chamar de falecido em quanto os donos estao te assistir na televisao.Lavam vista....
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Helder Sitole Stes jovens militares e policias tinham k deixar kestoes partidarias d lado e dar um golpe d estado para repor a ordem no pais
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Emidio Nhantumbo É filme 007 acontecendo no centro de Moçambique ao vivo vocês fadm e fir cuidado nem tomaram nenhum sitio so voz der farda ak47 vao merecer este nome feio falecidos
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Ajm Selemane Ninguem duvidava da existencia deste esquadrao a partir da denuncia da alice mabote. Agora com esta entrevista mta coisa pode ser esclarecida. A verdade tarda mas sempre aparece. Estou arrepiadissimo com a cruelidade da gente k nos cumprimenta, abraça, e so mata seu semelhante a troco de nada. Emprego?? Triste e mto triste este cenàrio.
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Filomeno Ricardo Langa Esses jovens se abandonasse e todos homens da renamo também fizesse o mesmo porque tão ha séculos na mata com um passado com um som das armas e o presente tambm..triste porque não se sabe o quê ser adversários e inimigos..nenhuma arma ganha paz
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Santos Maite Silvestre Onde está teu lindo presidente cara de pauo falando até no fb hoje nem aquilo nem nada estamos todos na merda
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Marcos Augusto Henriques Tenho uma dica: a melhor forma de derrotar um inimigo. Nao batam cabeças!
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Lino Marques Tembe O velhote até no momento de fogo cruzado vira uma ave cuidado lutar com fantasma
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Venancio Melaço Moz ainda nao tem homnes pra eliminar fisicament o presidente da Renamo
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Lifanica Americo Vejam só até onde chegamos, ja é FILME já!
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Alicene Erasmo Triste,mau e sentimental.
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Miguel Cabaço Cabaço Midiatização
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Amathai Victor Nao acrdtem nessa palhaçada...
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Carlos Cunamizana Kkkkk aquele velho nem kkkk
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António Rui Francisco Já vai a tempo
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Chris Mohamud Abucar Se equi tao cansado fazem revira volta!
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Tsaqui Nhampossa Lendo...
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Marllos Vasco Prime situação lamentável,..shiit!
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Farzana Omar Sem comentários!


Da Cecilia Domingos A escrever...

Antonio A. S. Kawaria
9 de Março de 2014
Fortes indícios de uma execução sumária
- A LDH acredita que os três corpos “achados” carbonizados, na manhã desta terça-feira, pertencem aos três jovens que na manhã do dia anterior foram detidos pela polícia na zona do Costa do Sol.
Afinal as três vítimas mortais da madrugada de terça-feira (25 de Fevereiro) podem não ter sido carbonizadas por “homens armados desconhecidos”, conforme escreveu o mediaFAX, citando o porta-voz do Comando Geral da Polícia, Pedro Cossa. As três pessoas mortas podem sim ter sido vítimas de uma execução sumária, protagonizada por agentes da Polícia de Investigação Criminal (PIC), segundo descrições a que o mediaFAX teve acesso a partir de familiares das vítimas, assim como a partir de informações colhidas na Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, local onde os parentes dos finados foram pedir ajuda.
A descrição a que tivemos acesso indica que, na manhã de segunda-feira (24), um grupo de quatro jovens foi interceptado pelas autoridades policiais, na zona da Costa do Sol, na cidade de Maputo.
Os jovens iam a bordo de uma viatura, Toyota Corola. Entretanto, aproveitando-se de uma desatenção da polícia, um dos jovens conseguiu escapulir-se.
Já os três jovens sob custódia policial e acusados de algo que ainda se desconhece, foram levados à esquadra da PRM no bairro do Triunfo.
Nisto, o único jovem que conseguiu fugir conseguiu contactar os familiares dos seus amigos detidos, tendo, na ocasião, os alertado sobre o grande risco de vida que eles corriam enquanto estivessem nas mãos das autoridades policiais. Depois de dar a triste notícia, o jovem pura e simplesmente desligou o seu celular e nunca mais entrou em contacto.
