quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Presidente da Turquia acusa EUA de criar 'banho de sangue' na região

Presidente dos EUA, Barack Obama, ajustando seus fones de ouvido de tradução simultânea durante uma conferência com o então primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em 2014


© AFP 2016/ SAUL LOEB
MUNDO
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Campanha militar antiterrorista na Síria (48)
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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou os EUA nesta quarta-feira (10) de criar um "banho de sangue" na região através de sua aliança com os curdos na Síria.

A declaração foi feita no contexto da recusa de Washington em considerar organizações curdas na Síria como grupos terroristas.
"Olhe os EUA (…). Como eles nunca os reconheceram [as organizações curdas como grupos radicais], a região se converteu em um banho de sangue", declarou Erdogan, em discurso a funcionários provinciais em Ancara nesta quarta-feira, conforme citado pela RT.
Os EUA consideram como terrorista o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), que se opõe ao governo turco e procura fundar um Estado nacional desde 1984, mas apoiam os curdos sírios que lutam contra o Daesh (Estado Islâmico), isto é, as Unidades de Proteção Popular (YPG) e o Partido de União Democrática (PYD), que constituem uma das principais forças de resistência ao avanço do grupo jihadista na região.
"Estão [os EUA] do nosso lado ou do lado dos terroristas do PYD e do PKK?", perguntou Erdogan, irritado.
Na terça-feira (9), o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby, disse que Washington não só "não considera o partido dos curdos sírios como terrorista" como, pelo contrário, reconhece que seus membros são "combatentes eficazes contra o Estado Islâmico no território da Síria".
Em resposta, Ancara convocou o embaixador dos EUA, John Bass, para expressar o "mal-estar" do governo turco diante da declaração.


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