quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Detido construtor de edifício que tinha latas em vez de betão

As autoridades de Taiwan detiveram o construtor de um arranha-céus que ruiu no sismo de sábado matando pelo menos 40 pessoas
Mais de 100 pessoas continuam desaparecidas, presumivelmente presas nos escombros do edifício de apartamentos com 16 andares da cidade de Tainan, a mais afetada pelo sismo de magnitude 6,4.
O Ministério Público de Tainan deteve hoje Lin Ming-Hui, acusado de negligência, e os sócios Chang Kui-Na e Cheng Chin-Kui.
Nos escombros, de onde foram retiradas 40 das 42 vítimas mortais do sismo contabilizadas até ao momento, foram encontradas latas vazias e espuma de poliestireno em pilares que deveriam ter sido enchidos com betão.
Os três executivos da empresa de construção Weiguan criaram uma nova empresa depois de declararem falência em 1994, após a conclusão do edifício em causa, segundo a Procuradoria de Tainan.
Quatro dias depois do sismo, as autoridades enviaram hoje para o local maquinaria pesada para tentar resgatar algumas das 107 pessoas que se presume estarem sob os escombros.
As equipas de socorro continuam a detetar sinais de vida de pelo menos 15 pessoas, mas o facto de na segunda-feira apenas terem sido resgatados cinco sobreviventes e de hoje terem sido encontradas mortas pessoas que há de 24 horas tinham dado sinais de vida reduz a esperança de conseguir retirar vivas muitas mais vítimas.
A maquinaria pesada visa facilitar a abertura de vias entre os escombros, uma vez que com os meios habituais são precisas 10 a 11 horas para que as equipas de socorro consigam avançar um metro.
O edifício Weiguang Jinlong, o único da cidade a ruir completamente durante o tremor de terra, tinha cerca de 200 apartamentos.
Pelo menos 210 pessoas foram retiradas dos escombros com vida.

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