Acredita-se que o jovem que conseguiu fugir, tenha, depois de falar com os familiares dos seus amigos, desligado o celular para evitar que fosse localizado pela polícia.
Apavorados e tendo como única pista a detenção dos jovens na zona da Costa do Sol, os familiares correram para a esquadra do Triunfo, logo nas primeiras horas de terça-feira.
Segundo contam, chegados à unidade policial, foi-lhes dada a confirmação de que efectivamente os jovens tinham estado naquela esquadra, mas “já aqui não estão”. Duas, três ou quatro perguntas de insistência no sentido de terem informação do local para onde tinham sido transferidos os jovens, não tiveram resposta por parte das autoridades policiais. A partir daí o tom de preocupação subiu de nível, tendo em conta o facto de o jovem que conseguiu sair das garras da polícia ter anteriormente advertido sobre a perigosidade dos polícias que tinham capturado os seus amigos.
Nisto, os familiares dos jovens continuaram as buscas, tendo inclusive se dirigido até a morgue do Hospital Central de Maputo. Todo o esforço foi infrutífero, pois não se conseguia localizar as três pessoas desaparecidas. Sabia-se apenas que tinham sido detidas pela polícia.
Já na manhã de quarta-feira, familiares dos jovens tiveram informações segundo as quais três pessoas tinham sido queimadas vivas no interior de uma viatura, algures em Marracuene.
Na mesma quarta-feira, os familiares dirigem-se para a zona e, na altura, os corpos tinham já sido removidos. Entretanto, estranhamente, no mesmo instante que chegam ao carro, agentes da polícia à paisana também lá estavam. Logo, algumas perguntas foram feitas, pela polícia, aos familiares das vítimas. Depois da resposta das famílias preocupadas, a polícia proibiu-as de se aproximarem à viatura. Aconselhou-as a se dirigirem à unidade policial mais próxima para participar a preocupação. Desconfiados e com medo, os familiares dos três jovens não se dirigiram a qualquer esquadra, mas sim procuraram reportar o caso à Liga Moçambicana dos Direitos Humanos.
Tomando conhecimento do caso, a Liga dirigiu-se, na quinta-feira, na companhia dos familiares das vítimas, a Marracuene. Chegados ao local, os familiares das vítimas identificaram e confirmaram que a viatura carbonizada era efectivamente de um dos seus parentes, recorrendo a várias características. A identificação da viatura levou-os à conclusão de que os três corpos carbonizadas eram efectivamente dos seus parentes desaparecidos.
Naquilo que pode indiciar torturas antes da execução, os familiares das vítimas “acharam” um órgão sexual masculino carbonizado na viatura. Para elas, a presença daquele órgão sexual é a prova clara de que antes da execução sumária houve actos de torturas. Mais, abrindo o capô para buscar outros sinais que comprovam que a viatura era de um parente, descobriu-se que no seu interior (ao lado da bateria), tinha uma pistola também carbonizada.
Numa acção verdadeiramente atípica, notou-se também que as portas do lado direito (do motorista e passageiro de trás) estavam amarradas com recurso a arames.
Neste momento, com o apoio da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, os familiares das vítimas estão a fazer diligências no sentido de encontrar uma explicação para aquela ocorrência. Neste momento, de uma coisa os familiares das vítimas não duvidam: que as três vítimas são seus parentes. Segundo os familiares, os três jovens eram trabalhadores. Um deles era motorista de chapa (carro próprio), o segundo era cobrador e o terceiro era mecânico. (Redacção)
Fonte: SAVANA, edicão 1052, 07.03.2014
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Comments
Boa Matule
Boa Matule Isto é sinistro! E infelizmente, parece que as tais autoridades näo querem colaborar para se perceber efectivamente o que realmente terá acontecido! Assim vai a nossa pérola da impunidade! Triste
9 de Março de 2014 às 17:00 · Gosto · 4
Lindo A. Mondlane
Lindo A. Mondlane muito raro isto..
