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Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama em fevereiro de 2015/Foto de Ferhat Momad (AIM)
O antigo presidente da República, Joaquim Chissano, apontou a necessidade de haver mais ponderação entre os moçambicanos para o alcance de uma paz efectiva em Moçambique.
Chissano falava na Sé Catedral de Quelimane, capital provincial da Zambezia, onde juntamente com outras individualidades celebrou a missa alusiva a Sexta-feira Santa, data que segundo a crença dos cristãos marca o sofrimento e a crucificação de Jesus Cristo.
Na ocasião, o ex-estadista moçambicano recordou as palavras de Jesus Cristo, quando disse “deixo-vos a minha paz” e, por via disso, sublinhou a necessidade de todos os moçambicanos procurarem entender o que ele pretendia transmitir com essas mesmas palavras.
Joaquim Chissano disse, por outro lado, que todos “devemos assumir Cristo dentro de nós para que possamos ser a paz e que esse desejo chegue aos que estão longe, mesmo os que estão escondidos em matas”.
O antigo presidente, que fazia clara alusão aos homens da Renamo, maior partido da oposição, responsável pela instabilidade com que se debate o país, disse que eles ganhem confiança para voltarem e assim se construir a paz no diálogo e na solidariedade.
“Eu creio que não há ninguém que não está de acordo com o que os bispos reunidos na Beira (provincia de Sofala) disseram. Não devia faltar nada porque todos queremos a paz”, disse Chissano.
Foi durante a presidencia de Joaquim Chissano que o Governo e a Renamo assinaram, em 1992, o acordo geral de paz que pos fim a 16 anos de guerra de desestabilizacao.
Fonte: AIM