Dados do Ministério dos Combatentes não apura motivos
Cerca de 1400 militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) desertaram das fileiras do exército, devido a motivos não revelados, indicam dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério dos Combatentes, sem revelar o período exacto da ocorrência.
Os dados foram divulgados pelo Ministro deste pelouro, Eusébio Lambo, num encontro entre quadros superiores do seu ministério com o Presidente da República, Filipe Nyusi, num relatório referente ao balanço das actividades do ano passado.
Os números revelam que a província de Tete, um dos campos de batalha na actual onda de tensão político-militar, é a província com mais deserções.
Nesta província do Centro do país foi detectada a existência de “dois Batalhões com efectivo total de 1170 ex-militares tidos como desertores”, revelou o Ministro dos Combatentes.
Outro grupo considerável, composto por “220 ex-militares” fugiu dos quarteis na província de Sofala, estando refugiados no vizinho Malawi, segundo dados revelados no relatório do Ministério dirigido por Eusébio Lambo.
Não existem informações sobre as reais causas desta debandada nas fileiras do exército nacional.
Esta é a primeira vez na história recente do país, em que as autoridades vem a público divulgar números de deserções no seio das FADM, confirmando informações que vinham a público dados que ao nível de alguns círculos de opinião, vinham sendo avançadas, desde o início da tensão político-militar, há cerca de três anos.
Apesar de não haver estudos, nem informações oficiais sobre as causas desta debandada, facilmente se pode associar aos confrontos militares recorrentes entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e homens armados da Renamo, circunscritos no centro do país, com destaque para as províncias de Sofala, Manica e Tete, precisamente, os locais onde as informações ontem divulgadas confirmam através dos números.
Encontrado 12 corpos das fds sem vida nas matas de gorongosa.
Os corpos ora em questao encontra se nas matas de Gorongosa sem vida que estao trajado de fardas das fds de Moçabique.
Segundo um testemunha afirma que encontrou os corpos quando o mesmo praticava a caça nas matas de gorongoza.
O presidente da Republica devia demitir a pessoa que divulgou estes dados. Estes dados não devem nunca ser de consumo de Publico. Onde se viu isto?
O LADO CÓMICO DA NOSSA DEMOCRACIA
A política em Moçambique é realmente à nossa maneira, que apesar das injustiças e perigos que ela nos submete, por vezes ela nos proporciona momentos de risos. ...
Não paro de rir desde que vi um grupo de pastores, sei lá de que igreja, que sugeriram que se devia orar para o "rider" com vista a expulsar os demónios que habitam no seu coração e no dos seus guerrilheiros.
É que no entender daqueles pastores, o líder e os seus guerrilheiros são diabos em pessoa, que precisam de orações de todos nós para obterem salvação.
Por mim, é bem vinda a iniciativa, porque se não conseguimos pela via do diálogo, talvez a da oração possa surtir efeito. Sou cristão e conheço o poder da oração.
Mas por mim, as referidas orações chegariam directamente à Deus se fossem realizadas no dia 15 de Outubro. Não consigo tirar da minha cabeça que foi aquele dia que estragou a nossa paz colectiva.
NACIONAL
Alunos abandonam a escola em Nkondezi
Mais de três mil alunos da localidade de Nkondezi, na província central de Tete, abandonaram a escola, no presente ano lectivo, fugindo do clima de insegurança que se vive naquela região devido a actual tensão política.
O jornal "O Pais" que anuncia o facto, cita o chefe da localidade, Orlando Sopinho, a apontar o Malawi como local de destino destes alunos que procuram de refúgio naquele país vizinho e, como consequência, pelo menos seis escolas encontram-se encerradas naquela localidade.
Muitas famílias levam seus filhos para o Malawi a procura de um lugar mais seguro", disse Sopinho.
A fonte adiantou que a fuga dos alunos está a dificultar a planificação das aulas por parte dos professores.
Dados das agências internacionais indicam que o campo de refugiados de Kapise, no Malawi, ultrapassou a sua capacidade para albergar condignamente as pessoas que chegam a procura de refúgio.
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) avança que no total estão a viver naquele campo mais de 10 mil pessoas, quando apenas foi concebido para acolher duas mil.
Monique Ekoko, representante do ACNUR no Malawi, revelou que chegam diariamente naquele acampamento cerca de 300 pessoas facto que esta já a levantar sérios problemas de saneamento.
O ACNUR, segundo Ekoko, já pediu ao Governo do Malawi mais espaço para poder receber as pessoas condignamente.
(AIM)
Fonte: portaldogoverno
Sem comentários:
Enviar um comentário