9 de Março de 2014 às 17:01 · Gosto
Carla Reis
Carla Reis Nada justifica esta barbaridade. Nenhum país civilizado pode aceitar estas práticas.
9 de Março de 2014 às 17:15 · Gosto · 3
Carla Reis
Carla Reis Benny, uma coisa é, por exemplo, o pai da criança violada, perder a cabeça e fazê-lo, desvairado. Condenável, mas humano. Outra é a institucionalização dos desaparecimentos, mortes, enfim, da violência como forma de praticar justiça. Não esquecer que hoje é porque o executado era um assassino. Amanhã, com esse argumento, livram-se de um opositor... É assim que começa ...
9 de Março de 2014 às 17:21 · Editado · Gosto · 6
José de Matos
José de Matos Queima de arquivos? De qualquer modo, é sempre inaceitavel, num Estado de Direito, a execução de suspeitos!
9 de Março de 2014 às 17:22 · Gosto · 5
Lindo A. Mondlane
Lindo A. Mondlane jejej...'e condenavel a atitude das autoridades, se realmente 'e assim, mas a familia tambem quer dar a antender que eram uns padres que foram violentados pela policia sadica, sem razao nenhuma....o q comeca a estar claro 'e q ha escuadroes da morte em mz, dedicadas a usar os mesmos metodos dos deliquentes...eu se fosse deliquente, deixava isso e procurava trabalho como t q ser
9 de Março de 2014 às 17:23 · Editado · Gosto · 1
Carla Reis
Carla Reis Lindo, os esquadrões da morte são de muito triste memória. Gente boa e inocente foi desaparecendo, garotos de rua, que poderiam tornar-se homens bons. Repito, Justiça é regular a sociedade com normas e desincentivar a prática do crime. Estas manobras não servem ninguém. Muito menos o país. Muito menos os seus cidadãos.
9 de Março de 2014 às 17:24 · Gosto · 5
Lindo A. Mondlane
Lindo A. Mondlane nao estou a apoiar em absoluto carla reis, estou a constatar factos..mas tambem essas familias nao deveriam andar pela vida como inocentes tsc...
9 de Março de 2014 às 17:26 · Gosto
Carla Reis
Carla Reis José de Matos, concordo, isso mesmo, um SUSPEITO é apenas isso. Quem são esses energúmenos para executarem suspeitos? Ninguém defende criminosos. Mas um suspeito pode estar inocente. Frequentemente são inocentes.
9 de Março de 2014 às 17:58 · Editado · Gosto · 4
Antonio A. S. Kawaria
Antonio A. S. Kawaria Benny Matchole Khossa, como sabemos que eles eram bandidos? Como sabemos de que crime eles eram acusados? E o nosso Estado de Direito não fica lesado. Os bandidos neste caso não são os polícias? Quem garante que essa polícia não pode carbonizar a qualquer um de nós. Lindo A. Mondlane, eu não vejo até aqui como podemos meter a família das vítimas. Se havia caso em que a família era parte, existem vias legais.
9 de Março de 2014 às 17:40 · Gosto · 6
Lindo A. Mondlane
Lindo A. Mondlane eu stou de acordo contigo...ha q investigar..so que as vezes ( q nao tem q ser neste caso) q as familias conhecem as actividades delictivas de seus familiares) incluso se beneficiam, mas se mantem em silecio..te darei um exemplo em 1994, conheci uma miuda que se casou com um ladrao de carros, q tinha mais reputacao que um tecnico medio de CC, todo mundo sabia e conhecia a sua ocupacao..mas trazia muito dinheiro em casa..e olhos feichados...
9 de Março de 2014 às 17:47 · Editado · Gosto · 2
Cornelio José Langa
Cornelio José Langa realmente este é o Mundo de vaidades, será que seria possível ou será possível encontrar uma justiça humana, uma vez que todo o homem é "MAU" por natureza? será que é possível esquecer do dinheiro y primar a vida humana no mundo? será que todos nós somos pessoas humanas? será que todos nós temos olhos que transcende os limites deste a realidade que vivemos e vemos o presente? será que todavia nao reconhecemos a nossa existência que participa na divindade ou entao somos seres privilegiados a uma divindade relativa? será que nos perguntamos de olhos abertos QUEM SOU EU? atençao o homem é mau mas um "mau relativo"
9 de Março de 2014 às 20:13 · Editado · Gosto · 1
Antonio A. S. Kawaria
Antonio A. S. Kawaria Ok. Agora entendi, Benny Matchole Khossa.
9 de Março de 2014 às 23:24 · Gosto · 3
Carla Reis
Carla Reis Aplaudo, Benny. Só Deus tem o direito supremo de nos tirar a vida.
10 de Março de 2014 às 0:26 · Gosto · 2
Antonio A. S. Kawaria
Antonio A. S. Kawaria Reveja os teus comentários aqui, Lindo A. Mondlane. Um deles é "... mas a familia tambem quer dar a antender que eram uns padres que foram violentados pela policia sadica, sem razao nenhuma..."
20 de Dezembro de 2014 às 22:25 · Gosto · 1
Lindo A. Mondlane
Lindo A. Mondlane se esclareceu??????
20 de Dezembro de 2014 às 22:45 · Gosto
José de Matos
José de Matos Comentaste, Lindo A. Mondlane? Que esclarecimento querias? A confirmaçao da Policia e dos teus camaradas?
20 de Dezembro de 2014 às 22:52 · Gosto · 2
Linette Olofsson
Linette Olofsson Lindo A. Mondlane , não é nada raro, há dezenas de anos que isso acontece na zona da costa do Sol, em Moçambique contacta a Liga dos Direitos Humanos e peça esclarecimento, estamos a viver num País com altos níveis de criminalidade.
21 de Dezembro de 2014 às 22:06 · Editado · Gosto · 3
Lindo A. Mondlane
Lindo A. Mondlane me referia ao relato em si amiga Linette Olofsson... nao a acçao...
21 de Dezembro de 2014 às 1:56 · Gosto
Dulce Andersson
Dulce Andersson Linette Olofsson, bem dito
21 de Dezembro de 2014 às 21:58 · Gosto
Júlio Brige
Júlio Brige Nos países civilizaodos os) policias sao vistos e consideradoscomo AMIGO E PROTECTOR, mas em MZ sao ladroess, burladores e perigosos ASSASSINOS. Devia/deve haver Alternancia na governacao.
21 de Dezembro de 2014 às 22:02 · Gosto · 2
Júlio Brige
Júlio Brige Queria dizer: considerados como AMIGO E PROTECTOR.
21 de Dezembro de 2014 às 22:06 · Gosto · 1
Antonio A. S. Kawaria
Antonio A. S. Kawaria Chamo atencão ao que duvidam da existência de esquadrões da morte em Mocambique a este dos tantos casos.
12/3 às 19:06 · Gosto · 4
Rafael Ricardo Dias Machalela
Rafael Ricardo Dias Machalela Carla Reis foi profética: Começou com simples cidadãos e Hoje há esquadrões de morte e que assassinam opositores.
13/3 às 1:46 · Não gosto · 4
Carla Reis
Carla Reis São 62 anos, a idade dá a experiência. Tudo indicava que ia ser assim... Infelizmente.
13/3 às 1:48 · Gosto · 2
Rafael Ricardo Dias Machalela
Rafael Ricardo Dias Machalela Carla Reis, um vinho por excelência. Quanto mais velho melhor. Gosto dos teus comentários. Tão lúcidos. . .
13/3 às 1:53 · Gosto · 3
Carla Reis
Carla Reis Obrigada, Rafael. Tento sempre ver com imparcialidade e, na verdade, o que se está a passar é muito mau mesmo. Moçambique sempre foi a terra da Boa Gente. Infelizmente, a ganância tomou conta dos poderosos, que conseguem ser piores do que os outros. Esta não é a terra com que sonhei na minha juventude. Está nas vossas mãos mudar o futuro antes que piore. Mas como?...
13/3 às 1:56 · Gosto · 3
Antonio A. S. Kawaria
Antonio A. S. Kawaria Estamos há um ano, alguém sabe se este caso já foi investigado?
13/3 às 16:11 · Não gosto · 2
Rafael Ricardo Dias Machalela
Rafael Ricardo Dias Machalela Dois anos, quis dizer.
13/3 às 16:37 · Gosto · 2
Antonio A. S. Kawaria
Antonio A. S. Kawaria É verdade, Rafael Ricardo Dias Machalela. Muito obrigado pela correccão.
13/3 às 17:09 · Gosto · 1
Jorge Fernandes
Jorge Fernandes Na Frelimo desde a nascenca se aplicou a lei da liquidacao sumaria e sem julgamento. Nao mudou quando se tornou Governo de Mocambique.
13/3 às 17:56 · Gosto · 4
Carla Reis
Carla Reis Estão a perceber quando me revolto e publico informações sobre as execuções sumárias no Irão? E que ninguém liga nenhuma? Tenho muito medo que Moçambique enverede por esse mau caminho. A princípio arranjam desculpas, pretextos... depois, toca a executar sumariamente. Como no Irão. Como na Arábia Saudita. no Congo...
Ontem às 1:08 · Gosto
Antonio A. S. Kawaria
Antonio A. S. Kawaria Exactamente isso Carla Reis. A princípio executam sumariamente a alegados ladrões e como muitos não gostam de ladrões, aplaudem ou ficam indiferentes, esquecendo até que é contra a CRM; A seguir executam sumariamente a cacadores alegando ser membros da Renamo e os que não gostam da Renamo aplaudem ou ficam indiferentes, esquecendo que isso é fora da lei; executam Carlos Cardoso e como muitos não são brancos, ficam indiferentes, esquecendo que isso é violacão à CRM. Vão executar Cilia, ficam indiferentes porque nem o conheciam ou que esses juristas têm mania; executam Cistac ainda são poucos que reagem. Esquecem que no fim da lista só reatarão eles para serem executados e serão mesmo.
18 h · Gosto · 2
Francisco Wache Wache
Francisco Wache Wache Então, o que levaria um cobrador de chapa e um motorista, actividades pacatas, a ser detido pela policia? o que devemos entender primeiro é isto. É verdade que nada justifica a morte!
17 h · Gosto · 1
Antonio A. S. Kawaria
Antonio A. S. Kawaria Wache, 1. Como se pode entender o que achas que é primeiro? 2. Quem tem que te explicar. 3. Onde se explica isso? No cemitério?
4. Não desconfias que caso como este possa ser a QUEIMA DE ARQUIVOS?
4. Leia o meu último comentário. Posso não ter escrito muito bem, mas ainda pretendo dizer que esquadrões da morte não coadunam com Estado de Direito Democrático. Um crime só pode ser julgado e sentenciado por tribunais. Em Moçambique não há pena capital.
17 h · Gosto · 2
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Triste e vergonhoso.
15 h · Gosto · 2
Linette Olofsson
Linette Olofsson volto, para dizer que é cultura deste partido desde a nascença , liquidar o próximo !
8 h · Gosto · 1
Carla Reis
Carla Reis Sim, Antonio A. S. Kawaria, vai chegar a vez a todos e, aí, como diria Goethe, será tarde demais... Há que lutar contra esta situação entorpecedora que deixa todos ausentes e indiferentes. Acordem!!!
7 h · Gosto · 2
Niklas Lehmann
Niklas Lehmann Vivo ca no Maputo desde o tempo da guerra civil, e SEMPRE os "esquadroes de morte" da policia/pic tem usado-se da zona de Costa do Sol para se livrar dos corpos dos seus vitimas. Sempre foi assim.
2 h · Gosto

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